“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
A pesquisa Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil foi concebida a partir do esforço conjunto de pesquisadores, gestores públicos, universidades e instituições culturais interessados em registrar a visão de indivíduos e coletivos sobre os impactos da Covid-19 nas suas áreas de atuação. No evento virtual, será feita a apresentação da pesquisa, lançada no dia 10 de junho de 2020, sua proposta e primeiros resultados, a partir dos dados capturados até o momento, bem como a análise de dados sobre o tema na perspectiva de cada região do país.
Ao avaliar os impactos da Covid-19 nas cadeias de produção e distribuição dos setores cultural e criativo, a pesquisa busca compreender em profundidade as realidades estaduais e municipais e oferecer informações aos gestores públicos em tempo real, dimensionando os impactos de curto e médio prazo da pandemia no Brasil, orientando o debate e a criação de saídas para a crise atual.
A pesquisa também busca interiorizar a captura de dados nas diferentes regiões brasileiras, contemplando profissionais que residem em cidades distantes dos grandes centros, incluindo comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e ciganas, dentre outras. A ideia é ter um retrato da diversidade e amplitude territorial do Brasil e tornar o questionário o mais inclusivo e acessível possível.
O webnário contará com participação da diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda; da diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do SESC, Lúcia Prado; da coordenadora de Cultura da Unesco no Brasil, Isabel de Paula; dos idealizadores e pesquisadores André Lira, Pedro Afonso e Rodrigo Amaral e de integrantes do Fórum Estadual dos Secretários e Dirigentes de Cultura.
A pesquisa ficará aberta para coleta de dados até o dia 16 de julho de 2020. Os resultados serão oferecidos às secretarias de cultura, com análises sobre a situação local e em comparação com os demais estados, além das respostas relativas ao estado.
São parceiros na iniciativa a Representação da Unesco no Brasil, o SESC, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e as Secretarias e Fundações de Cultura dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.
O evento será transmitido pelo link http://www.youtube.com/user/Secultespiritosanto. Para participar da pesquisa, basta clicar no link http://iccscovid19.paperform.co e responder ao questionário.
Amendoim doce por Chef Andrea Follador. Fotos: divulgação.
Muito versátil e podendo ser consumido de diversas maneiras, não é atoa que o amendoim é uma das oleaginosas mais consumidas no Brasil. A iguaria está presente em receitas doces e salgadas, que não podem faltar em um bom ‘arraiá’. A chef pâtissier e cake designer Andrea Follador separou duas receitas que fazem o amendoim brilhar e vão completar sua Festa Junina em casa.
Amendoim doce
Ingredientes:
1 xícara (chá) de amendoim cru com pele
1 xícara (chá) de açúcar refinado
½ xícara (chá) de água
1 pitada de fermento em pó
Modo de preparo:
Em uma panela, misture todos os ingredientes e leve ao fogo baixo. Deixe engrossar a calda até açucarar. Mantenha no fogo e mexendo sempre até que o amendoim seque por completo.
Despeje sobre uma assadeira e deixe esfriar totalmente. Depois guarde hermeticamente fechado para manter sequinho.
Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 15 porções
Pé de moleque
Ingredientes:
2 xícaras de amendoim torrado e moído
2 xícaras de amendoim torrado em grãos
2 xícaras (chá) de açúcar
1 xícara (chá ) de leite
Modo de preparo:
Em uma panela, adicione todos os ingredientes e leve tudo ao fogo, mexendo sempre até desgrudar do fundo da panela. Despeje em assadeira untada e espere esfriar e endurecer. Quando estiver completamente frio, corte em pedacinhos.
Rendimento: 30 porções
Tempo de preparo: 40 minutos.
Nesta segunda feira (29), a atriz Antonia Frering conversará em seu Instagram com Carolina Larriera, economista e ativista pelos Direitos Humanos e viúva do diplomata Sergio Vieira de Mello, cuja biografia foi retratada no filme Sergio, da Netflix, estrelado por Wagner Moura.
Resiliência, diplomacia e o papel da mulher serão alguns dos temas abordados nesse bate-papo entre as duas.
Sobre Antonia Frering
Nascida no Rio de Janeiro, Antonia Frering é filha do empresário Antônio Alfredo Mayrink Veiga com Carmen Mayrink Veiga, socialite carioca referência em estilo – nos anos 1980, fez parte da seleta lista de pessoas mais bem-vestidas do mundo da revista americana Vanity Fair.
Antônia descobriu a vocação de atriz há cerca de vinte anos, quando morava em Londres com a família. O filho do meio, Lorenzo – que na época tinha 13 anos e seus irmãos Guilherme, 15, e Maria, 9 – queria fazer um curso de teatro e não podia ir sozinho. Como teria que levá-lo e buscá-lo, aproveitou para se matricular nas aulas também. Assim que pisou no palco pela primeira vez, teve certeza de que era aquilo que queria fazer: lembrou-se imediatamente da infância, quando o passatempo preferido era encenar e escrever pequenas peças, além de dançar nos espetáculos do colégio.
Antônia é casada com Guilherme Frering e mãe de três filhos, Maria Teresa, Guilherme e Antônio Lorenzo. Esposa e mãe dedicada e atriz talentosa, Antônia é prova de que sempre é tempo de perseguir a felicidade. Atualmente, Antonia tem feito conteúdos estratégicos em seu perfil no Instagram, que já acumula mais de 70mil seguidores. Em suas lives, aborda sobre assuntos que fazem parte do seu dia a dia, como saúde, beleza, bem-estar, wellness, moda e comportamento.
Sobre Carolina Larriera
Carolina tem uma década de experiência trabalhando nas Nações Unidas, na sede em Nova York e em Operações de Manutenção da Paz da ONU. No Timor-Leste, ela esteve envolvida no desenvolvimento de pequenas divisões do governo e na sua consequente transformação em ministérios de pleno direito. Para o recém-criado Ministério de Finanças, ela estabeleceu o primeiro escritório alfandegário do país e constituiu 12 postos alfandegários na fronteira com a Indonésia (West Timor). Também treinou uma equipe de 50 pessoas e lançou o primeiro programa de gerenciamento para o recém-criado Serviço Público Civil. A sua missão terminou o com a declaração da independência de Timor-Leste, em 20 de maio de 2002.
Enquanto no Timor-Leste, Carolina também executou um projeto para o Banco Mundial, o SEP (Small Enterprises Project) do TFET (Trust Fund for East Timor), estabeleceu a primeira iniciativa de microcrédito no Timor-Leste e distribuiu mais de 400 projetos desde a indústria de processos de fabricação, até o transporte de passageiros.
A sua seguinte missão política com a ONU foi em Bagdá, durante a guerra dos EUA no Iraque. Após a queda de Saddam Hussein, ela organizou a primeira Conferência Internacional de Justiça em Transição (Transitional Justice) em Bagdá, com a participação de mais de 20 ONGs internacionais, no início de julho de 2003.
Trabalhou desenvolvendo políticas públicas para a empregabilidade e os direitos econômicos das viúvas, como parte do portfólio da ONU de direitos humanos.
Ela também coordenou os preparativos para a primeira Conferência Internacional de Doadores para o Iraque (suspendida pelo atentado). Carolina sobreviveu ao ataque terrorista no escritório da ONU em Bagdá, em 2003 e teve que lutar contra o PTSS (Síndrome do Estresse Pós-Traumático).
Data: 29/6
Horário: 17h
Local: live no perfil de Antonia Frering @antoniafrering com @carolina.larriera.
Os 63 anos de fundação do Indaiatuba Clube serão comemorados de uma maneira diferente. Em virtude da quarentena decretada por conta da pandemia do novo Coronavírus, que impede a realização de eventos com aglomeração de pessoas, a Diretoria Executiva optou pela realização de uma live que será transmitida pelo canal do IC no Youtube (https://youtu.be/XKa_7s-sGzI) a partir das 20h do sábado, dia 4 de julho.
A comemoração terá como atração principal a banda 4Head, que vai tocar o melhor do pop rock nacional, internacional e clássicos. Durante a live, membros do Conselho Deliberativo e da Diretoria vão parabenizar o Clube, imagens históricas do IC serão apresentadas e o tradicional corte do bolo de aniversário será feito ao vivo. O show será feito dentro do Espaço Órion e terá duração de duas horas.
Segundo o presidente do IC, Paulo Finatti, essa foi a maneira encontrada para que a data seja lembrada e os associados possam participar. “Todo ano o aniversário do Indaiatuba Clube é muito comemorado pelos diretores, conselheiros e associados. As festas de aniversário do IC sempre foram eventos marcantes dentro do nosso calendário de eventos e não poderíamos deixar a data ser esquecida. Por isso, tivemos a ideia de fazer a live e permitir que todos os associados e simpatizantes do Indaiatuba Clube possam celebrar com a gente os 63 anos de fundação”.
Exemplo da importância da data para os associados, o evento já estava programado para este ano. “Infelizmente, por conta de todos os desdobramentos da pandemia do novo Coronavírus, nós tivemos que adiar o show dos Titãs, que seria o grande evento em comemoração ao aniversário do Clube, programado para acontecer no dia 18 de julho (a nova data será confirmada). Porém, mesmo com todas as adversidades, nós vamos conseguir comemorar juntos, cada um na sua casa”.
Crédito da foto: Ana Limp.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmará acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. O acordo será resultado da cooperação entre o governo brasileiro e a biofarmacêutica, anunciado neste sábado (27/6) pelo Ministério da Saúde.
Trata-se de uma encomenda tecnológica em que a instituição adquire o produto antes do término dos ensaios clínicos previstos, em função do movimento global de mobilização e para aquisição de vacinas. O acordo com a biofarmacêutica prevê duas etapas de produção. A primeira consiste na produção de 30,4 milhões de doses antes do término dos ensaios clínicos, o que representaria 15% do quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de 127 milhões de dólares. O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas, mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser completamente internalizada e nacional. “A produção dessa vacina é mais uma importante iniciativa da Fiocruz, que, combinada a outras ações, poderá contribuir para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Como instituição estratégica do Estado brasileiro, carregamos 120 anos de experiência e atuação na saúde pública. Num momento como esse, de emergência sanitária, já temos uma infraestrutura robusta e com capacidade produtiva para incorporar novas tecnologias e introduzir novas vacinas rapidamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso é resultado direto desse acúmulo e de todo o investimento que se fez na Fiocruz nos últimos anos, especialmente na atualização de seu parque tecnológico”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
A expectativa da AstraZenica é de que um primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, possa ser produzido até dezembro de 2020 e outro lote, com as 15,2 milhões de doses restantes, possa ser entregue em janeiro de 2021. Após essa produção, ainda seriam necessárias etapas de registro e validação antes de uma possível distribuição.
Nesse momento, a Fiocruz já teria capacidade de executar todo o processamento final da vacina a partir do recebimento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da AstraZeneca, contemplando as etapas de formulação, envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade. Em paralelo, a Fundação deverá fazer as adequações necessárias em suas instalações para incorporar a produção do IFA, de modo a se tornar autossuficiente em todas as fases do processo. A previsão é de que a incorporação completa do IFA possa ser concluída nos primeiros meses de 2021.
Ao término dos ensaios clínicos e com a eficácia da vacina comprovada, o acordo prevê uma segunda etapa, com a produção de mais 70 milhões de doses, ao preço de custo de 2,30 dólares por dose. “Caso a vacina se mostre realmente eficaz, por sermos uma referência na região e termos larga capacidade produtiva, o acordo com a AstraZenica ainda nos coloca a possiblidade de sermos responsáveis pelo fornecimento da vacina para a América Latina”, acrescenta a presidente da Fiocruz.
Por designação do Ministério da Saúde, como a instituição com capacidade de avaliar tecnologias, a Fiocruz vem realizando análises prospectivas de diversos projetos de vacinas que estão sendo desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, considerando também os riscos associados a cada uma delas. “Nosso foco tem sido em vacinas em estágio mais avançado, com potencial tecnológico para atender às demandas do Ministério da Saúde e que utilizem plataformas que possam vir a ser reaproveitadas para outras emergências. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford atende a esses critérios. Isso significa que, como não estamos apenas comprando os lotes de vacinas e sim internalizando a produção, caso ela não se mostre eficaz após os ensaios clínicos, ainda assim poderemos aproveitar essas novas plataformas tecnológicas adquiridas e aprimoradas para outras linhas de produção”, comenta o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.
40 milhões de doses mensais
A Fiocruz tem capacidade de atuar imediatamente nas etapas de formulação e processamento final da vacina por meio de seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), podendo chegar a produção de 40 milhões de doses mensais sem prejudicar qualquer outra linha de produção atual, considerando a estrutura já instalada e o aumento da produtividade, calculado por meio do estabelecimento de novos turnos de trabalho e do rearranjo das atividades produtivas.
Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, “o estabelecimento do acordo pelo governo brasileiro é fundamental para garantir a disponibilidade de doses para o país tão logo se chegue ao registro da vacina. E Bio-Manguinhos possui competência tecnológica e capacidade industrial para abastecer o SUS rapidamente e incorporar a tecnologia, de modo a garantir a soberania nacional em relação a este imunobiológico essencial para o combate à pandemia”.
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford foi desenvolvida através da plataforma tecnológica de vírus não replicante (a partir do adenovírus de chimpanzé, obtém-se um adenovírus geneticamente modificado por meio da inserção do gene que codifica a proteína S do vírus SARS-COV-2). Embora seja baseada uma nova tecnologia, esta mesma plataforma já foi testada anteriormente para outras doenças, como, por exemplo, nos surtos de ebola e MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio causada por outro tipo de coronavírus), e é semelhante a outras plataformas de Bio-Manguinhos/Fiocruz, o que facilita a sua implantação em tempo reduzido.
Atualmente, a instituição atende às demandas do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS) com o fornecimento de 7 vacinas, que imunizam contra 8 doenças – febre amarela, pneumonia, poliomielite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
Vacina está em estudo no Brasil
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos projetos mais promissores até o momento, a vacina está em fase 3 dos ensaios clínicos, que é a última etapa de testes em seres humanos para determinar sua segurança e eficácia.
Estudos preliminares das fases 1 e 2 demostraram que a vacina apresenta respostas imunológicas promissoras. Na fase 3, a vacina tem sido testada em diversos países. No Brasil, o protocolo prevê 2 mil participantes recrutados em São Paulo, pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) e, no Rio de Janeiro, pelo Instituto D’Or. O estudo avalia o chamado “esquema vacinal”: um grupo recebe uma dose da vacina e outro recebe duas doses, sendo a segunda dose administrada 4 semanas após a primeira. O estudo deve ser ampliado no Brasil para 5.000 participantes. Há uma expectativa de que já haja resultados preliminares dessa fase em outubro ou novembro deste ano.
Especialistas avaliam que a realização de estudos clínicos no país será muito importante para determinar a eficácia da vacina na população brasileira. “A população brasileira tem caraterísticas próprias e temos avançado muito na pesquisa clínica. É importante testarmos as vacinas considerando tanto as variações genéticas da nossa população, como as variantes de vírus que têm circulado no país. Isso vai nos garantir uma segurança muito maior do que se tivéssemos incorporando uma vacina testada em outras condições e com outro perfil de população”, comenta Krieger.
Desenvolvimento de vacina nacional
A Fiocruz atua também em outras iniciativas na busca por um imunizante, como em seus dois projetos de desenvolvimento:
– Vacina sintética, com base em peptídeos antigênicos de células B e T – ou seja, com pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos específicos para defender o organismo contra agentes desconhecidos – neste caso, o Sars-CoV-2; e
– Vacina com a plataforma de subunidade (que utiliza somente fragmentos de antígenos capazes de estimular a melhor resposta imune), que testa diferentes construções da proteína S, a principal proteína para a ligação do vírus Sars-CoV-2 nas células do paciente, responsável pela geração de anticorpos protetores/neutralizantes.
Além disso, a Fiocruz está desenvolvendo uma vacina que utiliza o vírus da influenza como vetor vacinal para gerar resposta imunológica. Com esse processo, uma das possibilidades é desenvolver uma vacina bivalente, que possa ser usada contra influenza e contra o novo coronavírus.
Essas ações dão materialidade ao papel estratégico da instituição pública no estabelecimento da autossuficiência nacional na produção de insumos para a saúde.
Saiba mais: facebook.com/oficialfiocruz.