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Simões de Assis apresenta primeira individual de Jean-Michel Othoniel no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Retrato de Jean-Michel Othoniel. Foto:
©Jean-Michel Othoniel/ADAGP, Paris, 2024.

Reencantar o mundo – essa é a proposta do artista francês Jean-Michel Othoniel, que ganha sua primeira individual no Brasil a convite da Simões de Assis a partir de 16 de março. Othoniel é reconhecido por instalações de dimensões arquitetônicas em que experimenta uma diversidade de materiais para compor as obras, como vidro, ouro, cera, enxofre, obsidiana e metal.

“Sob outro sol” apresentará esculturas totêmicas de vidro indiano espelhado, pinturas sobre folhas de ouro e pendentes de vidro Murano, além de uma escultura de aço inoxidável espelhado. Esta última, a obra “Collier Miroir”, é uma escultura semelhante aos colares de vidro pendentes que o artista produz em vidro de Murano, mas dessa vez feita em inox espelhado e autoportante com quase três metros de altura.

Estes trabalhos transitam no limiar entre o íntimo e o monumental – pinturas delicadas sobre folhas de ouro convivem com grandes pendentes de contas e as séries radiantes de tijolos de vidro, como ‘Wonder Block’ (2023) e ‘Oracle’ (2023), expostas também em 2021 no Petit Palais, em Paris.

No campo da pintura, Othoniel se interessa enfaticamente no simbolismo potente das flores, assim como materialidade, focada especificamente na ambiguidade entre a força e a fragilidade do vidro. Nelas, o artista continua a investigar acerca da natureza por meio de uma abordagem contemplativa e minimalista, retratando sua visão romântica do mundo em que prazeres simples, como a fauna, são reflexos de significados ocultos.

Obra Precious Stonewall, 2024. Crédito: Claire Dorn, Jean-Michel Othoniel/ADAGP, Paris, 2024.

Entre museus de arte, espaços públicos e coleções privadas, as obras de Othoniel impressionam pela estética deslumbrante e pelo diálogo com o entorno. São muitas as obras criadas para espaços públicos, como na Catedral de Angoulême, no Palácio Ideal do Facteur Cheval, em jardins botânicos do Brooklyn, no jardim de Versalhes ou no transporte público de Paris. Esta última, “Le Kiosque des Noctambules”, é uma instalação site-specific localizada na estação Palais Royal – Musée du Louvre. Comissionada para a celebração do centenário do metrô de Paris, a escultura colorida acolhe o público como uma pausa de encantamento na histeria da cidade apressada. Segundo Marc Pottier, que assina o texto crítico, a mostra exibe “uma ampla gama de trabalhos que não podem ser confinados a nenhuma categoria, mas que também não compõem uma retrospectiva. O que o artista aspira é prover uma visão global de seu trabalho multifacetado”.

A técnica no tratamento dos materiais é a pedra angular do trabalho do artista, que há 30 anos descobriu no vidro soprado uma infinidade de variações possíveis para a elaboração conceitual do seu trabalho em parcerias com mestres vidreiros e artesãos de várias partes do mundo como Itália, Suíça, México e Japão, por exemplo. “Os materiais são uma das chaves para a leitura dos meus trabalhos, são a parte visível do iceberg; a sequência de significados também se faz por meio de palavras, textos, obsessões, coisas não ditas, encontros, perdas”, declara o artista.

A passagem de Othoniel pelo Brasil tem início na Simões, se expandindo para o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no último trimestre de 2024, com uma exposição individual e a participação na Bienal de Curitiba, ambas curadas por Marc Pottier, apresentando a obra “The Eye of Night”.

Obras de Jean-Michel Othoniel na exposição “le Théorême de Narcisse” em Petit Palais – Paris. Foto:
©Jean-Michel Othoniel/ADAGP, Paris, 2024.

“A ideia de encantamento e admiração é o que o artista colocou no centro de sua exposição na Galeria Simões de Assis, e suas transgressões estéticas sempre levam a uma forma de reencantamento”, afirma Pottier. Com um sentido amplo, o título da mostra está ligado tanto às obras muito luminosas, como as pinturas de flores e os tijolos em vidro, como à chegada do artista em outro hemisfério, que potencializa novas interpretações do seu trabalho.

Sobre o artista | Jean-Michel Othoniel (Saint-Étienne, França, 1961) é um dos grandes nomes da arte contemporânea internacional. Esculpe peças que se assemelham a joias, tanto pelo aspecto formal, quanto pelo preciosismo dos materiais, que vão de contas a tijolos de vidro de Murano soprado. Suas formas contemplativas navegam pelos reinos paradoxais da monumentalidade e delicadeza, do ornamento e do minimalismo. Com mais de 100 exposições individuais ao redor do mundo, além de centenas de exposições coletivas, Othoniel foi amplamente premiado, com destaque para a distinção de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras da França. Suas obras integram importantes coleções internacionais, como o Centre Pompidou, a Fondation Cartier pour l’art contemporain, em Paris; o Musée National d’Art Moderne de Paris; o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, o Brooklyn Museum, em Nova York; o Museum of Glass, em Tacoma; a Peggy Guggenheim Collection, em Veneza; o Museum of Comtemporary Art (MoCA), Miami; e o Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.

Sobre Marc Pottier | Marc Pottier é um curador de arte contemporânea com ênfase em arte em espaços públicos e plataformas culturais digitais. Trabalhou por oito anos no Ministério de Relações Internacionais da França no Rio de Janeiro e em Lisboa como cultural attaché. Desenvolveu a curadoria de importantes exposições no Brasil e na Europa, além de coordenar o Royal Group Public Art Park nos Emirados Árabes. É o autor do livro “Made by Brazilians”, apresentando entrevistas com 230 profissionais do cenário da arte contemporânea brasileira, além de ter sido o curador convidado da 3ª Bienal da Bahia. Desde 2016, colabora com o projeto da Cidade Matarazzo Floresta Atlântica, em São Paulo em parceria com Jean Nouvel e Philippe Starck, com 50 obras de arte site-specific e em áreas públicas.

Sobre a Simões de Assis

Desde a sua abertura, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e na difusão do espólio de importantes artistas, como Emanoel Araujo, Ione Saldanha, Carmelo Arden Quin, Cícero Dias e Miguel Bakun, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.

A arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros. A partir do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ampliando o alcance do mercado de arte no Brasil, a Simões de Assis tem três espaços, em São Paulo, Curitiba e Balneário Camboriú, estimulando trocas e debates, além de fomentar a carreira de seus artistas.

Serviço:

Exposição “Sob outro sol” | Individual de Jean-Michel Othoniel

Abertura: 16 de março

Período: 16 de março a 4 de maio

Local: Simões de Assis

Endereço: Alameda Lorena, 2050 – Jardim Paulista, São Paulo (SP)

Entrada gratuita.

(Fonte: A4&Holofote Comunicação)

Concerto Didático no TMRJ proporciona um passeio pela história da música

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Daniel Ebendinger.

Uma apresentação com músicas dos maiores compositores da história, como Bach, Beethoven, Corelli, Mozart, Rossini, Tchaikovsky, Vivaldi, os brasileiros Villa-Lobos e Oscar Lorenzo Fernández. Todo este repertório fará parte de um Concerto Didático que será apresentado nos dias 14 e 15 de março, às 11h da manhã, no palco principal do Theatro Municipal RJ. O maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres, vai comandar a Orquestra Sinfônica e interagir com o público, trazendo à tona um pouco de história, curiosidades e muita música.

“O programa foi pensado de uma forma que a gente apresente para as crianças e jovens, de uma forma lúdica, a evolução de uma orquestra através dos tempos, desde o período barroco até os dias de hoje, a função do regente, a origem da batuta, a função de um Spalla, entre muitas outras informações desconhecidas do público e contará ainda com a participação de artistas da casa e convidados”, destaca o maestro Felipe Prazeres.

Programa do Concerto Didático

A. Corelli “Concerto Grosso” em Ré Maior – último movimento

A. Vivaldi “As quatro Estações: Primavera” – 1º movimento

J. S. Bach “Aria” da Suíte em Ré Maior

J. S. Bach “Badinerie” da Suíte nº 2

W. A. Mozart “Eine Kleine Nachtmusik” – 1º movimento

W. A. Mozart “Sinfonia nº 25” – 1º movimento

W. A. Mozart Dueto da Ópera “A Flauta Mágica”

Ludwig van Beethoven “5ª Sinfonia” – 1º movimento

Ludwig van Beethoven “9ª Sinfonia” – tema do 4º movimento

G. Rossini “O Barbeiro de Sevilha” – Ária de “Figaro”

P. I. Tchaikovsky “O Lago dos Cisnes” – Final do primeiro ato

H. Villa-Lobos “O Trenzinho do Caipira”

Oscar Lorenzo Fernandes “Batuque”

Bis: Johann Straus Jr. “Tritsch – Tratsch Polka”

Ficha técnica

Solistas: Carolina Morel (soprano), Calebe Faria (barítono), Liana Vasconcelos (bailarina) e Sofia Ceccato (flauta)

Participação especial: Bruno Fernandes (Palhaço Goiabada) e Ludoviko Vianna (Palhaço Marshmallow)

Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (OSTM)

Regência – Felipe Prazeres

Direção Artística do TMRJ – Eric Herrero.

Serviço:

Concerto Didático

Datas: 14 e 15 de março – quinta e sexta-feira – Horário: 11h

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/n° – Centro

Classificação: Livre

Ingressos – a partir de sexta-feira (8) através do site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro:

Frisas e Camarotes – R$60,00 (ingresso individual) ou R$360,00 (6 lugares)

Plateia e Balcão Nobre – R$40,00

Balcão Superior – R$30,00

Balcão Superior Lateral – R$30,00

Galeria Central – R$15,00

Galeria Lateral – R$15,00

Patrocinador Oficial Petrobras

Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Amil Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM

Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal

Lei de Incentivo à Cultura

Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução.

(Fonte: Assessoria de Imprensa TMRJ)

Espetáculo “Dias e Noites de Amor e de Guerra” parte de Eduardo Galeano para refletir sobre os sistemas de violência que geram a desumanização

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Bob Sousa.

No período em que a América Latina estava tomada por ditaduras militares, o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940–2015) percorreu vários países durante seu exílio, registrando suas experiências no livro “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (1978). Parte desses textos originou o espetáculo homônimo, com direção de Cesar Ribeiro, que faz uma temporada no Sesc 24 de Maio (Rua. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo) entre os dias 16 de março e 7 de abril de 2024, com sessões às quintas e às sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e às 20h e, aos domingos, às 18h. Estão programadas sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h. Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março.

Em cena estão Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado. A iniciativa foi selecionada no Edital ProAC de produção de 2022. Encenada pela Cia. Mecenato Moderno, fundada pela produtora Silvia Marcondes Machado e por Helio Cicero, a peça parte das ditaduras militares para investigar, de maneira mais ampla, os sistemas autoritários e violentos que geram a desumanização. E, ao mesmo tempo, apresenta a construção de uma memória coletiva do continente latino-americano. “Em um momento do texto, Galeano afirma: ‘Em tempos de crise, não se tornam conservadores os liberais e fascistas os conservadores?’. Em outro, diz: ‘As teorias de Milton Friedman significam, para ele, um Prêmio Nobel. Para os chilenos, significam Pinochet’. É contra essa produção da morte – sempre com objetivo econômico, e não ideológico, como costumam afirmar as lideranças autoritárias – que surge a montagem”, afirma o diretor do espetáculo.

Direito à memória

Para o grupo, o mais importante é reforçar o direito à memória e à verdade, movimento que, segundo a escritora e crítica literária argentina Beatriz Sarlo, citada no projeto, teve início ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg. A ideia é usar os testemunhos para fazer a reconstrução histórica – e não apenas os documentos – investigando o passado para fortalecer a cidadania.

Em “Dias e Noites de Amor e de Guerra”, os relatos mostram como os governos autoritários provocaram uma diáspora de brasileiros, chilenos, argentinos, uruguaios e outros povos latino-americanos, tudo por conta de uma perseguição político-ideológica virulenta.

O público entra em contato com depoimentos como o de Eric Nepomuceno, tradutor de Galeano, quando descobriu que seu amigo, o jornalista Vladimir Herzog, foi “suicidado” nas celas da repressão militar. Há também dados sobre a participação dos Estados Unidos na ditadura da Guatemala, considerado “o primeiro laboratório latino-americano para a aplicação da guerra suja em grande escala”, além de encontros de Galeano com Fidel Castro, Che Guevara e Salvador Allende.

Ao mesmo tempo, a obra retrata os movimentos estudantis, os indígenas latino-americanos, os trabalhadores e os encontros em que amor e amizade serviram como resistência à barbárie. Ou seja, toda a narrativa é construída a partir dos afetos, mesmo com o cenário de terror e medo. “Depois da tragédia dupla que foi viver sob um governo neofascista e atravessar a pandemia de Covid-19, momento de acúmulo de mortes, deterioração econômica, perda de trabalho e destruição de áreas como meio ambiente, cultura, educação e outras, além da perseguição às chamadas minorias, o ideal é o retorno a uma existência em que, no mínimo, seja possível viver sob um Estado que não busque a destruição de sua própria população”, defende Ribeiro.

Sobre a encenação

Cesar Ribeiro buscou uma linguagem que “cruza princípios do teatro documental com o trágico, em que estão presentes Tadeusz Kantor, HQs, artes plásticas, dança contemporânea, butô, cyberpunk e futurismo”.

O espetáculo é formado por 10 narrativas conduzidas como quadros em movimento. Há cenas desenhadas como coreografias de dança, sem texto, reproduzindo movimentos de fuga e perseguição. O cenário de J. C. Serroni, os figurinos de Telumi Hellen e o desenho de luz de Domingos Quintiliano contribuem para a potência da peça, além do visagismo de Louise Helène. “Encenar a obra de Eduardo Galeano é uma necessidade contra o revisionismo, contra a tentativa de apagamento da memória e contra uma estrutura histórica do capitalismo que, para sua sobrevivência, provoca a exclusão de tudo o que não seja o homem branco heterossexual – ou seja, negros, mulheres, indígenas, homossexuais e outros, além do ataque a partidários do espectro político de esquerda”, defende Cesar Ribeiro.

Sinopse | De caráter entre o documental e o poético, o espetáculo apresenta diversos textos curtos selecionados do livro do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre suas experiências durante os chamados anos de chumbo da América Latina, que levaram a uma diáspora de brasileiros, argentinos, uruguaios, chilenos e outros povos para escapar da violência de Estados autoritários. Percorrendo diversos países durante seu exílio, o autor tece uma colcha de retalhos em que as narrativas refletem sobre o terror político em tom marcado pela afetividade em relação à América Latina e aos cidadãos que lutaram pelas liberdades democráticas, com histórias que envolvem estudantes, jornalistas, artistas, povos originários, políticos e outros, utilizando as memórias pessoais para compor a memória dos povos e traçar um painel da identidade latino-americana.

Ficha Técnica

Texto: Eduardo Galeano

Direção, sonoplastia e adaptação: Cesar Ribeiro

Atores: Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado

Vozes em off: Paulo Campos e Ulisses Sakurai

Cenografia: J. C. Serroni

Desenho de luz: Domingos Quintiliano

Figurinos: Telumi Hellen

Visagismo: Louise Helène

Tradução: Eric Nepomuceno

Direção de produção: Edinho Rodrigues

Realização: Cia. Mecenato Moderno, ProAC 01/2022 e Sesc São Paulo.

Serviço:

Dias e Noites de Amor e de Guerra

Data: 16 de março a 7 de abril de 2024

Quintas e sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e 20h; e aos domingos, às 18h

Atenção: Sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h. Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março.

Local: Sesc 24 de Maio

Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo, SP

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)

Duração: 90 min | Classificação: 14 anos.

(Fonte: Canal Aberto Comunicação)

Ilha dos Arvoredos (SP) recebe prêmio inédito nas Américas

Guarujá, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/rinauro@msn.com.

Localizada no famoso município paulista do Guarujá, a Ilha dos Arvoredos é o primeiro atrativo das Américas a ganhar o selo Green Key de excelência em responsabilidade social e sustentabilidade do segmento do turismo. Gerido pela Foundation for Environmental Education (FEE), o selo ambiental internacional tem sido um dos principais programas de excelência em responsabilidade ambiental e operação sustentável na indústria do turismo e já certificou mais de 4 mil estabelecimentos em 60 países ao redor do mundo.

O Green Key é concedido a equipamentos de hospedagem, parques de campismo, centro de eventos, restaurantes e atrativos turísticos, como: museus, centros de visitantes e parques temáticos. A certificação mostra que o estabelecimento está comprometido em reduzir o impacto ambiental de sua estadia.

Para conquistar o selo, a Ilha dos Arvoredos precisou cumprir 65 critérios obrigatórios e a partir de agora precisará enquadrar-se anualmente em novos critérios exigidos para manutenção da certificação internacional.

A ilha

Está localizada a 1,6 km da Praia de Pernambuco e possui mais de 37 mil metros quadrados de extensão. Lá funciona um centro de tratamento para animais marinhos e sistema autossustentável em energia elétrica e captação de água da chuva. Está aberta à visitação desde 2021.

O local, projetado pelo engenheiro Fernando Lee, recebeu da Marinha Brasileira a concessão da Ilha para viabilizar pesquisas científicas. Entre os anos 50 e 60, Lee transformou a ilha em um local habitável e autossustentável em energia e água potável, com sistema de captação de água da chuva. Foi a primeira ilha do Brasil a receber placas de captação de energia solar.

Atualmente, a ilha é administrada pela Fundação Fernando Lee e Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp – Campus Guarujá), que realizam projetos científicos e de recuperação de documentos e fotografias históricos para serem disponibilizados na ilha para visitantes.

(Fonte: Ministério do Turismo – Governo do Brasil)

Teatro Maria Monteiro recebe show “Meu nome é Pérola” no dia 16 de março com entrada gratuita

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Davi Ramones.

Mulher preta, nordestina, cantora, compositora e violonista, Maria Pérola é um nome que deve estar no seu radar. A jovem que deu os primeiros passos na arte ainda na periferia de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife, lança o seu primeiro EP, “Meu Nome é Pérola”. Trazendo muita identidade e diversidade musical, o projeto chegou às plataformas digitais em outubro de 2022 reunindo quatro faixas, sendo três autorais e uma releitura.

Agora, Maria Pérola desembarca no Teatro Maria Monteiro, em Campinas, para o lançamento do EP, acompanhada de acordeon, guitarra, bateria e violão. No palco apenas instrumentistas mulheres. No show “Meu Nome é Pérola”, a cantora faz uma exibição de suas belas composições e algumas releituras de nomes que serviram de inspiração.

No roteiro está seu primeiro destaque autoral, “Tua Hashtag Não é à Prova de Bala”, que chegou ao streaming em meio às discussões sobre representatividade na música e no mercado digital. A artista enxerga neste momento uma chance importante de discutir assuntos que movimentam sua geração, como a divisão igualitária do mercado de trabalho, a xenofobia, o racismo e o feminismo.

Já na releitura, a cantora homenageia Caetano Veloso, se mostra como intérprete e canta uma versão de “Desde que o Samba é Samba” com tons de Ijexá, até seu ponto de samba de roda.

Com carreira em ascensão, a música “Tua Hashtag Não é à Prova de Bala” ganha força ao estrear na Rádio Brasil Atual, 98.9 FM, mais um destaque na carreira da cantora, que tem entre suas conquistas o Prêmio Suburbano Convicto, em 2019, no qual venceu ao lado de nomes como Leci Brandão, Thaide, DJ Hum e Criolo. E o Prêmio de melhor cantora no Festival Lollo Terra de MPB, em 2021.

Maria Pérola – “Tua Hashtag Não é à Prova de Bala”: https://www.youtube.com/watch?v=ceZroDYoyfs.

(Fonte: Conexão Musical)