Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
Foto: Rogerio von Kruger.
Entre os dias 8 de dezembro de 2021 e 28 de março de 2022, a exposição Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto ficará em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil – Belo Horizonte, depois de uma temporada de sucesso no CCBB Rio de Janeiro. O mote foram os 22 anos da morte de Nise da Silveira (1905-1999) – e 22 é um número associado à loucura no imaginário popular, tema abordado de forma revolucionária pela psiquiatra.
Médica formada enquanto única mulher em uma turma com mais de 150 homens, ficou mundialmente conhecida pela ideia vanguardista de usar o afeto como metodologia científica no tratamento às pessoas com sofrimentos psíquicos. Ao buscar formas de acessar as camadas do inconsciente e criar um diálogo – por meio de ferramentas artísticas e com aplicações científicas – entre o inconsciente e a sua potente expressão em imagens, Nise reposicionou o entendimento de loucura na história da humanidade.
Com cerca de 100 obras surpreendentes, a mostra reunirá telas e esculturas de artistas do Museu de Imagens do Inconsciente ao lado de peças de Lygia Clark, Abraham Palatinik e Zé Carlos Garcia, retratos de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman, reproduções de desenhos de Carl Gustav Jung e aquarelas e fotos de Carlos Vergara. A curadoria é do Estúdio M’Baraká, com consultoria do museólogo Eurípedes Júnior e do psiquiatra Vitor Pordeus.
Arte para revelar o universo interior | Localizado no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Museu de Imagens do Inconsciente foi criado por Nise em 1952 com a finalidade de reunir os trabalhos produzidos pelos seus clientes nos estúdios de modelagem e pintura – verdadeiros documentos para ajudar na compreensão mais profunda do que se passava no universo interior deles.
Dos clientes que se destacaram, em um acervo com mais de 400 mil trabalhos, foram escolhidas para a mostra no CCBB telas de Carlos Pertuis (que deixou cerca de 21 mil pinturas), Fernando Diniz (por volta 35 mil), Adelina Gomes (na base dos 17 mil), Emygdio de Barros (em torno de 3.300) e Beta d’Rocha – ela encontrou um caminho de expressão também na escrita (A história de Beta e Cadernos íntimos), com relatos sobre as crises e as internações, facilitando o processo de auto cura. Das artistas atuais, o público mineiro verá duas pinturas fortes de Renata Inocêncio.
Um mergulho libertário no inconsciente | A expografia de Diogo Rezende, designer e sócio do Estúdio M’Baraká, traz ambientes preenchidos de improviso e sobreposições que contrastam a frieza da instituição de clausura, sob constante vigilância, com o calor, a humanidade e a liberdade do trabalho que a doutora Nise realizou. Cada sala traz um clima único, com direito a um poço do inconsciente: um vídeo processa, em movimentos circulares, imagens da psique produzidas no ateliê e projetadas num espelho d’água em forma de poço.
O público vai passear pelos precursores da arte terapia em oposição aos tratamentos da época, a questão do afeto, depois verá a chegada da alagoana Nise ao Rio de Janeiro, a passagem pela prisão, as mulheres com quem conviveu – entre elas a sambista Dona Ivone Lara –, até fazer um mergulho no inconsciente, explorando também a questão territorial do Engenho de Dentro enquanto espaço de exclusão e metáfora, na linha engenho interior versus engenho exterior.
Tour virtual 360 e uma Experiência Sonora Descritiva | A abordagem amorosa da psiquiatra ultrapassou os muros do hospital e ganhou o mundo. Da mesma forma, a mostra Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto também poderá ser vista de qualquer parte do planeta através dos sites oficiais do CCBB (aqui) e da exposição (aqui). Além disso, é possível ouvir o que se vê através da Experiência Sonora Descritiva. Os áudios recriam os ambientes da mostra com dramaturgia. A equipe foi coordenada pela jornalista e dubladora Georgea Rodrigues, da Inclusive Acessibilidade.
A experiência de áudio foi idealizada para pessoas com deficiência visual, mas surpreende ao reconstituir com muita graça imagens do universo particular de Nise da Silveira e dar vida a personagens reais, como o seu pai, o marido Lima Barreto, Mário Pedrosa e a faxineira do ateliê, além dela mesma. Fazem parte do elenco vocal atores e dubladores que já emprestaram as suas vozes a personagens famosos no cinema e nas séries de TV, como Capitão América, Rei Leão, Tocha Humana, Grey’s Anatomy e Billie Holiday.
Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto tem patrocínio do Banco do Brasil.
Serviço:
Exposição Nise da Silveira – A Revolução pelo afeto
De 8 de dezembro de 2021 a 28 de março de 2022
Centro Cultural Banco do Brasil – (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte/MG)
Dias e horários de visitação: de quarta à segunda, das 10h às 22h
Entrada gratuita mediante retirada de ingresso com agendamento prévio no site www.eventim.com.br.
(Fonte: Assessoria de imprensa CCBB Belo Horizonte)
O Reconceito Casa realiza no próximo dia 11 de dezembro, das 10 às 18 horas, seu Bazar de Natal, com produtos artesanais de diversos segmentos, como joalheria, gastronomia, decoração, roupas e acessórios. Os expositores são Adriana Miguel, Ana Maria Golob, Claudia Dal Canton, Luciana Gasperini, Prof Luites Macedo, Vera Milunovic, Vera Mourier, Vera Steffen (Escola Arte & Oficina), Life Beach Tennis (roupas e acessórios esportivos), Vecchia Emilia (antepastos e molhos), Alloma Thérèse Moretti e Fabiana Coelho Vicedomini (pulseiras e kaftans), U’Pane Brasil (pães), Baco Wine Shop (vinhos), Mary Kay (cosméticos) e Drops Aroma (fragrâncias). Parte da renda do bazar será revertida em prol da Volacc (Voluntários de Apoio no Combate ao Câncer).
Reconceito Casa | Reconceito Casa é um lugar que abriga o artesanato brasileiro utilitário revisitado, selecionado e combinado com frescor. É a morada do valor das mãos habilidosas de nosso país, de sua força criativa e de saberes que se perpetuam por muitas gerações. É, também, o lar de novas experiências criativas, cuja cozinha mistura receitas e temperos típicos de nossa terra. É a Casa com Alma Brasileira, elegantemente despojada e aconchegante.
Em 2018, a arquiteta Barbara Fantelli e o administrador de empresas e comércio exterior Armínio Calonga Júnior embarcaram em uma grande viagem para muitos recantos do país, em busca de colecionar produtos e histórias capazes de traduzir o espírito do cotidiano de um Brasil tão diverso. Literalmente parando de porta em porta e trocando muitos dedos de prosa com artesãos e designers, chegaram a uma seleção de produtos que apresentam através da Reconceito Casa.
A proposta da marca é poder tecer uma rede ampla por meio dos objetos, levados de um lugar a outro, de uma casa a outra, de uma mão a outra, dentro e fora de nosso território. A interconectividade que é a essência da marca.
Serviço:
Bazar de Natal Reconceito Casa
11/12, das 10 às 18 horas
Rua Cinco de Julho, 591 – Jd. Pau Preto – Indaiatuba
(19) 3885-3159 – www.reconceitocasa.com.br.
Foto: João Medeiros/Flickr.
Com a proposta de explorar de forma sustentável a Mimosa Tenuiflora, conhecida como jurema-preta, árvore arbustiva comumente utilizada como lenha pelos sertanejos, pesquisadores do Departamento de Ciências Agrárias e Florestais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) identificaram que a planta apresenta aptidão para a exploração em itens de maior valor agregado, como pisos de madeira. A descoberta, publicada nesta segunda (6) na “Revista do Instituto Florestal”, amplia a possibilidade de geração de renda para comunidades rurais pobres e diversifica a produção econômica do Nordeste.
Espécie arbórea que possui madeira pesada e de alta durabilidade natural, a jurema-preta tem qualidade para a construção de móveis de pequenas dimensões, assim como para a produção de estacas e cercas. Ampliando o seu uso sustentável e potencial de gerar alto valor agregado, os autores apontam que ela pode ter uso no mercado de pisos de madeira por apresentar uma variação de cor marrom a um amarelo claro acinzentado, o que contribui para a beleza estética das tábuas.
Na investigação para determinar a utilidade e durabilidade de determinada madeira como produto de alto valor agregado, é necessário que ela seja estável e pesada, com menos possibilidade de defeitos de secagem, como o “fendilhamento” (abertura de pequenas fendas ou rachas na superfície) e o “empenamento” (expansão e contração das tábuas, que causa desnivelamento do piso). Neste sentido, os pesquisadores da Ufersa testaram três exemplares de jurema- preta com idade média de vinte anos. Os troncos foram seccionados em discos para as diferentes alturas da árvore: 0% (base), 25%, 50%, 75% e 100% (topo) referente à altura comercial.
Foram confeccionadas amostras com dimensões de 2 x 2 x 3 centímetros (sentido radial, tangencial e longitudinal) para cada altura investigada. Essas foram submersas em água até que atingissem volume constante após duas medições seguidas. Após imersão em água, as amostras foram mantidas em uma estufa a 105° até atingirem massa constante. Com base neste método foi possível constatar uma madeira de alta densidade e boa estabilidade dimensional, com menos propensão a empenamentos, rachaduras e defeitos, qualidade suficiente para o uso em pisos. “Estudar e comprovar que a jurema-preta possui propriedades que são compatíveis com o mercado nos faz acreditar que temos potencial para investir no nosso bioma e darmos a valorização que ele merece, além de podermos ampliar a visão do mercado moveleiro para nossas espécies e para nossa região, melhorando a economia local e gerando fonte de renda”, afirma Sara Nogueira, coautora do estudo. As principais atividades da economia do Nordeste são agricultura, pecuária, indústria e turismo.
(Fonte: Agência Bori)
Fotos: divulgação.
O único zoológico de insetos do Brasil abriu suas portas novamente na última terça-feira, 30 de novembro. O Planeta Inseto, exposição permanente do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, passa a receber visitantes mediante agendamento prévio, de terça a domingo, das 9h às 16h. Devido a obras para melhorar acessibilidade do museu e a exposição, o Planeta Inseto, momentaneamente, recebe seu público no Espaço Márcia Rebouças do IB, localizado na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, nº 1252, Vila Mariana, São Paulo, Capital.
Os agendamentos das visitas devem ser feitos por meio de formulário (clique aqui para acessar). Não serão recebidas pessoas sem agendamento. Ao todo, serão recepcionadas 20 pessoas por vez e as visitas levarão cerca de uma hora. A reabertura seguirá todas as recomendações para conter a disseminação da Covid-19, como uso de máscaras, distanciamento social, uso de álcool 70% e medição de temperatura. “O Museu do Instituto Biológico, em que o Planeta Inseto é exposto, está em processo de reforma. No próximo ano teremos um novo museu, com acessibilidade e exposição ainda mais interativa e atrativa. Por isso, vamos reabrir, nesse momento, em um outro espaço. Estamos tomando todos os cuidados para que o público mate a saudade do Planeta Inseto com total segurança”, afirma Harumi Hojo, pesquisadora do IB e responsável pelo Planeta Inseto.
Planeta Inseto | De forma lúdica e divertida, o Planeta Inseto leva há 11 anos informações sobre como os insetos estão presentes no cotidiano das pessoas e sua importância para diversas áreas, como meio ambiente e agricultura. Estima-se que existam mais de um milhão de espécies de insetos conhecidos e que haja mais milhões a serem identificadas.
Na exposição, os visitantes têm acesso a informações sobre formigas, abelhas, bicho-da-seda, bicho-pau, baratas e besouros. Além disso, podem conhecer os insetos de importância médica, saber o que é controle biológico e ver como funciona um laboratório entomológico. A mostra tem como público-alvo crianças e adolescentes de três a 16 anos, mas recebe visitantes de todas as idades. “É possível ainda aprender as características que diferenciam um inseto de outros animais, como o corpo dividido em três partes [cabeça, tórax e abdômen], um par de antenas e três pares de pernas. Essa é uma das dúvidas mais comuns dos visitantes da exposição física”, conta Mário Kokubu, educador do Planeta Inseto.
O Planeta Inseto conta com autorização de manejo e exposição de insetos emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Desde a inauguração, em 2010, o Planeta Inseto já recebeu mais de 400 mil visitantes no museu físico e itinerante.
O espaço foi fechado em março de 2020 por conta da pandemia de Covid-19. Nesse tempo, porém, lançou uma visitação virtual, que ainda pode ser acessada por interessados em todo o mundo (clique aqui para conhecer).
Serviço:
Planeta Inseto
De terça a domingo, das 9h às 16h
Visitação só ocorrerá mediante agendamento (clique aqui para acessar)
Endereço: Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, Vila Mariana, São Paulo (SP)
Entrada gratuita.
(Fonte: Assessoria de imprensa – APTA)
Capa do livro.
Para quem gosta de história e aventura, Vilfredo Schurmann lança sua terceira obra literária, Em busca do submarino U-513: uma incrível aventura nos mares do Sul. Em seu novo livro, o velejador revela todos os detalhes sobre a jornada que começou quase por acaso, durante uma regata no início dos anos 2000, quando um tripulante da equipe falou sobre existência de um submarino alemão afundado na costa catarinense durante a Segunda Guerra Mundial. Ao saber que existiam 11 naufrágios desses do Eixo no Brasil e que nenhum deles havia sido encontrado até então, Vilfredo encontrou a motivação para sua aventura.
Em 2001, a Família Schurmann iniciou pesquisas sobre o fato histórico, partindo para a grande jornada Expedição U-513 – Em Busca do Lobo Solitário. A bordo do veleiro Aysso, no dia 14 de julho de 2011, depois de diversas incursões ao mar, entre tempestades, frustrações e avarias, a perseverança deu resultado. Finalmente o submarino U-513 foi encontrado a aproximadamente 65 milhas náuticas da costa da Ilha de Santa Catarina, a 130 metros de profundidade, entrando para a história como o primeiro a ser descoberto entre os 11 naufragados na costa brasileira. Agora, os bastidores dessa aventura, incluindo depoimentos de quem participou da jornada, bem como fotos, documentos e relatos de época, preenchem as 356 páginas do livro.
Dividindo seu relato em três partes principais, Vilfredo conta como o U-513 entrou no seu radar e os detalhes sobre colocar esse desafio em prática no capítulo Um naufrágio em nosso quintal. Em A agulha e o palheiro, ele retrata a primeira saída da expedição, mostra a “casa” do submarino e apresenta testemunhas do resgate de sua tripulação. Missão cumprida leva os leitores para o veleiro Aysso da Família Schurmann e os momentos de intensa emoção, quando Vilfredo e tripulação trazem o U-513 de volta para o mundo. “Quando não restavam dúvidas, todos a bordo gritaram e se abraçaram. No meio da comemoração, David e eu ficamos um momento sozinhos e perguntei se ele se lembrava quantas vezes passamos em cima do U-513 até confirmarmos. Ele respondeu: foram 18, Capitão. Questionei: você acha que nós fomos muito perfeccionistas? Que poderíamos ter confirmado antes?. Não, Capitão. Acho que fomos responsáveis, David afirmou sem hesitar”, lembra Vilfredo.
Em texto de apresentação, o escritor Telmo Fortes declara: “O resultado é impressionante. Reuniu-se um vasto aglomerado de documentos capazes, por si sós, de contar um importante capítulo da guerra naval no Atlântico e dramas pessoais daquele período. Tudo, nesta aventura, foi feito com um cuidado profissional admirável. No entanto, aconteceram coisas que só existem na dimensão sentimental. A última pessoa ainda viva que testemunhou o desaparecimento do U-513, o operador de radar americano Bill Stotts, foi localizado e entrevistado por Vilfredo e Heloisa Schurmann pouco antes de falecer” – além do depoimento impactante da esposa de um dos sobreviventes. Telmo completa: “Fascine-se, pois, caro leitor ou leitora, com a emocionante história de uma busca e de uma vitória. Um romance transcorrido inteiramente nos limites da vida real”.
Com tiragem inicial de 3 mil exemplares, Em busca do submarino U-513: uma incrível aventura nos mares do Sul tem suas páginas coloridas impressas em papel pólen e capa dura. Com o patrocínio master da Fairfax Brasil Seguros Corporativos e patrocínio da Estácio, por meio da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial de Cultura vinculada ao Ministério do Turismo, essa primeira tiragem do novo livro de Vilfredo Schurmann chega ao mercado por preço acessível: R$30,00 – abaixo do valor do custo de produção. A obra está disponível para todo o Brasil via Amazon com taxa de frete fixo, a partir do site do livro. Além disso, Em busca do submarino U-513: uma incrível aventura nos mares do Sul conta ainda com versão acessível produzida pela equipe da reconhecida Fundação Dorina Nowill para Cegos, que passa a integrar também o acervo gratuito da Dorinateca para pessoas com deficiência visual.
Persistência e adaptabilidade por trás da obra | Aos 20 e poucos anos, Vilfredo revelava uma característica marcante de sua personalidade: persistência. Foram dez anos de preparação para a realização da aventura que consagrou os Schurmann como a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, entre os anos de 1984 e 1994. A saga para a descoberta do U-513 também levou quase uma década, com o velejador enfrentando muitos desafios ao lado de Heloisa e os filhos Pierre, David e Wilhelm. “Nada vem fácil, nada cai do céu sem muita luta e perseverança. Tínhamos que ter determinação e não podíamos desanimar”, relata Vilfredo, lembrando ainda que essa foi a primeira vez na história mundial que um submarino alemão da Segunda Guerra foi achado por um veleiro.
Desde que concluiu a expedição em busca do submarino, o velejador manteve o sonho de contar essa história em um livro. Até que veio a pandemia de Covid-19 e Vilfredo se encontrava a bordo do veleiro Kat, nas ilhas Falklands/Malvinas. “Fomos surpreendidos pelo evento mais dramático para a humanidade em muitas décadas. Conseguimos uma licença do capitão dos portos e da imigração para permanecer em Falklands. Para mim, Wilhelm e Erika, seria o melhor lugar para ficarmos isolados no início da pandemia”, lembra Vilfredo.
Adaptado à uma estranha realidade de isolamento, dessa vez, forçado, ele fez desse momento a oportunidade de transformar mais um sonho em realidade. “Foram três meses de espera, até poder navegar direto para o Porto de Itajaí. Nesse período, decidi começar a escrever sobre a busca do U-513. Queria compartilhar o que realmente senti durante todo o processo da expedição. Tive tempo e tranquilidade para ler todos os e-mails trocados desde 2001, quando nasceu a ideia de encontrar o submarino alemão desaparecido. Alimentei a memória com os relatórios de cada saída do Aysso que enviamos para a Marinha e com as pesquisas realizadas antes de iniciar a busca. Enquanto eu escrevia, o silêncio era absoluto”, relata o velejador.
Com colaboração de Gui Stockler nos textos e coordenação editorial e produção executiva da Mandacaru, Em busca do submarino U-513: uma incrível aventura nos mares do Sul será lançado oficialmente em 9 de dezembro com noite de autógrafos realizada no Cabanga Iate Clube de Pernambuco, onde Vilfredo estará com a Família Schurmann e tripulação da Voz dos Oceanos. Em Recife, o velejador celebra a realização de dois sonhos: o novo livro e a atual expedição, que conta com o apoio mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Momento especial em total sintonia com as palavras do apresentador e jornalista Pedro Bial para a contracapa da obra: “Tem vez que falar em ‘empresa familiar’ é redundância. Família é sempre uma empresa: empreendimento para a realização de um objetivo. Projetos em comum unificam, ampliam o sentido e estendem legados familiares. Há décadas, a Família Schurmann compartilha seu projeto de vida com todos os brasileiros, uma empresa familiar ao mar que se fez símbolo de coragem e liberdade. O exemplo dos Schurmann desdobra-se em acolher e libertar, congregar e espalhar, navegar e chegar. Partir, para voltar”.
O velejador Vilfredo Schurmann | Economista graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina, Vilfredo Schurmann foi consultor financeiro de grandes corporações brasileiras. Aos 35 anos, trocou a vida em terra firme para navegar pelo mundo com a família. Em 37 anos de aventuras, o Capitão da Família Schurmann liderou e coordenou três circum-navegações, além de outras aventuras nos mares e oceanos do planeta, entre elas, a Expedição U-513 – Em Busca do Lobo Solitário, que, em breve, também ganhará as telas de cinema em documentário dirigido por David Schurmann.
Atualmente, Vilfredo se prepara para concluir a etapa nacional da Voz dos Oceanos, iniciativa do Brasil para o mundo que conta com o apoio mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Após passagem por Recife e Fernando de Noronha, no final de dezembro, a tripulação segue para a rota internacional até chegar à Nova Zelândia, no segundo semestre de 2023. Vilfredo também atua na produção de conteúdos audiovisuais em diferentes formatos e é autor de Momentos de uma aventura (2001), Navegando com o sucesso (2009) e do lançamento Em busca do submarino U-513: uma incrível aventura nos mares do Sul (2021), dedicado a todas as pessoas que acreditaram na empolgante e desafiadora busca do submarino U-513.
(Fonte: Comunicação Família Schurmann & Voz dos Oceanos)