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Usina Luis Maluf estreia com programa de residência para jovens artistas brasileiros

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Camila Rivereto.

São Paulo acaba de ganhar um novo espaço de fomento à cultura no coração da Barra Funda (Rua Brigadeiro Galvão, 996), um dos bairros de maior efervescência cultural da cidade. Trata-se da Usina Luis Maluf (ULM), que estreia neste mês de junho com projeto de residência artística coordenado pela curadora e pesquisadora Carollina Lauriano. O programa, atividade que inaugura a ULM, visa à formação de jovens artistas a partir do acompanhamento de projetos e conexões com profissionais do circuito de artes visuais do país. “O projeto de residência da ULM nasce com a proposta de fomentar a produção artística do nosso país e oferecer ferramentas a esses artistas. Instalado na Barra Funda, região que vem se tornando um polo das artes plásticas, a ULM é uma verdadeira usina mesmo – um ambiente de experimentação, um espaço onde os artistas podem desenvolver novas ideias ou tirar projetos do papel com o acompanhamento crítico e construtivo da equipe múltipla que colabora para a residência”, explica Luis Maluf, idealizador da ULM e fundador da Galeria que leva seu nome.

Após a residência, que seguirá em curso durante todo o segundo semestre, o espaço também será utilizado para atividades múltiplas e diversas ligadas ao mundo da arte. Exposições, ações culturais e educativas, projetos pensados para a população local e oficinas são alguns dos usos previstos para a ULM.

A proposta de residência artística, coordenada nesta edição por Carollina Lauriano, está em conformidade com as propostas da Usina. Para além de oferecer o espaço físico para realização de seus trabalhos, os sete jovens artistas terão acesso a um suporte de carreira que se relaciona com outras áreas da profissão, como as inscrições em editais, participação em leilões e/ou concursos, modos de estabelecer uma relação adequada com galerias/curadores de interesse, entre outras atividades.

O primeiro grupo de residentes é formado pelos artistas Apolo Torres, Clara Benfatti, Edu Silva, Fábio Menino, Mariana Rodrigues, Mariano Barone e Tatiane Freitas. Durante seis meses, eles serão acompanhados por Lauriano e por uma equipe diversa composta por artistas e agentes do mercado de arte. “A potência do programa está na troca não só com os pares, como também na construção coletiva e no contato com outros curadores e interlocutores”, reflete Carollina Lauriano.

Ao longo da residência, os selecionados irão participar de atividades semanais que visam seus desenvolvimentos artístico-profissionais e, ao final, exibirão suas criações em um evento que será definido de forma coletiva no decorrer do processo. Dessa forma, a Usina Luis Maluf consolida sua atuação também como um espaço educativo e de ações sociais, desenvolvendo artistas para as diversas situações que se impõem no cotidiano desses profissionais.

Para esta primeira edição, Lauriano e Maluf elegeram artistas levando em conta suas pesquisas baseadas na pintura, escultura, instalação e trabalhos de linguagens diversas que apontam para o abstrato e figurativo. O público também será contemplado pelas ações da residência por meio de atividades abertas, como conversas com os artistas mediados pela curadora e outras ações com datas a serem anunciadas em breve.

Na residência da ULM, cada artista terá um espaço específico para realizar suas obras, com bancada própria e materiais de trabalho. A princípio, o horário das atividades será em período comercial, o que pode ser reajustado conforme as necessidades de cada um, a depender de outros trabalhos e atividades extras. A Usina segue um rigoroso protocolo para prevenir o contágio e disseminação do Covid-19, como álcool em gel distribuído no espaço, obrigatoriedade de uso de máscara e distanciamento físico entre os participantes.

Humor: exposição virtual celebra a sofrência no Dia dos Namorados

São Paulo, por Kleber Patricio

Desenho de João Bosco que faz parte da exposição.

O site de notícias sertanejas Festanejo lançou na quarta-feira (9) a exposição virtual Nahumorados, com mais de 75 cartuns sobre o amor e a sofrência. O projeto faz parte da Semana da Sofrência, celebrada de 6 a 11 de junho e instituída pelo portal como forma de homenagear os solteiros.

Organizada pelo presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, José Alberto Lovetro, a exposição conta com obras de mais de 30 desenhistas de todo o Brasil. A iniciativa demonstra que o Dia dos Namorados pode ser uma data especial e bem-humorada, estando em um relacionamento ou não.

Obra do cartunista JAL em exposição.

O portal ainda promove outras ações em celebração à Semana da Sofrência, como a entrevista com a psicóloga e terapeuta de casais Sandra Baldacci, que fala sobre a melancolia que envolve a data, como as pessoas lidam com a solteirice nos tempos modernos e dicas para um bom relacionamento.

Fãs dos principais artistas sertanejos do momento também compartilharam experiências de quando tiveram seus corações partidos. Nos depoimentos têm histórias de traição, abandono e desilusão amorosa.

A exposição Nahumorados e as outras ações estão disponíveis em www.festanejo.com.br.

Festival Internacional do Documentário Musical anuncia programação oficial de sua 13ª edição

São Paulo, por Kleber Patricio

Frame de “Toada para José Siqueira”. Imagem: divulgação.

O In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, que acontece de forma online, de 16 a 27 de junho, com mais de 50 filmes nacionais e internacionais inéditos no circuito comercial, anuncia a programação de 2021. Pelo segundo ano consecutivo, devido à Covid-19, o festival acontece de forma online, alcançando todo território nacional. Toda a programação estará disponível na plataforma do festival (in-edit-brasil.com). Parte da programação estará disponível também na plataforma do SESC Digital (sescsp.org.br/cinemaemcasa), com acesso gratuito e, a partir de 28 de junho até 28 de setembro, na Spcine Play (spcineplay.com.br), também com acesso gratuito.

Todos os filmes do Panorama Brasileiro, os debates e os shows desta edição terão acesso gratuito por meio do site, da plataforma e das redes sociais do festival. O acesso aos filmes do Panorama Mundial terão custo simbólico de R$3,00. Como já aconteceu na edição de 2020, toda a receita arrecadada este ano será revertida em prol de projetos sociais de amparo a pessoas especialmente afetadas pela pandemia.

O grande homenageado desta edição é o diretor D.A. Pennebacker, considerado um dos maiores nomes do documentário mundial de todos os tempos e um dos pioneiros do “Cinema Direto”. O festival apresenta dois clássicos da fase musical do cineasta, o lendário Dont Look Back (1967), sobre a turnê inglesa de Bob Dylan, e Monterey Pop (1968), sobre o evento que inaugurou a era dos grandes festivais de rock, além de curtas metragens pouco conhecidos do diretor. Completando a homenagem, o In-Edit convida a premiada diretora Chris Hegedus, sua viúva e parceira artística, para um bate-papo virtual sobre a carreira e obra do diretor.

Frame de “Raízes – Um piano na Amazônia. Imagem: divulgação.

O festival celebra mais um ano com uma notável safra de documentários musicais no Panorama Brasileiro, apesar da crise no setor. Divididos em Competição Nacional, Mostra Brasil e Curtas Brasileiros, os filmes apresentam personagens como João Ricardo (Secos & Molhados), Jair Rodrigues, Luiz Melodia, Chico Mário (irmão de Henfil e Betinho), Alzira E, o revolucionário maestro e compositor José Siqueira, o rapper Speedfreaks, a banda Made In Brazil, o road movie com Yamandu Costa e o guitarrista argentino Lúcio Yanel, Zeca Baleiro desvendando os sons do Maranhão e hip hop nacional (com Marcelo D2, Mano Brown, Karol Conká), entre outros.

Já no Panorama Mundial, o festival traz 22 títulos inéditos sobre artistas contemporâneos e que marcaram a música internacional das últimas décadas; entre eles, a banda dinamarquesa Lukas Graham, a pioneira do rock Suzi Quatro, o DJ MOBY,  o cantor Phil Lynott (da banda Thin Lizzy), a banda inglesa IDLES, o cantor Shane MacGowan (vocalista da banda The Pogues),  o cantor Shannon Hoon (da banda Blind Melon), o cantor chileno Jorge Farías (El Negro Farías), Poly Styrene (vocalista da banda X-Ray Spex) e  a banda pop The Go-go’s, que entrou para a história da música como a primeira e, até hoje, a única banda formada só por mulheres a chegar ao 1º lugar nas paradas de álbuns mais vendidos da lista da Billboard. Outros documentários se debruçam sobre histórias que merecem ser contadas, como a do Synthwave, uma corrente eletrônica underground inspirada em certas trilhas sonoras do cinema americano dos anos 80; Rockfield, a Fazenda do Rock, por onde passaram Ozzy Osbourne, Oasis e Queen, entre outros; as pioneiras da música eletroacústica e da construção de ritmos e projetos musicais de países como Gana, Uganda e Congo.

A Programação Paralela promoverá debates gratuitos com Chris Hegedus, com o diretor canadense Sam Dunn e com todos os diretores e diretoras dos longas participantes da Competição Nacional e da Mostra Brasil, além de convidados especiais, como o cantor e compositor Nasi, vocalista da banda Ira! e protagonista do documentário Você Não Sabe Quem Eu Sou, que será lançado nacionalmente durante o festival.

Frame de “The Rumba Kings”. Foto: divulgação.

Para finalizar, o cineasta Marcelo Machado, diretor de Tropicália, Com a Palavra, Arnaldo Antunes e O Piano que Conversa, entre outros, ministra uma masterclass sobre as diferentes vertentes do documentário musical, exploradas a partir de sua própria obra.

Ainda como parte da Programação Paralela, o festival apresentará shows inéditos, concebidos em diálogo com os filmes da programação, com a participação de artistas como Nasi, Alzira E, DJ Hum, João Ricardo, a banda Made in Brazil e o grupo Gritando HC, além de homenagens musicais ao maestro e José Siqueira e ao rapper Speedfreaks.

O In-Edit Brasil 2021 conta com patrocínio máster de Colombo Agroindústria, o patrocínio do Itaú, da Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e é uma realização conjunta do SESC SP, da In Brasil Cultural e do Ministério do Turismo e Governo Federal.

Classificação indicativa: Livre para toda a programação.

Confira abaixo os filmes confirmados para o In-Edit Brasil 2021.

Toda a programação no site www.in-edit-brasil.com.

Serviço:

In-Edit Brasil – 13º Festival Internacional do Documentário Musical

De 16 a 27 de junho

www.in-edit-brasil.com

@ineditbrasil.

Deezer lança canal “Cultura Queer” e homenageia artistas e criadores LGBTQI+

Brasil, por Kleber Patricio

Queer é sobre expressão de gênero, diversidade, criatividade e comportamento. Vai além do que propõe uma normatividade padrão; seja pela sua orientação sexual, identidade de gênero ou atração emocional – é sobre liberdade, relacionamentos e identidade expressadas de formas diversas e, nesse processo, a música é uma grande aliada. Para celebrar e honrar todos os artistas e as músicas que marcaram – e ainda marcam – diversas gerações, a Deezer acaba de lançar o Canal de Cultura Queer, recheado de playlists, podcasts e conteúdos especiais.

O canal será fixo na plataforma de streaming e regularmente atualizado com muita música e conteúdo de artistas queer do mundo todo, assim como playlists criadas por artistas brasileiros como Pepita, Aretuza Lovi, DAY, Davi Sabbag e Carol Biazin. Os fãs ainda poderão explorar seções exclusivas como Sons Queer, Celebre a música queer, Deezer Originals e Álbuns que fizeram história, além de playlists com nomes de referências para a cultura queer, como Ícones Queer, Hinos do Arco-Íris e Amor Livre, playlists por gênero musical (queernejo, queer rap, queer pop etc.), playlists editoriais, playlists por décadas e algumas trilhas sonoras de filmes consagrados, como Moonlight e Call me by your name, e séries queridinhas da comunidade queer, como Glee, Euphoria, Pose e Elite.

E se você estiver procurando por podcasts que falam sobre ser LGBTQI+ com criadores que representam as siglas, o canal conta uma seleção imperdível com podcasts sobre o tema, como o E aí, gay, Cultura Travesti – A Fábrica de Bonecas, Hora Queer + Doutora Drag e Bem Viados, entre outros.

“Existem diversos artistas e criadores de conteúdo que contribuíram – e ainda contribuem – para a comunidade queer ao longo das décadas. A força desses artistas nos inspiraram a criar um canal de Cultura Queer cheio de música, podcasts e audiobooks para os 365 dias de todos os anos”, comenta Fabio Santana, editor global do Canal de Cultura Queer da Deezer.

“Cultura Queer é sobre inclusão e respeito. Com esse novo canal na Deezer, nós queremos honrar e celebrar a nossa comunidade que luta por direitos há tantos anos e inspira força, diversidade e liberdade para todos se expressarem e serem quem são e quiserem ser. A música é uma grande aliada nessa luta e é uma expressão de cultura transformadora; por isso, também, que o canal de Cultura Queer ficará sempre ativo na nossa plataforma e com novidades constantes”, conta Romar Sattler, editor de música da Deezer para o Brasil.

O Canal de Cultura Queer é um projeto que dá continuidade a todas as iniciativas que a Deezer tem realizado em prol da diversidade. Em 2020, com o propósito de apoiar todos os artistas e criadores negros, a empresa lançou o Canal Black Culture. O canal vem crescendo cada vez mais no streaming e ganhando novos fãs. Na semana de lançamento do Black History Month Session pelo rapper Kalash Crimine, neste ano, o canal teve um crescimento de 225%.

Clique aqui e dê o play para ouvir as músicas mais marcantes da cultura queer, favoritar o canal e estar sempre ligado em novos artistas e conteúdos exclusivos.

Casa de Cultura do Parque apresenta trabalho de Adrianne Gallinari no projeto ‘280 x 1020’

São Paulo, por Kleber Patricio

“Paisagem”, 2018, obra de Adrianne Gallinari no projeto 280 x 1020. Fotos: Laura Jabur.

Como parte do primeiro ciclo expositivo do ano, a Casa de Cultura do Parque exibe, a partir de 19 de junho, a obra Paisagem, de 2018, da artista multimídia Adrianne Gallinari, no projeto 280 x 1020 – parede localizada entre espaço interno e externo da Casa, em varanda coberta.

Paisagem consiste em um enorme desenho, de dimensões de 260 cm x 1010 cm, feito em giz de cera sobre tecido. Sobre ele, uma série de narrativas gráficas se desenrolam – cada uma delas resultante de uma modalidade do gesto, com finalidades distintas. “Da garatuja, do risco assistemático e ocioso, ao gesto obsessivo e regular, próximo à escrita, passando por figurações tênues, esboços de pessoas, arquitetura e paisagem, o desenho de Adrianne Gallinari demonstra-nos que o gesto é o motor de tudo o que existe”, reflete o curador e crítico Agnaldo Farias.

A obra se organiza a partir do adensamento das linhas que se repetem e criam formas abstratas e uma dimensão subjetiva sobre a imagem. “Na construção tem essa questão da linha, da delicadeza, mas quando o trabalho fica pronto e vai para o espaço expositivo, ele cria essa forma sólida e densa”, pontua Adrianne.

Exibido durante exposição individual em Belo Horizonte, a obra chega à Casa de Cultura do Parque com um convite ao público: sensibilizar o olhar às diversas possibilidades e perspectivas do gesto. “Silhuetas e construções arquitetônicas enredam-se umas nas outras, números e nomes são listados um após o outro e os desenhos descolam-se do mundo, impregnam-se de energia e sentimento para se transformarem em signos ligados à memória e aos lugares por onde se viveu, até atingirem as fronteiras do tempo e espaço abstrato”, conclui Agnaldo Farias.

Sobre Adrianne Gallinari | Adrianne Gallinari nasceu em Belo Horizonte, em 1965, e hoje vive e trabalha em Salvador. Frequentou a tradicional Escola Guignard, em Belo Horizonte, e foi selecionada em 1997 para a Beca Kuitca, em Buenos Aires, onde permaneceu até 2001, participando de diversas exposições.

Começou como artista multimídia, desenvolvendo trabalhos em vídeo, mas dedicou-se, principalmente, ao desenho utilizando diversos suportes, como o papel, paredes, tecidos, tela e materiais, como grafite, nanquim, acrílica, guache e aquarela. Atualmente, percebe-se em seus desenhos uma tendência a paisagens como gênero, onde a forma humana pode aparecer, com expressões que levam a uma delicada imersão interior.

Desde 1997 tem seus trabalhos expostos em mostras individuais ou coletivas, tanto no Brasil, quanto no exterior. Participou de Bienais em Buenos Aires e na Espanha e desenvolveu trabalhos na Finlândia e Japão.

Sobre a Casa de Cultura do Parque | A Casa de Cultura do Parque, localizada em frente ao Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, é um espaço plural que busca estimular reflexões sobre a agenda contemporânea, promovendo uma gama de atividades culturais e educativas que incluem exposições de arte, shows, palestras, cursos e oficinas.

A Casa de Cultura do Parque tem como parceiro institucional o Instituto de Cultura Contemporânea – ICCo, uma oSCIP sem fins lucrativos. As duas iniciativas, de natureza socioeducativa, compartilham a mesma missão de ampliar a compreensão e a apreciação da arte e do conhecimento.

Serviço:

Paisagem infinita de Adrianne Gallinari

Curadoria: Claudio Cretti

Abertura: 19 de junho, sábado, a partir das 11h

Período expositivo: 19 de junho a 19 de setembro de 2021

Local: Casa de Cultura do Parque – Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros

Horário: de quarta-feira à domingo, das 11h às 17h.