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Galeria Millan abre temporada de exposições com mostras de Lidia Lisbôa e David Almeida

São Paulo, por Kleber Patricio

“Sem título”, da série Alienígenas, 2021 – cerâmica e vidro – 29 x 22 x 10 cm. Foto: Ana Pigosso.

A Galeria Millan de São Paulo abre no próximo sábado, 22 de janeiro, a temporada 2022 de exposições com duas mostras individuais: a antológica Acordelados, que repassa a trajetória da artista Lidia Lisbôa (Guaíra, PR, 1970) desde o final dos anos 1990 até suas investigações mais recentes; e Arriba do chão, que reúne pinturas de pequenos e grandes formatos e cerâmicas recém-produzidas pelo artista David Almeida (Brasília, DF, 1989). Ambas ficam em cartaz até 19 de fevereiro e a entrada é gratuita.

Com curadoria assinada por Thiago de Paula Souza – membro da equipe curatorial da 10ª Bienal de Berlim: We don’t need another hero, em 2018 –, a exposição individual de Lidia Lisbôa reúne desenhos e esculturas de diversos materiais e técnicas, como arte têxtil, crochê, performance e esculturas em cerâmica, argila, porcelana e botões.

Após ter se mudado para São Paulo, em 1986, Lidia Lisbôa trabalhou em ateliê de alta costura e, em 1991, iniciou sua produção artística. Obteve formação de Gravura em Metal pelo Museu Lasar Segall, escultura contemporânea e cerâmica no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) e no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1997, participou da exposição coletiva Tridimensional, no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) e, neste mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual no Instituto Goethe, em São Paulo. Em 1998, a artista recebeu o Prêmio Maimeri – 75 anos, concedido pelo Liceu de Artes e Ofícios. Em 2020, Lisbôa expôs no Centro Cultural São Paulo e na 12ª Bienal do Mercosul, em 2021, integrou as exposições coletivas Enciclopédia Negra, na Pinacoteca de São Paulo; Carolina Maria de Jesus: um Brasil para brasileiros, no Instituto Moreira Salles; e a mostra A Substância da Terra: O Sertão, com curadoria de Simon Watson, que ocorreu primeiro no Museu Nacional da República com itinerância na Slag Galery em Nova York.

“Cercado”, 2021, óleo sobre cerâmica terracota – 19 x 18,5 x 3 cm. Foto: Ana Pigosso.

A mostra de David Almeida tem a curadoria de Pollyana Quintella – que foi curadora adjunta da exposição FARSA – Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal, que ficou em cartaz no SESC Pompeia, em São Paulo, até fevereiro de 2021 – e enfatiza a investigação pictórica ao explorar a paisagem brasileira. Com sua pesquisa em pintura a partir de uma diversidade de caminhos: telas em grande e pequeno formato, suportes como o linho, o algodão e a madeira, assim como gravuras e cerâmicas, que expressam uma contínua investigação de relevos e combinações cromáticas.

A pesquisa de David Almeida tem como eixo principal as problemáticas do espaço e do corpo em percurso, explorando a visualidade do território íntimo, da cidade e da paisagem regional brasileira. Almeida engendra os conceitos de memória, corpo, fantasmagoria e percepção óptica, criando telas em que o íntimo de uma cultura ou povo se apresenta de forma sutil pela paisagem.

Em sua primeira individual na Galeria Millan, Almeida apresenta sua pesquisa em pintura a partir de uma diversidade de caminhos: telas em grande e pequeno formato, suportes como o linho, o algodão e a madeira, assim como gravuras e cerâmicas, que expressam uma contínua investigação de relevos e combinações cromáticas.

Serviço:

Lidia Lisbôa: Acordelados

Curadoria de Thiago de Paula Souza

Visitação: 22 de janeiro a 19 de fevereiro de 2022

Segunda a sexta, 10h às 19h | Sábados, 11h às 15h

Entrada gratuita

David Almeida: Arriba do chão

Curadoria de Pollyana Quintella

Visitação: 22 de janeiro a 19 de fevereiro de 2022

Segunda a sexta, 10h às 19h | Sábados, 11h às 15h

Entrada gratuita

Galeria Millan – Rua Fradique Coutinho, 1416, São Paulo, SP

Mais informações, acesse o site da Galeria Millan.

(Fonte: Conteúdo Publicações)

Museu de Arte Sacra inaugura mostra “O Gênesis segundo Eva”

São Paulo, por Kleber Patricio

Autor: Eva Soban – Título: “Fez-se a luz 11” – Ano: 2020 – Técnica: costuras – Dimensões: 70 x 70 cm. Fotos: divulgação.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP apresenta a exposição O Gênesis segundo Eva, da artista Eva Soban, composta por 15 elementos em formas tecidas que apresentam o mito da Criação do Mundo e a saga do Fruto Proibido segundo a visão da artista. “A proposta da exposição é instigar uma reflexão sobre a necessidade fundamental de enfrentar desafios e proibições, que sempre pautou as escolhas humanas – para o Bem e para o Mal”, define a curadora Denise Mattar.

Há um século, nos primórdios do movimento Modernista, a artista Regina Gomide Graz inseriu no segmento das artes plásticas o “fazer têxtil” como forma artística e é nesta fonte que se alimenta Eva Soban para criar obras únicas e delicadas, mas com mensagens e conceitos pré-determinados resultantes de pesquisa e estudo constantes. A artista se dedica ao tema há um bom tempo. “No último ano, senti um apelo interno, uma necessidade de Luz. Estamos vivendo momentos de vida x morte, dilacerantes, e cercados por crenças e pensamentos questionáveis. Senti essa necessidade de voltar às origens e tentar entender”, afirma.

Autor: Eva Soban – Título: “Fez-se a luz 8” – Ano: 2020 – Técnica: costuras – Dimensões: 190 x 160 cm.

Eva Soban narra os primeiros capítulos do Gênesis usando fios, apropriando-se de sua flexibilidade, tensão e elasticidade para apresentar uma leitura criativa do relato bíblico. As diversas texturas que emprega e as variações do plano ao tridimensional revelam todo o vínculo e o poder ancestral que a fibra pode evocar não perdendo sua contemporaneidade. A instalação estabelece um paralelo com a análise teológica atual, que vê no Gênesis uma síntese “das preocupações universais sobre a origem do homem e do seu mundo, os males que o afligem e os perigos que o ameaçam”. ‘Faça-se a Luz’ é a primeira ação de Deus e a artista imagina como seria o Vazio, a Luz Divina se manifestando e rompendo as trevas. “Pensa nas texturas e na plasticidade das galáxias, com suas estrelas, gás e poeira, ligadas por uma força invisível. E, exatamente assim, constrói o primeiro ato da criação: em camadas negras, com fios soltos, ligados de forma invisível, um tecido sem tecido, com brilhos e cores sutis que se sobrepõem, produzindo novas cores”, explica Denise Mattar.

Autor: Eva Soban – Título: “Árvore da Vida” – Ano: – Técnica: crochê e fios enrolados (coiling) – fios diversos, espuma de polipropileno, arame e bambu – Dimensões: 130 x 130 x 230 (alt) cm.

Inseridas no jardim recém-criado, despontam a Árvore da Vida – colorida e tentadora, com muitos frutos e flores, representando a fartura ofertada ao homem; e a Árvore do Conhecimento, do Bem e do Mal – a árvore proibida, negra, com um único fruto, com todas as energias que impulsionam a vida humana. Esse paradoxo deixa perguntas sem respostas. Por que o Conhecimento seria negado ao Ser Humano? Por que os homens preferiram enfrentar a proibição divina? Teria Deus negado o Conhecimento para poupar os homens da Dor? Como uma possível resposta às indagações que na verdade representam a luta incessante que a humanidade deve travar contra as forças do mal, uma luta sem tréguas onde, algumas vezes, o homem é vencedor. Essa redenção, quase sempre temporária, encerra a exposição e é representada por uma chuva de frutos dourados – Fruto Proibido – agora transparentes, suaves, multiformes e libertos do chão.

“Eva Soban faz parte da geração pioneira que, na década de 1970, abriu novas possibilidades para as mídias flexíveis, criando trabalhos esculturais e tridimensionais de fibra que derrubaram o engessamento das categorias artísticas então existentes. Sua abordagem diversificada aos têxteis, usada como veículo de sua criatividade, a coloca entre as nossas mais interessantes artistas”, conclui Denise Mattar.

Serviço:

Exposição: O Gênesis segundo Eva

Artista: Eva Soban

Curadoria: Denise Mattar

Abertura: 22 de janeiro – sábado – das 11h às 14h

Período: de 23 de janeiro a 20 de março de 2022

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: de terça-feira a domingo, das 10 às 17h (entrada permitida até às 16h30).

(Fonte: Balady Comunicação)

Longa “Fogaréu”, de Flávia Neves, estreia na Mostra Panorama do Festival de Berlim

Berlim, por Kleber Patricio

A atriz Bárbara Colen, que interpreta a jovem Fernanda. Imagens: divulgação.

O longa Fogaréu, de Flávia Neves, estreia na Mostra Panorama do Festival de Berlim. Bárbara Colen e Eucir de Souza são os protagonistas do filme, que tem roteiro baseado na história pessoal da diretora e produção da Bananeira Filmes e da MyMama Entertainment.

Na fronteira entre o real e o fantástico, entre o passado colonial e a modernidade avassaladora do agronegócio, a cidade de Goiás é palco do encontro entre a jovem Fernanda e suas secretas raízes. Ela volta para a casa de seu abastado tio após a morte de sua mãe adotiva, a fim de implodir certezas e deixar surgir a dolorosa verdade sobre sua origem.

Sobre a diretora | Flávia Neves estudou Cinema e Literatura na Universidade Federal Fluminense, e Roteiro e Técnica Meisner na EICTV – Escuela Internacional de Cine e TV, em Cuba. Aos 16 anos, dirigiu seu primeiro curta-metragem, Liberdade, exibido no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental. Atuou também como assistente de direção e produtora em curtas-metragens e documentários para cinema e TV, antes e durante o curso universitário.

A diretora de “Fogaréu”, Flávia Neves.

Em 2019, dirigiu e roteirizou a série Amanajé, o mensageiro do Futuro, exibida na TV Cultura. Fogaréu é seu primeiro longa-metragem de ficção. Atualmente, Flávia desenvolve o seu segundo longa, Tempo do Poder, com o apoio do Ibermedia. Com esse projeto, participou da residência na Cité Internacionale des Arts, em Paris, com bolsa concedida pelo Institut Français e pelo Projeto Paradiso.

Sobre a produtora Bananeira Filmes | Convidada em junho de 2018 para integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, Vania Catani fundou a Bananeira Filmes em 2000 e desde então se tornou uma das mais prestigiadas produtoras de cinema brasileiro. Suas produções já receberam mais de 250 prêmios e foram exibidas em mais de 500 festivais, como Cannes, Veneza, Roterdã e mais outros 60 países.

Ao longo de 21 anos, a Bananeira produziu e coproduziu diversos curtas-metragens e mais de 25 longas, entre os quais estão os premiados Narradores de Javé (2003), de Eliane Caffé; A Festa da Menina Morta (2008), a primeira direção de Matheus Nachtergaele com estreia em Cannes; Feliz Natal (2008), uma parceria de sucesso com o diretor Selton Mello que se repetiu em O Palhaço (2011), visto por mais de 1,5 milhão de espectadores e indicado do Brasil para concorrer a uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2012, e em 2017, com O Filme da Minha Vida.

Os filmes Mate-me Por Favor (2015) de Anita Rocha da Silveira, e Zama (2017) da premiada dretora Lucrecia Martel, estrearam no Festival de Veneza. Zama foi indicado ao Sur 2017, o prêmio mais importante do cinema argentino, em 11 categorias, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor ator e melhor direção de arte. O filme também ganhou o Critics’ Choice no Festival de Roterdã em 2018, foi indicado par Melhor Filme Ibero-Americano no Goya 2018 e escolhido para representar a Argentina na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2018. Em 2019, foi classificado como o 9º melhor filme do século pelo jornal britânico The Guardian e o melhor filme latino-americano da década pelo Remezcla.

Entre suas coproduções destacam-se La Playa (Colômbia), El Ardor (Argentina), e Jauja (Argentina), todos com estreia internacional em Cannes, além da sua mais recente coprodução com o México, O Baile dos 41, que ainda será lançado no Brasil.

Em 2021, estreou mundialmente Medusa, sua segunda produção com a diretora Anita Rocha da Silveira, na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes. Também foi exibido no Festival de Toronto; Festival de Guadalajara, onde recebeu o prêmio Maguey de melhor interpretação para Lara Tremouroux; Festival de Milano, onde ganhou o prêmio do público; Festival de Catalunya, onde ganhou o prêmio Queer Kong, e Melhor Direção, na competição Novas Visões; no Brasil, estreou na Mostra Internacional de São Paulo e, em seguida, no Festival do Rio, onde ganhou os prêmios de melhor atriz coadjuvante para Lara Tremouroux, Melhor Direção e o grande prêmio da noite Melhor Longa-Metragem Ficção.

A Bananeira finaliza no momento O Filme do Tênis, documentário sobre o primeiro disco solo do cantor mineiro Lô Borges, dirigido por Rodrigo de Oliveira e Vânia Catani; Fogaréu, estreia da diretora Flávia Neves, em coprodução com a Blue Monday (França) e selecionado pela CNC; Serial Kelly, dirigido por René Guerra e protagonizado por Gaby Amarantos e a série documental Adriano Imperador, original Paramount+ sobre o ícone da nação rubro-negra.

Além disso, desenvolve Incondicional – O Mito da Maternidade, documentário da Patrícia Froes; Super Poderes, de Anne Pinheiro Guimarães, Musa, de Mônica Demes e Casa Assassinada, de José Luiz Villamarim.

FOGARÉU

Brasil, 2022, 100min, cor

Direção: Flávia Neves

Roteiro: Flávia Neves e Melanie Dimantas

Fotografia: Luciana Basseggio

Montagem: Will Domingos

Produção Executiva: Tarcila Jacob, Elaine Azevedo e Silva

Produção: Bananeira Filmes, Mymama, Blue Monday Produtions, Caliandra Filmes, Kam Filmes, Canal Brasil

Elenco: Bárbara Colen (Fernanda), Nena Inoue (Mocinha), Eucir de Souza (Antônio), Fernanda Vianna (Arlette), Vilminha Chaves (Joana), Kelly Crifer (Tereza), Timothy Wilson (Ezequiel), Fernanda Pimenta (Paula), Allan Jacinto Santana (Pedro), Typyire Ãwa (Cacique)

Distribuição Brasil: ArtHouse.

(Fonte: Trombone Comunica)

Livro mostra acordo entre judeus e partido nazista para salvar vidas antes do Holocausto

São Paulo, por Kleber Patricio

Anos antes do início do Holocausto, um acordo foi firmado entre líderes do movimento sionista e a alta cúpula do Terceiro Reich, logo que Hitler tomou o poder na Alemanha, em janeiro de 1933, impedindo que os judeus alemães fossem completamente dizimados em menos de uma década. Essa história, pouco divulgada, é conhecida sob o codinome Haavara, e é contada em Haavara: O Acordo de Transferência, livro do jornalista judeu norte-americano Edwin Black, autor do best-seller IBM e o Holocausto. Trata-se de um dos maiores marcos dentre os estudos sobre o holocausto já publicados no Brasil, visto que é a primeira tradução para uma língua não inglesa, tamanha é a polêmica envolvendo essa história. A responsável pela publicação é a Idea Editora, casa editorial de médio porte localizada em Bauru, interior do estado de São Paulo, que lançou outro livro do autor em 2018: Conexão Nazista: a História Revelada da Colaboração de Grandes Corporações Americanas com o Holocausto e a Alemanha de Hitler.

Em Haavara: O Acordo de Transferência, Edwin Black revela que, em 7 de agosto de 1933, os líderes sionistas concluíram um pacto secreto e controverso com o Terceiro Reich, que, em suas várias formas, transferiu cerca de 60 mil judeus e mais de 1 bilhão e 500 milhões de dólares (em valores atuais) para a Palestina Judaica. Em troca, os sionistas cessariam o boicote econômico mundial antinazista que ameaçava derrubar o regime de Hitler em seu primeiro ano. No final, o Acordo Haavara salvou vidas, resgatou bens e foi a base para a criação da infraestrutura do que viria a ser o Estado de Israel. Dessa forma, este estudo revolucionário e seminal nos traz novas perspectivas sobre o que realmente aconteceu durante o período que precedeu a Segunda Guerra Mundial e nos revela fatos de suma importância sobre um dos acontecimentos mais significativos que precederam o maior desastre político-militar de todos os tempos.

Publicado originalmente em 1984 nos Estados Unidos, o livro ganhou uma versão comemorativa em 2009, que trouxe ainda mais leitores e destaques na mídia para fatos então esquecidos sobre esse período da história. Esta edição lançada agora no Brasil conta ainda com o posfácio de Abraham Foxman, advogado, escritor, líder judaico, ativista norte-americano e diretor emérito nacional da Liga Antidifamação, ONG judaica internacional com sede nos Estados Unidos. No texto, ele aponta que “Os inimigos do povo judeu e da nação judaica sempre afirmarão que os sionistas usaram o Acordo Haavara somente para promover a emigração. Somente para construir um Estado. Esse é o pretexto fácil para aqueles que não viram a cor do sangue judeu sendo derramado. Mas nós vimos. As pessoas que estiveram lá sabem muito bem o que aconteceu. E graças a esta obra de referência, as gerações futuras também saberão o que as vítimas daqueles dias, por fim, descobriram de um modo tão doloroso”.

Por meio de um trabalho de pesquisa minucioso e de grande perspicácia de Edwin Black, Haavara: O Acordo de Transferência traz novas perspectivas sobre esse importantíssimo e até então pouco estudado e divulgado fato que precedeu a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Trata-se de uma obra extremamente bem documentada e fundamental para mostrar como um povo usou de sua inteligência e influência no mundo para garantir a própria sobrevivência perante o preconceito e o racismo do regime nazista.

Sobre o autor | Edwin Black é um autor premiado e jornalista investigativo. Muitas de suas obras foram best-sellers do New York Times. Seus 11 livros foram publicados em 14 idiomas e em 190 países. Também possui artigos, publicados em jornais e revistas, que estão entre os mais lidos nos Estados Unidos, Europa e Israel. Com a marca de mais de dois milhões de livros impressos, seu trabalho tem como tema principal a denúncia sobre o genocídio e o ódio aos judeus, a criminalidade e a corrupção corporativa, a má administração governamental, a fraude acadêmica, o abuso filantrópico, a dependência do petróleo, as fontes de energia alternativas e as investigações históricas. Seus editores o indicaram quatorze vezes para concorrer ao prêmio Pulitzer, tendo recebido recentemente uma série de premiações no ramo editorial. Sua obra mais conhecida é IBM e o Holocausto. Pela Idea Editora, também publicou Conexão Nazista: a História Revelada da Colaboração de Grandes Corporações Americanas com o Holocausto e a Alemanha de Hitler.

Serviço:

Livro Haavara: O Acordo de Transferência

Autor: Edwin Black

Editora: Idea Editora

Páginas: 704

Preço: R$149,90.

(Fonte: Agência Aspas e Vírgulas)

Rio de Janeiro recebe exposição “O Jardim das Maravilhas de Miró”

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Exposição “O Jardim das Maravilhas de Miró” chega ao Rio de Janeiro. Fotos: divulgação.

Um passeio sensorial pelo universo de Joan Miró será aberto aos cariocas no próximo dia 19. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, depois de virar sucesso de público em São Paulo, a exposição O Jardim das Maravilhas de Miró chega ao shopping Rio Design Barra com obras nunca antes vistas na cidade: 20 litografias e 22 impressões de uma coleção particular estarão em ambientes pensados para criar encantamento. O percurso é uma experiência imersiva pela imaginação de um dos mais notáveis artistas do século XX.

Com produção assinada pela YDreams Global, também em sua estreia no Rio de Janeiro, realização do Museu a Céu Aberto e curadoria de Karina Israel, Aline Sultani e Paulo Solano, a mostra atualiza a forma de explorar a obra de Joan Miró, que não era tema de exposições na cidade há sete anos. Em O Jardim das Maravilhas de Miró, o imaginário do pintor catalão não está apenas em seus trabalhos originais, mas também em um percurso onde os visitantes descobrem como as esferas, cones, quadrados e linhas do pintor catalão se transformam em animais. Podem também criar seus próprios pássaros e borboletas usando o processo criativo do artista em mesas interativas e ainda fazer um autorretrato surrealista com sobreposições de imagens de Miró, entre outras atrações.

A exposição é livremente inspirada na obra literária Maravilhas com Variações Acrósticas no Jardim de Miró, escrita em 1927 pelo poeta espanhol Rafael Alberti em homenagem a Joan e sua esposa Pilar. Na série de poesias, o amigo e conterrâneo de Miró imagina uma viagem do casal a um jardim imaginário cheio de estrelas, flores, plantas exóticas e pequenos bichos. Miró gostava de comparar a sua profissão de artista com a de um jardineiro: aquele que cuida e experimenta para melhor criar. Com obras reconhecidas em todo o mundo pelos conceitos de Surrealismo, Cubismo e Fauvismo, Miró agora dá aos convidados a oportunidade de experimentar suas cores, traços firmes e símbolos caligráficos em uma nova linguagem.

A experiência | Ao iniciar a visitação, o espaço Observatório das Obras traz os poemas e litografias originais da coleção particular Maravilhas com variações acrosticas no Jardim de Miró, composta por Rafael Alberti e ilustrada por Joan Miró. A obra é composta por: 7 litografias de 49,5 x 71 cm; 13 litografias de 49,5 x 35,5 cm; 22 impressões, sendo poesias e folha de rosto com 49,5 x 71 cm; Caixa e capa: litografia sobre tecido.

Horto das Formas apresenta um jardim cenográfico estilizado que revela formas inspirada em plantas e animais em suas cercas. Em cada ponto imersivo, os visitantes descobrem como as formas que podem ser entendidas inicialmente como esferas, cones, cilindros, quadrados e linhas, entre outros, acabando se transformando em centopeias, flores, pássaros, borboletas.

– A área Fonte das Cores, o visitante pode brincar misturando cores numa fonte interativa que reage a posição sobre as marcas com as principais cores utilizadas por Miró.

– O ambiente Sintonia com o Cosmos é baseada na frase Creio que meu trabalho vai transportar você a um mundo de real irreabilidade, escrita por Joan Miró ao comerciante de arte Pierre Matisse. O local reserva uma área lúdica para os visitantes refletirem sobre de onde vêm as ideias para a criação? Do início, do nascimento, da morte, que questionamentos e sentimentos despertam a imaginação e mobilizam o processo criativo do artista.

Infinito Criativo traz como referência e inspiração as inúmeras criaturas que existem neste jardim fabuloso, concebidas através de formas, traços e cores. Em mesas interativas, os visitantes são convidados a criarem novas figuras, que serão exibidas em um painel digital.

– No Farol do Mundo, o visitante poderá fazer o seu autorretrato com sobreposição de imagens e compartilhar nas redes sociais. Nesta área ainda e finalizando a mostra, um ponto instagramável convida o visitante a exercitar a visão do artista, em lugar colorido e repleto de mobiles que permitirá ao público encontrar o melhor ângulo para criar a sua própria visão surrealista da exposição.

** Todos os visitantes serão orientados pelos monitores a higienizar as mãos antes e depois de cada interação. Será disponibilizado um totem de álcool em gel.

Sobre Joan Miró | Um dos maiores expoentes da arte mundial, Joan Miró nasceu em Barcelona em 1893 e viveu até os 90 anos. A partir do Surrealismo, do Cubismo e do Fauvismo, Miró criou sua própria linguagem artística conhecida pela espontaneidade e pelo experimentalismo. Ansiava por traduzir a leveza e a originalidade que via nas coisas, cores e formas ao seu redor. Com seu olhar de criança e traço firme, o pintor, gravador, escultor e ceramista buscou retratar o mundo com essa visão aberta e quase primitiva, filtrada, porém pela inteligência de um homem maduro do século XX.

Sobre Rafael Alberti Rafael Alberti (1902-1999) | Foi um poeta e dramaturgo espanhol que pertenceu, junto com García Lorca, ao grupo andaluz da geração de 1927. Das terras andaluzas trouxe o elemento popular, buscando neles uma razão para sua arte. Muito jovem mudou-se para Madri para dedicar-se à sua primeira vocação, a pintura. O amor pela poesia veio durante a convalescença de uma doença pulmonar. Foi vencedor em 1925 do prêmio Nacional de Literatura espanhol por seu primeiro livro, Marinero en Tierra. Considerado um dos maiores literatos da chamada “Idade de Prata” da literatura espanhola, recebeu diversas honrarias ao longo de sua vida, entre as quais a alta láurea do Prêmio Cervantes em 1983.

Protocolos de segurança e saúde | Para zelar pela segurança e saúde de seu público e funcionários será obrigatório o uso de máscaras; dispenses de álcool em gel estarão disponíveis.

O Jardim das Maravilhas de Miró

19 de janeiro a 20 de março

Onde: Shopping Rio Design Barra da Tijuca

Funcionamento:

Segunda – Fechado

Terça a sexta – 12h às 21h

Sábado – 10h às 22h

Domingo e Feriado – 11h às 20h

*Será necessária a apresentação da a carteira de vacinação contra a Covid-19 a todos os clientes maiores de 18 anos

Compra de ingresso

SYMPLA

Ingressos:

R$60,00 (inteira)

R$30,00 (meia-entrada)

Crianças de até 1 anos e 11 meses não pagam ingresso.

A partir dos 2 anos, pagam meia entrada e, a partir dos 12 anos, é necessária a apresentação de RG e carteirinha de estudante para o pagamento da meia.

Meia entrada para:

– Estudantes

– Maiores de 60 anos

Classificação: Livre.

(Fonte: Multifato)