“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Fotos: Guilherme Sorbello.
Para dar conta de responder a complexa questão acerca de quem são os artistas que irão definir o horizonte artístico e cultural nesta década que se inicia, a dupla Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, fundadores da Art Consulting Tool, imergiu em uma ampla pesquisa curatorial cujo resultado pode ser visto pelo público no livro inédito 20 em 2020, Os artistas da próxima década: América Latina. Com realização do Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura e patrocínio do banco BTG Pactual, a publicação terá distribuição nacional a partir de fevereiro.
Com análises de 14 críticos e curadores de diversas nacionalidades e pesquisas, entre os quais o cubano Gerardo Mosquera – que assina o texto introdutório do livro –, as brasileiras Diane Lima, Júlia Rebouças e Kiki Mazzucchelli, o mexicano José Esparza Chong Cuy e o peruano Miguel A. López, o livro destaca a obra de 20 artistas latino-americanos e, mais além, de artistas que se relacionam com o continente por meio de suas pesquisas. São nomes como os colombianos Iván Argote e Gala Porras-Kim, o venezuelano Sheroanawe Hakihiiwe, os brasileiros Adriano Amaral, Dalton Paula, Jota Mombaça e Yuli Yamagata, as mexicanas Frieda Toranzo Jaeger, Pia Camil e Tania Pérez Córdova, a francesa Tabita Rezaire, os argentinos Ad Minoliti e Gabriel Chaile e a kuwaitiana Alia Farid, entre outros. “Os 20 artistas emergentes, cuidadosamente selecionados pelos editores, proclamam a escandalosa diversidade da arte contemporânea da América Latina e rechaçam qualquer tipo de exercício totalizante. (…) Os artistas aqui apresentados nos dão um panorama abrangente de tendências, poéticas, lugares, dinâmicas, risos, obsessões, sensibilidades, ações, reações, desprendimentos, ataques… Enfim, de todo o caleidoscópio da arte que consideramos latino-americana devido ao seu âmbito geográfico ou por afinidades históricas, culturais e linguísticas compartilhadas”, reflete Gerardo Mosquera na introdução do livro.
A questão fundamental e premissa da pesquisa recaiu menos sobre os artistas e mais sobre a pergunta O que é a América Latina? e se haveria nela uma unidade estética e cultural. “Qual recorte mais adequado para entender este vasto continente? (…) Será que podemos falar de uma voz artística da América Latina?”, indaga Fernando Ticoulat no texto de apresentação da publicação. “Longe de querer interpretar o outro, este livro procura sustentar dissidências, realçar a periferia e sugerir imaginários variáveis. (…) O que fica claro a partir de nossa pesquisa é a resistência oferecida pelos artistas latino-americanos, cada um com suas poéticas e sensibilidades, sem panfletagem. Resistência contra a homogeneização e comodificação de nossas almas, ritos e mitos. Resistência ao enquadramento raso de clichês antigos, contra qualquer estereotipização”, afirma.
Com textos em português, inglês e espanhol, o livro compila análises individuais sobre a produção de cada artista, além de apresentar seus currículos, imagens de obras e vistas de exposições.
Antecipando a chegada de 20 em 2020 às principais livrarias do país, no dia 26 de janeiro, às 12h, a Art Consulting Tool promove um bate-papo no Zoom entre Fernando Ticoulat e Gerardo Mosquera, mediado por João Paulo Siqueira Lopes. Juntos, eles debatem sobre a produção artística da América Latina e suas perspectivas futuras.
Lista completa de artistas: Ad Minoliti (Buenos Aires, Argentina) | Adriano Amaral (Ribeirão Preto, Brasil) | Alia Farid (Kuwait, Kuwait) | Carolina Caycedo (Londres, Reino Unido) | Dalton Paula (Goiânia, Brasil) | Frieda Toranzo Jaeger (Cidade do México, México) | Gabriel Chaile (Tucumán, Argentina) | Gala Porras-Kim (Bogotá, Colômbia) | Iván Argote (Bogotá, Colômbia) | Jill Mulleady (Montevideo, Uruguai) | Johanna Unzueta (Santiago, Chile) | Jota Mombaça (Natal, Brasil) | Katherinne Fiedler (Lima, Peru) | Naufus Ramírez-Figueiroa (Cidade da Guatemala, Guatemala) | Pia Camil (Cidade do México, México) | Reynier Leyva Novo (Havana, Cuba) | Sheroanawe Hakihiiwe (Sheroana, Venezuela) | Tabita Rezaire (Paris, França) | Tania Pérez Córdova (Cidade do México, México) | Yuli Yamagata (São Paulo, Brasil).
Lista completa de críticos e curadores: Andrei Fernández (Argentina) | Diane Lima (Brasil) | Gerardo Mosquera (Cuba) | Germano Dushá (Brasil) | José Esparza Chong Cuy (México) | Júlia Rebouças (Brasil) | Kiki Mazzucchelli (Brasil) | Mariano López Seoane (Argentina) | Miguel A. López (Peru) | Nika Chilewich (Estados Unidos) | Olga Viso (Estados Unidos) | Pilar Tompkins Rivas (Estados Unidos) | Raphael Fonseca (Brasil) | Ruth Estévez (México/Estados Unidos).
Sobre a Art Consulting Tool | Criada em 2017 e sediada em São Paulo, a Art Consulting Tool (Act.) é uma consultoria de arte que atua junto a todos os agentes do setor – colecionadores, galerias, museus, artistas e instituições. Sob o comando de João Paulo Siqueira Lopes, fundador e head de art advising, e Fernando Ticoulat, co-fundador e head de projetos, a Act. oferece consultoria a interessados em arte – com coleções recém iniciadas ou já estabelecidas –, com acompanhamento em todo o processo, desde a aquisição, logística de montagem, até o gerenciamento e catalogação das obras. Ainda atuam em todas as frentes de criação, curadoria, gestão e produção de livros, exposições e projetos financiados por leis de incentivo.
Ficha técnica
Título: 20 em 2020, Os artistas da próxima década: América Latina
Organização: Fernando Ticolaut e João Paulo Siqueira Lopes
Coordenação editorial: Art Consulting Tool
Páginas: 264
Dimensão: 23 x 31 cm [fechado]
Valor: R$200
Onde encontrar: Martins Fontes, Amazon.
Foto: divulgação.
Famosa na região norte do Brasil, a maniçoba é um prato de origem indígena e requer muita atenção durante seu preparo. A base do prato é a folha da maniva (mandioca brava) – extremamente tóxica, a folha precisa ser cozida por mínimo sete dias para ficar livre do ácido cianídrico (cianeto). Após os 7 dias de fervura a maniva está pronta para receber os demais ingredientes do preparo da maniçoba.
No restaurante Amazônia Soul, em São Paulo, a maniva – que já vem cozida da capital Belém – passa por mais alguns dias de cozimento. Segundo Pedro Amaral, dono do restaurante, esse processo garante mais sabor e segurança ao alimento, que é um dos mais pedidos do menu.
Receita da maniçoba paraense do Amazônia Soul
Ingredientes:
1 kg de maniva pré cozida
300 g de carne seca
300 g de bacon
200 g de pé de porco
200 g de rabo de porco
200 g de orelha
300 g de linguiça calabresa
10 g de folhas de louro
Modo de preparo:
Primeiro dessalgue o pé, orelha e o rabo do porco e reserve. Coloque a folha da maniva para cozinhar em água por 3 horas (observação: para o preparo, compre a maniva pré cozida por 7 dias, que é livre de toxinas). Após esse período, adicione a carne seca, carnes de porco, louro, bacon e a calabresa e deixe cozinhar por aproximadamente 2 horas ou até que as carnes estejam bem cozidas. Ao final do preparo, sirva a maniçoba com arroz branco.
Confira o cardápio e os produtos do empório do restaurante pelo link https://www.goomer.app/amazoniasoulsp/menu.
Amazônia Soul | Com cardápio fixo, o restaurante faz entregas para até 7 km ou retirada no local. Entre as sugestões estão Isca de Dourada (R$32,90), Costela de Tambaqui (R$57,90), Pirarucu de casaca (R$63,90), Tacacá em versão grande (R$31,90) e açaí paraense orgânico e 100% puro (R$28,90 – 500 ml). Pedidos pelo telefone (11) 5083-4046/Instagram @amazoniasoulsp. Retirada: Rua Áurea, 361, Vila Mariana – São Paulo/SP. Atendimento ao público: Ter a Sáb: 12h às 20h. Dom: 12h às 18h. De terça a sexta, atendimento de mesa e delivery. Sábado e domingo, somente delivery e retirada.
Foto: Louis Hansel/Unsplash.
Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) demonstraram que nem sempre comer fora de casa produz efeitos maléficos à saúde. Dados de estudo publicado na edição de janeiro de 2021 da revista Cadernos de Saúde Pública mostram que adolescentes que consomem alimentos fora de casa apresentam menos propensão a desenvolver hiperglicemia e hipertensão arterial comparados a jovens que fazem as refeições em casa. Uma explicação está no fato da maioria dessas refeições serem feitas na escola, sobretudo pelos alunos da rede pública de ensino.
Para investigar a relação entre o consumo de alimentos fora de casa e a propensão de adolescentes a desenvolver doenças crônicas, os pesquisadores utilizaram dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), feito em 2013 e 2014. O ERICA foi conduzido com 36.956 jovens de 12 a 17 anos, que estudavam em escolas públicas e privadas de municípios com mais de 100 mil habitantes, de todas as regiões brasileiras. Na ocasião, os jovens foram pesados e tiveram a estatura medida para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Eles também tiveram a pressão arterial aferida e realizaram exames de sangue. Responderam, ainda, um recordatório alimentar sobre o que haviam consumido nas últimas 24 horas e onde haviam feito essas refeições.
O consumo de alimentos fora de casa foi citado por 53,2% dos adolescentes, sendo maior entre aqueles que estudavam em escolas privadas (62,5%). No entanto, considerando apenas a alimentação realizada na escola, a frequência do consumo foi três vezes maior entre os estudantes da rede pública (61,7%) na comparação com os da rede privada (21,4%).
Biomarcadores e importância da merenda | Na análise geral, os pesquisadores encontraram uma relação inversa entre consumo de alimentos fora de casa e a ocorrência de hiperglicemia, que é a alta taxa de glicose no sangue, em ambos os sexos. Não houve associação entre consumo de alimentos fora de casa com excesso de peso e outros biomarcadores para doenças crônicas, como taxas de hemoglobina glicada, triglicerídeos e colesterol total.
Já as análises estratificadas por sexo e rede de ensino mostraram que os meninos que estudavam em escolas públicas e que consumiam alimentos fora de casa apresentaram menor probabilidade de ter altas doses de insulina e glicose no sangue do que aqueles que faziam as refeições somente em casa. Entre as meninas de escolas públicas, aquelas que se alimentavam fora de casa também tiveram menor chance de apresentar hipertensão arterial e hiperglicemia.
Sobre a ingestão média calórica e de açúcar de adição, esta foi maior nos adolescentes que consomem alimentos fora de casa, assim como o consumo de sanduíches, sobremesas e refrigerantes. Mas, ao mesmo tempo, os adolescentes que se alimentam fora de casa também apresentaram maior ingestão de frutas, fibras, verduras e feijão. Esses achados foram observados somente nos estudantes da rede pública de ensino. “O papel protetor da alimentação fora de casa em indicadores bioquímicos nos adolescentes pode ser em função de um maior consumo da merenda escolar”, diz Suelyne Rodrigues de Morais, principal autora do artigo. “O estudo enfatiza a importância da qualidade da alimentação na escola e a sua influência na dieta dos adolescentes, já que a oferta de alimentos saudáveis, como frutas e legumes, pode propiciar um melhor consumo desse grupo alimentar pelos estudantes”, completa Morais. Ela é a autora da dissertação de mestrado que originou o artigo, defendida em 2019 na UECE e que teve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Segundo ela, os achados sobre maior prevalência de hipertensão e hiperglicemia em adolescentes que não consumiram alimentos fora de casa e sobre excesso de peso nos dois grupos também são dados importantes. “Eles permitem ampliar o olhar para o tipo de alimentação que vem sendo realizada por esse grupo populacional também em casa”.
Morais explica que esse foi o primeiro trabalho de base escolar no Brasil com grande representatividade, que avaliou o consumo alimentar efetivo desses adolescentes juntamente com exames bioquímicos. “Tendo em vista a relevância desses resultados, será dada continuidade à pesquisa, refinando os dados em análises futuras, com o intuito de elaborar trabalhos de intervenção que melhorem a merenda escolar e favoreçam escolhas alimentares mais saudáveis para os adolescentes”, planeja.
(Fonte: Agência Bori)
Leonardo Coelho, CEO da Instituto BH Futuro. Foto: divulgação.
“O Terceiro Setor tem um papel importante no desenvolvimento social. Quanto mais oportunidades são difundidas, mais pessoas conseguem melhor se estabelecer dentro da economia, ajudando o sistema a girar mais rápido” – é o que defende Leonardo Coelho, CEO do Instituto BH Futuro.
De acordo com uma pesquisa da Markstein, 70% dos consumidores se dizem interessados em saber o que as marcas estão desenvolvendo como ações de responsabilidade social e ambiental. “Para os consumidores, com cada vez mais acesso a diferentes informações, está cada dia mais nítido o interesse nos gastos das instituições que apoiam”, avalia.
Na mesma pesquisa, 44% dos consumidores entrevistados disseram estar dispostos a pagar mais caro por produtos e serviços se tal acréscimo resultar na manutenção contínua dos projetos sociais e ambientais das empresas. “O consumidor na era pós-pandemia é cada vez mais crítico. Houve um crescimento muito grande das plataformas digitais, aliado ao surgimento de novos canais de informação e fortalecimento de influencers. Com esse grande fluxo de conteúdo, é normal buscar estar próximo ao tipo de ideia que se apoia. Isso também é normal em relação ao consumo, onde os compradores buscam marcas aliadas de seus ideais”, reflete Leonardo.
Para ele, nesse cenário de alto crescimento digital e de aumento crítico do consumidor, projetos sociais se fazem indispensáveis para o ‘mindset’ das empresas. “Avalie, se um projeto favorece o crescimento social e econômico, o consumidor está ligado em quem apoia projetos e a economia ganha com isso, por que não investir? – É uma conta simples”, pontua o gestor.
Ainda de acordo com a pesquisa da Markstein, 74% dos consumidores disseram que grandes empresas que realizam ações sociais têm a autopromoção como primeiro objetivo. Além disso, 73% afirmaram acreditar que tais programas são desenvolvidos para compensar os danos que as mesmas corporações causam. “Existe uma relação de causa e efeito. Seja qual for a motivação da companhia, o efeito imediato é o crescimento social dos atendidos pelo projeto. Claro, o ideal seria que as motivações fossem sempre puras. Porém, o Terceiro Setor precisará de mais investimento em 2021. A pandemia esgotou recursos e é necessário promovermos um crescimento igualitário da sociedade, pensando em um futuro mais forte”, conclui.
Foto: Luisa Schetinger/Unsplash.
O diabetes tipo 2 – a forma mais comum de diabetes – provoca um conjunto complexo de alterações e requer cuidados variados ao longo da vida. A ingestão de canela, se usada diariamente, pode funcionar como terapia complementar no controle da doença, é capaz de reduzir os níveis de hemoglobina glicada, glicemia em jejum e melhorar a disponibilidade da insulina no sangue. É o que mostram pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com pesquisadores de outras instituições, em artigo publicado no dia 6 de fevereiro no Journal of the American College of Nutrition.
Para avaliar a eficácia da canela no controle glicêmico, os pesquisadores realizaram um ensaio clínico, entre agosto e dezembro de 2019, com 140 pessoas com diabetes tipo 2 que frequentavam cinco unidades básicas de saúde (UBS), no município de Parnaíba, no estado do Piauí.
Os pacientes eram de ambos os sexos, com idade entre 18 a 80 anos, que utilizavam medicamentos orais contra diabetes e registravam índice de hemoglobina glicada maior ou igual a 6,0%. Eles foram divididos igualmente em dois grupos, sendo que o grupo experimental ingeriu diariamente 3 gramas (quatro cápsulas) de canela em pó durante três meses, enquanto o outro grupo ingeriu placebo da mesma forma e durante o mesmo período. Todos mantiveram sua rotina, alimentação e tratamento habituais e realizaram exames sanguíneos antes da intervenção. Pesquisadores, técnicos envolvidos no estudo e participantes não sabiam a qual grupo cada pessoa pertencia.
Após 90 dias da intervenção e a realização de nova bateria de exames, os participantes que ingeriram canela tiveram redução média de 0,21% nos índices de hemoglobina glicada, enquanto os que receberam placebo registraram aumento médio de 0,38% nos mesmos índices. O grupo experimental também teve diminuição do índice de glicemia em jejum (−0,56 mmol/L ou −10 mg/dL) contra uma elevação de 1,17 mmol/L do grupo placebo. Já os níveis de insulina baixaram em ambos os agrupamentos e não foram estatisticamente significativos.
A partir dos dados de glicemia em jejum e insulina, foi calculado o índice HOMA-IR, que mensura se a resistência à insulina (hormônio que quebra o açúcar no sangue) está alta ou não. “Pacientes com diabetes já possuem alteração nesse índice, mas, com o tempo, pode-se avaliar se a resistência à insulina está piorando ou se mantém estável, com níveis aceitáveis para um bom gerenciamento da doença”, explica José Claudio Lira, principal autor do artigo. O índice diminuiu uma média de 0,47% entre os que usaram canela e subiu uma média de 0,30% no grupo placebo.
Recurso auxiliar para o controle da doença | José Cláudio ressalta que a canela conseguiu melhorar a redução dos níveis glicêmicos desses pacientes, algo que os medicamentos para o diabetes, nessa população, já não estavam mais conseguindo fazer. “Por conta dos hábitos de vida dos pacientes, há um momento em que são necessárias medidas adicionais para um melhor gerenciamento da doença, ou o paciente entra em inércia clínica. Nesse sentido, acredita-se que, com o uso da canela por um período maior que os três meses do estudo, a pessoa poderá ter benefícios contínuos”, diz Lira.
Ele destaca ainda que a canela é um produto muito prático para ser inserido no dia a dia do paciente, de baixo custo e sem efeitos colaterais registrados, o que é um aspecto relevante, uma vez que uma dificuldade hoje é a baixa adesão das pessoas ao tratamento. “Também é preciso ter em mente que não é apenas a canela, associada aos antidiabéticos orais, que trará todos os benefícios esperados para um bom controle da doença. É importante que os pacientes tenham um acompanhamento contínuo, uma dieta saudável e pratiquem exercícios físicos de forma regular.”
Segundo Lira, além da canela, já foram testados maracujá, cúrcuma e gengibre e as pesquisas devem continuar com outros produtos, como o café. “Queremos formar um conjunto de possibilidades para ajudar no controle do diabetes. No futuro, quem sabe poderemos produzir um fitoterápico misturando as substâncias que foram mais efetivas para isso”, completa.
(Fonte: Agência Bori)