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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Documentário “Serráqueos” estreia no SescTV no Dia Mundial do Meio Ambiente

São Paulo, por Kleber Patricio

Cena de “Serráqueos”. Crédito: Itapeti Filmes.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, às 23h, estreia no SescTV e sob demanda no site do canal, o longa “Serráqueos”, que apresenta moradores, mananciais, fauna e flora da Serra do Itapeti, Área de Proteção Ambiental (APA) localizada entre as cidades de Mogi das Cruzes, Guararema e Suzano.

No documentário dirigido e roteirizado por Rodrigo Campos, os serráqueos, como são conhecidos os moradores da região, relembram períodos difíceis entre as décadas de 1940 e 1950, em que o lugar foi devastado com a construção de fornos de carvão. Também comentam sobre a preocupação com o avanço imobiliário desordenado em áreas de proteção, e também sobre as atividades atuais, como observação de pássaros, práticas de voo livre, ciclismo, trilhas, agricultura familiar, permacultura, bioconstrução e apicultura, que fortalecem o turismo e a economia locais.

Além dos moradores, o filme traz depoimentos de ambientalistas, biólogos, agroecologistas e professores. Dentre os depoentes está o ambientalista Marcos Grangeiro, que salienta que “a cultura de Itapeti ainda é muito preservada, devido à relação dos moradores com a mata, e isso ajuda na longevidade da população e na preservação do espaço”. Já a família de Dona Albertina Maria Ferreira, uma das mais antigas rezadeiras do território, rememora a função de rezadeira e o gosto pelas procissões, pela Festa do Divino e pelas rezas de terços, que tentam preservar.

Com imagens e histórias, “Serráqueos” quer sensibilizar as pessoas para as adversidades e virtudes da Serra do Itapeti e abrir debates sobre novas ideias e medidas possíveis de serem adotadas para garantir a salvaguarda da região.

Serviço:

“Serráqueos” (Brasil, 2021, 84 min)

Direção e roteiro: Rodrigo Campos

Produção: Itapeti Filmes

Exibição no SescTV: 5 de junho, às 23 h

Sob demanda no site do canal a partir de 5 de junho.

Livre.

Sobre o SescTv

O SescTV é um canal de difusão cultural do SESC em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do SESC para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação. Conheça o acervo no site.

Para sintonizar o SescTV:

Disponível ao vivo e sob demanda no site

Redes do SescTV:

Twitter: @sesctv

Facebook: /sesctv

Instagram: @sesctv.

(Fonte: Agência Lema)

Mostra propõe reflexão sobre papel do café no desenvolvimento de Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Na terça-feira, 24 de maio, Dia Nacional do Café, a Casa de Vidro abriu uma exposição em Campinas para levar o público a refletir sobre os vários aspectos – históricos, sociais e econômicos – que cercam o produto. A mostra “Café & Cidade: processos e reflexões” vai até o dia 24 de junho, com entrada gratuita.

Na exposição, é possível conhecer as primeiras ferramentas utilizadas no trabalho com o café, desde o arado, peneiras, torrador manual, até os torradores industriais e a balança de pesar as sacas de café para exportação. Também estão expostos outros objetos pertencentes ao Museu do Café, como o pilão de socar, a salamandra e a Santa do Pau Oco, que revelam o cotidiano das fazendas cafeeiras da cidade no século XIX.

A liteira, de 1876, é um dos objetos de destaque e também integra o acervo do Museu da Cidade. Era um meio de transporte utilizado no século XIX em fazendas da região de Campinas. Outra atração é um painel que apresenta trabalhadores escravizados que fizeram parte da produção da riqueza gerada pelo café, denominado “ouro verde” – que tornou a cidade de Campinas conhecida como a “Princesa d’Oeste”.

Adriana Barão, da Coordenadoria de Extensão Cultural, explica que no começo deste ano deu-se início à organização de acervos materiais, bibliografias e suportes audiovisuais, visando à constituição de uma coletânea de história oral para o registro de reflexões sobre a importante relação entre a cultura do café e o desenvolvimento do município, envolvendo o Museu da Cidade e o Museu do Café de Campinas.

Segundo ela, há um protocolo de intenções entre o Museu da Cidade e o Projeto Arquitetura do Café (Cepagri/Unicamp) com o objetivo de formar um Grupo de Estudos sobre “Café e Cidade” a ser coordenado pelo professor doutor André Argollo (Unicamp). Especialista no tema, o professor é autor do livro “Arquitetura do café”, obra de referência para estudos em diversas áreas do conhecimento, cujo conteúdo pode ser acessado, em parte, pelo canal do youtube “Arquitetura do Café” – https://www.youtube.com/c/ArquiteturadoCafé.

Serviço:

Mostra “Café & Cidade: processos e reflexões”

Período: 24 de maio a 24 de junho

Local: Casa de Vidro/Museu da Cidade

Av. Heitor Penteado, 2145 – Lago do Café

Informações: museudacidade@campinas.sp.gov.br.

(Fonte: Secretaria de Comunicação | Prefeitura de Campinas)

Brasil Jazz Sinfônica abre inscrições para músicos

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Rodrigo Rosenthal.

Estão abertas inscrições para testes de seleção de novos músicos para a Orquestra Brasil Jazz Sinfônica, corpo estável da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo administrada pela Fundação Padre Anchieta. Há vagas nos seguintes instrumentos: violino, sax tenor / flauta, trombone, percussão erudita, oboé / corne inglês, e clarinete / clarinete baixo. O prazo de inscrição será até dia 27 de maio. Mais informações, como condições, documentos para inscrição e envio de vídeo com apresentação do candidato, podem ser obtidas no site da Brasil Jazz Sinfônica.

Fundada em 1989, a Brasil Jazz Sinfônica é considerada uma das principais orquestras do país. Formada por 70 músicos, une a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz. O resultado é uma sonoridade única, com direito a samba, frevo, bossa nova, MPB, samba-jazz, rock e reggae, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira por meio de arranjos contemporâneos e únicos, criados não raras vezes com exclusividade para o grupo.

Conhecida e prestigiada em todo o território nacional e em inúmeros países, a Brasil Jazz Sinfônica já tocou com nomes do cenário musical, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Gal Costa, Edu Lobo, João Bosco, Toquinho, Paulinho da Viola, Daniela Mercury, Lenine, Diogo Nogueira, Carlinhos Brown, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Gonzalo Rubalcaba, John McLaughin, Joe Zawinul, Dee Dee Bridgewater, Stacey Kent e Paquito D’Rivera, entre muitos outros.

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(Fonte: TV Cultura)

OMA Galeria apresenta exposição com colagens enigmáticas de Thereza Salazar

São Paulo, por Kleber Patricio

“Fogo cruzado”, por Thereza Salazar. Fotos: divulgação.

Em 31 de maio, a OMA Galeria inaugura a exposição “Paradoxos”, individual da artista Thereza Salazar. Com texto crítico de Pedro Nery, a mostra reúne desenhos e colagens criados pela artista nos últimos dois anos, durante o período da pandemia. Com o acesso a materiais restrito, Thereza resolveu utilizar os recursos que tinha em mãos em seu ateliê, como lápis, papel japonês, lápis de cor e nanquim.

As colagens da artista são criadas a partir de imagens coletadas de revistas, livros e publicações antigas. Ao recortar as imagens, Thereza as esvazia de seu significado original, em seguida utilizando-as para montar e remontar novas figuras. Nesse rearranjo, os elementos são ressignificados de acordo com seu imaginário, criando novas narrativas.

“Talismã”, de Thereza Salazar.

Existe certa ambiguidade nas imagens que cria: apesar de suas obras terem formas claras, muitas vezes parecendo enciclopédias, elas trazem um aspecto fantasioso, com animais imaginários, talismãs e outros elementos que parecem saídos de fábulas, lendas ou livros de alquimia. Seus trabalhos não podem ser entendidos apenas com a razão, contendo um aspecto misterioso que atrai e ao mesmo tempo causa estranheza ao observador.

Para a Thereza, a arte atua no campo do que não existe. Por isso, a artista não atribui significados pré-definidos a seus trabalhos, deixando que cada um seja afetado e interprete suas obras a partir de suas próprias referências. A abertura acontece a partir das 19h e a exposição fica aberta ao público até 17 de julho, com entrada gratuita.

Serviço:

Paradoxos

Endereço: Rua Pamplona, 1197, casa 4 – Jardins – São Paulo, SP

Data da aberta: 31/5/2022

Horário da abertura: a partir das 19h

Visitação: 31/5 a 17/7/2022.

Horário: terça a sexta-feira das 14h30 às 19h30 e sábados das 10h às 15h

Entrada gratuita

Informações: (11) 97153-3107

contato@omagaleria.com.

(Fonte: OMA Galeria)

Desmatamento e mudanças climáticas ameaçam orquídeas e bromélias da Serra da Mantiqueira; 35% estão em risco de extinção

Serra da Mantiqueira, por Kleber Patricio

Foto: Raquel Portugal/Fiocruz Imagens.

Em artigo publicado na sexta (27) na revista “Rodriguésia”, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) catalogaram 678 espécies de epífitas vasculares (plantas que utilizam outras plantas como suporte) encontradas nas florestas nebulares da Serra da Mantiqueira, na Região Sudeste do país, e alertam para a ameaça de extinção de 241 espécies em função de fatores como o desmatamento e as mudanças climáticas globais. O estudo contou com financiamento parcial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Para catalogar as epífitas vasculares das florestas nebulares da Serra da Mantiqueira – área de Floresta Atlântica em parte dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo –, bem como suas características, distribuição nos domínios fitogeográficos e possíveis ameaças, os pesquisadores realizaram expedições de campo, entre 2012 e 2019. Eles percorreram sobretudo algumas unidades de conservação da região, como os parques estaduais do Ibitipoca (MG), da Serra do Papagaio (MG), da Serra do Brigadeiro (MG), de Campos do Jordão (SP) e os parques nacionais do Caparaó (MG/ES) e do Itatiaia (MG/RJ). Também foram feitos levantamentos de dados em plataformas virtuais, como o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr), e em trabalhos acadêmicos já publicados.

As florestas nebulares são ecossistemas que ocorrem em áreas de altitude elevada, com forte presença de nuvens e neblina. Essa cobertura de nuvens fornece umidade para a vegetação que ali se desenvolve, favorecendo a existência de uma grande variedade de espécies. Uma característica marcante da vegetação dessas florestas é a ocorrência de epífitas vasculares. Por não estarem ligadas ao solo, elas captam a água e os minerais da atmosfera e das chuvas, beneficiando-se desse ambiente.

Biodiversidade a ser preservada

Foram identificadas 678 espécies de epífitas vasculares, de 131 gêneros e 23 famílias diferentes, que representam cerca de 30% das epífitas da Floresta Atlântica e quase 20% das brasileiras. As orquídeas (42,5%) e as bromélias (16,6%) foram as famílias mais recorrentes, e 68,8% das espécies registradas são endêmicas da Floresta Atlântica. Dos 131 gêneros registrados, 23 apresentaram mais de 10 espécies, evidenciando a existência de grande biodiversidade.

A partir da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de cada estado brasileiro e do país, que utiliza os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os pesquisadores apontaram 241 espécies que correm risco de extinção (criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) no país, sendo 149 no Espírito Santo, 55 em Minas Gerais, seis no Rio de Janeiro e 31 em São Paulo. Segundo o estudo, o grande número de epífitas vasculares ameaçadas é reflexo do desmatamento de áreas florestais para a transformação em terras agrícolas ou pastagens, da especulação imobiliária, das atividades de mineração e da coleta predatória das espécies para a comercialização como plantas ornamentais. Elas também são afetadas pelas mudanças climáticas devido à dependência direta do ciclo hidrológico e da formação de nuvens.

A bióloga e doutora em Biodiversidade e Conservação da Natureza, Samyra Gomes Furtado, uma das autoras do artigo, explica que a principal contribuição da pesquisa é prover dados para a conservação das florestas nebulares. “No Brasil, não utilizamos muito essa terminologia para classificar esses ambientes e, por isso, ainda estamos um pouco defasados na compreensão dessas florestas. Há estudos sobre esse tipo florestal, mas nem sempre o classificando como nebular, o que dificulta a unificação dos resultados”. A autora conta que pretende continuar o trabalho, mapeando a ocorrência dessas espécies para acompanhar, identificar e compreender as adaptações em relação às mudanças que já vem acontecendo. “Essa formação florestal resguarda grande diversidade e precisa da atenção tanto de pesquisadores, como da população e do poder público”, conclui.

(Fonte: Agência Bori)