Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
Filme “Alfie o pequeno lobisomem”, dos Países Baixos, foi uma das atrações da edição 2021 da Mostra. Foto: Victor Arnolds/divulgação.
A terceira edição da Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo já tem data marcada. O evento, gratuito para todos os públicos, exibirá, entre 1 e 15 de dezembro, filmes de diversos países na plataforma de streaming e vídeo sob demanda #CulturaemCasa, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Países interessados em participar da mostra poderão inscrever seus filmes até 15 de outubro por meio dos consulados presentes em São Paulo. A curadoria dos filmes fica por conta da Amigos da Arte. “Em 2020 começamos com 21 países, chegamos a 25 no ano seguinte e esperamos que esse número seja ainda maior em 2022. Estamos em intensa interlocução com os consulados para darmos continuidade a esse intercâmbio cultural”, afirma o Secretário de Relações Internacionais Julio Serson. Juntas, as duas primeiras edições da Mostra apresentaram 76 filmes e alcançaram 50 mil visualizações.
A Mostra é uma iniciativa das Secretarias Estaduais de Relações Internacionais e de Cultura do Estado de São Paulo, que nasceu durante o período de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19, em 2020, no mesmo ano de lançamento da plataforma #CulturaEmCasa. “É uma honra para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo participar da organização e da viabilização da terceira edição da Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo, que oferece ao público amante do cinema a oportunidade de ver online, de modo gratuito, filmes oriundos de dezenas de países de todos os continentes”, afirma o secretário Sérgio Sá Leitão. Países como Rússia, República Tcheca, Canadá, Índia, Alemanha, Itália, Chile, Japão e Moldávia participaram da edição 2021.
O sucesso das duas primeiras edições e o acesso da população paulista à plataforma foram essenciais para que as secretarias garantissem a manutenção da Mostra. “Trata-se de uma iniciativa que possibilita a ampliação do acesso da população a uma programação de alta qualidade e grande diversidade, capaz de expandir o repertório do público e incentivar o interesse pelo cinema internacional”, conclui Sá Leitão.
Serviço:
Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo
Data: 1 e 15 de dezembro
Local: Plataforma de streaming e vídeo sob demanda #CulturaemCasa
Inscrições: Consulados podem inscrever os filmes de seus países até 15 de outubro.
(Fonte: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo | Assessoria de Imprensa)
Os atores Marcellus Beghelle e Malu Frizzo. Fotos: Denise Magalhães.
Está em cartaz no Museu Judaico de São Paulo a visita teatralizada, que acontece aos sábados e tem como objetivo a interação com os visitantes por meio de educadores-atores que estão em contato com a história da imigração judaica em São Paulo. “Nas atividades, educadores e visitantes constroem conhecimento sobre a história e as tradições do povo judeu, em diálogo com outras culturas, com o presente e com a cidade de São Paulo”, explica Daniela Chindler, coordenadora do projeto.
O projeto propõe o olhar sobre a história da Beth-el e do Museu Judaico por meio do diálogo entre os educadores-mediadores e o público. Atores com roupas de época são os mestres de cerimônia desse percurso pelo prédio que hoje abriga o Museu Judaico e foi uma sinagoga. Os visitantes do museu são transportados para a primeira metade do século XX e conhecem a trajetória de imigrantes que chegaram a São Paulo de navio e aqui construíram uma nova vida.
Atividade para toda a família | As visitas estão disponíveis para o público em geral, escolas, ONGs e empresas de turismo, entre outros. Para agendar as visitas ou obter mais informações, o e-mail para contato é agendamento@museujudaicosp.org.br.
Sobre o Museu Judaico de São Paulo | Esta é a casa de “todos os povos”: assim está inscrito sobre a fachada da antiga sinagoga que agora acolhe este Museu. Fruto de uma iniciativa da sociedade civil acalentada por quase duas décadas, o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) abre suas portas visando cultivar as diversas expressões, histórias, memórias, tradições e valores da cultura judaica, em diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos.
Serviço:
Museu Judaico de São Paulo
De terça a domingo, das 10h às 19h – entrada até às 18h. Fecha às segundas.
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – Bela Vista, São Paulo – SP
Contato: (11) 2075-3207 | agendamento@museujudaicosp.org.br
Redes sociais: http://novo.museujudaicosp.org.br/ | twitter.com/museujudaicosp | facebook.com/museujudaicosp | Instagram: @museujudaicosp.
Sobre o Núcleo de Educação e Participação
Educação e Participação é o núcleo de mediação cultural do Museu Judaico de São Paulo (MUJ), que desenvolve ações educativas e culturais para públicos de todas as idades de forma 100% gratuita. A programação de atividades gira em torno das exposições em cartaz e do prédio que hoje abriga o Museu Judaico, a antiga sinagoga Beth-El, construída em 1929, em arquitetura bizantina. Visitantes de todas as idades poderão participar de visitas mediadas às exposições, visitas teatralizadas ao prédio, contação de histórias, mediação de leitura, oficinas e muito mais.
Educação: o programa produz experiências em que os visitantes constroem conhecimento sobre a história e a cultura judaica através do diálogo, da troca e do debate.
Participação: existe o compromisso de convidar diferentes perfis de públicos a se envolverem, fazerem parte do Museu e ajudarem na sua construção coletiva.
Serviço:
Núcleo de Educação e Participação
Visitas Agendadas
Escolas, ONGs e grupos particulares podem agendar visitas às exposições com os educadores.
Dúvidas e informações: (11) 2075-3207 | agendamento@museujudaicosp.org.br
Oficina Sobreposição de Memórias | Sextas e domingos, 14h07
Painéis móveis de acetato espalhados pelo MUJ são os suportes de desenho para uma oficina que traz reflexões sobre o prédio que abriga o museu, nosso patrimônio cultural.
Oficina Câmera Escura | Quartas, 14h; sextas, 11h30
A vivência convida os visitantes a explorarem a exposição Botannica Tirannica de Giselle Beiguelman usando uma câmara escura, aparelho óptico base da invenção da fotografia.
Oficina Caleidoscópio | Quartas, 11h30; sábados, 14h
Usando um caleidoscópio, os visitantes investigam a exposição Botannica Tirannica de Giselle Beiguelman, e como a Inteligência Artificial influenciou a artista.
Contação de Histórias | Sábados e domingos, 11h30
Apresentação de histórias da tradição judaica e de outros povos, para crianças e famílias.
Teatro de sombras “A cidade dos sussurros” | Quinta, 15h
Apresentação da história de uma cidade que resistiu à perseguição de judeus na Europa durante o Holocausto, com teatro de sombras.
Visita Teatralizada | Sábado, 15h
Atores com roupas de época são os mestres de cerimônia em um trajeto pelo prédio que hoje abriga o Museu, para todos os públicos.
Livro Vivo | Sábados e domingos, 16h
Leitura compartilhada de livros infanto-juvenis, para crianças e famílias.
As ações do núcleo de Educação e Participação do Museu Judaico de São Paulo são viabilizadas com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei nº 8.313/1991. Ele é um projeto original proposto pela Sapoti Projetos Culturais, em co-criação com o Museu Judaico de São Paulo. Em seu primeiro ano, em 2021, o projeto foi patrocinado pelo Grupo CCR.
(Fonte: a4&holofote comunicação)
Foto: divulgação.
Combinar viagem com preservação ambiental deixou de ser modismo e transformou-se em tendência consolidada que não para de crescer. Dados do Ministério do Turismo mostram que, no Brasil, as 145 unidades de conservação federais administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e que possuem visitação monitorada registraram 16,7 milhões de visitas em 2021. Foi o maior número em cinco anos, acima do cenário pré-pandemia, como em 2017, quando foram 10,7 milhões de visitantes. Esse interesse pelo turismo de natureza vem crescendo e, em 2019, por exemplo, um terço das viagens realizadas a lazer foram motivadas pelos segmentos de natureza e aventura.
No Brasil, o destino mais procurado por viajantes que querem aproveitar a fauna e a flora brasileira é o Pantanal. Reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural Mundial, a região costuma causar uma experiência exuberante aos turistas. Para que tudo funcione dentro das expectativas, um planejamento básico é importante. Nessa experiência, as assinaturas de viagem são uma ótima alternativa pela facilidade que oferecem. O viajante torna-se assinante e o pagamento mensal possibilita conhecer destinos diferentes com economia, usufruir de muitos benefícios e com a vantagem de diminuir o tempo entre a vontade de passear e o início da viagem.
A plataforma de viagens Coob+ é um exemplo. As assinaturas funcionam como uma Netflix de hospedagens, com mensalidade fixa a partir de R$53,87 mensais e a possibilidade de escolher com facilidade para onde e quando viajar. Um dos benefícios está em poder fazer todas as reservas online, com preços mais acessíveis, que podem representar uma redução de até 60% se comparado a outros sites de hospedagem. Com a vantagem de café da manhã incluso em todas as estadias.
Nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, são 35 opções de hotéis parceiros. Uma boa opção para conhecer a região é a cidade de Bonito (MS), a cerca de 160 km do Pantanal. O local oferece uma infraestrutura bem organizada e há a consciência da importância do respeito à natureza ao redor. Por isso, todo o turismo na cidade é feito com guias para evitar a formação de grandes grupos e facilitar a preservação das riquezas locais. Se o destino for a Amazônia, o ponto de partida pode ser Manaus. Além de atrações como o Palácio Rio Negro, o Teatro Amazonas e o Encontro das Águas entre os Rios Negro e Solimões, é da capital amazonense que saem muitas excursões para quem está interessado em percorrer trilhas na selva amazônica.
Cuidados com a natureza
Independentemente do lugar de destino, é muito importante lembrar que o turismo sustentável segue quatro princípios básicos: conservação ambiental, equidade social, eficiência econômica e respeito à cultura. Por isso, é importante seguir algumas regras básicas:
– Evite usar pratos, talheres e copos descartáveis: milhões de toneladas de resíduos plásticos acabam nos mares;
– Reutilize suas toalhas de banho: além de economizar água e energia, você ajuda a reduzir o consumo de produtos de limpeza;
– Leve sua ecobag e dispense as sacolinhas plásticas: em média, uma sacolinha leva de 300 a 500 anos para se decompor;
– Valorize o comércio local: isso ajuda a promover o desenvolvimento socioeconômico;
– Respeite a natureza: não retire plantas nativas, não compre animais silvestres e jogue o lixo no lixo.
(Fonte: Moglia Comunicação Empresarial)
Espécie de borboleta Anthanassa drusilla. Foto: arquivo pesquisadores.
Nos últimos dez anos, cientistas têm mostrado uma redução importante no número ou na diversidade de insetos no mundo, mas havia pouca informação sobre esse fenômeno no Brasil. Agora não mais: um estudo de pesquisadores da Unicamp e das universidades federais de São Carlos e do Rio Grande do Sul compilou informações que mostram, de maneira inédita, as alterações na biodiversidade dos insetos — e tendência de queda na quantidade de animais terrestres como borboletas, abelhas e besouros.
Para fazer isso, os autores reuniram evidências sobre biodiversidade de insetos encontradas em 45 pesquisas científicas que tinham investigado várias ordens desses animais no Brasil. Indo além, também conseguiram informações adicionais a partir de questionários enviados a cientistas brasileiros com muita experiência de pesquisa nesses grupos.
Como resultado, apresentaram 75 tendências registradas ao longo de 11 anos, em média, para insetos aquáticos e 22 anos para insetos terrestres — e a grande maioria aponta para redução no número dos animais. O trabalho, que teve apoio da Fapesp e do CNPq, será publicado nesta terça (23) no periódico internacional Biology Letters.
Para insetos terrestres, como borboletas, formigas e abelhas — essenciais para atividades agrícolas –, uma quantidade maior de estudos indicaram tendência de declínio populacional ou perda de diversidade de espécies. Já nos grupos aquáticos, o número de indivíduos ou de espécies permaneceu estável ou, em alguns casos, até aumentou.
As diferenças encontradas nos resultados sobre insetos terrestres e aquáticos; no entanto, escrevem os autores, devem ser reavaliadas em futuros trabalhos de campo. Isso porque os levantamentos sobre insetos aquáticos podem ter sido feitos em regiões já alteradas antes da amostragem. Ou seja: sua biodiversidade pode ter sido degradada antes mesmo dos estudos começarem.
“O declínio de animais vertebrados e de plantas vêm causando preocupação há décadas em todo o mundo e também no Brasil. Com razão, tartarugas marinhas, micos-leão ou orquídeas têm mobilizado instituições, cientistas e cidadãos em sua proteção e defesa. No entanto, para manter ou recuperar ecossistemas naturais, assim como as atividades agrícolas e agroflorestais sustentáveis, os insetos são elementos-chave”, afirma o biólogo Thomas Lewinsohn, da Unicamp, coordenador do estudo. “Por isso, acompanhar de perto as mudanças em sua biodiversidade tem de ser uma máxima prioridade na ciência ambiental brasileira”.
Para os autores, são necessárias novas pesquisas de longo prazo com amostras padronizadas. Isso tem sido feito internacionalmente — e já se fala, há alguns anos, em risco de “extinção em massa” de importantes grupos de insetos.
Eles sugerem que uma proposta abrangente de amostragem e monitoramento de insetos seja associada a programas como o de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) e o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO), ambos do CNPq, que visam fomentar a pesquisa qualificada sobre os nossos ecossistemas e a biodiversidade que abrigam.
(Fonte: Agência Bori)
Imagem: divulgação.
“Será que a vida é um sonho ou o sonho é a vida?”. Dom Quixote, o clássico do espanhol Miguel de Cervantes, é o livro mais lido de todos os tempos e conta com dezenas (se não milhares) de adaptações. E, agora, o grande herói sonhador ganhou uma releitura única: “Down Quixote”, filme com elenco 100% composto por atores com Síndrome de Down, com exibição gratuita no Teatro do SESI Campinas Amoreiras nesta quarta, 24 de agosto, às 19h. Reservas de ingresso pelo Meu SESI.
Idealizado, escrito e dirigido por Leonardo Cortez, com fotografia de Patrick Hanser, o filme é o primeiro longa-metragem patrocinado pelo SESI-SP e foi produzido pela Spray Filmes, a mesma produtora do longa “Abe” e do canal Quebrando o Tabu.
O longa traz Diogo (Diogo Junqueira), um jovem com Síndrome de Down que pertence a um grupo de teatro que se dedica à remontagem de grandes clássicos da dramaturgia. O projeto mais recente do seu grupo, Dom Quixote, é adiado por conta da pandemia. Na solidão do seu exílio na casa da sua tia, em Tiradentes, Diogo mergulha no universo de sua nova peça enquanto decora seu papel. A partir daí, a história de Dom Quixote acontece na cabeça de Diogo. Dom Alonso Quijana (Ian Pereira) enlouquece depois de um período enfurnado em sua biblioteca. Inspirado pela leitura de livros de cavalaria, ele parte pelo mundo em busca de aventuras, acompanhado do seu fiel escudeiro Sancho Pança (João Simões). Durante a jornada, elementos teatrais se misturam a cenários reais da cidade histórica de Tiradentes, na livre recriação da clássica aventura do cavaleiro andante, onde todos os personagens da saga são interpretados exclusivamente por atores com a Síndrome de Down.
“‘Down Quixote’ traz na sua concepção o desafio de recriar o universo mágico e delirante do cavaleiro idealizado por Cervantes a partir do olhar afetuoso e sensível da pessoa com Síndrome de Down. Desenvolvi um roteiro que se apropria com imensa e irrestrita liberdade do universo literário idealizado pelo autor, usando seus personagens e situações como pontos de partida para desdobramentos inusitados a partir da livre apropriação dos artistas com a obra”, comenta Leonardo Cortez.
O filme “Down Quixote” nasceu de uma peça teatral que se desdobrou para as telonas. Os atores egressos do Grupo ADID de Teatro, criado por Cortez em 1998 e atualmente Nosso Grupo de Teatro da Casa de Cultura Movimentarte, ensaiavam a releitura do clássico. Com a pandemia e o isolamento social, afastados de sua maior paixão, o teatro, surgiu a ideia de continuar os trabalhos e tornar o sonho realidade. Os experientes atores, que já apresentaram mais de uma dezena de peças, estavam acostumados com os palcos, mas tiveram que aprender a usar a câmera como nova espectadora de seus trabalhos. Para isso, o grupo encarou um longo processo de preparação que começou ainda de maneira remota e que se desdobrou em ensaios presenciais diários durante quatro meses, conduzidos por Cortez, pelo diretor de fotografia Patrick Hanser e pela preparadora de elenco Glaucia Libertini.
Longe de ser apenas uma encenação da obra de Cervantes, “Down Quixote” traz a visão da pessoa com Síndrome de Down sobre a história do cavaleiro e seu fiel escudeiro. Para isso, o roteiro se abasteceu de contribuições criativas dos próprios atores nos processos de improvisação, transportando esse universo mágico para a realidade da pessoa com deficiência. A cidade histórica de Tiradentes, onde o filme foi rodado, é a nova região da Mancha, onde os devaneios de Dom Quixote se materializam numa mistura entre o onírico e a realidade, permeada de elementos teatrais que escapam do palco e invadem as belas paisagens de Minas Gerais. É em Tiradentes e na cabeça de Dom Quixote que uma locomotiva vira um assustador dragão, a camponesa Aldonza se transforma em Dulcinéia e uma procissão religiosa se confunde com o sequestro de uma princesa. As vivências dos atores na pandemia, o distanciamento e as saudades das pessoas amadas também fazem parte da obra e um celular é a ferramenta que une esses jovens isolados que estão com saudades dos amigos e dos palcos.
“O processo de realizar ‘Down Quixote’ foi um grande desafio porque só tínhamos 16 dias de filmagem entre Tiradentes, Itu e São Paulo. Por esse motivo, optamos por trabalhar com luz natural e a câmera na mão. Em muitas das cenas, era o clássico ditado de Glauber Rocha de ‘câmera na mão e ideia na cabeça’, já que não tínhamos muito tempo para fazer diversos takes. Mas isso se provou uma estratégia frutífera que se casou perfeitamente com a espontaneidade e liberdade que o elenco trazia para as cenas. Foi um verdadeiro balé entre atores e a câmera e uma experiência repleta de aprendizados para toda a equipe e o elenco”, comenta Patrick Hanser, diretor de fotografia.
A figura do cavaleiro Dom Quixote se traduz pela sua lucidez diante de um mundo brutalizado e senil. Ele é um ser de profunda inteligência, bondade e idealismo, que acaba, justamente por isso, sendo vítima de preconceitos, chacotas e perseguições. O elenco, composto 100% por pessoas com Síndrome de Down, carrega um pouco de Dom Quixote em si mesmo, mas também empresta à Cervantes uma visão única, que só eles poderiam ter. Afinal, quem precisa andar a cavalo quando se tem asas?
“A Spray tem tradição de trabalhar com projetos que causam impacto social sem deixar de lado a inovação e o entretenimento. Com ‘Down Quixote’, não foi diferente. Acreditamos nesse projeto desde que nos foi apresentado e é uma imensa felicidade poder vê-lo ganhar espaço no mundo, não só pelas discussões que ele abre, mas por ser um ótimo filme que temos certeza que se conectará com o público”, comenta Celia Kakitani, CEO da Spray. “’Down Quixote’ foi um projeto bastante desafiador. Num primeiro momento, muitos aspectos relacionados à produção pareciam inexequíveis de acordo com a realidade do filme. Mas a obstinação de absolutamente todos os envolvidos em fazer acontecer sempre resultava em uma solução. E esse exercício de quebra de paradigmas em uma produção como essa é o aprendizado que levarei comigo para a vida”, completa Andrea Giusti, produtora.
Parceria com o SESI | A obra é o primeiro longa-metragem patrocinado pelo SESI-SP, instituição que trabalha pela educação de forma ampla e onde a cultura é parte primordial nesse processo. Desta forma, todas as ações e projetos desenvolvidos pela instituição visam à formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à arte e à cultura de forma gratuita, além de fomentar e promover a economia criativa nacional. “Nós acreditamos na força da cultura e das artes na formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Por isso que fizemos questão de ser parceiros na realização de uma iniciativa pioneira e tão necessária que é o filme ‘Down Quixote’”, reforçou a gerente de Cultura do SESI-SP, Débora Viana.
Exibições:
SESI Campinas – Amoreiras
Endereço: Av. das Amoreiras, 450 – Pq. Itália – Campinas/SP
Data e horário: 24, às 19h, e 25/08, às 16h
Mezanino – Centro Cultural FIESP
Endereço: Av Paulista, 1313 – São Paulo, SP
Dias: 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10, 11, 15, 16, 17 e 18 de setembro
Horários: Quintas e sextas, às 14h (para agendamentos) e às 19h30
Sábados, às 19h30 / domingos, às 18h30
SESI Itapetininga
Endereço: Av. Padre Antonio Brunetti, 1.360 – Vl. Rio Branco – Itapetininga/SP
Data e horário: 31/8, às 19h, e 1/9, às 15h
SESI São José dos Campos
Endereço: Av. Cidade Jardim, 4389 – Bosque dos Eucaliptos – São José dos Campos/SP
Data e horário: 14/9, às 19h, e 15/9, às 14h
SESI São José do Rio Preto
Endereço: Av. Duque de Caxias, 4656 – Vl. Elvira – São José do Rio Preto/SP
Data e horário: 20/9, às 19h, e 21/9, às 17h
SESI Ribeirão Preto
Endereço: bR. Dom Luís do Amaral Mousinho, 3465 – Castelo Branco – Ribeirão Preto/SP
Data e horário: 28/9 e 29/9, às 20h
Sinopse | “Down Quixote” é uma adaptação de “Dom Quixote”, de Cervantes. A trama acontece na imaginação de Diogo, um ator que ensaia o texto da peça baseada no clássico. Ele e seus colegas de teatro, todos com Síndrome de Down, dão vida aos personagens, em meio às paisagens da cidade histórica de Tiradentes-MG.
Ficha Técnica:
Título em Português: Down Quixote
Título Original: Down Quixote
Gênero: Comédia
País de Origem: Brasil
Duração: 104 minutos
Ano de Produção: 2022
Empresas Produtoras: Spray e SESI
Idealização, Direção e Roteiro: Leonardo Cortez
Produzido por: Carlos Eduardo Ciampolini, Andrea Giusti, Leonardo Cortez, Patrick Hanser, Elder Baungartner e Eliana Garcia
Direção de Fotografia: Patrick Hanser
Direção de Arte: Bruna Veras e Diego Dac
Produção Executiva: Andrea Giusti, Jessica Santana, Eduardo Sallouti
Coordenação de Produção: Gabriel Chagas
Assistência de Direção: Mariana Mitre
Preparação de Elenco: Glaucia Libertini
Figurinos: Francine Marson e David Loretti
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Daniel Maia
Montagem: Thais Cortez
Elenco: Diogo Junqueira, Juliana Bessa, Rodrigo Bottoni, Antônio Aranha, Ian Pereira, Daniel Gejer, João Simões, Luciana Sergi, Carol Dias, Maria José Rodrigues, Fernanda Jimenez, Marcos Minori, Guilherme Alonso, Ana Paula Dias, Jessica Pereira, Renan Santana, Kátia Maçaes, Felipe Assumpção, Felipe Linden, Luis Otávio Almeida, Paola Miranda e Giovana Flávia
Sobre o elenco | O elenco do longa-metragem “Down Quixote” é formado integralmente por atores com a Síndrome de Down egressos do Grupo ADID de Teatro, atualmente Nosso Grupo de Teatro da Casa de Cultura Movimentarte. O Grupo ADID de Teatro foi fundado por Leonardo Cortez em 1998, como extensão das aulas de artes cênicas oferecidas pela Associação para o Desenvolvimento Integral do Down. A necessidade de aprofundamento e a acentuada identificação dos alunos com a linguagem teatral justificou a criação do grupo, que desde então encenou, sempre com a direção de Cortez as seguintes adaptações de grandes clássicos do teatro: “Romeu e Julieta” (Shakespeare), em 1998, “Muito Barulho por Nada” (Shakespeare), em 2002, O Mambembe (Arthur Azevedo), em 2004, Um Violinista no Telhado (Sholem Aleichem), em 2006, “A Vida É Sonho” (Calderón De La Barca), em 2008, “Sonho de uma Noite de Verão” (Shakespeare), em 2010, “A Viagem do Capitão Tornado” (Théophile Gautier), em 2012 e 2013, “Os Miseráveis” (Victor Hugo), em 2014 e 2015 e “Noite de Reis” (Shakespeare) , em 2018. Ao longo de sua trajetória, o grupo conquistou espaço em importantes roteiros culturais e por meio da parceria com o SESI-SP, iniciada em 2010 e percorreu dezenas de cidades brasileiras com seu repertório. Atualmente, o Grupo está sediado na Casa de Cultura Movimentarte, onde Leonardo Cortez também é o diretor artístico e se dedica aos ensaios da peça “Dom Quixote”, com previsão de estreia para dezembro de 2022.
Sobre o diretor Leonardo Cortez | Leonardo Cortez, 47, é roteirista, dramaturgo, ator, diretor teatral e cineasta, formado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Criador e roteirista das séries “Máximo & Confúcio” (exibida em 2016 na TV Cultura) e de “Sala dos Professores”, filmada em 2019 e prevista para ser exibida no Cine Brasil TV em 2022, Cortez é também roteirista e diretor do longa “Maldito Benefíco”, em fase de captação pela Spray Media. No teatro e como dramaturgo, Cortez foi indicado quatro vezes consecutivas ao Prêmio Shell de Melhor Autor, com os espetáculos “Rua do Medo”, “Maldito Benefício”, “Sala dos Professores” e “Pousada Refúgio” além de indicações na mesma categoria nos Prêmios APCA, Cooperativa Paulista de Teatro e Aplauso Brasil. A peça de sua autoria, “Sala dos Professores”, foi apontada pelo site UOL como a Melhor Dramaturgia de 2016, além de ter sido o texto vencedor no Prêmio Júri Popular no Site Aplauso Brasil. Cortez tem ainda cinco livros editados: “Trilogia Canalha”, pela Editora Candombá, “Comédias Urbanas” pela Editora SESI-SP; além de “Sala dos Professores”, “Pousada Refúgio”, e “As Aventuras e Desventuras de Jaime Lennon, Dramaturgo Marginal”, esses três últimos títulos editados pela Editora Giostri. Seu texto “Comédias Furiosas” de 2019, foi encenado graças ao Prêmio José Renato e rendeu a Cortez indicação ao Prêmio de Melhor Dramaturgia no Prêmio.
Sobre a Spray | A Spray é um grupo que produz conteúdo socialmente relevante para cinema, televisão e canais digitais. As produções de Spray incluem o longa de ficção “Abe” (estrelado por Noah Schnapp e Seu Jorge), o documentário “Quebrando o Tabu” (Jimmy Carter, Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso), que inspirou um canal de direitos humanos em diversas de redes sociais com mais mais de 23 milhões de seguidores entre eles, a série documental inspirada na plataforma “Quebrando o Tabu”, que teve duas temporadas e ganhou o prêmio de Melhor Série Documental no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e a série documental “Sociedade do Cansaço”, inspirada na livro de Byung-Chul Han. Essas produções foram distribuídas para plataformas como Netflix e Globoplay, e foram selecionadas e premiadas em distintos festivais ao redor do mundo, incluindo o Festival de Cinema de Veneza, Festival de Cinema de Sundance, Festival de Cinema de Roma e MIPCOM Cannes.
Sobre o SESI | O SESI-SP oferece atividades culturais gratuitas nas linguagens de música, teatro, exposições, mostras de cinema, dança e programas de difusão literária. Juntas, as atividades já alcançaram a marca de quase 20 milhões de pessoas beneficiadas. São 21 teatros, oito espaços de exposição, três estações de cultura, 40 núcleos para a iniciação e formação de pessoas em áreas como música, teatro e dança, além de uma unidade móvel que percorre todo o estado. Todos os eventos e atividades são gratuitos. A democratização do acesso à cultura e a difusão de toda a sorte de manifestações artísticas, contudo, representam uma das marcas da presença SESI-SP neste setor. Ela é composta ainda pela produção cultural, que impulsiona a economia criativa, e pela formação de quadros para o segmento.
(Fonte: FT Estratégias)