“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Nos dias 29 e 30 de maio, corredores e amantes da prática poderão participar da Run 4 Zero Carbon, uma corrida virtual solidária que vai apoiar três importantes ONGs no combate aos efeitos da pandemia de Covid-19. Além de contribuir para a redução do carbono no planeta, a competição irá converter os quilômetros percorridos pelos participantes em doações para atendimento em saúde para vulneráveis (Instituto Horas da Vida), tratamento de crianças e adolescentes com câncer (Tucca) e ensino formal de qualidade para crianças (Mão Amiga Brasil).
Com idealização do aplicativo Km Solidário e patrocínio do Moss, a Run 4 Zero Carbon, cujas inscrições já estão abertas, pode ser realizada no local e horário mais convenientes para o participante, desde que respeitado o período estabelecido para a prova. A corrida será disputada nas distâncias 5K, 10K e 21,097K.
Além de receber um kit composto por camiseta e medalha finisher, o atleta terá acesso também a um painel para enviar a comprovação do seu resultado, que será considerado na composição do ranking geral da corrida virtual. Os dados, que podem ser provenientes de um aplicativo de corrida, relógio GPS ou foto de painel de esteira contendo tempo e distância da prova escolhida, devem ser enviados entre os dias 29 e 30 de maio pelo login do participante no app iguanavirtualclub.com.br.
Para Rubem Ariano, fundador do Instituto Horas da Vida, a iniciativa ajuda a trazer os holofotes a causas extremamente importantes no país. “Contribuir com o sistema público de saúde promovendo a inclusão social por meio do acesso à saúde é um grande desafio do Horas da Vida. E ter parceiros nessa jornada, especialmente em um momento tão delicado da pandemia do coronavírus, é essencial para a concretização do nosso trabalho”, afirma o executivo.
Para inscrições e mais informações, http://www.iguanasports.com.br/run4zerocarbon-vr/.
Sobre o Instituto Horas da Vida | O Instituto Horas da Vida é uma instituição sem fins lucrativos que atua desde 2013 por meio de uma rede de voluntários de profissionais da saúde promovendo a inclusão social e o acesso gratuito à saúde para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A organização atua com foco na atenção primária em 30 especialidades e possui ações como consultas, exames, mutirões, palestras sobre saúde e doação de óculos. Possui, entre outras certificações, o Selo Doar, que atesta a transparência nas ONGs brasileiras. Desde o início da pandemia de Covid-19, tem desenvolvido projetos especiais e parcerias em benefício de grupos diretamente atingidos, como idosos, hospitais filantrópicos e os próprios profissionais de saúde.
Sobre o Colégio Mão Amiga | O Colégio Mão Amiga é uma escola filantrópica que se dedica a oferecer educação formal de qualidade para mais de 660 alunos de baixa renda desde a educação infantil até o ensino médio, com a missão de quebrar o ciclo da pobreza por intermédio da educação. Nos catorze anos de existência, o Colégio tem formado seus jovens de modo integral, abrangendo no currículo uma educação pautada em valores humanos, atividades culturais e de engajamento social, além de fomentar a participação das famílias e da comunidade na vida escolar.
Sobre a Tucca | A Tucca, Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, há mais de 20 anos viabiliza o acesso ao tratamento digno e reais chances de cura para crianças e adolescentes com câncer em situação de vulnerabilidade social. Em 2001, a ONG firmou uma parceria com o Hospital Santa Marcelina, situado em Itaquera, onde foi criado o único centro de Oncologia Pediátrica da Zona Leste de São Paulo, região com mais de cinco milhões de habitantes. A organização atende também as cidades vizinhas, além de manter parcerias com ambulatórios e hospitais de todo o Brasil contribuindo com pesquisas, diagnóstico e acompanhamento de pacientes. Diariamente, a Tucca oferece tratamento, cuidado integral e multidisciplinar para mais de 55 pacientes.
O artista e sua obra. Fotos: acervo Edu Mendonça.
Esculturas na areia, desenhos, pinturas – com tanta produção nos tempos de menino, era natural que Eduardo Mendonça, nascido em Rio Claro, no interior de São Paulo, enveredasse pelos caminhos das artes plásticas. Aos 10 anos, os pais o matricularam na escola de pintura do professor e artista plástico Dennizard França Machado, dando com isso um direcionamento técnico a esse talento e a formação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo ampliou seu olhar para o design de móveis e objetos e iluminação de ambientes. A formação acadêmica também o ajudou em trabalhos como montagens cenográficas e na direção de arte.
Mas mesmo seu respeitado trabalho em arquitetura – inevitavelmente às voltas com proporções, linhas e muito senso estético, que são pilares da expressão artística – não saciava por completo sua necessidade de envolvimento direto com a arte e, assim, há pouco tempo, Edu decidiu dar asas à intuição e se dedicar de corpo e alma às suas tantas linguagens de expressão artística, sendo a tinta acrílica sobre tela a técnica usada pelo artista em seus trabalhos de pintura.
Obra: “Concreta” – a/s/t – Edu Mendonça.
Mendonça conta que usualmente inicia os estudos de suas obras no computador, com imagens aleatórias que lhe agradam e/ou instigam. Apaixonado por fotografia, Edu também usa fotos na elaboração das telas, fazendo uma releitura e abstração das cenas captadas pelas lentes.
Quanto ao estilo, o artista diz: “Acredito que me encaixo no estilo Cubista, porque todas as minhas obras têm origem figurativa e são representadas com linhas retas e distorção das perspectivas. Apesar de muitas delas serem irreconhecíveis, elas sempre levam o nome de origem da imagem em que me inspirei – em muitos casos, as pessoas acabam reconhecendo a figura quando sabem qual é o seu nome; em outros, as figuras são facilmente reconhecidas; como os santos, por exemplo”.
Obra: “Monarca” – a/s/t – Edu Mendonça.
Com seu trabalho reconhecido em âmbito nacional e internacional, Edu Mendonça participou de exposições como SNBA, em Paris; Spectrum, em Miami; Artexpo, em Nova York; SP-art, em São Paulo e Uma Convergência de Olhares e Imaginários, na Serra do Japi, em São Paulo.
Saiba mais sobre o trabalho de Edu Mendonça:
www.facebook.com/edu.mendonca.arte | www.instagram.com/edu.mendonca.art.
Obra de Evandro Moraes.
A GC36 – galeria de arte colaborativa que reúne fotógrafos e artistas independentes, marca presença no formato online com o objetivo de levar ao público criações autorais. “Nossa intenção foi estreitar a distância entre a arte e as pessoas. Enxergo a GC36 como uma porta de entrada para quem quer se iniciar nesse mercado tanto como artista ou como consumidor”, comenta a artista e sócia Mari K. Neves.
Impulsionada pela missão de tornar a arte acessível para todos, a GC36 entendeu, em 2020, que era o momento certo de trazer seu portfólio também para a vitrine virtual. “E, com peças a partir de R$40, será mais que possível dar vida à parede de sua galeria particular dos sonhos”, afirma Mari. Para ela, a presença online permite que colecionadores e entusiastas naveguem pela galeria à vontade para ver e adquirir obras de mais de 40 artistas no mesmo ambiente.
No e-commerce da GC36 há cerca de 550 obras, entre fotografia, ilustrações, gravuras, aquarelas e fine art de artistas como Camila Véras, Debbie Villella, Felipe Marques, Fernando Nas, Gabriel Marcondes Egestos, Isabela Quintes, Katharina Giglio, Marcos MÓS, Paula Calderón, PIW, Thalita Teglas e Yumi Muranaka.
Obra “Egestos”, de Gabriel Marcondes.
A galeria presa pela variedade de estilos e temas, tanto nas pinturas e ilustrações como nas fotografias, para agradar a todos os gostos e conta, também, com as coleções Reflexão, Simplicidade e Terra da Garoa, com combinações de obras selecionadas pela curadoria interna.
Todos os produtos contam com opções de impressão a laser ou fotográfica e fine art, com um cuidado extremo na produção, diversidade de tamanhos, formatos e molduras. “Nossa loja online, por exemplo, possui um sistema de filtros orientado por artistas, temas, estilos, cores e formatos para auxiliar o consumidor a encontrar a peça desejada”, afirma Mari.
Entretanto, a sócia da GC36 reconhece que o espaço digital representa um desafio para artistas e obras de arte que não se traduzem bem em uma imagem online. “Aproximadamente 50 artistas compõem o nosso portfólio, sendo 4 deles com obras vendidas exclusivamente na loja física”, explica.
Para esses artistas e para obras originais ou de formatos maiores, a galeria presta ainda consultoria gratuita em sua loja localizada na Praça Benedito Calixto, 36, no bairro de Pinheiros – ponto de referência intelectual, cultural e que já faz parte do calendário turístico e de lazer da cidade São Paulo, aberta a qualquer pessoa que queira ver o trabalho e comprar fisicamente (funcionamento de acordo com Plano São Paulo, estratégia do Governo do Estado de São Paulo para vencer a Covid-19).
Obra “Festa”, de Vanessa Lara.
Embora um relatório recente tenha revelado que 2020 testemunhou uma queda global nas vendas de arte em geral, as vendas online aumentaram, representando um quarto do valor do mercado. “Contudo, até agora, os formatos digitais não substituíram o formato de negócio físico, pois nele nos beneficiamos da interação face a face e da atmosfera de uma feira física”, conta Neves.
A marca pretende ainda, após o período de pandemia, retomar os encontros físicos com o intuito de fomentar a arte promovendo lançamentos de livros, encontros para debates, mesas redondas e workshops, entre outros eventos no espaço, tendo como objetivo se tornar um hub para compradores, decoradores, artistas e designers a fim para fortalecer e incentivar o trabalho de artistas independentes brasileiros.
Lista de artistas
André Amargo, Antonio Albino, Astronautismo, Badu*, Breno Morita*, Bruna Sturzbecher, Camila Véras, Cuca Nakasone*, Daniel Feijó, Daniel Jordão, Debbie Villela, Denise Zinetti, Eduardo Grecco, Evandro Moraes, Ezio Orsatti*, Felipe Bataglia, Felipe Marques, Fernanda D’Angelo, Fernando Nas, Flávio Guimarães, Gabriel Marcondes, Giovani Baleeiro, Helena de Cortez, Isabela Quintes, Isabelle Orsatti*, João Padula, Julio Bomfim, Katharina Giglio, Kazuo Kajihara, Leandro Wissinievski, Leonardo Lima*, Lucas Santana, Luisa Clauson, Marcos Mós, Mari K Neves, Marina Basthos, Paula Calderón, Pedro Bahia, Pedro Vidal, Phelipe Oliveira, Piu Afonseca, PIW, Rebecca Borges*, Ricardo Abreu, Sebastián Curti, Thalita Teglas, Thiago Morais, Vanessa Lara, Victor Requejo e Yumi Muranaka.
* artistas presentes apenas na loja física.
Serviço:
GC36 – Galeria de arte colaborativa
Praça Benedito Calixto, 36 – Pinheiros, São Paulo/SP
(11) 3064-0416
Terça a sexta – 12h às 19h e sábado, das 10h às 18h.
A filósofa, psicanalista e poeta Viviane Mosé. Fotos: divulgação.
Ninguém com mais propriedade do que mulheres para discutir temas relevantes sobre o universo feminino, a condição das mulheres, suas demandas e a relação com a cultura. Por isso o SESC PR promove a partir do dia 20 de abril o projeto SESC Mulheres. Ao longo de 2021, serão cinco os encontros, ao vivo e transmitidos pelas mídias sociais do SESC PR.
A proposta do projeto é abrir um espaço de debates e conversas apresentado por mulheres, mas destinado aos mais variados públicos. “Queremos apresentar e discutir o protagonismo feminino no setor cultural com o SESC Mulheres. Há, em muitas cadeias produtivas do setor, a presença de mulheres empreendedoras não só lutando por seu espaço, mas inovando em diversos campos e possibilitando que outras mulheres possam ser inseridas no setor”, destaca a analista da Gerência de Cultura do SESC PR, Mayara Elisa de Lima Cirico.
De acordo com o gerente de Cultura do SESC PR, Marcio Norberto, será uma oportunidade para viabilizar debates importantes no campo da cultura a partir do olhar de mulheres que trabalham e vivem o setor cultural no Brasil.
A iluminadora, diretora e atriz Nadja Naira.
Mercado de Trabalho | No dia 20 de abril, a partir das 19h, terá início o primeiro encontro do SESC Mulheres, com o tema Mercado de Trabalho e com a participação da filósofa, psicanalista e poeta Viviane Mosé e da atriz, iluminadora e diretora teatral Nadja Naira.
Viviane Mosé é poeta, filósofa e psicanalista, graduada em Psicologia, especialista em Elaboração e Implementação de Políticas Públicas e doutora em Filosofia. Autora de 12 livros, com duas indicações do Prêmio Jabuti. De 2005 a 2008, escreveu e apresentou a série Ser ou não Ser, no programa Fantástico, na Rede Globo e na TV Cultura, trazendo temas de filosofia em uma linguagem cotidiana. Durante sete anos, fez comentários diários na Rádio CBN com Carlos Heitor Cony e Arthur Xexéu. Além disso, é comentarista no programa Encontro, com Fátima Bernardes.
Nadja Naira trabalha há mais de 25 anos em teatro como iluminadora, diretora e atriz. Mora em Curitiba, mas mantém parcerias artísticas em todo o país. Tem diversas criações premiadas, trabalha com importantes diretores e grupos de teatro, colabora com companhias de dança e performance e com diversos grupos de música. Integra a Companhia Brasileira de Teatro desde 2020, tendo participado de todas as produções.
Serviço:
Projeto SESC Mulheres
1º Encontro com Viviane Mosé e Nadja Naira
Data: 20 de abril de 2021 (terça-feira)
Horário: às 19h
Transmissão ao vivo pelo canal do SESC PR no Youtube
Mais informações: www.SESCpr.com.br.
Foto: Cristian Newman/Unsplash.
Um estudo epidemiológico revela cenário preocupante de crescimento no número de casos e taxas de mortalidade atribuídas às demências no Brasil. Em três décadas, a proporção de pessoas com demência e a taxa de mortalidade associada a essa condição aumentaram em mais de duas vezes no país. Até 2050, a doença de Alzheimer, responsável por sete em dez casos de demência, pode quadruplicar na população brasileira, se medidas efetivas de prevenção não forem adotadas. As observações são de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade de Queensland, na Austrália, em artigo publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia.
Os dados são de pesquisa domiciliar do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizada em 2015 e 2016 com aplicação de questionário a 9.412 adultos a partir de 50 anos. O questionário contemplou questões sociodemográficas como sexo, etnia, renda e nível de educação, questões clínicas, relacionadas a acesso aos serviços de saúde e comportamentais, como percepção geral de saúde, qualidade de sono e grau de interação social. A análise dos dados mostra que a proporção de pessoas com Alzheimer no Brasil aumentou 127% em três décadas.
Pioneiro em descrever o perfil socioeconômico, comportamental e clínico de pessoas com doença de Alzheimer no país, o trabalho mostra que é menor a chance de pessoas negras serem diagnosticadas com a doença e é mais comum a amostra de pacientes ser representada por aposentados ou desempregados. Os pacientes com essa doença são mais propensos a ter mais consultas com clínico geral e sofrem mais quedas. Também são maiores a frequência e a duração de hospitalizações, quando comparadas aos participantes sem a doença. Por sua vez, eles são menos propensos a fazer exames oftalmológicos regulares e a visitar um dentista.
Mais tristes, deprimidos e com outras morbidades | Os pacientes com Alzheimer ouvidos na pesquisa relatam ter pior qualidade de vida no âmbito físico e emocional, sofrendo mais com quadros de solidão, depressão e tristeza. “Dois em cada três idosos relataram que se sentiam deprimidos ou tristes na maior parte do tempo”, destaca Natan Feter, um dos autores do estudo, pesquisador da Universidade de Queensland e da UFPel.
O trabalho revela também que os pacientes com Alzheimer têm maior probabilidade de serem diagnosticados com diabetes, depressão, doença de Parkinson e acidente vascular cerebral, em comparação com adultos mais velhos sem diagnóstico da doença. “No geral, eles apresentam uma pior saúde física e mental e, como consequência, uma deterioração da qualidade de vida. Há também maior iniquidade no acesso a medicamentos e diagnóstico precoce de doenças. Esperamos que os gestores, políticos e profissionais da saúde possam usar essas informações para ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas com doença de Alzheimer no Brasil”, deseja Feter.
O envelhecimento é um fato de risco importante para a doença de Alzheimer. No estudo, a probabilidade de diagnóstico médico da doença na amostra estudada aumenta 11% para cada ano aumentado com o envelhecimento. O desafio coletivo de enfrentamento da doença é ainda maior, visto que a população brasileira com 60 anos ou mais aumentará em 284,2% de 2000 a 2050, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para enfrentar o cenário, segundo os pesquisadores, será preciso investir no cuidado interdisciplinar para atenuar a frequência e intensidade dos sintomas dos pacientes, reduzir a necessidade de hospitalização e melhorar a qualidade de vida do paciente e dos cuidadores.
(Fonte: Agência Bori)