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Arte & Cultura

Belém

Eventos fora do eixo: Após Lady Gaga no Rio, Mariah Carey, em Belém, lidera a descentralização de eventos no Brasil

por Kleber Patrício

O Brasil presencia uma transformação no cenário de grandes eventos musicais. O show gratuito de Lady Gaga em Copacabana, realizado em 3 de maio, reuniu aproximadamente 2,1 milhões de pessoas, tornando-se o maior da carreira da artista e o maior já realizado por uma mulher na história. O evento, parte do projeto ‘Todo Mundo no […]

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Dia Mundial do Meio Ambiente: Brasil sofre maior crise ambiental dos últimos anos

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Foto: Freepik.

Comemorado mundialmente no dia 6 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um lembrete latente ao país que mais destrói florestas em todo o mundo, segundo dados da Global Forest Watch divulgados neste ano. Embora a data seja um convite à conscientização e preservação dos biomas de todo o mundo, o Brasil não tem o que comemorar quando o assunto é a preservação ambiental  e o avanço do desenvolvimento sustentável que, nessa altura do campeonato, ganha o status de utopia.

Para se ter ideia, estima-se que 94% do desmatamento da Amazônia seja ilegal, de acordo com informações coletadas pelo Instituto Centro da Vida (ICV) em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no ano de 2020. Isso faz com que, embora seja o país com maior biodiversidade do mundo, o Brasil continue saindo em desvantagem no debate sobre soluções à destruição ambiental.

A combinação de uma cultura de normalização da apropriação do meio ambiente e péssimas medidas públicas de controle aos danos ajudam a perpetuar o que é visto hoje. Para a advogada ambiental e bióloga Cristiana Nepomuceno, parte essencial da conscientização das massas é o entendimento de pertencimento ao meio ambiente. “Devemos ter em mente que também estamos inseridos nesse todo e que a preservação do meio ambiente é, consequentemente, a preservação da espécie humana”, diz.

Ela ainda complementa alertando que, além do aquecimento global e tantos outros efeitos colaterais já conhecidos, a devastação do meio ambiente também pode ocasionar desequilíbrios ambientais como as pandemias. “Com a perda dos habitats naturais, outras espécies passam a ter vida próxima a dos humanos, o que nos expõe a vírus e bactérias que até então não tínhamos contato e que, portanto, não temos defesas contra”, afirma.

A advogada e bióloga Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares. Foto: divulgação.

O Dia Mundial do Meio Ambiente existe para relembrar a abertura da Conferência de Estocolmo, na Suécia, que foi um importante evento para o avanço de pautas ambientalistas. A comemoração deve movimentar debates em todo o mundo a respeito do assunto.

Sobre a Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares | É graduada em Direito e Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Pós-Graduada em Gestão Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto- MG. Especialista em Direito Ambiental pela Universidade de Alicante/Espanha. Mestre em Direito Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Foi assessora jurídica da Administração Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, assessora jurídica da Secretaria de Minas e Energia- SEME do Estado de Minas Gerais, consultora jurídica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas- IGAM, assessora do TJMG e professora de Direito Administrativo da Universidade de Itaúna/MG. Atualmente é presidente da Comissão de Direito de Energia da OAB/MG.

Seis entre dez doenças infecciosas têm origem em animais, mas ação humana facilita sua proliferação

Rio Grande do Sul, por Kleber Patricio

Foto: CDC/Unsplash.

Em revisão sistemática, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelam que 75% das doenças infecciosas, como a Covid-19, são derivadas de microrganismos que originalmente circulavam em espécies de animais selvagens e “saltaram” para os seres humanos. A proliferação dessas doenças entre os seres humanos, no entanto, é facilitada pelas ações humanas. O estudo, que traz reflexões sobre como prevenir o salto de patógenos entre espécies, está publicado na revista Genetics and Molecular Biology.

Os autores revisaram estudos científicos em inglês sem restrição de ano de publicação a partir das principais bases de dados das áreas de medicina e biologia do PubMed/MEDLINE,  SciELO e Google Scholar. Os termos buscados foram  “spillover”, “zoonotic spillover”, “pathogen spillover”, “host jump”, “cross-species transmission” e “zoonotic transfer”.

Embora o salto de patógenos de uma espécie de animal selvagem para outra e, posteriormente, para humanos seja comum, segundo mostram os dados, é raro que esses eventos levem a uma situação epidêmica, explica José Artur Bogo Chies, coautor do estudo. No caso da pandemia de Covid-19, o vírus Sars-Cov-2 se adaptou ao ser humano com grande poder de transmissibilidade, o que reforça o papel da ação humana na cadeia de disseminação do vírus. “Podemos citar os casos de Influenza, cujo salto para a espécie humana foi favorecido pela criação de aves e suínos em um mesmo ambiente ao longo da evolução humana”, exemplifica.

No caso da Covid-19, a principal hipótese é que o Sars-CoV-2 surgiu do morcego, conforme demonstram as análises de sequências genéticas do vírus, mas que alguma espécie, como os pangolins, agiu como intermediária para a infecção. “A carne dos pangolins é comumente consumida na China e pode ter havido contaminação ao manusear ou se alimentar deste mamífero. Outra possibilidade é que esta variante do coronavírus estivesse em estudo e, acidentalmente, tenha escapado do controle laboratorial. Porém, é importante saber diferenciar o conceito de um vírus escapar do laboratório da teoria da conspiração de que o vírus tenha sido fabricado em laboratório”, alerta.

Bogo Chies reforça que o salto de espécies zoonótico de doenças infecciosas é altamente conectado com a forma como os humanos interagem com as espécies animais e o meio ambiente. Por isso, a preservação da biodiversidade se faz necessária para controlar os riscos de surgimento de potenciais patógenos para a espécie humana. “Com esse controle, potenciais patógenos seriam encontrados em pequenas quantidades e em seus hospedeiros usuais, com menor risco de transmissão”, comenta.

Outro problema, aponta o pesquisador, é o uso excessivo de antibióticos ou drogas antivirais, inclusive no campo veterinário, o que favorece uma seleção de micro-organismos que se tornam resistentes. Protocolos de segurança na cadeia produtiva de alimentos de origem animal podem ajudar a diminuir os riscos ao manter os animais em ambientes livres de infecção e disseminação de vírus, com medidas de vigilância, controle, teste e eliminação dessas doenças não humanas.

(Fonte: Agência Bori)

BNegão revela em entrevista detalhes do seu primeiro disco solo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Facebook do artista.

Projetado na música nacional por sua atuação no grupo Planet Hemp, o cantor e compositor BNegão está acostumado a caminhar por sonoridades distintas, como o rap, o rock e, mais recentemente, a MPB de Dorival Caymmi. A constante busca por expandir sua criatividade para outros ritmos é um dos assuntos que o artista carioca levou ao programa Papo de Música, atração semanal comandada pela jornalista e pesquisadora Fabiane Pereira. Atualmente preparando-se para colocar no mundo o seu primeiro disco solo (previsto para o segundo semestre), o artista também falou sobre as experimentações sonoras que atravessam essa nova fase que está por vir. A entrevista está disponível no canal do programa no YouTube (assista aqui).

“Vai ter bastante coisa eletrônica, eu sou apaixonado. Mas a música brasileira é o que está em primeiro plano [nesse disco]”, adianta BNegão sobre o trabalho. Na conversa, ele ainda revelou que o álbum terá mais três singles, além dos já revelados Salve 2, em março e Sorriso Aberto, em abril. “Vai ter O Sósia, um samba reggae absurdo do final dos anos 80, do [grupo] Moleque de Rua. Aí, vai pra outro lugar, uma versão de Cérebros Atômicos, do Ratos de Porão. E o último single vai ser Dança do Patinho, conta.

Ao ser perguntado sobre o futuro pós-pandemia, BNegão comenta não saber o que esperar, mas dá um conselho: “A principal parada é se manter muito saudável mentalmente, saudável fisicamente e saudável espiritualmente. Ouvir muito Mateus Aleluia, muito Caymmi”. O carioca finaliza pontuando que, em contrapartida à realidade nefasta que o Brasil vive, “trazer a pulsação de vida já é algo brutalmente revolucionário”.

BNegão dá início à temporada de junho do Papo de Música. Durante o mês, Fabiane Pereira ainda recebe a cantora Paula Fernandes, o cantor Ivan Lins, a cantora Mariene de Castro e o vocalista da banda Psirico, Márcio Victor.

Crianças #EmCasaComSESC apresenta o espetáculo “Casasa” com a Cia. Kawa

São Paulo, por Kleber Patricio

Espetáculo de circo contemporâneo conta com números de malabarismo, equilibrismo e acrobacias, entre outros. Fotos: Paula Poltronieri.

Neste sábado (5/6), às 15h, direto do SESC Santo André, os artistas André Sabatino e Mariana Maekawa, da Cia. Kawa, apresentam Casasa na programação do Crianças #EmCasaCom SESC. Com direção do argentino Tato Villanueva, o espetáculo de circo contemporâneo fala sobre o cotidiano de um casal e os desafios da convivência, do amor, da arte do encontro e de que nem tudo é como nos contos de fadas. A montagem traz à cena a comicidade e o teatro físico somados às habilidades circenses dos artistas. Uma porta, um vaso gigante, um banco de praça e uma bicicleta fazem parte do cenário deste romance que conta com números de malabarismo, equilibrismo, acrobacias, parada de mão, dança e duo de bicicleta acrobática. Ao final da apresentação, os artistas vão promover uma mini oficina de aquecimentos aeróbicos e pequenas acrobacias.

A Cia. Kawa foi fundada em 2019 pelos aerelistas André Sabatino e Mariana Maekawa. Os artistas resolveram juntar suas experiências artísticas e circenses de 20 anos de carreira para criar espetáculos contemporâneos. Ambos já se apresentaram em diversos circos do Brasil e do mundo e fizeram parte do elenco do Cirque du Soleil de Montreal (Canadá). A Cia. Kawa agrega dança, teatro físico, música, acrobacias e habilidades de alto nível à arte circense.

No ar há um ano, a programação do Crianças #EmCasaComSesc segue em 2021 com apresentações diversificadas, sempre mesclando artistas, companhias e grupos consagrados no cenário brasileiro com novos talentos. As transmissões acontecem aos sábados, às 15h, no Instagram SESC Ao Vivo e no YouTube SESC São Paulo.

Desde o dia 18 de maio, parte das transmissões do #EmCasaComSesc voltou a ser realizada diretamente das unidades do Sesc na capital paulista, sem presença do público no local e seguindo todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19. Além disso, as apresentações também seguem sendo transmitidas da casa ou do estúdio de trabalho dos artistas. Tudo em conformidade com as medidas estipuladas pelo Plano São Paulo.

Bruno Miguel discute a imagem em exposição na Galeria Kogan Amaro

São Paulo, por Kleber Patricio

“A beautiful image”, 2021, Bruno Miguel. Fotos: divulgação.

Paletas vibrantes, patches variados vindos da China, porcelanas, brinquedos, miçangas e forminhas de doces – Bruno Miguel explora materiais inusitados para investigar as possibilidades de pintura na atualidade. Um conjunto de obras que refletem sua pesquisa atual compõem a exposição A Beautiful Image, primeira do artista exibida na Galeria Kogan Amaro, a partir de 5 de junho.

A mostra apresenta a série Pseudônimo, com obras inéditas produzidas desde 2017 até o começo do ano atual. O artista traz para a pintura imagens de naturezas distintas e de outros circuitos, como do universo doméstico e da sociedade de consumo e a relaciona com a pop art, movimento com o qual se identifica. “Interessa-me essa globalização do acesso aos produtos e, ao mesmo tempo, eu me identifico muito com essa estética neo-pop periférica. Sou de uma geração que testemunhou grandes mudanças, que se desenvolveu paralelamente à internet, desenvolvendo um pensamento não linear, e que graças à cultura dos videoclipes teve a capacidade de absorver imagens alteradas e aceleradas e vemos esses reflexos em como o mundo hoje consome e produz uma infinidade de imagens nas redes sociais”, pontua Bruno Miguel.

“Travel memories”, 2021, Bruno Miguel.

Para finalizar suas obras, o artista cria diferentes camadas de resina, simulando uma superfície de plástico, plástico bolha ou espuma rugosa. A técnica causa a impressão das pinturas estarem dentro de uma embalagem, como se fossem objetos de uma sociedade de consumo. “No discurso do artista, notam-se insistentemente ganas de versar sobre um mundo externo a ele: sobre imagens que o circundam. Bruno Miguel explora, por meio da pintura, as imagens de um mundo fraturado pela desintegração, acelerado pelo entretenimento e enganado pela promessa da globalização”, analisa o curador Ulisses Carrilho.

Entusiasta da pintura como pensamento e campo estendido, Bruno Miguel traz para A Beautiful Image a questão do processo lento e temporal da pintura inserida em um mundo de velocidade de informações e imagens, com uma sociedade voraz. “Eu sempre me pergunto: ‘O que, como e por que pintar?’. Em um mundo repleto de possibilidades tecnológicas, o espectador está cada vez mais presente nas interfaces do celular e na tela do computador. As pinturas em sua maioria não são mais vistas ao vivo. Como uma pesquisa pode se manter política, relevante e questionadora, sem renunciar ao apreço estético e sem parecer oportunista é algo que sempre me norteia”, explica Bruno Miguel.

“Bruno Miguel é professor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage há mais de uma década e é flagrante o seu interesse em elaborar uma pesquisa poética que investiga a formação de um certo olhar: o artista busca apurar uma sensibilidade em relação às imagens que já estão no mundo”, pontua Ulisses Carrilho.

“Enthusiasm”, 2018, Bruno Miguel.

O público pode visitar a exposição com horário agendado pelo telefone (11) 3045-0755/0944 ou e-mail. A Galeria funciona de segunda a sexta-feira, das 11h às 19h e, aos sábados, das 11h às 15h, com número limitado de visitantes, uso obrigatório de máscara, além da disponibilização de álcool em gel e orientação de distanciamento mínimo de 1,5 metros entre clientes e colaboradores.

Sobre Bruno Miguel | Bruno desenvolve desde 2004 sua pesquisa em torno da construção e da representação da paisagem na contemporaneidade. Atuante em diversas linguagens, o artista elege a pintura como tema principal de sua rotina obsessiva de produção. Nos últimos anos, as questões acerca da paisagem começaram a dar lugar a uma investigação maior da pintura como linguagem e suas interfaces na vida cotidiana contemporânea. Mas, acima de qualquer retórica que Bruno desenvolva para justificar suas opções, a verdadeira força de sua pesquisa está no trabalho. Não na obra em si, mas na labuta do atelier, onde sua curiosidade e inquietação fazem com que sua pintura se mantenha em transformação. Sua pesquisa é um tipo de neo-pop periférico, sempre relacionando as ditas alta e baixa culturas. Uma maquiagem vulgar e exuberante que superficialmente disfarça sua condição de eterna busca pela beleza. Não da pintura, mas do pintar.

Sobre a Galeria Kogan Amaro | Localizada nas cidades mais populosas do Brasil e da Suíça, as unidades da galeria Kogan Amaro no bairro dos Jardins, em São Paulo, e no centro cultural Löwenbräu-Kunst, de Zurique, têm como norte a diversidade de curadoria e público: com portfólio composto por artistas de carreira sólida, consagrados internacionalmente, e também emergentes que já se posicionam no mercado de arte como promessas do amanhã. Sob gestão da pianista clássica Ksenia Kogan Amaro e do empresário, mecenas e artista visual Marcos Amaro, a galeria joga luz à arte contemporânea com esmero ímpar e integra as principais feiras de arte do mundo.

Serviço:

A Beautiful Image de Bruno Miguel

Local: Galeria Kogan Amaro

Abertura: 5 de junho, sábado, das 11h às 18h

Período expositivo: 5 de junho a 17 de julho 2021

Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista – São Paulo/SP

Horário: segunda a sexta, das 11h às 19h e, aos sábados, das 11h às 15h, com agendamento prévio via telefone (11) 3045-0755/0944 ou e-mail atendimento@galeriakoganamaro.com.

www.instagram/GaleriaKoganAmaro | www.facebook.com/galeriakoganamaro/ | https://www.galeriakoganamaro.com.