Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Foto: Claire/Unsplash.
Adolescentes com a menor altura média do país são da região Norte. Aos 17 anos, a altura média das meninas é de 160,9 ± 0,1cm e dos meninos é de 173,7 ± 0,3cm, sendo que, majoritariamente, são alunos de escolas públicas e fazem parte da parcela mais pobre da população. A conclusão faz parte de uma das publicações do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), que envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e foi publicada na sexta (12) na Revista Cadernos de Saúde Pública.
Os autores fizeram uma análise de dados obtidos do ERICA, uma extensa descrição da prevalência de fatores de riscos cardiovasculares e síndrome metabólica em adolescentes de 12 a 17 anos realizada por pesquisadores de todas as regiões do Brasil. A pesquisa possibilitou associações entre a altura dos indivíduos com fatores regionais, socioeconômicos, nutricionais, educacionais e étnicos.
O trabalho, que descreveu a altura de parcela representativa de adolescentes das cinco regiões do Brasil, mostrou que os adolescentes da região Norte figuram a menor altura média do país, apresentando diferença em relação aos de regiões mais desenvolvidas, como Sul e Sudeste. Entre as cinco regiões, as alturas médias – dos 12 e 17 anos – variaram respectivamente de 158,6cm (Norte) a 161,6cm (Centro-Oeste) para as meninas e de 171cm (Norte) a 174,3cm (Sudeste) para os meninos.
Avaliando fatores socioeconômicos, os pesquisadores detectaram que adolescentes com a menor estatura média são provenientes de escolas públicas, fazem parte da parcela mais pobre da população e suas mães têm escolaridade inferior. No quesito nutricional, foi identificada heterogeneidade entre os gêneros: meninos com baixo peso apresentaram a menor média de altura até os 15 anos, enquanto os com sobrepeso e obesidade eram mais altos até os 16 anos. Já as meninas com obesidade tinham altura maior até os 14 anos e, as que estavam abaixo do peso apresentavam maior estatura aos 16 e 17 anos. Um maior consumo de proteínas foi associado positivamente com uma maior altura em meninos de 16-17 anos, assim como a prática de atividade física.
Embora não tenham identificado associação direta da qualidade da dieta com a altura dos adolescentes avaliados, os autores salientam a importância do impacto desse fator específico. Segundo eles, é possível que a análise transversal dos dados e a falta de detalhamento do consumo de micronutrientes tenham impedido a identificação de uma possível relação com a estatura dos indivíduos.
Sabendo que um rápido aumento do índice de massa corporal está associado à antecipação da puberdade em meninas, a partir dos resultados desse estudo, o grupo volta suas atenções à relação e influência da obesidade com o término precoce da puberdade em adolescentes. “O nosso planejamento é avaliar isso porque na literatura ainda existe dúvida. O que queremos ver na nossa população é se a obesidade estaria associada à uma aceleração do término da puberdade em meninos e meninas”, comenta Amanda Cheuiche, autora principal do artigo.
Os dados apresentados por uma ampla pesquisa antropométrica como essa podem gerar impactos em ações federais e políticas públicas porque denunciam novas desigualdades que existem entre as regiões do Brasil. “O nosso estudo chamou atenção para a questão dos dados ambientais que temos que ficar atentos. Uma criança deve viver num ambiente que proporcione o maior crescimento, ou seja, com maior acesso à educação, a saneamento […] Setores, segmentos e regiões não estão recebendo esse cuidado e isso está resultando na discrepância significativa na altura, que também é um marcador de saúde”, ressalta Amanda.
(Fonte: Agência Bori)
Helios Seelinger. Foto: Jaime Acioli.
Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil – esse é o mote da exposição “O Sequestro da Independência”, a ser inaugurada no dia 13 de agosto, na Galeria Arte 132. Com curadoria de Lilia Moritz Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, a exposição foi concebida em diálogo com o livro “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro” (Companhia das Letras, 2022), que será lançado no mesmo dia e que narra a construção imagética do mito do 7 de setembro. Os curadores da exposição são, também, os autores do livro. O núcleo curatorial fará uma visita guiada no dia da abertura, às 12h, além de estar disponível para uma tarde de autógrafos das 13h às 15h, em razão do lançamento do livro.
Propositadamente realizada a partir da reprodução de obras muito conhecidas e outras nem tanto, a mostra pretende iluminar as narrativas imagéticas em torno de nossa emancipação política em quatro momentos chave: durante o processo de independência, em 1822; por ocasião da comemoração de seu centenário, em 1922; no ano de 1972, quando a ditadura militar celebrou os 150 anos do evento; e neste ano de 2022. A intenção é demonstrar como se formam diferentes memórias visuais e como cada contexto político “sequestra” significados para que se adequem ao momento e inflamem a imaginação.
Pedro Bruno. Foto: Jaime Acioli.
“Muitas nações se imaginam a partir de uma pintura, a qual, por sua vez, foi imaginada em diálogo com outras telas, muitas vezes estrangeiras. Aqui não foi diferente”, explica o trio de curadores. Mas, para eles, a tela do artista Pedro Américo “Independência ou morte”, de 1888, tem um sentido especial para a construção da nacionalidade do povo brasileiro. “De pintura encomendada pela Comissão construtora do Edifício-Monumento (futuro Museu do Ipiranga) em 1886 e apoiada por D. Pedro II – numa forma de homenagem de filho para pai – foi virando apenas uma ilustração; um retrato fiel do 7 de setembro às margens do Ipiranga, progressivamente despida de seu significado original, autoria e contexto”, ressalta o núcleo curatorial.
Os capítulos abordados no livro giram em torno de seis constatações, estas também transportadas para a exposição. São elas:
1 – Os detalhes de uma tela – vale a pena “ler” uma pintura a partir do todo, mas também por meio de seus detalhes, todos igualmente significativos;
2 – 1822: o fato da proclamação da independência ter acontecido primeiro no Rio de Janeiro, não em São Paulo, às margens do Ipiranga;
3 – O artista Pedro Américo é europeu e nada conhecia das terras brasileiras; portanto, retratou, em seu quadro, uma “independência europeia”, sendo o protagonista D. Pedro e não os populares (localizados no canto esquerdo da tela), uma pintura em tudo desajustada;
4 – 1922: a disputa do protagonismo entre o Museu Paulista (Museu do Ipiranga, SP) e o Museu Histórico Nacional (RJ) para retratar o período da independência, encomendando quadros que ilustrassem momentos e figuras históricas;
5 – 1972: a comemoração ativa dos 150 anos de emancipação política por parte do governo ditatorial militar, que usou isso como estratégia para desviar as atenções da violência que ocorria nas ruas do país;
6 – Outras independências pelo Brasil: estados do Norte e Nordeste brasileiro travaram inúmeros conflitos armados durante esse período. Por isso, passaram a encomendar pinturas que destacavam a atuação de seus líderes locais nas lutas durante as guerras de Independência, rompendo com essa visão sudestina, palaciana, europeia e masculina do processo de independência;
7 – E, por fim, outros ecos do Grito de Independência: a força e popularidade da tela de Pedro Américo no século XX e XXI foram tamanhas que ela virou uma espécie de imaginação nacional. Por isso, foi relida inúmeras vezes por propagandas, sátiras políticas e por artistas contemporâneos que igualmente trataram de “sequestrar significados”.
“Independência ou Morte” – Pedro Américo.
Por ter caráter educativo e revisionário da história do país, a intenção principal dos curadores e da galeria, ao idealizarem a exposição, é que ela percorra diferentes escolas pelos estados do Brasil, levando à educação primária e secundária uma visão plural e mais verossímil sobre a Independência da República, datada de 7 de setembro de 1822. Muito diferente do que foi retratado no quadro de Pedro Américo e em outras obras que D. Pedro encomendou para ilustrar este período, integraram os batalhões durante os conflitos armados mulheres, crianças, indígenas e negros escravizados, os verdadeiros “heróis da independência”.
Sobre os curadores
Lilia Schwarcz é professora titular no departamento de antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, “O espetáculo das raças” (1993), “As barbas do imperador” (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), “A batalha do Avaí” (com Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, 2013), “Brasil: Uma biografia” (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e “Lima Barreto: Triste visionário” (2017, prêmio Jabuti de Biografia). Ao lado de Luiz Schwarcz, com quem é casada, fundou a editora Companhia das Letras em 1986.
Lúcia Klück Stumpf é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de “A batalha do Avaí” (2013).
Carlos Lima Jr. é docente do curso de especialização Museologia, Cultura e Educação da (PUC-SP) e pesquisador e pós-doutorando pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Unicamp. É doutor em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É autor, com Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, de “A batalha do Avaí” (2013).
Sobre a Galeria Arte132
A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas. A galeria Arte132 completa um ano de atividades em 16 de agosto de 2022 e, ao longo deste período, apresentou seis mostras de arte. Segue abaixo a retrospectiva de exposições 2021/2022:
– “Alturas”, de Alex Flemming. De 16 de agosto e 16 de outubro de 2021, com curadoria de Angélica de Moraes.
– “Entre Brasil e Japão, Paris”, de Helena e Riokai. De 8 de novembro de 2021 a 8 de janeiro de 2022 , com curadoria de Madalena Cordaro e Michiko Okano.
– “São Paulo, sua, nossa pauliceia desvairada”, de José De Quadros. De 22 de janeiro a 5 de março de 2022, com curadoria de Tereza de Arruda.
– “Vários 22”. De 19 de março a 21 de maio de 2022, com curadoria de Lilia Schwarcz.
– “Mulheres Artistas: nos salões e em toda parte”. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com curadoria de Ana Paula Cavalcanti Simioni.
– “Jewels by Brazil’s Burle Marx Brothers”, dos irmãos Haroldo e Roberto Burle Marx. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com texto crítico de Antonio Carlos Suster Abdalla.
Serviço:
O Sequestro da Independência
Curadoria e texto crítico: Lilia Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior
Local: Galeria Arte132 – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Visita guiada com os curadores: 13 de agosto, sábado, às 12h
Tarde de autógrafos com os autores do livro: 13 de agosto, sábado, das 13h às 15h
Período expositivo: 13 de agosto a 24 de setembro de 2022
Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
(Fonte: A4&Holofote comunicação)
Still de “São Ateu”. (divulgação)
Dido é um homem de vida bastante comum, até o dia em que é escolhido por Deus para ser o profeta que vai anunciar ao mundo sua aposentadoria. Se até Deus se cansou da humanidade, o mundo dos deuses também se agita; afinal, é preciso redefinir a ordem espiritual do planeta. A vida de Dido, o ‘São Ateu’, muda radicalmente e ele fica na mira da humanidade, do Diabo e de outros Deuses que querem se aproveitar dos seus poderes de profeta. Esse é o ponto de partida do filme “São Ateu”, longa de estreia de Hiro Ishikawa que será exibido em Campinas no dia 16 de agosto, às 19h, no SESC Campinas, com entrada franca.
A exibição faz parte da Mostra Filmes do Interior, em colaboração com o ICine – Fórum de Cinema do Interior Paulista, que leva para o SESC no mês de agosto filmes produzidos de maneira independente por realizadores do interior paulista. Após as sessões, haverá conversa com o público sobre bastidores, processos criativos e desafios das produções. E mais: oficina gratuita de produção de curta-metragem.
Além da exibição especial de “São Ateu” no dia 16 de agosto, Hiro Ishikawa e Diego da Costa, diretor e produtor do filme, estarão no SESC Campinas para a oficina presencial “Faça Você Mesmo! Realização De Curtas Com Celular”.
A proposta é inserir o aluno iniciante em todo o processo de produção de um curta-metragem de ficção – desde sua concepção até́ a sua finalização – utilizando apenas o seu celular, já que o cinema é uma linguagem que pode ser expressa com qualquer câmera. Para realização da atividade basta que o participante tenha o aplicativo InShot instalado no seu aparelho celular.
As oficinas serão realizadas aos domingos, sempre das 14h às 18h, começando no dia 14 de agosto, até 4 de setembro. As inscrições gratuitas podem ser feitas pela internet, por este link: https://inscricoes.sescsp.org.br/online/#/inscricao?unidades=75.
As atividades serão realizadas na sala de atividades 4 do SESC Campinas, que fica na rua Dom José I, 270/333, Bonfim – Campinas.
Sobre o filme “São Ateu”
Falando de religião e relações de poder de maneira questionadora e bastante irreverente, ‘São Ateu’ mistura comédia, fantasia e ficção científica. “Tento mostrar no filme um mundo paradoxal, quase sem sentido, onde a fé e o poder se combinam de maneira divertida e trágica, o que nos leva a uma estranha sensação lúdica de viver num mundo onde tudo é possível apesar de todas as impossibilidades”, comenta o diretor. Formado em Imagem e Som pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Hiro Ishikawa é diretor de diversos curtas-metragens premiados em festivais nacionais e dois documentários televisivos, incluindo “A Plebe é Rude”, que estreou em 2016, no Canal Brasil e colocou Hiro em contato com Clemente Tadeu Nascimento, músico na banda Plebe Rude e fundador da banda Inocentes. Considerado um dos pioneiros do punk rock no país, ele encarna uma versão de Jesus no filme ‘São Ateu”.
O diretor Hiro Ishikawa. Foto: divulgação.
Paulo César Peréio, um dos grandes atores do cinema nacional, é o próprio Deus. Com cerca de 80 longas metragens no currículo, o gaúcho também acumula inúmeros trabalhos na televisão e, por muitos anos, foi uma das vozes mais requisitadas no mercado da propaganda.
O Diabo é o personagem de Zemanuel Piñero, que iniciou carreira no teatro na década de 1970. Com passagens pela televisão, em novelas da TV Globo como “Caminho das Índias”, “Passione”, “Avenida Brasil” e, mais recentemente, “Amor de Mãe” (2021), atuou em séries como “A Vida Secreta dos Casais” (HBO) e “Rua Augusta” (TNT). No cinema, os trabalhos incluem “O Cheiro do Ralo”, “O Doutrinador” e “Trabalho Sujo”.
Mesmo com Deus, Jesus e o Diabo, a família de Dido é, no fundo, a personagem principal do filme. “Afinal, quando se fala de religião, automaticamente falamos de família, de verdade”, pontua o cineasta, que escolheu um casal, Dado e Paula Marcondes, atores de circo e teatro de Araraquara/SP, que contracenam com sua filha Laura no filme. Trailer: https://youtu.be/3zSuOfWpGS4.
“São Ateu” nasce das experiências pessoais do diretor Hiro Ishikawa, que passam pela infância católica e adolescência punk. Agora, como cineasta, dá vida a essa mistura na tela de maneira bem peculiar. “Na forma, optei por mudanças bruscas na narrativa, como se a cada momento fosse possível acontecer um milagre, um acontecimento inesperado, um mistério…”, explica.
Still de “São Ateu” (divulgação).
Segundo o diretor, o desenvolvimento do roteiro levou em conta as limitações de orçamento, a começar pelo tema. “Sempre gostei de roteiros ambiciosos que trabalham com grandes questões da humanidade, com complexas estruturas narrativas no espaço-tempo. Queria falar sobre algo que fosse grandioso, mas que ao mesmo tempo fosse nada, no sentido material, por causa dos custos. Um filme sobre fé precisa só de pessoas”, conta Hiro, que pensou em locações e pessoas conhecidas para trabalharem como assistentes na equipe técnica ou atuando em papéis secundários. “Fiquei muito animado porque essa experiência de certa forma me remete aos elencos de Fellini, em que grandes atores contracenavam com não-atores que foram escolhidos pela aparência e gestos singulares”.
Feito basicamente com recursos próprios de Ishikawa e da equipe técnica, que disponibilizou serviços, equipamentos e apoio, ‘São Ateu’ se tornou um filme bem paulista, com gravações feitas nas cidades de Bragança Paulista, Socorro, São Roque Monte Alegre do Sul e Pinhalzinho, ao longo de dois anos, com imagens de estúdio feitas em São Paulo. Contando com a fase de pós-produção, o trabalho levou quatro anos para ser finalizado e mais um longo tempo de espera para chegar às telas, em razão das restrições para encontros presenciais com o público durante a pandemia do coronavírus.
AGENDA
Em julho, ‘São Ateu’ passou pelo festival internacional Sci-Fi Floripa International, na Mostra de filmes convidados, em Florianópolis/SC. A estreia oficial nos cinemas foi em São Paulo, com sessão especial no dia 6 de agosto no Cine Bijou, em São Paulo, seguida por uma exibição em Araraquara, no dia 13. Em Curitiba, o filme chega à Cinemateca no dia 6/10.
Still do filme (divulgação).
“São Ateu” é produzido e distribuído pela Pietà Filmes e Produções. Contemplado no edital de licenciamento do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 41/2020, o filme ficará disponível também na plataforma gratuita de streaming #CulturaEmCasa, pelo link https://culturaemcasa.com.br/. Idealizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, a plataforma #CulturaEmCasa reúne centenas de conteúdos inéditos das instituições culturais do Governo de São Paulo, além de conteúdos de outras instituições e de artistas e produtores independentes, com acesso 100% gratuito para o público.
Serviço:
Estreia “São Ateu” em Campinas
Data: 16/8 (3ªf)
Horário: 19h
Local: Teatro do SESC Campinas – Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim, Campinas – SP
Entrada franca
Mais informações: https://www.sescsp.org.br/programacao/sao-ateu/
Gênero: Comédia, Fantasia, Ficção Científica
Ano de produção: 2019
Duração: 71’
Classificação indicativa: 12 anos
Mais informações sobre o filme nas redes sociais da Pietà Filmes:
Facebook: https://www.facebook.com/pietafilmes/
Youtube: https://www.youtube.com/c/pietafilmes
Instagram: @pietafilmes
(Fonte: A2N Comunicação)
Foto: Rafael Salvador.
Para os apaixonados por astrologia e música, o Theatro Municipal apresenta neste domingo, 14 de agosto, um espetáculo imperdível: a Suíte “Os Planetas”, do inglês Gustav Holst. A obra será apresentada neste domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos, pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, sob a batuta do maestro Jamil Maluf, acompanhados do Coral Paulistano, do Coral Jovem da Escola Municipal de Música e, ainda, de uma projeção visual dos planetas que acompanha cada movimento da suíte, correspondente a um planeta, proporcionando ao público uma experiência inesquecível.
Mesclando uma visão mitológica e astrológica dos planetas Marte, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno – Plutão ainda não havia sido descoberto –, Holst apresenta por meio de andamentos, melodias e instrumentações contrastantes toda personalidade conferida aos temperamentos de cada um desses astros, correspondentes a mitos dentro de uma perspectiva astrológica. Logo no início do espetáculo, o espectador é conduzido a uma viagem que vai da atmosfera bélica de Marte, deus da guerra, passando pela harmonia e serenidade de Vênus, até chegar aos metais de Saturno e a um Netuno místico, numa espécie de viagem musical interplanetária pelos universos interior e exterior.
Marco da música expressionista, a estreia de “Os Planetas” aconteceu há pouco mais de 100 anos, em 29 setembro de 1918, no Queen’s Hall, mas havia sido composta entre 1914 e 1916. “Essa partitura é uma aula de orquestração, pois, sem lançar mão de recursos muito sofisticados, Holst consegue trabalhar utilizando uma paleta de timbres maravilhosos, o que faz dessa obra um exemplo de criatividade, que exerce sua influência até os dias de hoje”, explica o maestro Jamil Maluf, que rege o concerto.
O espetáculo será apresentado neste domingo, às 11h, com ingressos que vão de R$10 (meia) a R$30. O mesmo concerto será reapresentado na sala São Paulo na série de Concertos Matinais no dia 20/8.
Serviço:
Os Planetas, de Gustav Holst
Theatro Municipal – Sala de Espetáculos
14/8 – 11h
ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO
CORO JOVEM DA ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA E CORAL PAULISTANO
Jamil Maluf, regência
Maíra Ferreira, regente do Coro Jovem e do Coral Paulistano
Classificação livre
Duração total 55 minutos
Ingressos R$10,00 a R$30,00 (inteira).
(Fonte: Approach Comunicação)
Crianças carregando fardos de borracha. Foto de Roger Casement (1910).
“Segredos do Putumayo”, documentário dirigido por Aurélio Michiles, estreia no dia 1º de setembro no CineSesc, em São Paulo, dentro da programação do Mês Amazônia. Em parceria com o Consulado Geral da Irlanda no Brasil, a exibição do dia 1/9 às 20h será gratuita, seguida de debate aberto ao público e contará com a presença do ator Stephen Rea. O astro irlandês participou de sucessos como “V de Vingança”, “Entrevista com o Vampiro” e “Traídos pelo Desejo”, pelo qual foi indicado ao Oscar em 1993 na categoria “Melhor Ator”. Em “Segredos do Putumayo” ele dá voz a Roger Casement, nacionalista irlandês que serviu como Conselheiro Britânico no Rio de Janeiro e que foi incumbido por Londres de investigar os crimes cometidos contra os indígenas do Putumayo pela Peruvian Amazon Company, em 1910. Angus Mitchell, historiador e escritor do livro “O Diário de Roger Casement”, que inspirou o filme, também estará presente, junto com a ativista índigena Vanda Witoto.
O filme passou por diversos festivais importantes, como Hot Docs e Vancouver Intl Film Festival (Canada), Galway Film Fleadh e Foyle Film Festival (Irlanda), Rencontres du Cinema Latino-americain (França), AFI DOCS (EUA), Festival de Cine de Lima (Peru), entre outros.
Luz Marina, do povo Uitoto, em cena do documentário “Segredos do Putumayo”. Foto: André Lorenz Michiles.
Com produção de Patrick Leblanc e roteiro de Aurélio Michiles, Danilo Gullane e André Finotti, o documentário conta com a participação do historiador Angus Mitchell, do escritor Milton Hatoum e de importantes moradores dos quatro povos (Uitoto, Bora, Okaina e Muinames) habitantes de La Chorrera (Colômbia) que dão seu testemunho sobre os fatos acontecidos em seu território.
“Mais de um século depois dos acontecimentos trágicos vividos pelos povos indígenas do Putumayo, relacionados ao extrativismo da borracha nos países amazônicos, ainda persiste uma insidiosa agressão contra os direitos humanos e contra aqueles que ousam defender os povos indígenas. Aqui no Brasil, de acordo com os órgãos responsáveis, até maio de 2022, 19 ativistas já foram assassinados. A Colômbia, onde aconteceu o massacre do Putumayo, relatado por Roger Casement em seu ‘Diário da Amazônia’, é hoje, o país que mais persegue ativistas dos direitos humanos. As lutas das comunidades amazônicas por direitos à autodeterminação e justiça básica perduram diante das ondas selvagens do desenvolvimento econômico e de uma intolerância cultural e racial crescente”, afirma Aurélio Michiles.
Stephen Rea, ator que interpreta Roger Casement no filme “Segredos do Putumayo”. Crédito da foto: Associação Cultural Field Day.
“O documentário é filmado com uma inteligência, pertinência e sensibilidade raras. O filme é uma imersão naquilo que o colonialismo branco produziu de pior e tem uma extraordinária força política. Ao mesmo tempo, carrega essa semente de resistência que é a mirada de Roger Casement. Que personagem único”, elogia o cineasta Walter Salles.
Sinopse | “Segredos de Putumayo” é um documentário que narra as investigações do ativista irlandês Roger Casement, então cônsul britânico no Brasil, sobre a escravização e o assassinato de milhares de indígenas que eram forçados a trabalhar na coleta de borracha. No filme, a voz de Casement é interpretada pelo ator Stephen Rea.
Ficha Técnica
Direção: Aurélio Michiles
Voz de Roger Casement: Stephen Rea (Participação Especial)
Roger Casement / ator: Dori Carvalho
Roteiro: Aurélio Michiles, Danilo Gullane e André Finotti
Direção de Fotografia: André Lorenz Michiles
Edição: André Finotti
Música Original: Alvise Migotto
Desenho de Som e Mixagem: Ricardo Reis (ABC), Miriam Biderman (ABC)
Um filme Produzido por: Patrick Leblanc
Produção: 24 VPS FILMES
Duração: 83 min.
Serviço:
Segredos do Putumayo – direção Aurélio Michiles
Sessão especial: 1/9 às 20h*
*Exibição seguida de debate. Grátis. Retirada de ingresso 2h antes na bilheteria
Veja o teaser aqui.
CINESESC
Rua Augusta, 2075 – São Paulo (SP)
Acompanhe a programação no site do SESC.
Sobre a distribuidora O2 Play | A O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes e faz parte do grupo O2, que tem como sócios também o cineasta Fernando Meirelles e a produtora Andrea Barata Ribeiro. Em atividade desde 2013, a O2 Play se diferencia das demais distribuidoras por trabalhar além de cinema, TV e vendas internacionais, o VOD (Video on Demand), licenciando conteúdo para mais de 30 plataformas digitais. Já foram mais de 50 filmes lançados em cinemas, entre títulos brasileiros premiados, como “Sócrates” e “Chorão – Marginal Alado”, e internacionais, como “O Irlandês”, “Dois Papas” e “Não Olhe Para Cima”, em parceria com a Netflix, e “Annette”, que abriu o Festival de Cannes 2021, em que ganhou a Palma de melhor direção. Mais informações neste link.
(Fonte: Agência Lema)