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Livro de psicoterapeuta retrata mentalidade coletiva atual

São Paulo, por Kleber Patricio

O psicoterapeuta junguiano Leonardo Torres, que lança o livro: “Contágio Psíquico: a loucura das massas e suas reverberações na mídia”. Foto: divulgação.

O que antes era chamado de histeria coletiva, possessão coletiva e outros termos, agora é aprofundado pelo psicoterapeuta junguiano Leonardo Torres em seu livro Contágio Psíquico: a loucura das massas e suas reverberações na mídia. O autor, que também é Doutor em comunicação e cultura e especialista em psicologia junguiana, parte da afirmação de que a humanidade nunca foi inteiramente lúcida. “O ser humano é o único animal que chora de felicidade; ri de ódio; diz ‘eu te amo’ sem amar; diz ‘eu não me importo’ importando-se demasiadamente”, explica.

O livro é um tratado sobre a loucura coletiva desde a Idade Média até o século XXI e que elucida, pelo viés da psicologia, antropologia e dos estudos da comunicação, fenômenos como o levante do nazifacismo, o negacionismo e outros que eclodiram recentemente. Mas não somente isso: para Leonardo Torres, trazendo estudos da Neurociência, o contágio psíquico ocorre a todo momento, variando seu nível de impacto. Por exemplo: o contágio pode ocorrer desde indivíduos bocejando até casos graves de violência, como nos linchamentos.

O autor mergulha na história da humanidade e na sua necessidade de pertencimento para entender como grupos, sociedades e nações, fisicamente ou on-line, contagiam entre si emoções, sentimentos e pensamentos, promovendo comportamentos absurdos: de danças coletivas que levam à morte, freiras miando para a lua, linchamentos em plena atualidade, desmaios coletivos e muitos outros.

“Com a paixão de quem se entrega ao seu objetivo, o autor nos oferece uma reflexão provocativa e bem construída, fruto do duro trabalho de pesquisa, aliado a uma intuição afinada. Enfim, um livro generoso que faz valer o tempo que a ele dedicamos”, comenta Malena Contrera, Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e líder do Grupo de Pesquisa Estudos do Imaginário pela Universidade Paulista.

Sobre o livro:

Título: Contágio Psíquico: a loucura das massas e suas reverberações na mídia

Autor: Leonardo Torres, Psicoterapeuta Junguiano, Doutor em Comunicação e Cultura e Especialista em Psicologia Junguiana

Editora: Eleva Cultural

Número de páginas: 256

Onde encontrar? Na plataforma Amazon e também no site https://www.elevacultural.com

Preço: De R$65,00 por R$55,00 (promoção de lançamento).

Professor do Instituto Oceanográfico da USP apresentará sobre plástico nos mares no 4º Congresso Brasileiro do Plástico

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Brian Yurasits/Unsplash.

O plástico pós-consumo disposto nos mares inadequadamente pelo homem será abordado no 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4CBP), que acontece no dia 8 de junho de 2021, pelo Professor do Instituto Oceanográfico da USP – Universidade de São Paulo, Alexander Turra. O evento terá a presença online de palestrantes nacionais e internacionais que contarão suas experiências sobre a matéria-prima e já está com as inscrições abertas de forma gratuita.

Para o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, “o CBP é o evento referência para a mídia, poder público e sociedade em geral que anseiam por informações corretas e científicas. Por este motivo, os conteúdos apresentados são criteriosamente escolhidos a fim de elucidar assuntos importantes, bem como mostrar as iniciativas do setor sobre os caminhos e soluções fundamentais que o plástico pode trazer”, explica.

O evento, que acontece de maneira bianual, é promovido pelo Instituto SustenPlást e tem como objetivo debater a importância e a relação da sociedade com os plásticos. As informações completas estão sendo divulgadas pelo site cbplastico.com.br.

Pinacoteca divulga tour virtual da exposição “OSGEMEOS: Segredos”

São Paulo, por Kleber Patricio

Todos podem navegar pelos mais de 1000 itens do rico imaginário d’OSGEMEOS. Imagem: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo divulga a aguardada experiência virtual em 360º da mega exposição OSGEMEOS: Segredos. O tour, gratuito e disponível no site do museu em 19 de abril, garante a todos no Brasil e exterior a possibilidade de navegar pelos mais de 1000 itens do rico imaginário dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo e 10 espaços dedicados à mostra (7 salas expositivas, octógono, hall e pátio).

O tour online também representa a possibilidade de acesso a uma das exposições mais concorridas do país. Além da visita virtual, o site do museu também traz uma entrevista exclusiva com o curador da mostra e diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, que comenta sobre os êxitos e desafios do processo de montagem.

Outros materiais complementares já estavam disponíveis para o público antes deste lançamento, como a visita guiada conduzida pelos próprios artistas para o público escolar, alunos e professores. Lançada em 21 de janeiro, já foi vista por mais de 32 mil pessoas nos canais da Pinacoteca. Veja aqui.

OSGEMEOS: Segredos | Liderando a retomada das atividades culturais em São Paulo após sete meses de fechamento, a mostra foi inaugurada em 15 de outubro de 2020 e, desde então, é um sucesso de público e crítica. Operando com restrições de atendimento e adotando todos os protocolos de higiene e segurança devido à pandemia, mais de 90 mil pessoas já visitaram presencialmente OSGEMEOS: Segredos até março deste ano, quando o museu foi fechado para atender as determinações do Plano São Paulo para combate da Covid-19.

A mostra tem patrocínio de Bradesco, Samsung, Grupo Boticário, IRB Brasil RE, Iguatemi São Paulo, GOL Linhas Aéreas, escritório Mattos Filho, Allergan, Cielo, Comgás e Havaianas. Este tour foi realizado com o apoio da Bloomberg, empresa líder em tecnologia financeira global, por meio de seu programa de filantropia corporativa e sem uso de leis de incentivo.

Serviço:

Tour Virtual OSGEMEOS: Segredos e entrevista com Jochen Volz

Site da Pinacoteca de São Paulo: http://www.pinacoteca.org.br/tourvirtualosgemeos/.

Ópera ‘La Serva Padrona’ chega ao mundo virtual em nova linguagem musical e visual

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Ópera sempre sugere um espetáculo grandioso num palco, com orquestra, cantores, cenários e iluminação. Mas com a pandemia, que obrigou o distanciamento social, os artistas tiveram que se reinventar. Foi o que fez o coletivo Ocupação Lírica de Teatro Itinerante que, proibido de circular pelo Estado, encarou o desafio de adaptar seu projeto ao formato digital com a gravação para as plataformas virtuais da ópera cômica La Serva Padrona, de J. B. Pergolesi. A montagem estreia no sábado, 24 de abril, no Youtube da companhia e segue em temporada até 30 de abril, sempre às 20h, com acesso gratuito.

O diretor artístico da companhia, Felipe Venâncio, responsável pela nova concepção, conta que redesenhou a ópera para a nova versão. “A ideia era gravar tudo no palco, com cenário mais reduzido para facilitar a circulação. Mas, com o avanço dos casos de Covid-19, achamos arriscado juntar numa sala os músicos, regente, cantores e diretor e então redesenhei a ópera. A proposta é a mesma, mas mudou o jeito de fazer e a cenografia virou digital”, informa. “E como o cenário é bem específico, de rococó barroco, a montagem acabou se transformando num desenho animado com pessoas reais”. Nesse processo, além do rococó barroco e da Commedia dell’arte, a adaptação introduziu referências de filmes de animação como Roger Rabbit, Pipa-Pau, desenhos como Looney Tunes e até jogos de videogame, como Street Fighter.

“Sentimos a necessidade de flertar com novas linguagens, musicais, teatrais e mídias. Além de ressignificar o repertório antigo tradicional operístico e de experimentar coisas novas de compositores contemporâneos”, afirma Venâncio. A gravação foi feita com fundo e móveis cobertos de verde para permitir depois a interferência gráfica da designer de animação.

A montagem mistura a música barroca do século 18 com a Commedia Dell’arte por meio das visualidades e da interpretação. “Pretendemos, dessa maneira, revisitar os aspectos populares dessa arte nomeada como erudita”, diz o diretor. O espetáculo traz a ópera completa em idioma original, instrumentação reduzida e com tradução em libras em todas as apresentações.

La Serva Padrona conta a história de um rico solteirão e uma empregada que sonha em se tornar patroa e trama para se casar com o patrão. Escrita por Giovanni Battista Pergolesi em 1733, a ópera bufa faz uma inversão irônica de valores ao apresentar um patrão, Uberto, que é oprimido pela sua criada Serpina a tal ponto que pensa em arranjar uma esposa para se livrar dela. Serpina, então, convence o outro criado, Vespone, a dar um golpe no patrão para ela se tornar a patroa de fato. A trama mostra a esperteza das pessoas do povo triunfando sobre a avareza da burguesia, em uma divertida sátira social.

Venâncio conta que este espetáculo havia sido montado em 2019 com a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, os cantores do Ópera Estúdio Unicamp (OEU) e ele como diretor convidado. Esta nova versão remota foi gravada com equipe reduzida, em separado com cada integrante, apenas com a presença do diretor, e editada durante o isolamento social. “Aproveitamos para acrescentar novas referências e buscar uma linguagem que se situasse mais como ópera digital, teatro digital ou videoteatro”, explica Venâncio. O acompanhamento musical é feito por um quarteto de cordas e um cravista. A produção foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do governo do Estado, com recursos da Lei Aldir Blanc.

Segundo Venâncio, a proposta da Ocupação Lírica é fomentar a cultura local, formar público, estimular e colaborar com a formação de jovens cantores/atores e apresentar a produção do interior paulista. Ele cita que esse gênero de espetáculo ainda é pouco difundido fora dos grandes centros.

O coletivo | A Ocupação Lírica de Teatro Itinerante é composta por Leandro Cavini, Lara Ramos, Presto Kowask e Felipe Venâncio. Os dois primeiros formados em Música e os dois últimos, em Artes Cênicas pela Unicamp. Os quatro já haviam trabalhado juntos em outros espetáculos como parte do Ópera Estúdio Unicamp e, após a apresentação da segunda temporada de Gianni Schicchi, de Puccini, em 2019, resolveram formar a Ocupação. As principais expectativas eram a possibilidade de pesquisar novas linguagens e abordagens dentro do gênero e realizar circulações pelo interior do estado de São Paulo.

Em 2020, o grupo tinha um projeto audacioso de circulação pelo Estado de duas óperas bufas produzidas em parceria com o Ópera Estúdio Unicamp (OEU). Com o fechamento dos teatros, foi preciso buscar alternativas dentro do universo virtual. “Como nossos próprios meios de criação estavam bastante limitados, recorremos a três espetáculos que havíamos montado ainda como parte do OEU”, diz Venâncio. Primeiro, foi feita uma versão compacta, de 15 minutos, da opereta O Morcego, de Strauss, rebatizada de O Morcego na quarentena — um brinde virtual. Depois, o grupo enviou a gravação de Gianni Schicchi feita com a Orquestra Sinfônica da Unicamp, em 2019, para o festival Arte como Respiro, do Itaú Cultural. E agora, como Ocupação Lírica de Teatro Itinerante, estreia seu primeiro projeto solo, a nova roupagem de La Serva Padrona, de Pergolesi.

Curiosidades

La Serva Padrona fez muito sucesso em sua época e é considerada um dos primeiros grandes exemplos de ópera bufa (cômica). Escrita inicialmente como um intermezzo – uma peça leve para ser apresentada durante os intervalos de uma ópera mais longa e séria –, a obra logo ganhou sua independência e passou a ser apresentada de modo autônomo.

La Serva Padrona foi o estopim da Querela dos Bufões, em agosto de 1752, quando a trupe itinerante italiana de Eustachio Bambini a apresentou em Paris, na Académie Royale de Musique, futura Ópera de Paris. Ali foi travada uma guerra entre os aristocratas, que defendiam a tradição lírica francesa, e os intelectuais, que defendiam o estilo buffo italiano. A polêmica ultrapassou o terreno da música e levou a uma discussão de ideias estéticas, culturais, filosóficas e até políticas. Os aristocratas defendiam a complexidade da harmonia e ornamentação da música francesa e combatiam o que consideravam música de entretenimento, enquanto os intelectuais atacavam a retórica dos temas mitológicos que pouco diziam ao público burguês emergente e defendiam a simplicidade e naturalidade da ópera italiana. Tudo isso provocado pelo sucesso de La Serva Padrona.

FICHA TÉCNICA

Felipe Venâncio – Direção Cênica, Concepção e Gestor de Produção

Presto Kowask – Desenho e Operação de Iluminação e Gestor de Produção

Isabela Siscari – Direção Musical

Leandro Cavini – Cantor-ator

Helen Tormina – Cantora-atriz

Gabriel Pangonis – Ator

Lara Ramos – Produtora Executiva

Gabriela Madureira – Edição de Vídeo e Designer de animação

Tiago Amarante – Assessor de Mídias Sociais

Willian Donizetti – Captador e Editor de Áudio

Heitor Coelho – Assistente de Direção Cênica

Alvaro Peterlevitz – Violinista – violino I

Alfredo Rezende – Violinista – violino II

Jonas Goes – Violista

Fábio Belluco – Violoncelista

Osny Fonseca – Cravista.

Serviço:

La Serva Padrona, de Pergolesi

De 24 a 30/4, às 20h

No Youtube da companhia: https://linktr.ee/ocupacaolirica.

Acesso gratuito. Todas as apresentações terão interpretação em libras.

CCBB São Paulo comemora 20 anos com visitas especiais online no dia 21 de abril

São Paulo, por Kleber Patricio

Encontros convidam participantes a conhecerem a importância do CCBB SP na revitalização da área central da cidade. Foto: divulgação.

Para celebrar o aniversário de 20 anos do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, o Programa CCBB Educativo – Arte e Educação realiza duas visitas especiais e virtuais que convidam o público a dialogar sobre o centro histórico, o contexto de formação da capital paulista (triângulo histórico) e como um centro cultural pode valorizar o passado ao mesmo tempo em que promove ações no presente. Os encontros acontecem no dia 21 de abril, quarta-feira, às 13h e às 16h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site.

O edifício do CCBB São Paulo, construído em 1808, com o propósito da criação do Banco do Brasil, está localizado na esquina da Rua Álvares Penteado com a Rua da Quitanda, no coração da cidade. A instalação e manutenção do CCBB em um prédio em pleno Centro histórico da capital paulistana refletem a preocupação com a revitalização da área, que abriga um inestimável patrimônio arquitetônico fundamental para a preservação da memória da principal metrópole da América Latina.

Nesses encontros virtuais, o público será convidado a refletir sobre a importância do CCBB São Paulo para a revitalização da área central da cidade com a sua modernização urbana e investimentos na cultura. Entre as curiosidades, os navegantes poderão conhecer o vitral do 3º andar, que permite uma visão geral do prédio e de seus detalhes; os balcões, que eram usados para atendimento aos clientes do banco, foram adaptados e agora podem ser vistos na livraria, na cafeteria e na bilheteria.

Já no subsolo, está o cofre fabricado na França no início do século passado que tem seu interior e portas inteiramente preservados. No térreo, o átrio central conserva o piso original e mosaico feito com técnica italiana. A insígnia do BB pode ser vista também no gradil de ferro fundido do mezanino e do 1º andar. No início do século XX, o acesso ao cofre do subsolo era feito exclusivamente pelo “elevador pantográfico”. “Esta é uma programação incrível para educadores e escolas, pois é uma oportunidade de conhecer mais sobre a rica história do CCBB, que se conecta com a história do banco e seu desenvolvimento, desde o início das atividades do Banco do Brasil. Em 2001 foram iniciadas as atividades do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, com o objetivo de formar novos públicos, democratizar o acesso e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura”, comemora Cláudio Mattos, gerente geral do CCBB São Paulo.

Redes sociais CCBB São Paulo: Facebook: ccbbsp | Twitter/ @ccbb_sp | Instagram/ccbbsp.