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Festa em São Paulo reúne 26 cervejarias lideradas por mulheres

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Neste ano, a Cervejaria Dádiva, criada e liderada pela empresária Luiza Lugli Tolosa, vai celebrar o Dia Internacional da Mulher de mãos dadas com outras 26 cervejarias brasileiras também fundadas e/ou comandadas por mulheres. Para isso, lançou a campanha “Criado por ELAS, Liderado por ELAS”, que vem para apoiar, inspirar e divulgar esses projetos mostrando a força do empreendedorismo feminino brasileiro e o talento das mulheres no setor cervejeiro nacional.

“Sabemos que, em pleno 2024, o meio cervejeiro ainda é totalmente estigmatizado e visto como masculino, mas nós somos muitas, e temos projetos e produtos incríveis e super importantes para o setor! Sem as mulheres do meio cervejeiro essa roda não gira. E o intuito da nossa campanha deste ano é a gente se fortalecer, se apoiar e se inspirar ainda mais. Queremos que todos saibam quem somos, onde estamos e onde ainda queremos e vamos chegar”, pontua Luiza.

O projeto será marcado por um evento todo feito por mulheres (dos bebes aos comes), que acontecerá no dia 9 de março no Greta Galpão, em São Paulo, das 13h às 20h. O ingresso custará R$40,00 (primeiro lote) e as bebidas e comidas serão cobradas à parte. Os chopes serão servidos em doses de 150ml e 250ml.

As 26 cervejarias participantes da iniciativa são Araucária – Maringá/PR, Armazém 77 – São Paulo/SP, Birrificio Club – João Pessoa/PB, Brewstone – Fortaleza/CE, Colombina – Aparecida de Goiás/GO, Dádiva – Várzea Paulista/SP, Dalla – Cordilheira Alta/SC, DaLuz – Porto Alegre/RS, Dona – São Luís/MA, Duas Irmãs – São Paulo/SP, Hop Bros – Maceió/AL, Japas – São Paulo/SP, Maltês Craft Beer – Florianópolis/SC, Maltesa – Ribeirão Preto/SP, Masterpiece – Niterói/RJ, Moondri – Curitiba/PR, Nefasta – São José/SC, Noi – Niterói/RJ, Oripacha – Morro Reuter/RS, Proa – Salvador/BA, Ruera – Campinas/SP, Serafina – Belo Horizonte/MG, Tank – São Paulo/SP, Torneira – São Paulo/SP, Zalaz – Paraisópolis/SP e Zapata – Viamão/RS.

Como parte da campanha, cada uma das 26 cervejarias vai lançar uma cerveja especial no mês de março, a maior parte delas poderá ser degustada no evento do dia 9 (e todas poderão ser encontradas em bares e e-commerces especializados em bebidas artesanais).

Além de 20 taps – nas quais estarão engatadas algumas das cervejas criadas especialmente para a campanha –, o evento contará com vinhos em taça selecionados pela sommelière Patrícia Brentzel (@patriciabrentzelsommeliere). Na programação musical da festa, roda de samba com a banda Samba Aurora (@samba.aurora), samba rock com Graça Cunha (@gracacunhaoficial), da banda Altas Horas, e a DJ Yaga Goya (@yaga.goya). “São diferentes trajetórias de mulheres cervejeiras que serão mostradas nesse evento, projetos lindos que poderão ser acompanhados de perto pelos visitantes em um ambiente inclusivo, alegre, com muita música, comida boa e cheio de cervejas incríveis”, garante Tolosa.

Para comprar o ingresso para o evento, basta acessar este link. Para mais informações sobre a campanha, visite o Instagram da Cervejaria Dádiva (@cervejariadadiva).

(Fonte: Onix Press)

Serpentes evoluíram até três vezes mais rápido que lagartos, mostra estudo da Science

Brasil, por Kleber Patricio

Espécie subaquática do Brasil, a sucuri é um exemplo da capacidade de adaptação ao ambiente desenvolvido pelas serpentes. Foto: Arquivo pesquisadores.

Um novo estudo realizado por biólogos da Universidade de Michigan, da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), entre outras instituições, sugere que um fenômeno conhecido como radiação adaptativa desencadeou a explosão evolutiva da diversidade de serpentes. Publicado nesta quinta (22) na revista “Science”, os dados mostram que as serpentes evoluíram até três vezes mais rápido que os lagartos, com grandes mudanças nas características associadas à alimentação, à locomoção e à percepção sensorial.

Os pesquisadores examinaram mais de 60 mil espécies de serpentes e lagartos de museus de história natural, incluindo o Museu de Zoologia da Universidade de Michigan e a Coleção Herpetológica da UnB. Eles criaram a maior árvore genealógica desses animais sequenciando genomas de quase mil espécies e compilaram um vasto conjunto de dados sobre suas dietas analisando conteúdos estomacais de espécies preservadas em museus. “As serpentes evoluíram mais rápido e melhor do que alguns outros grupos. Elas são versáteis, flexíveis e capazes de se especializar em presas que outros grupos não podem usar”, afirma Daniel Rabosky, autor sênior do estudo da Science.

Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos avançados para analisar os dados, investigar a evolução de lagartos e serpentes ao longo do tempo geológico e compreender a evolução de características como a ausência de membros. Embora outros répteis tenham desenvolvido muitas características semelhantes, essa abordagem revelou que apenas as serpentes experimentaram este nível de diversificação explosiva.

Veja a sucuri, serpente semiaquática do Brasil, por exemplo. A sucuri, nome popular dado às serpentes do gênero Eunectes, pode ultrapassar os dez metros de comprimento e se alimenta de presas tão grandes quanto uma capivara, o maior roedor vivente. “Com a cabeça pequena, mas um crânio flexível, a sucuri consegue engolir presas enormes”, explica Guarino Colli, professor do Departamento de Zoologia da UnB e coautor do estudo. “Ela é um exemplo extremo dessa capacidade incrível de adaptação e é um dos fatores responsáveis pelo sucesso evolutivo desse grupo.”

Em um extremo oposto, ainda no Brasil, está um grupo relativamente primitivo de serpentes composto por espécies que vivem enterradas no solo. Bem pequenas, essas serpentes se parecem com minhocas e se alimentam exclusivamente de cupins e formigas. “Quando a gente compara esses dois extremos, vê o quão diverso é o grupo de serpentes no Brasil”, afirma Colli. “Aí entendemos como esses animais conseguem sobreviver em ambientes tão contrastantes e evoluir rapidamente.”

Os autores do estudo da Science se referem a este evento na história evolutiva como uma singularidade macroevolutiva, vista como uma mudança repentina para uma engrenagem evolutiva superior. Os biólogos suspeitam que essas explosões aconteceram repetidamente ao longo da história da vida na Terra. No caso das serpentes, a singularidade começou com a aquisição quase simultânea de corpos alongados sem patas, sistemas avançados de detecção química e crânios flexíveis. Essas mudanças cruciais permitiram que as serpentes, como grupo, perseguissem uma gama ampla de tipos de presas ao mesmo tempo que permitiram que espécies evoluíssem para uma especialização alimentar extrema.

Hoje existem serpentes que atacam com veneno letal, escavadores com focinho em forma de pá que caçam escorpiões do deserto, serpentes arbóreas delgadas chamadas ‘dormideiras’ que atacam caracóis e ovos de pererecas bem acima do solo, outras com cauda em remo, serpentes marinhas que sondam as fendas dos recifes em busca de ovas de peixes e enguias e muito mais.

“Um dos nossos principais resultados é que as serpentes passaram por uma mudança profunda na ecologia alimentar que as separa completamente de outros répteis”, diz Rabosky. “Se existe um animal que pode ser comido, é provável que alguma serpente, em algum lugar, tenha desenvolvido a capacidade de comê-lo.”

(Fonte: Agência Bori)

Monitor de Doações revela queda de 67% nas contribuições para organizações sociais em 2023

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Josh Appel/Unsplash.

O ano de 2023 foi desafiador para as organizações da sociedade Civil (OSCs) em termos de captação de recursos. É o que indica o levantamento do Monitor das Doações, ferramenta mantida pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) com o apoio do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) para registrar doações individuais acima de R$3 mil e divulgadas publicamente. De acordo com o levantamento, até 31 de dezembro de 2023 foram registrados R$474,9 milhões em doações, representando apenas 33% do montante registrado em 2022, que totalizou R$1,4 bilhão. Além disso, o número de doadores diminuiu em quase 60%, passando de 397 para 158. “É preocupante a diminuição nos valores doados, por duas razões. A primeira é pelo volume menor, dificultando que as organizações tenham impacto em suas causas. Mas também sinaliza menor disposição por parte de doadores de revelarem que doam e em qual volume. Esperamos que para 2024 esses números voltem a crescer”, explica Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR.

De acordo com o Mapa das OSCs, existem mais de 800 mil organizações sem fins lucrativos no Brasil e as doações são condição fundamental para que elas continuem atuando nas mais diferentes causas. Além disso, contribuem com a economia do país ao gerar empregos e promover o desenvolvimento de comunidades. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Terceiro Setor contribui com 4,27% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera mais de 6 milhões de empregos.

Causas apoiadas e maior doação

Dentre as causas mais apoiadas em 2023, segundo o Monitor de Doações, estão saúde, meio ambiente, assistência social, educação e fortalecimento da filantropia. Empresas e indivíduos demonstraram um interesse diversificado, contribuindo para diferentes áreas ao longo do ano.

Olhando as doações mês a mês, outubro de 2023 se destacou com um volume substancial, totalizando mais de R$163,5 milhões. A parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Embaixada da Alemanha liderou as contribuições ao destinar R$115 milhões ao Fundo Amazônia para auxiliar vítimas de desastre climático na Região Norte do país. Esta também foi a maior doação registrada do ano.

Maiores doadores de 2023

Os maiores doadores de 2023 incluíram empresas, organizações e personalidades. Depois do BNDES e da Embaixada da Alemanha, a Sigma Lithium, produtora de lítio do Vale do Jequitinhonha (MG), foi a segunda maior doadora, com R$76,9 milhões repassados para a causa ambiental.

Também houve doações de pessoas físicas. A advogada e empresária Nora Teixeira repassou R$36 milhões para uma instituição que leva seu nome – o Hospital Nora Teixeira, de Porto Alegre (RS). Fundo de Bolsas do Programa de Apoio à Educação Judaica (R$31 milhões), Movimento Bem Maior (R$29,4 milhões), Instituto CPFL Energia (R$17,9 milhões, Instituto Phi (R$15,8 milhões) e B3 (R$14,3 milhões) aparecem na sequência com as maiores doações do ano. “O Monitor das Doações acompanha o que foi publicado na internet como fonte para a soma das doações, simbolizando não só o que foi doado, mas o interesse do próprio doador em compartilhar o bom exemplo. Incentivamos sempre que as doações sejam públicas para que inspirem outros doadores a fazerem o mesmo”, complementa Carolina Farias, líder do Dia de Doar.

Informe sua doação | Além de acompanhar as notícias públicas sobre doações em jornais, revistas, entre outros meios, o Monitor das Doações também oferece a possibilidade de os doadores informarem diretamente as contribuições filantrópicas para que elas sejam inseridas. Para tornar pública a doação e o nome de quem doa é necessário enviar um e-mail para contato@diadedoar.org.br com informações sobre a doação (ou doações) e o valor.

Sobre a ABCR | A ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) (https://captadores.org.br) reúne e representa os profissionais de captação, mobilização de recursos e desenvolvimento institucional que atuam para as organizações da sociedade civil no Brasil. Lidera campanhas, eventos e uma série de outras iniciativas de fortalecimento do setor e de apoio a quem atua por uma sociedade mais justa e democrática.

Sobre o GIFE | O GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas é uma plataforma de fortalecimento da filantropia e do investimento social privado no Brasil. Promove espaços de diálogo e colaboração entre as organizações, produz e compartilha conhecimento a partir de pesquisas, análises e debates, buscando referências inovadoras para o constante aprimoramento da atuação dos associados e para o fortalecimento do setor.

(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)

Eduardo Kobra inaugura ateliê em Itu

Itu, por Kleber Patricio

O FAMA Museu, em Itu, SP, onde Kobra inaugurou no sábado (24) seu ateliê. Foto: website FAMA Museu.

O artista brasileiro Eduardo Kobra abriu, no sábado (24), um ateliê no FAMA Museu, em Itu, com o objetivo de tornar a arte e a cultura cada vez mais acessíveis e, também, uma forma de retribuir o carinho de quem admira e acompanha o seu trabalho.

Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, foi conferir de pertinho a inauguração. “O Kobra é um artista de renome internacional e escolheu montar esse ateliê no Estado em que ele nasceu, numa cidade muito importante da nossa história, que é Itu. Isso valoriza, cada vez mais, a cultura em São Paulo”, destaca.

O ateliê está localizado dentro do FAMA Museu, uma área que antes abrigava uma fábrica. “A cultura é um tipo de serviço. A economia criativa é um tipo de serviço. E ter uma galeria grande, de grandes artistas, em que o Kobra tem o seu espaço, que conta a sua arte, mostra como é a sua profissão, isso deixa, também, um legado para novos artistas”, ressalta a secretária.

A entrada ao museu possui o valor único de R$10,00 para a visitação, com política de meia-entrada e gratuidade. A entrada é gratuita às quartas-feiras.

(Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado São Paulo)

Inhotim anuncia programação de 2024

Brumadinho, por Kleber Patricio

Paulo Nazareth, sem título, série Sombreiro, 2012. Foto: PNAC/Ltda.

O ano de 2024 traz um novo programa artístico no Inhotim. A instituição reformula suas exposições de arte e projetos culturais ao reelaborar a relação entre arte e natureza a partir do território de Brumadinho depois de um 2023 de importantes números. No ano passado, o Inhotim atingiu a marca de quatro milhões de visitantes desde a sua inauguração, além de registrar um aumento de 512% de visitantes com entrada gratuita (representando 49% do público geral) e mais de 28 mil atendimentos da área de Educação. Foram empreendidas medidas de sustentabilidade e governança visando a democratização do acesso que agora se somam a uma programação de exposições e obras comissionadas, novos projetos educativos e um programa cultural que integra as áreas de arte, botânica, música e educação oferecido para visitantes, professores e comunidades do território.

À frente da Diretoria Artística, Júlia Rebouças retornou ao Instituto Inhotim em 2023, depois de ter atuado na curadoria da instituição de 2007 a 2015. Seus primeiros meses de trabalho foram dedicados à formulação de políticas de acervo e programação, à consolidação de uma equipe curatorial – à qual se juntaram Beatriz Lemos e Marilia Loureiro – e à implementação de processos de gestão. O time conta ainda com Douglas de Freitas e com os curadores assistentes Deri Andrade e Lucas Menezes. Para além das exposições, Inhotim articula uma ativa programação pública e cultural, que vai trabalhar as coleções artística e botânica em múltiplas linguagens envolvendo práticas e reflexões educativas. Ao ocupar as áreas verdes e espaços expositivos, essas ações ganham caráter experimental e transdisciplinar.

“A singularidade da instituição reside no encontro entre arte e natureza a partir de uma especificidade de criação que proporciona experiências que só são possíveis de serem realizadas no Inhotim, seja pela relação com o espaço físico e jardim botânico, pelo contexto cultural, social e histórico em que se inserem, sendo um museu no interior do Brasil, fora de centros urbanos; seja pela possibilidade de desenvolver obras numa temporalidade mais distendida, ousando gestos experimentais que contam com o suporte de equipes de profissionais de curadoria, arquitetura, produção, além de ateliês com especialistas em montagem de projetos de alta complexidade”, conta Júlia Rebouças, diretora artística da instituição.

Desde sua origem, o Inhotim se posiciona como uma instituição museológica e cultural que, além de trabalhar as instâncias de difusão e preservação de acervos e produções artísticas contemporâneas, também traz para o cerne de sua atuação a instância de criação ao desenvolver junto a artistas obras e projetos únicos. Para 2024, o Inhotim reforça seu caráter de experimentação em múltiplas linguagens artísticas, dedicando seus espaços expositivos a projetos solo de importantes nomes da atualidade em mostras de longa duração que se relacionam diretamente com o acervo instalado.

Programação artística 2024  

Grada Kilomba, O Barco – The Boat, 2021, vista da instalação em Somerset House, Londres. Foto: Tim Bowditch/cortesia da artista.

A partir de 2024, o Inhotim apresenta duas datas de inauguração: a primeira em abril e a segunda em outubro, ocasiões em que renovará suas mostras temporárias. Na primeira abertura, dia 13 de abril, Grada Kilomba e Paulo Nazareth ganharão mostras individuais em importantes espaços expositivos.

Depois de integrar a curadoria da 35ª Bienal de São Paulo, em 2023, Grada Kilomba (Lisboa, Portugal, 1968), artista interdisciplinar, retorna ao Brasil e traz para a Galeria Galpão a peça O Barco/The Boat (2021), inédita no país. A obra é constituída por uma instalação escultórica ativada por performance a partir de centenas de blocos de madeira carbonizada que remontam à silhueta de uma grande embarcação. Em alguns desses blocos estão gravados, em matéria dourada, versos de um poema escrito pela artista e traduzido para seis idiomas: iorubá, kimbundu, crioulo, português, inglês e árabe. A performance, dirigida por Grada e conduzida por cantores, bailarinos e musicistas, será realizada em sessões que compõem um primeiro ato, quando da inauguração da obra. Após a realização desse primeiro momento, a artista retorna a Brumadinho com sua equipe e colaboradores para desenvolver os atos subsequentes com artistas locais em um programa de ativações que deve se estender por pelo menos dois anos, enquanto a obra estiver em exibição. A Galeria Galpão conta com uma área de cerca de 1500m² e em montagens anteriores exibiu obras de William Kentridge, Janet Cardiff & Georges Bures Miller. A exposição tem o patrocínio da Vale, da Shell e da B3 por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Paulo Nazareth (Vive e trabalha pelo mundo. Homem velho, Borun Nak [Vale do Rio Doce]/ Pindorama [BR]), por sua vez, ocupa a Galeria Praça, um dos pontos mais visitados do Inhotim e que conta com instalações permanentes de Janet Cardiff e John Ahearn & Rigoberto Torres. A mostra parte das relações entre história, território e deslocamentos, conceitos que são caros à obra do artista que, desta vez, trabalha em sua própria região, em Minas Gerais. Baseado no Conjunto Palmital, no município de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Paulo articula diversos lugares nesta mostra ao propor obras que acontecem também fora da galeria – como um bananal plantado na área de Inhotim – ou trabalhos que se dão no trânsito até a instituição e que se expandem por outras localidades. A exposição será composta por obras comissionadas especificamente para Inhotim que se unem a trabalhos da coleção e empréstimos em uma ocupação processual da Galeria Praça. A exposição é patrocinada pela Vale e pela Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Na abertura do segundo semestre, em 19 de outubro, Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte, MG, 1967) apresenta uma mostra solo na Galeria Mata. A exposição contará com trabalhos de variadas épocas em torno de eixos que atravessam a produção de Rivane, como memória e infância, natureza e ecologia, história e ditadura. Presente no acervo do Inhotim, a artista inaugurou em 2009 a obra Continente/Nuvem (2008), instalada em uma antiga construção residencial. Com esta exposição, retoma na instituição projetos que contam com forte carga poética para tratar de inquietações, medos e desejos que atravessam nosso tempo em instalações, obras audiovisuais, pinturas e esculturas.

Grada Kilomba, O Barco – The Boat, 2021, Performance em Somerset House, Londres. Foto: Gabi de Luca/cortesia da artista.

No espaço da Galeria Fonte, será instalada de forma imersiva a obra ‘Homo sapiens sapiens’, de Pipilotti Rist (Grabs, Suíça, 1962), filmada nos jardins do Inhotim em 2004 e exibida na Bienal de Veneza de 2005, quando a artista representou a Suíça, ocupando a Igreja de San Stae. A obra representa corpos femininos que se fundem à natureza a partir de visadas que se aproximam em grandes zooms e se desdobram em imagens caleidoscópicas. Com referências que vão do Jardim do Éden à iconografia barroca, a artista, expoente da videoarte internacional, tem nessa instalação um marco de sua importante trajetória. Vinte anos depois de sua realização, Inhotim exibe a obra em suas galerias pela primeira vez.

Para uma área de jardim, Rebeca Carapiá (Salvador, BA, 1988) vai desenvolver um projeto comissionado especificamente para o Inhotim. Ao trabalhar com linguagem e corpo, a artista cria um conjunto de esculturas e instalações que, como linhas de desenho, avançam pela tridimensionalidade para inventar novos modos de se inscrever em seu tempo. Presente em mostras coletivas de 2023, Rebeca retorna em 2024 para criar um projeto em parceria com os ateliês de montagem do Inhotim explorando novas escalas e métodos construtivos. As exposições de outubro contam com o patrocínio da Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Educação, Música, Botânica e Programas Públicos  

Uma extensa programação das áreas de Educação, Música, Botânica e Programas Públicos também está prevista para este ano. Performances, oficinas, festivais, peças de teatro, seminários e outras atividades conjugam temas trazidos em um processo de escuta com o território e tópicos que se desdobram como reflexão nas mais diversas linguagens a partir das relações entre criação, arte e natureza. Um dos programas previstos para o ano, “O que é…?”, consiste em seis encontros em torno de perguntas e provocações suscitadas pelos acervos botânico e artístico, tendo como mote urgências contemporâneas tais como: O que é uma planta? O que é um rio? O que é um sonho? O que é transmutar? etc. Em março, o programa tem início com a pergunta O que é uma pedra? e conta com o poeta e artista Ricardo Aleixo (Belo Horizonte, MG, 1960) ao lado de outros convidados que tomam este interrogante como ponto de partida para ações, falas públicas e visitas temáticas no Instituto. O programa O que é…? é patrocinado pela Vale e o Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Também como programação transdisciplinar para junho, na Semana do Meio Ambiente, está previsto o Transmutar: Seminário Internacional, programa que será composto por cinco dias de debates, situações artísticas e momentos de trocas de experiências em torno de temas como biodiversidade, clima, território e cultura nas intersecções entre ciências, artes e educação. Com essas ações, o Inhotim propõe formar uma rede de produção de conhecimento em torno de temas relevantes para a vida no planeta. A bióloga Brigitte Baptiste (Bogotá, Colômbia, 1963) está entre os nomes confirmados. Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o seminário tem o patrocínio da Vale, Cemig, Itaú, Shell e EY.

Em julho, a instituição apresenta seu primeiro Festival Internacional de Música, que vai trabalhar experiências musicais imersas nos ambientes do Inhotim. Importantes nomes da cena nacional e internacional da música contemporânea se apresentarão ao longo de três dias, em uma programação gratuita para a pessoa visitante do Inhotim, como Aguidavi do Jêje (Brasil), Ballaké Sissoko (Mali), Baloji (Congo), Joshua Abrams & Natural Information Society (EUA), Kham Meslien (França) e Zoh Amba (EUA), entre outros nomes que serão confirmados nos próximos meses. O Festival conta com o patrocínio da Vale, da Vivo e do Banco Sofisa por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Sob a direção de Gleyce Heitor, a prática pedagógica no Inhotim é elaborada em eixos que se dedicam à integração da instituição com o território, com políticas de gratuidade, projetos com redes de ensino e de formação continuada, que buscam fortalecer a educação integral, além de visitas mediadas e ações integradas às atividades artísticas e ambientais do Inhotim. Nosso Inhotim, Saberes e Memórias, Descentralizando o Acesso, Inhotim para Todos, Laboratório Inhotim, Jovens Agentes Ambientais e Residência pedagógica são alguns dos programas que fazem parte da área de Educação do Instituto Inhotim.

SOBRE OS ARTISTAS  

Grada Kilomba (Lisboa, Portugal, 1968). Integrante do coletivo de curadores da 35ª Bienal de São Paulo (2023), a artista, teórica e escritora Grada Kilomba possui sua produção voltada às questões da memória, raça e identidade a partir da evidência dos múltiplos fardos do colonialismo. Ao transitar entre a performance, a literatura, o audiovisual e a produção de instalações, ela organiza sua crítica, tensiona até as estruturas mais arraigadas e constrói novas abordagens, assim como novas maneiras de produzir e compartilhar conhecimento. Kilomba é também autora do best-seller “Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano” (2008), livro que transita entre a literatura e a psicanálise e revela o alcance dos traumas da experiência colonial.

Paulo Nazareth (Vive e trabalha pelo mundo. Homem velho, Borun Nak [Vale do Rio Doce]/Pindorama [BR]). Paulo Nazareth tem sua produção marcada pelas experiências do deslocamento, a disposição para o encontro e para o reconhecimento e a desconstrução dos elementos que se reúnem para moldar identidades. Em seus percursos, Nazareth revela e transpõe fronteiras geográficas, sociais e culturais, sobretudo na América Latina, coleta e coleciona objetos e imagens, registros materiais da experiência vivida e, sobretudo, compartilhada. O artista recebeu, em 2012, o Prêmio MASP de Artes Visuais, na categoria “Talento Emergente”. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior; entre elas, as bienais de Veneza (2015) e São Paulo (2021). Em Belo Horizonte, realizou a mostra individual “Faca cega” no Museu de Arte da Pampulha em 2018. Em 2021, abriu a exposição “Melee” no Instituto de Arte Contemporânea de Miami e, no seguinte, a mostra “Stroke” no The Power Plant Art Gallery, em Toronto.

Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte, MG, 1967). Os trabalhos de Rivane Neueschwander são resultado da combinação entre um apurado exercício de observação do cotidiano e a capacidade de articular elementos materiais e simbólicos, muitas vezes banais, de maneira a evocar poéticas singulares e ativar os sentidos do público. Em seu processo, destaca-se também o interesse pelas memórias, sejam coletivas ou individuais, pelos afetos e desejos, pela criatividade e a imaginação infantil, assim como suas representações. Dessa forma, Neueschwander empreende uma abordagem muito peculiar dos temas da história do Brasil, sobretudo da experiência da Ditadura Militar. A artista participou das bienais de São Paulo (1998, 2006, 2008 e 2013) e do Mercosul (2005 e 2007) e Havana (2006). Possui obras em diferentes coleções institucionais; entre elas, Instituto Inhotim, MAM-Rio, MAM-SP, MACBA (Barcelona), JUMEX (México) e Fundación Arco (Madri). Em 2017, apresentou a exposição “O nome do medo” do Museu de Arte do Rio, resultado do projeto realizado ao longo de meses junto a crianças na Escola de Arte Visuais do Parque Lage. Entre suas principais exposições está “Mal-entendidos”, primeira panorâmica de sua produção no Brasil, no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo (2014), além de participações nas bienais de Joanesburgo (África do Sul), de São Paulo (Brasil), de Veneza (Itália) e do Mercosul.

Pipilotti Rist (Grabs, Suíça, 1962). Pipilotti Rist é reconhecida internacionalmente por suas videoinstalações imersivas e experimentais. Ativa desde os anos 1980, Rist já expôs em diferentes instituições ao redor do mundo; dentre elas, o Centre Georges Pompidou, em Paris, e o New Museum, em Nova Iorque. Em 2005, a artista esteve em Brumadinho, um ano antes da abertura ao público do Instituto Inhotim, e produziu a obra “Homo sapiens sapiens”. A obra é exemplar da pesquisa da artista, revelando seu interesse pela relação entre o corpo humano e os outros elementos da natureza mediante a criação de ambientes imaginários e atmosferas sensoriais.

Rebeca Carapiá (Salvador, BA, 1988). Rebeca Carapiá é nascida e criada na Península de Itapagipe, região da Cidade Baixa em Salvador. Seu trabalho como artista se consolidou no campo da escultura, na lida com o ferro e o cobre, em um processo de negociação com uma matéria que resiste e se impõe à artista, de elaboração de uma linguagem própria. Na construção de suas esculturas e instalações, a artista toma como ponto de partida uma reflexão sobre sua própria experiência de maneira não literal, fazendo com que seja possível “dizer sem explicar”. Segundo a artista, na pesquisa que se inicia no desenho e desdobra em suas anotações: “Eu encontro uma escrita abstrata, que revela um jeito de dizer sem dizer. Essa escrita abstrata, que vai se abrindo a partir dessas linhas”. Carapiá participou de diferentes exposições no Brasil, em instituições como o Instituto Moreira Sales, Museu de Arte do Rio, Museu de Arte Moderna da Bahia, entre outras. Em 2023, organizou sua segunda exposição individual, “Entre hoje e ontem para dizer sobre amanhã”, na Galeria Leme em São Paulo.

DIRETORIA INHOTIM  

Paula Azevedo – Diretora-Presidente  | Com larga experiência e atuação em instituições e em gestão de coleções privadas, Paula Azevedo foi Diretora de Relações Institucionais e Governança no Instituto Tomie Ohtake (2021) e atualmente faz parte do Conselho da Instituição. Além disso, integrou a diretoria do MAM-SP até 2019, onde também atuou como Coordenadora do Núcleo Contemporâneo. Foi diretora do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), onde segue como conselheira administrativa. No Instituto Inhotim, foi Diretora Vice-Presidente de janeiro de 2022 até dezembro de 2023, momento em que assume a presidência da instituição.

Júlia Rebouças – Diretora Artística | Júlia Rebouças (Aracaju, SE, 1984. Vive em Belo Horizonte) é curadora e pesquisadora de arte. De 2007 a 2015, trabalhou na curadoria do Instituto Inhotim. Mais recentemente, atuou como diretora artística da Oficina Francisco Brennand, Recife (de 2021 a 2023). Foi curadora do 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 2019. No mesmo ano, assinou a direção artística e a cocuradoria, com Diego Matos, da exposição “Entrevendo”, antologia poética e histórica da obra de Cildo Meireles no Sesc Pompeia, São Paulo. Foi cocuradora da 32ª Bienal de São Paulo Incerteza Viva (2016). Foi curadora adjunta da 9ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, em 2013. Realizou diversos projetos curatoriais independentes, dentre os quais destacam-se a exposição “Entrementes”, de Valeska Soares, na Estação Pinacoteca, São Paulo (2018), e a exposição “MitoMotim”, no Galpão VB, São Paulo (2018). Tem vasta experiência editorial, tendo organizado e editado livros, além de sua contribuição como autora de distintos títulos. É Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais (2017).

Gleyce Heitor – Diretora de Educação | Gleyce Heitor é licenciada em História (UFPE), mestre em Museologia e Patrimônio (Unirio-Mast) e doutora em História Social da Cultura (PUC Rio). Foi diretora de Educação e Pesquisa na Oficina Francisco Brennand (PE), além de diretora do Núcleo de Cultura e Participação do Instituto Tomie Ohtake (SP), gerente de Educação e Participação do MAM Rio (RJ), e coordenadora pedagógica da Elã – Escola Livre de Artes (Galpão Bela Maré – Observatório de Favelas – RJ). Atuou, também, como coordenadora pedagógica do Programa CCBB Educativo Arte e Educação – 2018, realizado pelo JA܂CA Centro de Arte e Tecnologia (RJ, SP, DF e BH) e assessora e coordenadora pedagógica da Escola do Olhar – Museu de Arte do Rio (RJ). Desenvolveu, através de bolsas de cooperação internacional, estágio na Diretoria de Mediação e Programação Cultural do Museu do Louvre (2016) e residência na Diretoria de Relações Internacionais do Museu das Culturas da Europa e do Mediterrâneo – Mucem (2023).

Luciana Zanini – Diretora Administrativo-Financeira | Luciana Zanini é formada em Administração pela UFMG com especialização em Finanças pela Fundação Dom Cabral e master em Business Administration pela Tuck School of Business at Dartmouth, nos Estados Unidos. Foi Diretora de Planejamento Financeiro e de Relações com Investidores na Log Commercial Properties (2018-2021/BH); Diretora Executiva na Fialho Salles Advogados (2014-2018/BH); Analista Sênior de Finanças, Planejamento e Análises na Bloom Energy INC (2012-2014/Vale do Silício – EUA); Gerente de Operações Financeiras na Solví Participações S.A (2009-2010/SP); e também atuou como Analista de Mercado de Capitais no Banco Itaú BBA (2007-2009/SP) e Auditora da EY entre 2003 e 2007, em Belo Horizonte.

Felipe Paz – Diretor de Relações Institucionais | Graduado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI_BH), Felipe Paz e se especializou em Arts Administration na New York University e cursou o MBA Gestão de Museus em São Paulo, da Universidade Cândido Mendes em parceria com a Expomus e ABGC (Associação Brasileira de Gestão Cultural). Participou, em 2017, a convite do governo norte-americano, do programa de intercâmbio profissional IVLP (International Visitor Leadership Program) com o tema: Museus – novos paradigmas, novos papéis e sustentabilidade financeira. Felipe atuou em agências de comunicação mineiras na criação de peças publicitárias e na gestão de contas de clientes nacionais. Há 12 anos, trabalha no Instituto Inhotim, tendo contribuído com as áreas de Comunicação, Marketing, Projetos e Captação, e Gerência Executiva.

Eduardo Mizuta – Diretor de Operações e Infraestrutura | Eduardo Mizuta é formado em Engenharia Civil pela USP, com especialização em Engenharia Ambiental pelo IETEC e em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Foi Diretor de Operações na Solar Construções, Projetos e Consultoria LTDA, empresa de engenharia atuante no segmento de Construção Civil; e atuou entre 2003 e 2012 na Essencis Soluções Ambientais, onde se tornou Gerente Técnico Operacional, responsável pela gestão estratégica e operacional de soluções ambientais e de tratamento e destinação de resíduos.

CURADORIA INHOTIM  

Equipe curatorial do Inhotim. Da esquerda para direita, estão Deri Andrade, Lucas Menezes, Beatriz Lemos, Júlia Rebouças, Douglas de Freitas e Marilia Loureiro. Foto: Ana Clara Martins .

Douglas de Freitas - Curador Coordenador | Douglas de Freitas (São Paulo, SP, 1986. Vive em Belo Horizonte) é curador e pesquisador de arte. Trabalhou de 2011 a 2019 como curador no Museu da Cidade de São Paulo (Secretaria Municipal de Cultura), onde realizou a performance de Maurício Ianês, as instalações de Tatiana Blass, Lucia Koch, Iran do Espírito Santo, Felipe Cohen, Laura Belém, Sara Ramo e Vanderlei Lopes na Capela do Morumbi; as exposições retrospectivas “Guerra do Tempo”, de Marilá Dardot; “Arte à Mão Armada”, de Carmela Gross; e “Allegro”, de Guto Lacaz, na Chácara Lane. Em 2018 realizou a exposição “Morumbi Caxingui Butantã” com instalações de Cinthia Marcelle, Matheus Rocha Pitta e Marcius Galan que ocuparam, respectivamente, a Casa do Bandeirante, a Casa do Sertanista e a Capela do Morumbi. Foi o curador selecionado na Temporada de Projetos do Paço das Artes de 2011; vencedor do Prêmio ProAC Artes Visuais 2014 e 2016; do Edital Amplificadores de Artes Visuais do Recife 2015; e do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013, na Sala Nordeste de Artes Visuais, em Recife. Em 2017 organizou o livro monográfico de Carmela Gross pela editora Cobogó.

Beatriz Lemos – Curadora Coordenadora | Beatriz Lemos (Rio de Janeiro, RJ, 1981) trabalha com curadoria, pesquisa e escrita. Tem formação em História da Arte pela UERJ e mestrado em História Social da Cultura pela PUC RJ e responde pela fundação e direção da plataforma Lastro, que promove processos de criação e aprendizagem transdisciplinares voltados para arte no Sul Global. Sua atuação em curadoria tem início no ano de 2003 e compreende um vasto currículo de exposições, residências, publicações, pesquisas, articulação de redes, práticas em educação, coordenações de programas de residências, conferências e prêmios nacionais e internacionais, além de organização, catalogação e mediação de acervos. Com destaque: integrou o programa Curador Visitante da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ 2015/2016) desenvolvendo a criação da atual Biblioteca | Centro de Documentação e Pesquisa da EAV. Fez parte das comissões curatoriais do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2017) e da Bolsa Pampulha (2018/2019) e coordenou as residências ”Lastro em campo: percursos ancestrais e Travessias Ocultas – Lastro Bolívia”, que ganharam exposições no Sesc SP (2016 e 2018). Entre os anos de 2019/2021 integrou a equipe curatorial da 3ª Frestas – Trienal de Artes (Sorocaba, SP).  Recentemente, recebeu pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, o prêmio anual Regents Lecturer 2023, oferecido a profissionais do mundo pelo conjunto da obra. Entre dezembro de 2020 e janeiro de 2024 foi Curadora Chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Marilia Loureiro – Curadora | Marilia Loureiro (São Paulo, SP, 1988. Vive em Belo Horizonte) atua como curadora e pesquisadora de arte. Trabalhou na curadoria do MAM-SP (2011-2012), do MASP (2016-2017) e da Bienal de São Paulo (2018), onde foi responsável pela organização do programa público Des/Re/organizações Afetivas, na 33Bienal. Dedicou-se a diferentes iniciativas auto-organizadas de arte: foi curadora convidada do Lugar a Dudas, (Colômbia, 2015), pesquisadora residente no Capacete (2016), curadora e coordenadora de programação da Casa do Povo (2017-2021), curadora convidada da residência Pivô Pesquisa (2022) e cocuradora, com Lola Malavasi, do projeto pedagógico SecueLA, organizado por Teor/éTica, (Costa Rica), Lugar a Dudas (Colômbia) e Capacete (Brasil) (2022-2024). Atuou em projetos curatoriais independentes e escreveu em publicações de arte, entre as quais estão ”Cildo Meireles: Entrevendo” (Orgs. Diego Matos e Júlia Rebouças. São Paulo: Edições Sesc, 2019) e ”Lo curatorial desde el Sur” (Orgs. Carolina Cerón e Ximena Gama. Botogá: Idartes, 2023). Possui Máster pelo Programa de Estudios Independientes do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (2015) e é Mestre pelo Núcleo de Subjetividade do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP (2023). Atualmente é curadora no Instituto Inhotim.

Deri Andrade – Curador Assistente | Deri Andrade (Penedo, AL, 1988. Vive Belo Horizonte) é pesquisador, curador e jornalista. Mestrando em Estética e História da Arte (Universidade de São Paulo – USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (CELACC – Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação – USP) e formado em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo (Centro Universitário Tiradentes – Unit). Curou exposições individuais e coletivas no Brasil e em países como Inglaterra e Itália. Interessa-se por arte contemporânea, com foco nas poéticas de artistas negros/as/es e desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante.

Lucas Menezes – Curador Assistente | Lucas Menezes (Contagem, MG, Brasil,1986. Vive em Belo Horizonte) é curador, pesquisador e educador. Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense e doutor em História da Arte pela Université Paris 1 Panthéon Sorbonne, possui produção voltada ao estudo das histórias das exposições e das interseções entre arte, fotografia e cidade. Foi educador em projetos sociais, pesquisador no campo do patrimônio cultural e professor na educação básica. Atuou nos setores educativos de diferentes instituições; entre elas, o Instituto Inhotim, o CCBB BH e o Museu Casa Kubitschek. Em 2017, cocurou a exposição ”Images voyageuses : photographies brésiliennes en France” na Fondation Calouste Gulbenkian em Paris. Assina também a curadoria da exposição “Chão”, mostra inaugural do espaço FÁBRICA, a ser aberto em Contagem em 2024. Atualmente, é curador assistente no Instituto Inhotim, com atuação no programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra (2021-2024). Na mesma instituição, foi responsável pelo acompanhamento do projeto comissionado da artista Mônica Ventura e pela cocuradoria da exposição “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim”.

Leandro Oliveira – Curador de Música | Curador de música do Instituto Inhotim, Leandro Oliveira é compositor, pianista e regente de orquestra. Trabalhou como assistente musical da direção artística da Osesp e é autor do livro “Falando de música – oito lições sobre música clássica” (Todavia, 2020). Como conferencista, atuou em espaços como Sala São Paulo, Rádio Cultura, Theatro Municipal, MASP, Sesc-SP, Museu da Pessoa, Cinemateca Brasileira e Sociedade Brasileira de Psicanálise, tendo textos e entrevistas publicados em veículos como os jornais O Estado de S. Paulo, Estado de Minas e Folha de S. Paulo. Leandro trabalha assiduamente como diretor e produtor de televisão, podcasts e programas de rádio feitos por encomenda para instituições como Toronto Symphony Orchestra, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e Theatro São Pedro (SP), entre outras. É doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com especialização em Teoria da Comunicação (pós-graduação) na USP.

Juliano Borin – Curador Botânico | Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Juliano Borin possui mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Bangor no Reino Unido. Também possui especializações em Agricultura Orgânica e Biodinâmica pelo Instituto ELO e Educação para Adultos no Cornwall College da Inglaterra. Tem experiência na área de fitotecnia, conservação de plantas, educação ambiental, cultivo orgânico, agricultura familiar e manejo agroflorestal no domínio da Mata Atlântica. Trabalhou por sete anos na Inglaterra, sendo quatro deles como jardineiro especialista no Jardim Botânico The Eden Project, em Cornwall. Por um ano trabalhou no projeto Symbiosis, no Sul da Bahia, sendo responsável pela produção de um milhão de árvores nativas para plantio madeireiro comercial consorciado, além de supervisionar atividades de campo, de plantio e manutenção. Trabalhou por 7 anos como responsável técnico do Jardim Botânico Inhotim, sendo responsável pelo Programa de Resgate da Flora, coleta de sementes, propagação de plantas raras, ameaçadas, ornamentais e florestais; treinamento de colaboradores; manutenção dos jardins e coleção botânica; produção de conteúdo científico e midiático entre outros. Desde julho de 2019 é curador botânico do Instituto Inhotim.

INFORMAÇÕES GERAIS   

Horários de visitação: de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Nos meses de janeiro e julho, o Inhotim abre também às terças-feiras.

Entrada: Inteira: R$50,00 | Meia-entrada*: R$25,00. *Veja as regras de meia-entrada no site www.inhotim.org.br/visite/ingressos/.

Entrada gratuita

Inhotim Gratuito: acesse o guia especial sobre a gratuidade no Inhotim

Quarta Gratuita Inhotim: todas as quartas-feiras são gratuitas; Domingo Gratuito Inhotim B3: último domingo do mês é gratuito; moradores e moradoras de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim; Amigos do Inhotim; Crianças de 0 a 5 anos.

Localização | O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na entrada para o Retiro do Chalé.

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do parque, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional. É possível adquirir os produtos também na loja online.

Gastronomia | O Inhotim oferece aos visitantes diferentes opções para alimentação. No tradicional Restaurante Tamboril, o público encontra um ambiente integrado aos jardins e ao acervo de arte contemporânea, com um cardápio a preço fixo, extensa carta de vinhos, além de uma mesa de sobremesas com doces diversos. Já o Restaurante Oiticica, localizado próximo à obra “Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1977), de Hélio Oiticica, traz refeições self-service a quilo com menu que inclui saladas e opções de caçarolas quentes. O Café das Flores, situado próximo à recepção do Inhotim, oferece em seu cardápio o clássico pão de queijo mineiro, além de opções de lanches, bolos e café. Mais opções de cafés, lanches rápidos, hambúrgueres e sobremesas são servidas nas imediações da Galeria True Rouge pelo OOP Café, na Galeria Miguel Rio Branco pelo Bayo, e na Galeria Galpão com a hamburgueria Hack. Completam as opções de alimentação no Inhotim a Casa de Sucos e a Pizzaria do Teatro.

O Inhotim tem a Vale como mantenedora master; a Cemig como parceira estratégica; Shell, Itaú e B3 como patrocinadores master e conta com o patrocínio ouro do Santander e da CBMM. Os patrocínios são viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

(Fonte: Instituto Inhotim)