“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: @willianaguiar.
A primeira edição do Festival Paiol de Fotografia, idealizado pelo Espaço Paiol de Arte e Cultura, de Campinas, interior de São Paulo, dirigido pela fotógrafa e produtora Juliana Hilal, abre inscrições a partir do dia 16 de fevereiro para oito oficinas com grandes nomes da fotografia nacional como Gal Oppido, Marcelo Greco, Nair Benedicto e Priscila Prade e para leitura de portfólio. Os (as) interessados (as) de todo o Estado de São Paulo devem se candidatar pelo site do projeto até o dia 23 de fevereiro para oficinas e até 28 de fevereiro para leitura de portfólio. A ação também prevê a realização de mesas redondas e uma exposição virtual 3D. Contemplado pelo Edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc Nº 40/2020 – Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o Festival terá todas as atividades inteiramente gratuitas e online.
No leque de oficinas, os participantes podem optar por Fotografia Autoral, com Marcelo Greco; Fotografia Criativa, com Gal Oppido; Fotodocumentação, com Nair Benedicto; Fotografia de Rua, com Alexandre Urch; Retrato, com Priscila Prade; Fotografia de Alimentos, com Rogério Voltan; Autorretrato, com Jacqueline Hoofendy e Olhar Fotográfico, com Wilian Aguiar. “A ideia de realizar um festival de fotografia é um sonho antigo, uma vontade de promover a troca de saberes, encontros e o diálogo sobre a fotografia e tudo o que ela representa. Quando criamos o Espaço Paiol de Arte e Cultura de Campinas, a ideia do Festival se fortaleceu e começou a tomar forma. Espero que esta seja apenas a primeira de muitas futuras edições”, afirma Juliana Hilal.
Foto: @voltanphotos.
A atuação na área da fotografia demanda em geral grande investimento na participação em cursos e oficinas que compartilhem conhecimento e ofereçam a oportunidade de crescimento profissional. Há segmentos da fotografia como retratos, fotografia de alimentos e fotografia de rua, entre outros, que exigem estudos diferentes, focados nas especificidades de cada área. “As oficinas oferecidas pelo Festival serão ministradas por grandes fotógrafos, profissionais muito conceituados e que são referências em seus ramos de atuação. Serão, portanto, uma excelente oportunidade para a transmissão de conhecimento teórico, para a troca de experiências e para a aplicação prática do conhecimento adquirido”, coloca a idealizadora.
Cada oficina terá duração de três dias. Com três horas por dia, os cursos são on-line e destinam-se a públicos acima de 16 anos – fotógrafos profissionais, amadores, entusiastas, amantes da fotografia e público em geral. Todos os participantes das oficinas receberão em suas casas os certificados de conclusão, juntamente com um caderno personalizado do festival e uma impressão fine art tamanho A4 de uma de suas fotos produzidas durante o festival, selecionada pelo professor juntamente com a equipe de produção.
Os(as) interessados(as) podem se inscrever para oficinas de 16 a 23 de fevereiro pelo site do Festival mediante envio de carta de intenção, seleção de fotos e currículo. Elas acontecem de 1 a 15 de março e terão quinze alunos cada, totalizando 120 participantes ao todo. “Queremos abranger em nossa seleção perfis diversificados dentro da fotografia; estaremos com olhares atentos para selecionar pessoas que se interessem pela fotografia e que vejam nela uma forma de comunicação entre suas vidas particulares e o mundo exterior – pessoas que tenham uma inconformidade, um desejo por buscar novas experiências por meio da fotografia”, diz Wiliam Aguiar, também idealizador do festival e um dos oficineiros.
Foto: @nairbenedicto.
Outra atividade que será oferecida é a leitura de Portfólio. Para se inscrever, o interessado deverá também enviar uma carta de intenção e registros de seus trabalhos entre os dias 16 a 28 de fevereiro. “Como em outras leituras, a ideia é fazer uma análise completa do material recebido para iniciar uma troca de opiniões e orientações com o participante. Creio que, por ser uma leitura individual, será uma grande oportunidade para troca entre as partes, cada um colocando em sua perspectiva as opiniões referentes ao trabalho apresentado”, acrescenta Aguiar.
A principal ideia do Festival é criar um ambiente de troca artística, com disseminação do conhecimento de maneira democrática e gratuita e que promova a fotografia como linguagem e forma de expressão.
Vagas | As vagas das oficinas e leituras de portfolio são destinadas a residentes do Estado de São Paulo – 50% delas reservadas para pessoas de fora da capital (interior e litoral). O acesso às mesas redondas e às exposições será livre para o público em geral, sem limite de número de participantes/visitantes e sem qualquer restrição geográfica. “Creio que democratizar o acesso a este festival é um de seus pontos fortes; trazer oportunidades para o estado inteiro participar enriquece a troca entre todas e todos os participantes. É fundamental diversificar e contar com particularidades e localidades diferentes a fim de enriquecer o conteúdo programático do festival”, finaliza Aguiar.
Foto: @galloppido.
Mesas redondas | Nas mesas redondas, o acesso será gratuito a qualquer interessado. “Teremos 4 mesas redondas virtuais para a discussão de temas relevantes para a fotografia atual no Brasil e no mundo: A Fotografia em Tempos de Isolamento Social, Gênero e Identidade na Fotografia, Por que Fotografamos? e Os Rumos da Fotografia no Século XXI“, conta Juliana.
Exposição | A exposição virtual, resultado das oficinas, disponibilizará fotos dos 120 alunos participantes. O Festival incluirá oito exposições compostas por fotos produzidas durante as oficinas, selecionadas pelos oficineiros. As exposições serão montadas e disponibilizadas ao público gratuitamente em plataforma virtual com navegação 3D.
Festival Paiol de Fotografia
Site: www.festivalpaioldefotografia.com.br
Inscrições para oficinas: de 16 a 23 de fevereiro pelo site acima
Realização das oficinas: de 1 a 14 de março pela plataforma Zoom
Inscrições para Leituras de Portfolio: de 16 a 28 de fevereiro pelo site
Leituras de Portfolio: de 22 a 27 de março pela plataforma Zoom
Mesas redondas: de 25 a 28 de março pelo Zoom, com transmissão simultânea pelo Youtube
Exposição: a partir do dia 20 de março.
Um desafio artístico coloca à prova a veia criativa de profissionais do grafite, da escultura, do desenho, da pintura e da colagem – é o Ultimate Artist, idealizado pela Mosaiky, produtora com mais de 30 anos, que visa promover, incentivar, divulgar expressões artísticas. Para isso, a produção do projeto vai executar um desafio para lançar artistas nacionais e colocar à prova algumas técnicas com propostas que tragam trabalhos com soluções inovadoras.
Cada artista de cada categoria receberá o seu “desafio artístico”; seja no tema, no formato ou na técnica, eles vão explorar e impulsionar sua qualidade profissional. Quem encarar e concluir os desafios no tempo estipulado será declarado o Ultimate Artist. “A ideia do Ultimate Artist é resgatar 25 artistas (cinco por categoria) da zona de conforto”, diz Sueli Parisi, produtora responsável pelo projeto. “Os artistas classificados vão fazer a divulgação do seu trabalho nas suas redes sociais”, completa Sueli.
Com provas presenciais seguindo todos os protocolos de segurança da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prevenção da Covid-19 – incluindo os testes para a equipe de produção e candidatos –, cada participante vai preparar sua obra (com materiais fornecidos pela produtora) ao vivo, durante a transmissão de uma live pelo @mosaikybr.
A cada etapa, serão publicadas imagens das obras para votação popular em uma plataforma que ficará disponível por cinco dias. Os mais votados vão para a etapa final. “É um dos projetos mais bonitos que já realizamos. O nível dos artistas é muito alto. Cada detalhe que estamos preparando, da maleta da equipe técnica até o troféu, foi muito bem elaborado e feito com muito carinho”, orgulha-se Sueli.
Cada artista receberá o cachê de R$1.000,00 por cada episódio de que participar, além de todos os materiais para a produção dos desafios, transporte e alimentação. O último desafio será apresentado pelo cantor e ator Moacyr Franco.
Todo o material capturado durante a gravação das lives será usado para a produção de uma websérie com seis episódios, sempre valorizando a arte, a sustentabilidade e o meio ambiente.
PARTICIPANTES
Conheça o perfil de alguns dos artistas:
Participação Especial: Carolina Nobre
Categoria: Desenho
Obra: Universo atípico – 2021
Técnica: Aquarela e canetas nanquim. Perfil: Carolina é autista grau 1 (descobriu há cerca de três anos), dentista, estudante de medicina, poliglota e conta que tem a missão de levar informações sobre o espectro. É amante das Ciências e Artes. Ela desistiu do atendimento em consultório odontológico porque não conseguia conviver com o barulho – o que a levou a criar um fone de ouvido que faz anulação sonora ao captar ruídos e transferir para um software que limpa o áudio e transmite ao usuário por uma condução óssea. @autizando
Subtu | Arthur Moriyama
Categoria: Escultura
Obra: Brasil – 2019
Técnica: Spray
Perfil: Subtu é um artista multimídia especializado em graffiti e pintura e também transita entre áreas de escultura, animação e mosaicos. O nome Subtu representa a própria essência de sua arte, que surge de maneira inesperada, debaixo dos olhos da sociedade, em um ataque repentino. @subtu
Edval Pessoa
Categoria: Desenho
Obra: Tucano – 2020
Técnica: Mista: Fitas recicladas de tecidos e lona de caminhão sobre caixa de madeira, cola. Perfil: Escolhido pelas artes, Edval é fascinado pela Arte Contemporânea e tudo o que a envolve. Busca retratá-la de forma mais precisa o seu pensamento e sentimento – pessoas, animais, natureza e aquilo tudo que é belo e impressiona aos olhos. @edvalpessoa
CALENDÁRIO
Categoria Pintura: Etapa 1, em 20 de fevereiro
Categoria Desenho: Etapa 2, em 21 de fevereiro
Categoria Escultura: Etapa 3, em 27 de fevereiro
Categoria Mista/Colagem: Etapa 4, em 28 de fevereiro
Categoria Grafite: Etapa 5, em 7 de março
Categoria Final: Etapa 6, em 13 de fevereiro – por votação popular.
Confira o perfil dos classificados de cada categoria:
Pintura
Wagner Vidal: @w.vidal.arte
Betto Damasceno: @bettoeu
Fer Cristina: @fer_cristinaoficial
Maurício Gigante: @mauricio_gigante
Rita Caruzzo: @art.ritacaruzzo
Desenho
Carolina Nobre: @autizando
Edval Pessoa: @edvalpessoa
Erasmo: @erasmocartunista
Gabriela Fune: @funegabriela
Vitor Furtado: @vitor_ofurtado
Escultura
Subtu: @subtu
Arte Dadá: @arte.dada
Teia Urbana: @teiaurbana
Vinícius Targa: @vinicius_targa
Laura Martinez: @lauolimares
Mista
Sonia Botture: @sosobotture
Liriopaper: @liriopaper
Sãtô: @Santidadeobscura
Carne Levare: @carnelevare
Russ: @russartes
Grafite
Kelly Reis: @kelly.reis_art
Afolego: @afolego
Douglas Small: @smallfpl
Berg: @obergw
Heitor Ohas: @heitor_ohas
Serviço:
Mais informações: https://mosaiky.com.br/ultimateartist.html
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Youtube: MosaikyEventos.
O ator e diretor Miguel Falabella, a cantora Alcione e o produtor Jô Santana. Fotos: divulgação.
A Cooperativa Social Cuxá, formada por mulheres detentas e egressas do sistema prisional de São Luís (MA), receberá a visita do ator e diretor Miguel Falabella e do produtor cultural Jô Santana para conhecerem o trabalho da cooperativa e desenhar parcerias para o espetáculo Marrom – O Musical, sobre a história de Alcione. A produção é parte do Projeto Trilogia do Samba, que conta também com as produções Cartola – O Mundo é um Moinho e Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro. Os artigos têxteis produzidos na Cuxá podem ganhar os palcos e ajudar a contar a história da sambista, que é também madrinha da Cooperativa.
Falabella e Santana estarão em São Luís nos próximos dias 23 e 24 de fevereiro para tratar de assuntos relacionados à pesquisa e produção do espetáculo. Na manhã do primeiro dia, terça-feira, eles se reunirão com o governador maranhense Flávio Dino e, no período da tarde, aproveitarão para conhecer a Cooperativa, atualmente instalada na Unidade Prisional Feminina de São Luís (UPFEM), no complexo prisional de Pedrinhas. Na visita, terão a oportunidade de conhecer a história das cooperadas e como o projeto apoiado pelo Instituto Humanitas 360 tem representado para elas uma perspectiva de mudança de vida.
Maranhenses celebrando o Bumba meu boi ou boi-bumbá.
Para Patrícia Vilella Marino, presidente do Instituto, a participação da Cooperativa Cuxá neste projeto é uma grande vitória. “Esta possível parceria nos mostra que estamos no caminho correto. É isso que fazemos com a cooperativa social Cuxá e as cooperativas do programa Empreendedorismo atrás e além das grades: reconciliamos pessoas para que elas possam adquirir uma nova oportunidade de ressocialização e, assim, reconstruírem suas histórias e jornadas de liberdade e autonomia”, comenta.
No dia 24, quarta-feira, Miguel e Jô visitarão também o Boi de Maracanã, boi do coração de Alcione que estará intensamente presente no musical.
Sobre o espetáculo Marrom – O Musical | Idealizado pelo ator e produtor Jô Santana, o espetáculo Marrom – O Musical tem texto e direção de Miguel Falabella e é a terceira peça do Projeto Trilogia do Samba, que conta também com as produções Cartola – O Mundo é um Moinho e Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro. O enredo contará a história da sambista Alcione, em uma trama permeada pela história do Maranhão, estado em que ela nasceu e do qual tanto se orgulha. “Quando Jô Santana me convidou para, a princípio, dirigir o espetáculo que encerraria sua trilogia do samba, não só aceitei encantado, como percebi que, para encenar um espetáculo que me satisfizesse plenamente como realizador, eu precisaria também assumir a dramaturgia. As minhas expectativas são altas: Alcione é minha amiga, uma mulher de atitudes e coragem memoráveis e contar sua vida é mergulhar nas raízes de uma das mais ricas culturas populares do Brasil, a maranhense”, comenta Falabella.
Festejo do folclore popular brasileiro realizado desde 1840 com personagens humanos e animais fantásticos gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.
Marrom – O Musical falará do Bumba-meu-boi, festejo tradicional da região, resgatando as relações sociais e econômicas do estado durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e escravidão, mesclando a cultura europeia, africana e indígena. “Assim, o grande desafio desse espetáculo é contar a história dessa diva através da tradição dramática do Boi, mesclando os diversos sotaques. Não será apenas uma reverência a esse tesouro nacional que é Alcione, mas ao contar sua história por meio de uma antiga tradição que remonta à Idade Média, homenageia nossa cultura, mantendo acesa a chama que tantos tentam apagar. Que abram-se as cortinas. O boi vai passar!”, celebra o ator e diretor.
Sobre o Instituto Humanitas360 | O Instituto Humanitas360 atua desde 2015 desenvolvendo projetos e facilitando a coalizão de organizações sociais, profissionais e gestores públicos focados na diminuição da violência, na promoção da cidadania ativa e no aumento da transparência. Sua missão é promover a pesquisa e o conhecimento e envolver os cidadãos para alcançar uma melhoria sustentável dos padrões de vida na América Latina. Atualmente, o Instituto tem como principal vertente de atuação a criação de cooperativas sociais em penitenciárias brasileiras, visando reduzir a reincidência criminal a partir do fornecimento de conhecimento técnico e de estrutura para a criação de um negócio social. Saiba mais: https://humanitas360.org/.
Sobre a Cooperativa Cuxá | A Cooperativa Social Cuxá funciona desde agosto de 2020 na Unidade Prisional Feminina de São Luís (UPFEM), no complexo prisional de Pedrinhas, em São Luís do Maranhão. Cerca de 40 privadas de liberdade foram capacitadas e produzem artigos têxteis que posteriormente são comercializados pela marca Casa Tereza (https://tereza.org.br/). O projeto é fruto de uma parceria entre o Instituto Humanitas 360, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Governo do Maranhão. Além da capacitação para o trabalho e noções de empreendedorismo, as cooperadas recebem também acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por um psicólogo e uma assistente social.
A Cerveja Campos do Jordão, localizada na Serra da Mantiqueira, vai inaugurar, no mês de março, um mirante dentro do Parque da Cerveja. A construção, que possui vista 180º das paisagens do local, foi erguida na década de 60. Ela possui 140 m de altura e foi totalmente reformada para proporcionar aos apaixonados por cerveja um momento único em meio à natureza.
O mirante conta com um aconchegante quiosque, que oferece, claro, todos os rótulos das cervejas e chopes produzidos na fábrica da Cerveja Campos do Jordão (no melhor estilo beba local), além de porções, chás especiais e até um bolo quentinho para acompanhar o cafezinho. Nas tardes, o pôr-do-sol com uma visita especial domina a experiência.
O Parque da Cerveja.
Eventualmente o momento contará com música ao vivo, ao relaxante som de sax e violino. A cervejaria irá programar visitas ao mirante durante todo o dia. Futuramente, o local estará disponível para pequenos eventos, sempre respeitando a capacidade máxima de pessoas na área.
Para chegar ao mirante, o visitante passará por uma trilha que conta com uma mata verde, sons de pássaros e uma vista maravilhosa do Vale do Lajeado. Ao chegar no espaço, é possível ver toda a paisagem das montanhas da Serra da Mantiqueira, além de ter a oportunidade de contemplar e ouvir os sons das águas da cachoeira Gavião Gonzaga, a mais longa e volumosa do estado.
Serviço:
Parque da Cerveja
Estrada Municipal Paulo Costa Lenz Cesar, 2150 – Gavião Gonzaga, Campos do Jordão/SP
Telefone (12) 3663-1122.
Obra “Confinement 19”, Sazky | Espanha, Madri.
Uma seleção da produção artística produzida mundo afora desde o início da pandemia será exibida a partir de fevereiro na plataforma da Mostra Museu: Arte na Quarentena (www.mostramuseu.com), iniciativa da Amarello Projetos Integrados que une arte, música e tecnologia em diferentes formatos e apresenta obras de artistas de nacionalidades diversas. O núcleo de artes tem curadoria de Ana Carolina Ralston e co-curadoria do The Covid Art Museum (CAM) – museu digital criado no início da pandemia, na Espanha, por Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrer – e o de música conta com a curadoria de Pedro Henrique França.
Ao longo do projeto, a Mostra Museu exibirá uma seleção de obras de cerca de 200 artistas do acervo do CAM e de artistas selecionados via inscrições. Serão desenhos, esculturas, fotografias, grafites, gravuras, pinturas, poesias visuais, videoarte, colagens, instalações e performances de artistas de países como Alemanha, Brasil, Cuba, Emirados Árabes, Filipinas, Itália, Índia, Líbano, Paquistão e Ucrânia, dentre outros. A plataforma ainda traz vídeos com depoimentos dos artistas e informações mais detalhadas sobre os trabalhos que compõem a mostra.
Obra “Yes we do feel a bit caged”, Irina Werning | Argentina, Buenos Aires.
“A partir da eletrizante onda criativa que turbinou a Internet neste período, viu-se o total brilho da mente humana. Aqueles que se consideravam ou não artistas, criaram. E um pouco do que vimos nascer em um ano tão fatal reuniu-se e, agora, mostra seu rosto em um projeto híbrido, que mistura tecnologia, presença e, claro, arte”, reflete Ana Carolina Ralston. “O ar que soprou tanto em 2020 também nos trouxe a criatividade de nos reinventarmos. 2021 começa unindo a arte pelo mundo em um projeto sensível que costura essa sinuosa trama, que tem como ponto de partida a nossa transformação”, completa.
Em paralelo, a partir de fevereiro, a Mostra abre inscrições para novos artistas via convocatória disponível em seu site (acesse aqui). O critério de seleção é amplo: contempla desde jovens talentos até artistas já consagrados no circuito das artes visuais residentes em qualquer região do mundo e os nomes serão divulgados em março. Feita a seleção, as mais de 200 obras serão exibidas a partir de abril não apenas na plataforma, mas também em mobiliários urbanos de São Paulo, formando uma exposição a céu aberto.
O eixo de música, curado por Pedro Henrique França, lança luz na produção musical brasileira e apresenta obras realizadas desde o início da pandemia. Artistas terão suas criações em uma coletânea sonora da Mostra Museu, disponível na plataforma e via QR Code junto às obras expostas em espaço público.
Obra “Summer 2020”, Hugh Kretschmer | USA, California.
Segundo Chiara Paim Battistoni, empreendedora especializada em economia criativa, entusiasta da arte, cultura e inovação e nome à frente da Amarello Projetos Integrados, a Mostra Museu incorpora a tecnologia como dispositivo a serviço da troca entre público, obra e artista, aspecto que reforça o pioneirismo do projeto e seu amplo alcance, potencializado pelo recorte internacional. “Se por um lado toda a situação que estamos vivendo escancarou também nossas fragilidades, por outro, evidenciou saídas coletivas e fortaleceu uma rede de solidariedade e empatia, essenciais para alcançá-las”, ela afirma.
No decorrer do período expositivo, a Mostra Museu vai promover uma série de lives com artistas e curadores. E, no final da exposição, o projeto promoverá uma premiação para artistas selecionados por um comitê composto pelos curadores. Maiores detalhes serão divulgados em breve.
Serviço:
Mostra Museu: Arte na Quarentena
Plataforma: https://www.mostramuseu.com.br | @mostramuseu
Período expositivo: a partir de 5 de fevereiro
Curadoria: Ana Carolina Ralston e co-curadoria The Covid Art Museum (eixo Arte), e Pedro França (eixo Música)
Idealização: Amarello Projetos Integrados.