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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Galeria Estação realiza primeira mostra individual de Deni Lantz

São paulo, por Kleber Patricio

Deni Lantz em seu ateliê. Foto: João Liberato.

O olhar atento e curioso da galerista Vilma Eid sempre surpreende por suas descobertas. Apreciadora e consumidora de arte, ela observa, de forma contínua, todas as correntes artísticas. “Há alguns anos, em um movimento natural, me abri para também trabalhar a arte contemporânea, criada hoje e exibida em galerias, feiras e museus. Nesta exposição temos o prazer de apresentar mais um jovem talentoso, Deni Lantz. Por meio de suas postagens no Instagram, o conhecemos e decidimos trazer a público sua obra”, afirma a proprietária da Galeria Estação. O jornalista e mestre em História da Arte Ivo Mesquita, que trabalhou com o pintor durante meses em seu ateliê, foi convidado por Vilma para assinar a curadoria das obras reunidas nesta primeira individual do artista.

“Deni Lantz: Pinturas”, a mostra que se instala no espaço cultural de Pinheiros a partir de 12 de agosto e ficará em cartaz até 24 de setembro, acolhe uma série de pinturas produzidas entre 2020 e 2022, as quais, de acordo com Mesquita, expressam a originalidade do trabalho de Lantz. “Essa característica reflete o trânsito do artista entre o mundo real, sua experiência direta e avassaladora, e um mergulho profundo na materialidade silenciosa das cores, no manuseio solitário dos meios, no gesto obsessivo e na repetição do fazer”, diz. Ainda de acordo com o curador, exprimir-se pela arte abstrata dispensa qualquer relação inequívoca entre significante e significado, fator que, segundo Mesquita, a aproxima de um outro sistema artístico: a música. “Não por acaso, ambas as disciplinas emprestam vocabulário uma à outra quando falam de ritmo, expressão, gesto, composição, dinâmica, coloratura, tons e linhas, entre outros”, contextualiza.

Memórias, abstração e monocromo

“Horta Vermelha”, 2021 – Óleo e cera sobre tela. Foto: João Liberato.

Nas palavras do próprio pintor, suas pinturas evocam memórias e ecos do mundo real, objetos e motivos que elege para habitar o limite sutil entre o figurativo e o abstrato. De acordo com Lantz, a fatura tem papel central em sua prática de pintura. Entre pentimentos, sobreposições, ora com pinceladas mais empastadas, múltiplas camadas de tinta, ora mais rápidas e superficiais, explora diferentes formas de colocar a tinta na tela e revelar ou velar os motivos que tensionam suas composições.

Com trânsito na abstração e no monocromo mais fluido do que na natureza-morta ou na paisagem, a materialidade de suas pinturas torna-se mais protagonista do que os temas escolhidos. Nesse sentido, a cera de abelha é um importante material para o artista, uma vez que concede transparência, empasto e fosquidez a um só tempo; já os pincéis, curtos e duros, depositam e retiram a tinta ao mesmo tempo. Para ele, em seu ofício, o como pintar e o quê pintar são partes da mesma pergunta.

Sobre sua estreia com uma individual na Galeria Estação, Lantz afirma que, apesar de trabalhar com pintura há vários anos, esta exposição reúne obras mais maduras, frutos de um período mais recente que se mostraram mais concisas nos últimos dois anos e meio. “Eu e Ivo conseguimos reunir um conjunto bem significativo do momento dessa pintura. Pelo fato de eu estar mais maduro, isso permitiu me sentir também mais animado em mostrar esses trabalhos. E esta exposição, para mim, significa o começo de uma longa trajetória nas artes plásticas, o nascimento de um corpo de trabalho que, acredito, vai durar a vida toda”, afirma. Ele acrescenta que não poderia deixar de mencionar que, no ano em que faz sua primeira individual, também nasceu seu primeiro filho, o Tom. “Dois acontecimentos que chegam para somar à minha trajetória pessoal e profissional, coroando esse momento. Uma mudança muita intensa e gratificante que me fez crescer muito como artista e como indivíduo”, diz.

Sem título, 2021 – Óleo e cera sobre tela. Foto: João Liberato.

Hoje, ao rever as pinturas selecionadas para a Galeria Estação, Mesquita afirma que a individualidade de cada uma das imagens reside em um amplo leque de atmosferas, do áspero ao onírico, do elegante às irônicas, das leves às mais densas. “Constituem-se como uma écriture, a pintura como um signo que fala da sua constituição material – forma, cor e gesto (escrita) – para a integração sintática da imagem como um todo”, avalia. Indo além, o mestre divaga: “Lantz não procura algo na pintura, mas, em vez disso, espera que algo seja encontrado lá”.

A exemplo de outras exposições que acolhe, a Galeria Estação promoverá, em 20/9, às 19h, um bate-papo presencial entre o pintor Paulo Pasta, o curador Ivo Mesquita e Deni Lentz. Com entrada gratuita, o evento terá transmissão ao vivo pelo canal da galeria no Youtube (https://bit.ly/geyoutube22).

Sobre Deni Lantz | Nasceu em 1993 em São Paulo, onde vive e trabalha. Graduado em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), frequentou e expôs em diversas mostras na Casa da Xiclet Galeria, na capital paulista. Aos 13 anos de idade, estudou pintura com o artista argentino Juan José Balzi (1933-2017) e, posteriormente, em 2012, trabalhou como assistente do artista Ernesto Bonato (1968) no Projeto Maré 0.1, como impressor de xilogravuras em grande formato. Também teve, em 2020, o acompanhamento do artista Paulo Pasta. Com participação em cerca de dez mostras coletivas, em 2016 fez residência artística em Havana (Cuba).

Sobre Ivo Mesquita | Formado em Jornalismo (1972) e com bacharelado em História da Arte (1975) pela Universidade de São Paulo. Atuou como diretor artístico da Pinacoteca do Estado (2012-2015) e como curador-chefe do mesmo museu de 2002 a 2012. Também foi curador-chefe da 28ª Bienal de São Paulo (2008) e diretor artístico do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM (1999-2002). Como curador, organizou exposições em museus da Espanha, Portugal, México, Estados Unidos e Canadá. Por mais de uma década foi professor visitante no Centro de Estudo de Curadoria do Bard College, em Nova York, nos Estados Unidos. Vive e trabalha em São Paulo.

Sobre a Galeria Estação | Com um acervo entre os pioneiros e mais importantes do país, a Galeria Estação, inaugurada no final de 2004 por Vilma Eid e Roberto Eid Philipp, consagrou-se por revelar e promover a produção de arte brasileira não erudita. A sua atuação foi decisiva pela inclusão dessa linguagem no circuito artístico contemporâneo ao editar publicações e realizar exposições individuais e coletivas sob o olhar dos principais curadores e críticos do país. O elenco, que passou a ocupar espaço na mídia especializada, vem conquistando ainda a cena internacional ao participar, entre outras, das exposições “Histoire de Voir”, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França), em 2012, e da Bienal “Entre dois Mares – São Paulo | Valencia”, na Espanha, em 2007. Emblemática desse desempenho internacional foi a mostra individual do “Veio – Cícero Alves dos Santos”, em Veneza, paralelamente à Bienal de Artes, em 2013. No Brasil, além de individuais e de integrar coletivas prestigiadas, os artistas da galeria têm suas obras em acervos de importantes colecionadores brasileiros e de instituições de grande prestígio e reconhecimento, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo, o Museu Afro Brasil (São Paulo), o Pavilhão das Culturas Brasileiras (São Paulo), o Instituto Itaú Cultural (São Paulo), o SESC São Paulo, o MAM- Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o MAR, na capital fluminense.

Serviço:

Deni Lantz: Pinturas

Quando: 12/8 a 24/9

Onde: Galeria Estação

Endereço: Rua Ferreira Araújo, 625 – Pinheiros, São Paulo (SP)

Vernissage: 12/8 (sexta-feira), das 17h às 21h

Bate-papo com Paulo Pasta, Ivo Mesquita e Deni Lantz: 20/9, às 19h, presencial, gratuito e com transmissão ao vivo no Youtube (https://bit.ly/geyoutube22)

Horários de funcionamento da galeria: segunda a sexta, das 11h às 19h; sábados, das 11h às 15h; não abre aos domingos

Tel: (11) 3813-7253

E-mail: contato@galeriaestacao.com.br

Site: http://www.galeriaestacao.com.br/

Instagram: @galeriaestacao.

(Fonte: Baobá Comunicação)

Eataly realiza Festival Del Tartufo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: WikiImages/Pixabay.

Até o dia 28 de agosto, acontece no Eataly, maior centro de gastronomia italiana do Brasil, o Festival Del Tartufo, com programação focada no irresistível ingrediente da alta gastronomia, conhecido pelo seu sabor intenso e inconfundível. Para a campanha, o Eataly oferece em todo complexo uma variedade de pratos trufados. “A trufa é uma das iguarias mais famosas do mundo. O ingrediente nasce espontaneamente e pode ser consumido in natura. O tartufo é um produto em estado puro; porém, agrega ainda mais sabor quando é harmonizado em pratos com elementos complementares”, explica o chef executivo José Barattino, responsável pelos restaurantes Eataly.

Um dos grandes destaques do festival é o menu degustação em quatro tempos, disponível no restaurante Brace Bar & Griglia, que traz a trufa como ingrediente de destaque. O menu conta com receitas como Tartar, Tutano e Tartufo (carne bovina crua cortada na ponta da faca com trufa negra, pão e tutano assado no carvão), Papardelle, Burro e Tartufo (massa fresca produzida na casa com manteiga e lascas de trufa fresca), Pesce Al Tartufo (posta de pescada amarela grelhada no carvão, demi glace com trufa negra e mousseline de batata) e Cacao, Miele e Tartufo (bolo de mel com cacau, ganache de chocolate branco, sorbet de cacau e mel trufado). O menu completo tem o valor de R$320.

A partir do dia 10 de agosto, o complexo também oferece em cada um de seus restaurantes três opções de pratos trufados inéditos (sendo uma entrada e dois pratos principais). A opção de adicionar em qualquer prato a Trufa Aestivum – conhecida como trufa de verão – também está disponível por R$17 o grama.

Já no mercado, o Eataly tem promoções especiais durante todo o período, com 30% off nas compras acima de R$250 em produtos trufados e também nas compras acima de R$400 em vinhos e espumantes – para curtir um momento repleto de sabor em casa.

E não podia faltar na programação os famosos eventos e workshops do Eataly. Nos dias 13 e 14, a Fiera del Tartufo terá venda de produtos trufados de diferentes produtores, sendo a oportunidade perfeita para garantir um presente especial para a data.

Já para aqueles que desejam aprender um pouco mais sobre as particularidades da trufa e o seu uso na gastronomia, o Eataly disponibiliza uma série de workshops ministrados por chefs convidados no espaço da Scuola. A programação completa está disponível no site e Instagram do complexo.

Para acompanhar todas as novidades, basta acessar o site e seguir as atualizações no Instagram @eatalybr.

Serviço:

Eataly

Site

Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1489 – São Paulo (SP)

Horário de funcionamento: segunda a domingo das 10h às 22h

Telefone: (11) 3279-3300

Instagram: @eatalybr

Delivery pelo Ifood.

(Fonte: Index Conectada)

MACC apresenta exposição que celebra os 10 anos do Museu de Artes Visuais da Unicamp

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

O Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) recebe este mês a exposição “Paisagem sob Inventário”, que abre ao público a partir de quarta-feira, 10 de agosto. A mostra vai até 30 de setembro, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada franca. “Paisagem sob Inventário” comemora os 10 anos do Museu de Artes Visuais da Unicamp e foi especialmente projetada e aprovada pelo Edital de Seleção de Exposições Temporárias do MACC, lançado no final do ano passado.

Ao todo, a exposição contará com aproximadamente 50 trabalhos, entre bi e tridimensionais, que serão apresentados tanto dentro do espaço expositivo do MACC, em sua Sala 1, quanto na área externa próxima ao Museu. Muitos dos trabalhos apresentados pelos artistas convidados são inéditos, criados especialmente para esta mostra. Assim também, algumas das peças do acervo do MAV, incorporadas recentemente, serão apresentadas ao público local pela primeira vez. São oito artistas visuais atuantes no cenário nacional e internacional que igualmente têm em suas produções forte interesse pelas relações dentre paisagem, espaço urbano, arte e sociedade contemporânea.

O ponto originário da proposta está na investigação acadêmica e artística presente nas últimas décadas do trabalho dos professores Sylvia Furegatti (diretoria do MAV e docente do IA Unicamp), Evandro Ziggiatti Monteiro (conselho executivo do MAV e docente FEC-FAU Unicamp) e Antônio Carlos Amorim (conselho executivo do MAV e docente da Faculdade de Educação da Unicamp). Sylvia e Antonio Carlos respondem pela curadoria da proposta e Evandro é organizador do Fórum virtual que estende o projeto para outras participações e estudos.

As discussões sobre paisagem que conduziram a curadoria do projeto amparam-se, principalmente, nos conceitos de paisagem elaborados por Javier Maderuelo, acadêmico, arquiteto e esteta espanhol cuja produção intelectual propõe um estudo minucioso sobre o problema que a visualidade implica ao conceito de paisagem.

MAV

Constituído a partir de uma resolução da Reitoria promulgada em janeiro de 2012, o MAV foi criado a partir dos esforços de acervamento elaborado pelos docentes do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes que, por meio das exposições realizadas em sua Galeria, organizaram uma coleção de peças de arte doadas à Gestão Central da Universidade na década de 1980 para a criação de seu museu de arte.

Seu último inventário, finalizado no segundo semestre de 2021, indica um total de 1.391 peças para seu acervo, dentre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, instalações artísticas, livros de artista, vídeos e demais linguagens das artes visuais que se somam a uma coleção expressiva de sete mil itens de arte correio e publicações deste campo artístico ainda em fase de catalogação.

Artistas participantes do projeto a partir do acervo do MAV: Lasar Segall (Vilna/Lituânia,1891-São Paulo,SP, 1957) | Renina Katz (Rio de Janeiro, 1925) | Antonio Henrique do Amaral (São Paulo, SP, 1935 – São Paulo, SP, 2015) | Bené Fonteles (Bragança/Pará, 1953) | Thomas Perina (Campinas, SP, 1921 – Campinas, SP, 1929) | Mario Bueno (Campinas, SP, 1916 – Campinas, SP, 2001) | Maria Ligia Magliani (Pelotas/RS, 1946 – Rio de Janeiro/RJ, 2012) | Fayga Ostrower (Lodz/Polônia, 1920 – Rio de Janeiro/RJ, 2001) | Beatriz Rauscher (1960) | Ermelindo Nardin (Piracicaba/SP, 1943) | Claudio Garcia (São Paulo/SP, 1955) | Ellen Banks (Boston/EUA, 1938- NY/EUA, 2017) | Luise Weiss (São Paulo, SP, 1953) | George Rembrandt Gutlich (São José Campos/SP, 1968) | Marcelo Moscheta (São José do Rio Preto, SP, 1976) | Marco Francesco Buti (Empoli, Itália, 1953).

Artistas convidados para o projeto:

Marlon de Azambuja (Santo Antônio da Patrulha/RS, 1976 – Vive e trabalha entre Madrid e Paris); Nazareno Rodrigues (São Paulo/SP, 1967 – Vive e trabalha em São Paulo); Amilcar Packer (Santiago, Chile, 1974 – Vive e trabalha em São Paulo); Guga Ferraz (Rio de Janeiro/RJ, 1974 – Vive e trabalha no Rio de Janeiro); Monica Mansur (Rio de Janeiro/RJ, 1956 – Vive e trabalha no Rio de Janeiro); Leandro Gabriel (Belo Horizonte/MG, 1970 – Vive e trabalha em Belo Horizonte); Bella Tozini (São Paulo/SP, 1980 – Vive e trabalha em Cabreúva/SP) e Thiago Bortolozzo (São Paulo/SP, 1976 – Vive e trabalha em Campinas).

Educativo

O projeto expositivo pretende combinar num mesmo espaço todos estes componentes, entre peças do acervo, trabalhos dos artistas convidados e o educativo da exposição. De modo mais específico, com relação às atividades com estudantes e professoras/es das escolas básicas, a proposta é de a visita constituir-se como possibilidade de formação estética, em um processo que envolva o antes, o durante e após a ida à exposição. Com o desejo de que as paisagens da cidade, das vidas dos sujeitos, dos objetos, dos corpos e dos sonhos possam ser sentidas e significadas diferentemente e que outras Campinas sejam compostas com e a partir das artes. E as escolas serem um dos protagonistas desse processo.

Escolas e grupos poderão agendar suas visitas por meio de formulário próprio a ser disponibilizado dentro em breve, por meio das equipes do MAV e do MACC. Acesse informações sobre o MAV Unicamp nos seguintes links: www.mav.unicamp.br; https://www.facebook.com/mavunicamp; @mavunicamp e https://www.youtube.com/channel/UCY1q9fPSTf5PPW6ma0j6epQ/featured.

Serviço:

Exposição “Paisagem sob Inventário”

Dia: 10 de agosto, aberto ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 17h

Local: MACC: Av. Benjamin Constant, 1633, Centro – Campinas, SP

Telefone para contato: (19) 2515-7095

Entrada franca

*O acesso às salas do Museu obedece aos protocolos de segurança contra a Covid.

(Fonte: Prefeitura de Campinas)

23º Salão de Arte volta ao calendário paulistano

São Paulo, por Kleber Patricio

José Roberto Sevieri e Vera Lucia Chaccur Chadad. Foto: divulgação.

No mês de agosto, um dos mais importantes eventos de arte volta a figurar no calendário paulistano. O Salão de Arte terá sua 23ª edição no Clube Hebraica entre os dias 16 e 20, reunindo grandes antiquários, galerias de arte e designers de joias.

Entre os itens expostos para admiradores, estão grandes obras, peças e livros raros, fotografias, móveis, louças, porcelanas, lustres, abajures, pratos e uma infinidade de objetos finos para investimento. Na seleção de expositores confirmados estão Arte 132, Began, Caloula Filho Antiguidades, Caribe Galeria, Casa Leão, Country House, Cris Musse Arte, Fernando Motta Antiquário, FL Design, Homenco Antiguidades, LL Aaleria, Miguel Salles, Monica Botelho, Resplendor, Ruth Grieco Design, Sandra e Marcio, Sara Joias e Villa Antica, entre outros.

Referência para o mundo das artes e antiguidades, o Salão de Arte, ao longo de suas 22 edições, é marcado por receber grandes galerias e antiquários expositores e apresentar coleções grandiosas. As galerias já apresentaram, por exemplo, obras de artistas renomados, como Di Cavalcanti, Portinari e Volpi, entre outros. Também já passaram por lá arte moderna, como Tarsila do Amaral, e contemporânea, como Beatriz Milhazes.

Outra tradição do Salão de Arte é reverter a venda de ingressos para instituições sociais e, este ano, a beneficiária será a Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), que há mais de 105 anos desenvolve a autonomia de crianças, jovens, famílias e idosos em situação de vulnerabilidade e realiza, anualmente, 22 mil atendimentos nas áreas de inclusão social, apoio à educação, capacitação profissional, cultura e qualidade de vida.

Criado pela dupla Ariane Juliani e Vera Lucia Chaccur Chadad, volta agora com José Roberto Sevieri, da Proma, a frente da organização e com consultoria de Vera Chadad.

Sobre José Roberto Sevieri

José Roberto Sevieri, natural de São Paulo, é administrador de empresas, promotor de eventos e grande admirador da arte. Fundador da Proma Feiras, hoje é reconhecido como um dos grandes conhecedores de feiras comerciais.

Atuando desde 1977 à frente de seus negócios, Sevieri possui uma vasta experiência de mercado, recebendo diversas premiações ao longo da vida. Atualmente, é diretor e organizador do Salão de Arte, que chega a sua 23ª edição no Clube Hebraica.

Sobre Vera Lucia Chaccur Chadad

Vera Lucia Chaccur Chadad é presidente da Associação Beneficente Síria (ABS) e uma empresária que sempre foi apaixonada por obras de arte e antiguidades, o que fez com que começasse a fazer parte do Salão de Arte logo em sua terceira edição. Desde então, Vera fomentou o mercado de artes e antiguidades e hoje é um dos principais e mais respeitados nomes no meio. Atualmente, Vera empresta sua expertise prestando consultoria ao evento.

Serviço:

Data: de 16 a 20 de agosto de 2022

Horário: das 14h às 21h

Local: Clube Hebraica – Salão Marc Chagall

Endereço: Rua Dr. Alberto Cardoso de Melo Neto, 115 – Pinheiros – São Paulo, SP

Ingressos: www.sympla.com.br/evento/23-edicao-salao-de-arte/1546356

Mais informações: www.salaodearte.com.br.

(Fonte: Tudo em Pauta)

Grupo MEIO apresenta espetáculo “Babilônia” de 9 a 14 de agosto no Galpão do Folias

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Entre os dias 9 e 14 de agosto, o Grupo MEIO, com direção coletiva de Carolina Canteli, Iolanda Sinatra e Everton Ferreira, sendo os dois últimos também performers junto a Nina Giovelli e Maria Basulto, estreia “Babilônia” no Galpão do Folias, retomando a realização de um trabalho presencial do grupo, ao mesmo tempo em que realiza a pesquisa deste dentro de um espaço cênico.

Depois de alguns anos estudando e desenvolvendo a pesquisa de corpos-paisagens no contato direto com a rua, por meio de intervenções urbanas, reuniões em espaços públicos e estudos de observação e fotografia de rua, o grupo abraça a possibilidade de, ainda assim, pensar essa paisagem urbana que tanto pulsa em cada habitante e esquina de São Paulo, mas agora fazendo algumas perguntas fundamentais ao transpor e traduzir a rua para dentro da sala de apresentações, que são: afinal, não estaria a rua já incorporada na matéria física, na memória e na forma de mover-se e viver de cada sujeito? Como dar a ver isso? Como criar um trabalho cuja rua ou ideia de cidade paulista não está no olhar e percepção direta para/com o público, como é o caso da intervenção urbana, mas sim possibilitar perceber a rua encarnada na pesquisa desse corpo-paisagem?

Sendo o assunto “modos de viver na cidade” sempre interessante ao grupo, especialmente no que cabe à arte quando no encontro com o público não especialista e o espaço público – sendo esse encontro um ato artístico, mas também político –, MEIO procura aguçar a curiosidade, aprender com o estar num lugar sem pressupor que a arte deva interromper algo ou alguém, mas como a direção artística do coletivo gosta de dizer: “quando fazemos intervenções urbanas, as fazemos e pensamos porque queremos que essas sejam mais que intervenções, sejam ‘convivências urbanas’, abrindo a possibilidade de viver a arte e a rua de forma menos rígida, menos provida de regras da coreografia da obrigação financeira, da coreopolítica e coreopolícia”, como diz o pesquisador André Lepecki. Para MEIO fazer arte é sim afirmar a disputa estética e ética com outras instituições e entidades notoriamente contrárias a uma cultura e vida democrática e diversa, não acreditando que o artista é de mais valia ou exerce poder sobre ninguém – aliás, o grupo também reforça a luta por serem vistos como trabalhadores e trabalhadoras; porém, estes têm o conhecimento de que é somente pela inserção da arte no cotidiano, tecendo gestos sensíveis ao tecido urbano, percebendo que é mais importante a coreografia estar dentro do contexto, porém cultivando a desobediência à norma, para que o sujeito no seu núcleo individual e coletivo tenha um senso de pertencimento, possa imaginar existências e viver para além da sobrevivência.

Fazer um “ato parado” ou muito pequeno numa grande cidade em meio ao fluxo de pedestres, como é o caso da intervenção urbana ‘180’ (2018), com que o grupo MEIO se posiciona em locais de grande circulação de pessoas e mercadorias, cuja ação silenciosa (da parte dos performers) é a de fazer um giro de 180º em um único ponto, como seres que desafiam o impulso de transitar e criam um corpo-paisagem entre humano, planta artificial, escultura-viva ou qualquer outra imagem acerca desse corpo que ao esconder sua rostidade, borra-se também no espaço público, faz-se corpo-coisa, corpo-árvore, corpo-poste, corpo-prédio. Ou mesmo favorecer o dissenso com uma ação artística, permitindo que a rua não seja simbolizada apenas nos seus fluxos maquínicos, mas sim, revelar o campo sutil da rua, suas curvas subterrâneas, as percepções labirínticas e sensíveis do viver numa cidade que se assemelham e penetram nas entranhas, vísceras e, por consequente, nas vidas de cada pessoa, como é no caso da criação em “Babilônia”.

Portanto, foi através de muito tempo pesquisando a arte na rua, para a rua e sobre a rua, que MEIO nutriu os hábitos sensoriais, gestuais e imaginários através de outras forças, assumidamente distintas da força do automatismo em que na maioria das vezes, a vida urbana produz. E foi assim, que no atual processo de criação, com apoio do edital ProAC 04/2021, Produção e temporada de Espetáculos Inéditos de Dança, o grupo se acercou da ideia de criar uma babilônia, um labirinto a ser percebido muito mais pelos rolamentos, espirais e caminhos que as performers fazem durante o trabalho, do que materializar essa cidade no seu mapa arquitetônico. Preteriu-se fazer a partir de construções coreográficas, cujo movimento de queda, tontura e até mesmo enjoo, possam dar a perceber uma sensação de cidade em sua travessia, em um estado de vertigem, em que os cruzamentos das ruas e avenidas, também se mesclam com as encruzilhadas e cruzamentos de decisões, violências ou até pequenos gestos de afetividade que fazem parte da vida numa cidade superpovoada, repleta de encontros de mundos distintos, totalmente contraditória e efervescente.

Grupo MEIO

MEIO é um grupo dirigido e performado por Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra e conta com a participação dos artistas Lucas Reitano, Maria Basulto e Nina Giovelli. Tem como foco atual pensar a dança enquanto campo ampliado, explorando sua intersecção com várias linguagens artísticas e técnicas, com o intuito de entender as diferentes camadas do entendimento de corpo e paisagem (corpo-paisagem). É essencial para o grupo o exercício de habitar a urbe, as ruas, os palcos e espaços cênicos com o mesmo comprometimento ético e estético, desejando revelar em atos coreográficos, possíveis modos de existir na cidade, com o intuito de reformular a compreensão da subjetividade imposta pelo senso de “normalidade”, criando outras ficções ou mesmo questionando as várias coreografias do dia a dia. Em maio de 2018, estreou a intervenção urbana de dança ‘180’ pela programação “Cartografia do Possível” do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. Ainda em 2018 foram selecionados no Circuito Vozes do Corpo 2018 e no Festival do Instituto de Artes 2018 com a mesma intervenção. Em novembro de 2019, realizaram a residência “Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade” no SESC Pinheiros, convidando os artistas da residência a performarem o trabalho ‘180’ no Largo da Batata – Pinheiros. No final de 2020, foram contemplados pelo 28º Fomento à Dança com o projeto “Corpos-paisagens: corpos que atravessam os fluxos da cidade”, projeto que foi executado de modo virtual por meio de ações de formação, investigação e criação artística. Nele, estrearam ‘Matérias ‘Movediças – ação acoplamento’, série episódica de 4 vídeos para 4 marcos históricos da cidade de São Paulo, a co-criação com artistas da residência que leva o nome do projeto, de 20 releituras de ‘180’, para o formato audiovisual e ‘Matérias Movediças’, um trabalho de dança audiovisual.

Serviço:

Babilônia

De 9 a 14 de agosto – terça a sábado às 20h e domingo às 19h no Galpão do Folias

Endereço: R. Ana Cintra, 213 – Santa Cecília, São Paulo – SP

Retirada de ingressos 1h antes

Entrada gratuita

Ficha Técnica

Direção artística e criação: Carolina Canteli, Everton Ferreira e Iolanda Sinatra

Criação e Performance: Everton Ferreira, Iolanda Sinatra, Maria Basulto e Nina Giovelli

Produção Executiva e Administrativa: Iolanda Sinatra

Assistente de Produção: Tetembua Dandara e Mariana Dias

Preparação Corporal: Paulo Carpino

Provocação Cênica: Deise de Brito

Iluminação e Automação: Marcus Garcia

Trilha sonora: Natália Francischini

Design Gráfico: Felipe Teixeira

Foto e vídeo: Lucas Reitano

Classificação: livre

Duração: 40 minutos

Instagram: @grupo_meio

Site: https://www.grupo-meio.com/.

(Fonte: Grupo Meio)