“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: Juliana Wolf.
A campanha mensal de doação de sangue promovida pela Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC) em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp (Hemocentro), será realizada no sábado 25 de abril, na unidade da FIEC do Jd. Regina.
Dentre as medidas de segurança e de proteção dos doadores contra o coronavírus (Covid-19), a FIEC, com orientação do Hemocentro, realizará a distribuição de senhas online, distribuídas nos horários das 9h, 9h30, 10h, 10h30 e 11h. Será realizado o controle de acesso às dependências da FIEC, restrito a 40 pessoas por horário, a fim de evitar aglomeração de pessoas. Orienta-se ainda que, os candidatos não levem acompanhantes, principalmente crianças, ao local da doação e que utilizem máscara.
Para agendamento e retirada da senha online é necessário que o candidato faça um cadastro no link https://processoseletivo.sophia.com.br/SophiA_5/Default.aspx?escola=6462.
Para ser um doador, é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto, ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 67 anos, não estar em jejum e evitar apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.
Não poderá ser doador o candidato que nos últimos 30 dias tenham retornado de viagem ao exterior ou que tenham tido sintomas respiratórios, incluindo gripe ou febre. Além disso, o ato da doação fica restrito para pessoas que tenham se vacinado contra gripe há menos de dois dias (48h), estejam em tratamento odontológico, não tiverem parceiro (a) fixo (a), pesarem menos de 50 quilos, tiverem feito endoscopia há menos de um ano, piercing ou tatuagem também há menos de um ano, forem diabéticas, se tiverem ingerido bebida alcoólica na noite anterior e fumado horas antes. O Hemocentro ainda orienta que candidatos que estejam aptos e que tenham 60 anos ou mais não compareçam à doação de sangue.
Se você vai doar pela primeira vez, saiba como funciona o processo de triagem que envolvem as etapas da doação:
1 – Retirada da senha
O candidato é recebido por um representante da FIEC e é importante que avise sobre a participação pela primeira vez como doador para que seja explicado como acontece a campanha e informado os principais motivos que possam impedir a sua doação.
2 – Sala de espera
Nessa etapa o candidato aguarda até que seja chamado para o cadastro; na sala de espera também são passadas algumas orientações.
3 – Cadastro
Obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto para cadastro. Nessa etapa, informe se tem interesse em se cadastrar para ser doador de medula óssea.
4 – Exame físico
São realizados testes para anemia, verificação de pressão arterial, pulso, temperatura, peso e altura.
5 – Entrevista
A entrevista é individual; são feitas perguntas específicas e é assinado um termo de responsabilidade quanto à veracidade das respostas.
6 – Coleta
Será coletada uma bolsa de sangue e amostras para os exames laboratoriais.
7 – Lanche
Após a doação, o candidato é encaminhado para um local onde é oferecido um lanche.
Todo o processo dura em média duas horas e conta como apoio da Secretaria Municipal de Saúde, que disponibiliza uma ambulância durante todo o período de doação, seguindo normas da Unicamp (Universidade de Campinas).
Serviço:
FIEC
Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3405 – Jardim Regina
Hemocentro
‘Fale conosco’ no site www.hemocentro.unicamp.br
Telefone 0800 722 8422
E-mail hemocentro@unicamp.br.
Fotos: Renato Silveira.
Manter as crianças entretidas dentro de casa, durante este período de distanciamento social, tem sido um desafio bastante grande para muitas famílias. Os Escoteiros do Brasil, cientes da importância de gerar oportunidades educativas e de lazer para as crianças, que nesse momento encontram-se privadas da interação social, da escola e das atividades de lazer ao ar livre, lançam dentro da sua plataforma de atividades online dois novos materiais para serem realizados em casa.
Um dos materiais é a Cartilha de atividades para o distanciamento social, um documento com mais de cinquenta sugestões de atividades, organizadas para duas faixas etárias. A primeira delas é para crianças de 6 a 10 anos, focada em atividades que incentivem a leitura, música, criatividade e o desenvolvimento dos sentidos, entre outros. As demais atividades são para jovens de 11 a 15 anos, com atividades mais relacionadas à internet e tecnologia, meditação e autoconhecimento, espiritualidade, cuidados com a saúde e meio ambiente e organização pessoal. As atividades educativas podem ser utilizadas também por instituições de ensino, educadores, psicólogos e demais adultos que se encontram nesse momento buscando atividades educacionais para crianças e jovens.
Segundo o presidente dos Escoteiros do Brasil, Rafael Macedo, as atividades sugeridas pelos escoteiros são uma maneira de integrar as famílias nesse período atípico de toda a sociedade. “O momento pelo qual estamos passando é um período de reflexão, de fortalecer os laços da família, de conhecer coisas novas e até mesmo desenvolver novas habilidades. É com este objetivo que os Escoteiros do Brasil apresentam esta cartilha de atividades; uma opção para que os pais possam desenvolver dentro de casa atividades educativas e aproveitar este momento para conhecer melhor os seus filhos e fortalecerem seus vínculos”, considera.
Junto da cartilha, os Escoteiros do Brasil lançaram também o documento 51 Coisas para Fazer Durante o Distanciamento Social. Por meio de um guia simples e prático, são sugeridas 51 atividades que jovens e adultos podem incluir em sua rotina, tornando assim os dias mais planejados e também diferentes uns do outros. Entre as sugestões há atividades de desenvolvimento intelectual e cultural, como: leia um livro que tem interesse, mas ainda não teve tempo; pinte uma parede, um quadro ou faça artesanato; escreva poesias ou faça um diário da quarentena. Atividades de desenvolvimento afetivo, como: ligue pra pessoas, converse, especialmente para aquelas que faz tempo que você não fala; separe roupas e livros para doação; elogie uma pessoa por dia nas redes sociais. Atividades que vão auxiliar a jovens e adultos para quando a rotina voltar ao normal também são sugeridas, como: faça uma planilha financeira para ajustar suas contas, realize cursos online e estude um novo idioma, entre outras.
Ambos os documentos encontram-se disponíveis para download gratuito na plataforma online dos Escoteiros do Brasil no site escoteirosonline.org.br. As ações de promoção de atividades educativas para famílias fazem parte do projeto Escoteiros Online, lançado pela instituição no mês de março com o objetivo de oferecer iniciativas de educação não-formal para crianças e jovens. Junto das atividades, semanalmente estão sendo realizadas transmissões ao vivo nas redes sociais da instituição, além de ações com parceiros institucionais como a WWF, Unicef, Conjuve e LiveLab.
Serviço:
Atividades Educacionais para realizar em família
Produzido pelos Escoteiros do Brasil
Download disponível em https://bit.ly/escotismoemfamilia.
Fotos: divulgação.
O canal Amostra Grátis de Humor foi criado pelos atores Bianca Melo e Moa Almeida com o intuito de levar entretenimento sem restrição e/ou classificação imprópria para menores. Com personagens já conhecidos pelo público – Zé Botina e Maria Inês –, o canal publica vídeos semanais que abordam temas da cultura caipira com muito bom humor.
Inicialmente, Zé Botina foi criado pelo ator Moa Almeida. Um jeca atrapalhado, astuto e muito engraçado que em todas as situações encontra justificativas para escapar de seus afazeres na fazenda Lago Azul. Em 2019, nasceu o canal de esquetes Amostra Grátis de Humor e, junto com ele, a personagem Maria Inês Rosstfweiler, interpretada pela atriz Bianca Melo. Uma gaúcha interiorana, simples e sonhadora que saiu do Rio Grande do Sul para tentar a vida nas artes culinárias do interior de SP. Não havendo superado suas expectativas, vai para Canarana viver com alguns parentes, tornando-se assim, cozinheira na Fazenda Lago Azul. “Os personagens foram criados através de muitas referências familiares, amigos e pessoas da região em que vivi no Mato Grosso; inspirei-me especialmente em vários filmes do Mazzaropi”, explica Moa.
O canal conta com outras personagens e sátiras nos quadros. Segundo os atores, a ideia do canal é poder levar entretenimento de qualidade para toda a família, principalmente durante este período de quarentena, com diversos assuntos que podem ser compartilhadas com crianças e adultos. Bianca complementa sobre os vídeos: “Propomos diversão agregada à cultura sertaneja, valorizando a música raiz, dialetos e hábitos, tudo adaptado aos acontecimentos da sociedade atual”, completa a atriz.
Antes mesmo de vivermos este período de isolamento social, os atores encontraram através da internet uma forma fácil, prática e simples de manter o trabalho artístico em movimento. “Enxergamos que a tecnologia e a forma de se fazer arte andam lado a lado. Por meio da Internet, muitas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer nosso trabalho e é claro, graças ao empenho diário em propagar nosso conteúdo online”, finaliza Moa.
Breve currículo dos atores
Moa Almeida, ator, escritor e produtor. Já atuou em espetáculos de sucesso, como Bem Casados e Um Conto de falhas, ambos de autoria própria. Atualmente, é gerador de conteúdo no canal Amostra Grátis de Humor junto à sua esposa, Bianca Melo, além de autor e diretor da comédia Sonho Sertanejo. Possui também parceria e é co-fundador da companhia de teatro infantil WM Teatro.
Bianca Melo produziu e participou das obras Bem Casados e Um Conto de Falhas, entre outras. Atua como modelo fotográfica, atriz e produtora nos canais Amostra Grátis de Humor e Sonho Sertanejo junto ao seu esposo Moa Almeida, além de possuir parceria na companhia de teatro infantil WM Teatro.
O canal se disponibiliza nas redes sociais Facebook, Instagram e Youtube. Os vídeos podem ser encontrados em todas as redes sociais do grupo com o nome Amostra Grátis de Humor ou através do links:
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCQ5xn4QSOyLPb3vDNHfPTyw
Facebook: https://www.facebook.com/amostragratisdehumor/
Instagram: https://www.instagram.com/amostragratisdehumor/.
A Acesa Capuava realizará uma live em seu canal do Youtube neste sábado, dia 25, às 10h, para falar sobre o impacto do coronavírus na saúde das pessoas com Transtorno de Espectro Autista. A conversa será com a Dra. Carla Stella, neurologista e diretora clínica da ACESA e o time técnico da entidade, visando familiares, cuidadores e interessados. “Nosso objetivo, com essa iniciativa, é espalhar conhecimento e levar informações sérias e seguras, que possuem respaldo de especialistas. Além das questões deste novo vírus, estamos atentos sobre o processo de quarentena, que tem sido muito desgastante a todos, principalmente para a pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, disse Fernanda Teixeira, presidente da Acesa.
Dúvidas sobre coronavírus, TEA e como enfrentar as diversas questões da nova rotina na quarentena são os principais pontos desta conversa. Os profissionais da instituição estarão disponíveis para passar dicas e orientações ao público, além de sanar as dúvidas da população. As perguntas podem ser enviadas durante a live pelo chat ou antecipadamente, pelo e-mail contato@acesacapuava.com.br e pelas redes sociais da Acesa (Instagram: /acesa_capuava e Facebook: /ACESACapuava).
Para acessar a live: https://youtu.be/L2ztUV1kVcs.
A primeira conversa, realizada no dia 18, sobre o impacto do coronavírus na saúde das pessoas com Esclerose Múltipla, teve participação de todo o grupo de EM da entidade, cerca 200 pessoas, com duração de 1h20.
A Acesa Capuava é uma entidade filantrópica de Valinhos-SP que atende pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez. Fundada em 2002, atua junto à comunidade carente de toda Região Metropolitana de Campinas e é formada por um grupo de profissionais que se uniu com a missão de prestar um serviço de amor incondicional e de cidadania. Todos os seus colaboradores acreditam no ser humano, em suas infinitas possibilidades e em sua capacidade de transformar e transcender toda e qualquer condição de vida. Para mais informações, visite www.acesacapuava.com.br, a loja virtual www.acesacapuavastore.org.br e a página no Facebook www.facebook.com/ACESACapuava.
Serviço:
Live O impacto do coronavírus na saúde das pessoas com transtorno do espectro autista
Data: 25/4, sábado
Horário: 10h
Via Youtube – ACESA Capuava: https://youtu.be/L2ztUV1kVcs.
Foto: divulgação.
Há algum tempo comecei a prestar mais atenção a alguns assuntos que nem sempre chegam às manchetes dos telejornais. Conflitos em tantas regiões da África, fome, guerra na Síria, enfim, realidades tão distantes que parecem quase irreais. Quando a então epidemia do novo coronavírus começou lá na China, também era assim: uma tragédia com a qual eu me compadecia, mas não era um mal que eu temia. Lembro-me do dia em que li a notícia da primeira morte na Itália. Poucas horas depois já era a segunda, terceira, a décima e assim sucessivamente. Até o dia que abri o jornal para conferir o boletim e, já fechada em casa em isolamento social, li a notícia de 993 pessoas mortas num só dia.
Por um instante, deixei de lado a reportagem, os dados, a tal curva de contágio e me recordei: não são números, são pessoas! E o distanciamento que me pedem hoje é apenas físico. A capacidade de me compadecer com as famílias, com os médicos, com um país que precisa estar em movimento e, de alguma forma, chegar onde eu não posso ir.
Hoje, um meio concreto de ajudar é acreditar que sim, essa pandemia é real. Mesmo que não contamine alguém que eu conheça, mesmo sem saber nome, endereço de alguma das milhares de vítimas, mesmo parecendo muitas vezes distante, sim, ela existe. Assim como a fome na África, a guerra na Síria, a miséria na Venezuela. São verdades, são vidas, são rostos desconhecidos, mas que não podem ser ignorados.
Para muitos desses problemas não tem o que fazer, a não ser rezar e, quem pode, colabora financeiramente com algum dos muitos projetos sociais que socorrem milhares de pessoas afetadas por tais problemas. Mas para a pandemia temos uma resposta quase comum: o cuidado, o zelo com o todo. Enfrentamos um vírus que não escolhe raça, condição econômica, religião. E não é um problema localizado, mas global. E talvez há muito tempo o mundo não era visto assim, todo interligado.
Não é mais o problema de um país ou de outro, de uma região do Brasil ou de outra. As fronteiras se quebram e nos convidam a quebrar também dentro nós as distâncias que colocamos entre nossa realidade e a do outro. Proteger-me, me cuidar para não ser contaminado significa, nesse tempo, cuidar de quem está ao meu lado ou de quem pega o mesmo ônibus que eu, de quem eu não sei o nome, mas que posso, de alguma forma, proteger.
É um tempo em que somos convidados a crescer no senso de bem comum, de um pensamento global, de nos reconhecermos membros de uma mesma família, filhos de um mesmo Pai. E enquanto nos cuidamos, se possível, ficando em casa ou evitando algumas atividades públicas, podemos redescobrir a beleza do tempo, da presença física, dos afetos retribuídos.
Em Roma, uma das cidades mais visitadas pelos turistas do mundo todo, não caminha praticamente ninguém pelas belas ruas do centro histórico. Há poucos dias precisei ir nos arredores do Vaticano e um amigo que me acompanhava me fez prestar atenção em algo que eu já não mais me atentava: o som das fontes da Praça de São Pedro. Por um instante não tinha outro barulho naquele lugar e a fonte parecia ter “voltado a cantar”. Que esse silêncio de hoje nos ensine a voltar a escutar as fontes, as crianças que moram ao nosso lado, a respiração de nossos pais ou avós, a batida do nosso próprio coração, que insiste em nos recordar que estamos vivos e precisamos ter Esperança.
*Lizia Costa é jornalista e missionária da comunidade Canção Nova, em Roma (Itália).