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Arte & Cultura

Campinas

Centro Cultural Casarão será palco do Festival Arreuní! 2024

por Kleber Patrício

O Festival Arreuní! 2024 trará músicos, cantadores e compositores ao Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, Campinas (SP) para uma série de apresentações a partir de 5 de maio (domingo), às 15h, com entrada gratuita. A proposta é divulgar as diferentes vertentes da música tradicional brasileira, reunindo artistas de culturas distintas para compartilhar a diversidade e […]

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Sinfônica de Indaiatuba abre inscrições para curso gratuito de violino na Estação Cultural Itaici

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Fotos: Felipe Gomes/AMOJI.

A Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (Emosi) abriu no sábado, 20 de agosto, as inscrições para interessados entre 9 e 18 anos de idade que queiram aprender violino de forma totalmente gratuita. O curso, que oferta 30 vagas, acontecerá na Estação Cultural Itaici, novo polo cultural da cidade que foi inaugurado no último dia 20.

Os critérios para o preenchimento das vagas são ordem de inscrição e faixa etária, além do endereço, já que o candidato deve residir em Indaiatuba. Para estudar na Emosi não é necessário ter experiência e nem o instrumento, apenas a vontade de aprender.

Os interessados em participar das aulas de violino devem preencher um formulário online, que pode ser acessado neste link.

A Orquestra Sinfônica de Indaiatuba.

Após o prazo de inscrição, que vai até 3 de setembro, a organização entrará em contato para a convocação dos alunos. O curso começará em 12 de setembro, com turmas de até cinco alunos. Cada aula terá a duração de 50 minutos.

Essa é uma iniciativa da Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba), por meio da Emosi, com apoio da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

A Estação Cultural Itaici fica na Rua Francisco Araújo, 49, Itaici. Mais informações pelo WhatsApp (19) 99937-2410 ou pelo e-mail secretaria.osindaiatuba@gmail.com.

Estação Cultural Itaici | No último dia 20 de agosto, Indaiatuba ganhou um novo polo cultural, localizado na Estação Ferroviária de Itaici, que foi reformada para receber um total de 356 alunos em diversas opções de oficinas. A Estação Cultural Itaici conta com salas multidisciplinares, espaços de leitura e convivência e muito mais, para receber a população nos períodos da manhã e tarde.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Prefeitura de Indaiatuba abre inscrições para oficinas do Núcleo Musical Nabor Pires Camargo

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Núcleo Musical Nabor Pires Camargo foi oficialmente apresentado durante o 30º Maio Musical, em evento que contou com familiares do homenageado. Foto: Eliandro Figueira.

Apresentado durante o 30º Maio Musical, o Núcleo Musical Nabor Pires Camargo abre inscrições na próxima segunda-feira, 22 de agosto, para quatro instrumentos: cavaquinho, flauta transversal, saxofone e violão 7 cordas. Para participar, é preciso ter mais de 10 anos e se inscrever presencialmente no Casarão Municipal Pau Preto até o dia 9 de setembro. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

O Núcleo Musical Nabor Pires Camargo foi instituído pela lei 7.672, de 29 de setembro de 2021, e possui a finalidade de promover a educação musical, preservando, valorizando e difundindo este grande ícone da música municipal e nacional. Sediado no Casarão, será responsável por promover oficinas musicais permanentes e eventos culturais relacionados nesse primeiro momento ao choro e ao samba, se estendendo à MPB e ao jazz.

“Em Indaiatuba, o choro encontrou residência e adeptos principalmente através da obra de seu maior representante local, Nabor Pires Camargo. Nabor foi músico, compositor e clarinetista, atuando como músico de orquestra e ‘chorão’. Neste estilo, se concentra grande parte de sua obra”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho.

Além das aulas de instrumentos, os alunos das oficinas também terão aulas de repertório, teoria musical e prática de conjunto. Inicialmente serão oferecidas 96 vagas para pessoas a partir dos 10 anos de idade nas seguintes modalidades: cavaquinho, flauta transversal, saxofone e violão 7 cordas.

Não é necessário ter experiência, porém, é importante ter o instrumento musical para realizar as aulas.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e acontecerão de forma presencial, por ordem de chegada, entre os dias 22 de agosto e 9 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Casarão Municipal Pau Preto, localizado na Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro. Os interessados devem apresentar um documento com foto (RG ou Carteira Nacional de Habilitação) e comprovante de residência no município. Se o pretendente for menor de idade, a inscrição deve ser realizada pelos pais ou responsáveis legais, que devem apresentar um documento com foto.

Confira abaixo as modalidades disponíveis e seus respectivos dias e horários. Mais informações pelo telefone (19) 3875-8383.

MODALIDADES, DIAS E HORÁRIOS

Segunda-feira

Saxofone, das 17h às 19h – 8 vagas

Flauta Transversal, das 17h às 19h – 8 vagas

Saxofone, das 19h às 21h – 8 vagas

Quarta-feira

Violão 7 Cordas, das 10h às 12h – 8 vagas

Violão 7 Cordas, das 15h às 17h – 8 vagas

Violão 7 Cordas, das 17h às 19h – 8 vagas

Flauta Transversal, das 17h às 19h – 8 vagas

Violão 7 Cordas, das 19h às 21h – 8 vagas

Quinta-feira

Cavaquinho, das 8h às 10h – 8 vagas

Cavaquinho, das 10h às 12h – 8 vagas

Cavaquinho, das 17h às 19h – 8 vagas

Cavaquinho, das 19h às 21h – 8 vagas

Total de vagas: 96

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Brasil tem 18 anos para ampliar índice de reciclagem de 4% para 48%

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Manfred Antranias Zimmer/Pixabay.

O Brasil tem os próximos 18 anos, até 2040, para alcançar a taxa de reciclagem de 48% dos resíduos que produz, deixando para trás o índice atual de 4%. Essa importante meta está no Plano Nacional dos Resíduos Sólidos (Planares), regulamentado por decreto federal em abril deste ano, que prevê também a extinção dos lixões em dois anos, até 2024. A proposta é de reciclar mais de 100 mil toneladas de resíduo sólido urbano por dia em 2040 – quase metade do gerado hoje no país.

A missão é desafiadora levando em conta que há quase 3 mil lixões operando no Brasil e que 40% do resíduo gerado tem destino inadequado. Os 4% de reciclagem do Brasil são bem menores que o índice registrado em países com faixa de renda e desenvolvimento econômico similar, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que reciclam cerca de 16% do lixo que produzem, segundo dados da International Solid Waste Association (ISWA), e muito abaixo de taxas como a da Alemanha, que recicla aproximadamente 67% dos resíduos.

O Panorama dos Resíduos Sólidos 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que 26% das cidades brasileiras não têm nenhuma iniciativa de coleta seletiva e, entre os 74% restantes, muitos contam com um serviço ainda insuficiente. A Abrelpe avaliou, em 2019, que os recicláveis não aproveitados no Brasil, enviados para aterros e lixões, poderiam gerar recursos de R$14 bilhões por ano.

Avanços

Autoridade em reciclagem no Brasil, o gestor ambiental Telines Basílio, o Carioca, lembra que levou 12 anos entre a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) até a regulamentação do Planares. Basílio é um dos 22 catadores que fundaram a Coopercaps (Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro). Segundo ele, o grande avanço de 2010 para 2022 é que o Planares cria o Programa Nacional de Logística Reversa, conjunto de procedimentos para o setor empresarial recolher e encaminhar resíduos, no pós-venda ou pós-consumo, para destinação correta.

O Programa cria um banco de dados de todos os setores da economia, no qual as empresas vão inserir seus resultados em um sistema unificado. Dessa forma, explica Basílio, o país terá acesso garantido às informações para compreender como está o desenvolvimento da logística reversa.

De acordo com o gestor ambiental, o primeiro e talvez mais relevante ponto do novo decreto é entender que o Planares traz importantes instrumentos para incentivar o país a sanar problemas ambientais, sociais e econômicos que surgem em decorrência do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Ele cita que a lei prevê redução do volume de resíduos e sugere hábitos sustentáveis de consumo, além de um conjunto de ações que ampliam a reciclagem e a destinação correta dos itens não recicláveis. “De forma simples, o que a lei sugere é que todos nós, pessoas físicas, jurídicas ou órgãos públicos, temos um papel indispensável na construção de uma economia verde, que tem a reciclagem como uma de suas bases. Do nosso lado, como cidadãos, temos de sempre separar e descartar corretamente nossos resíduos, fazendo com que a coleta seletiva seja funcional”, afirma Basílio. O objetivo é desencadear melhorias ambientais e sociais ao promover a redução no volume de resíduos gerados, aumentar a renda dos catadores de recicláveis e otimizar a infraestrutura das cooperativas e associações de catadores.

Desafio

Em linhas gerais, o Planares propõe reduzir, reutilizar e reciclar por meio de ações como compostagem, recuperação e reaproveitamento. O maior desafio para alcançar as metas do plano, segundo o gestor ambiental, é fazer com que a reciclagem se torne uma prática comum no território brasileiro. Segundo ele, os desafios são a falta de conhecimento da população sobre a reciclagem, pouca oferta de coleta seletiva pelo país, dificuldade em alcançar uma maior viabilidade econômica e ausência de estrutura.

Em resumo, as tecnologias e a lei existem, é preciso efetivamente utilizá-las e colocá-las em prática. “Isso não ocorre de forma rápida. Precisamos de um plano de longo prazo e de responsabilidade compartilhada. Todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade”, afirma Basílio.

Ainda de acordo com o gestor ambiental, ainda não é possível falar em lixo zero, mas é preciso começar. “Temos que caminhar na direção dos 5 erres: recuse, reduza, reutilize, recupere e recicle. Isso pode levar uma vida inteira, gerações talvez, mas o importante é que cada um de nós façamos a nossa parte”, diz.

Cooperativas

Embora o Brasil ainda esteja engatinhando na reciclagem e geração atrelada de renda, iniciativas de cooperativas e o trabalho de catadores mostram que o caminho é viável e fundamental. “Os catadores são responsáveis por mais 90% de tudo que é reciclado no país”, afirma Basílio. Ele explica que o catador é protagonista, agente importante na gestão de resíduos, mas faltam qualificação profissional, reconhecimento e investimentos na categoria.

Telines Basílio tem uma história de superação. Ele se mudou para São Paulo há 35 anos em busca de oportunidades, mas, sem trabalho, se tornou catador. Um amigo o ensinou a trabalhar e separar material. Carregava ainda o drama da dependência química. “Fiquei nessa vida por 12 anos, trabalhei mais quatro anos para o dono do ferro velho, até que foi constituída a Coopercaps, me tornei um cooperado e percebi que havia recebido uma missão, a de reciclar vidas”, afirma.

A Coopercaps foi constituída em 30 de agosto de 2003 por um grupo de 22 catadores da zona sul paulistana. Hoje, a cooperativa tem 380 cooperados e mais cinco filiais, incluindo as duas primeiras Centrais Mecanizadas de Triagem da América Latina, CMT Carolina Maria de Jesus e CMT Ponte Pequena. As demais unidades são as centrais de triagem de Paraisópolis, Socorro, Interlagos e a mais nova unidade em Jurubatuba, o Centro de Referência para Cooperativas e Catadores, onde funciona o primeiro centro-escola do Brasil, voltado à profissionalização dos catadores, com suporte jurídico, contábil e de empreendedorismo.

Circular Experience

O Movimento Circular, instituição criada na América Latina a partir da reflexão urgente sobre a necessidade da participação de todos para que nada mais vire lixo, comemora dois anos de trabalhos com o Circular Experience, evento “mão na massa” no qual os participantes vão trabalhar juntos na construção de um mundo sem lixo. A experiência acontece no dia 30 de agosto, às 14h, na Coopercaps – Rua das Baiadeiras, 280, em São Paulo.

A programação inclui atividade colaborativa, direto das esteiras de triagem Coopercaps, espaço para networking, lançamento de um novo desafio educacional pela circularidade. “Vamos celebrar as conquistas de dois anos do Movimento Circular”, diz o coordenador do Movimento Circular, Vinicius Saraceni.

Saraceni explica que o evento pretende reunir parceiros e convidados especiais que vão participar do desafio de conhecer a reciclagem diretamente das esteiras da cooperativa. “Vamos aprender com as pessoas que estão fazendo a triagem. Os participantes vão se organizar em grupos para pensar soluções. No encontro, a sociedade estará se unindo em uma cooperativa, com representantes de indústrias de diferentes setores, governo e professores. Todos mobilizados para pensar em soluções para a economia circular”, afirma.

Segundo o coordenador, o Brasil tem urgência para o desenvolvimento de políticas públicas de reciclagem, nas quais a educação tem papel relevante, assim como as cooperativas. “O Planares está regulamentado, agora temos que trabalhar para alcançarmos, juntos, as metas definidas no Plano Nacional. É preciso começar colocando a mão na massa”, diz.

Sobre o Movimento Circular

Comunidade formada por pessoas, empresas, organizações sociais e poder público, empenhada em contribuir, por meio da educação e da cultura, com a transição da economia linear para a circular. A missão coletiva é disseminar o conhecimento e encorajar o desenvolvimento de novos processos, produtos e atitudes que promovem a economia circular.

O Movimento foi criado em 2020, em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19, que deixou ainda mais clara a urgência de fazer com que o mundo funcione de outra forma. Mais do que reciclar, o Movimento Circular incentiva o reuso dos materiais, levando em conta que o mundo gera mais de dois bilhões de toneladas de lixo por ano. A iniciativa é aberta, promove espaços de colaboração para chegar a cada vez mais pessoas e mais lugares.

Saiba mais: https://movimentocircular.io/.

(Fonte: Betini Comunicação)

BODEcast encerra 1ª temporada no décimo episódio e lança canal no Youtube

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Desde a última sexta-feira, 19 de agosto, você pode encontrar todos os episódios do BODEcast no Youtube. São dez episódios produzidos pela Rádio Jornal de Indaiatuba e apresentados por Antônio da Cunha Penna – fotógrafo e escritor, Eliana Belo Silva – historiadora e pedagoga e Marcos Kimura – jornalista. A primeira temporada termina com dez capítulos gravados e a segunda temporada já foi planejada.

BODEcast é um projeto que nasceu para contar histórias e memórias de Indaiatuba de maneira informal e lúdica. Quando Antonio da Cunha Penna foi convidado para participar do até então chamado podcast, ele perguntou “o que é bodecast?” A confusão gerou risadas e, mesmo o projeto tendo tomado o formato final de videocast, o nome BODEcast se adequou muito bem.

Primeiro, porque é uma iniciativa “caipira” de contar ‘causos’ de Indaiatuba, e bodes e cabras são típicos da pequena propriedade rural brasileira. Segundo, porque os caprinos têm servido como representação do povo ao longo da história brasileira, e de cara me vêm à memória a frase de Pinheiro Machado, o Fazedor de Presidentes da República Velha: “No Brasil, a política consiste em não deixar a onça com fome, nem o cabrito morrer”, que é atual até hoje. Sem falar na famosa buchada de bode, que virou sinônimo das coisas que o então Príncipe dos Sociólogos, Fernando Henrique Cardoso, teria que engolir se quisesse de tornar presidente da República.

Se o bom cabrito do ditado não berra, a intenção dos apresentadores é fazer exatamente o contrário: é contar fatos que ajudaram a criar a personalidade desta Indaiatuba, para o bem e para o mal, e que a fizeram se destacar em meio a seus vizinhos, tornando-a sinônimo de qualidade de vida e prosperidade em todo o País.

No Maranhão, quando alguém está mentindo, o povo diz “me compre um bode”. Pois pode “comprar” o BODEcast, o canal do Youtube sobre Indaiatuba, suas histórias e memórias, onde não tem lorota.

https://www.youtube.com/channel/UCDYIMu0wfgMRizaupWJRf9w.

(Fonte: Eliana Belo Silva)

Especialistas explicam o que as redes sociais podem causar à saúde mental

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

O ator Tom Holland publicou no dia 13 de agosto um vídeo explicando aos fãs que iria se afastar das redes sociais para cuidar da saúde mental. Estudos recentes e especialistas explicam que o consumo da internet podem afetar de forma negativa a estabilidade emocional e gerar casos mais graves ao psicológico.

A psicóloga especialista em Clínica Psicanalítica Infantil Alice Munguba explica como as redes sociais podem afetar a saúde mental. “Essa forma de se estruturar emocionalmente pela via virtual pode ser um caminho perigoso quando a imagem começa a ser pautada naquilo que se vê. Adolescentes que passam noites em claro vendo o perfil dos outros, se perguntando porque a vida do outro é melhor, perfeita, e a deles não. Quanto mais insegura a pessoa é, mais ela capricha em sua própria idealização”, diz.

Redes sociais x cancelamento

A atitude do astro de se ausentar das redes sociais foi apoiada por vários famosos, incluindo o cantor Justin Bieber. No Brasil, a cantora Luiza Sonza teve seu caso de sumiço das redes sociais muito comentada devido ao cancelamento que as pessoas estavam tendo com ela. O coordenador do Núcleo de Transtorno Bipolar da Holiste Psiquiatria, André Doria, fala sobre a cultura do cancelamento. “A psicanálise já nos ensinou que, muitas vezes, precisamos eleger um mestre imaginário para justamente poder destruir a relação com ele. Há uma forma de satisfação perversa nesse movimento: quando aquele ou aquela que elejo como referência não satisfaz às minhas projeções, eu elimino. Cancelo. Como as redes sociais são uma profusão de ídolos para todos os ideais, trazem também a profusão do efeito reverso: o ódio pelo ideal frustrado”, explica.

Ao imaginar o mundo perfeito, as pessoas buscam a perfeição e, segundo o psicólogo, aí está o problema – essa relação de identificação é bastante frágil. “Ao decidir seguir uma celebridade que defende uma determinada causa, por exemplo, a relação de quem a segue é uma relação de representação: aquela celebridade me representa. Uma ação, uma palavra, um gesto, fora do que os seguidores esperam e que foge ao traço que os identificam com celebridade, transforma o sentimento de admiração em ódio. É aí que reside a fragilidade dessas identificações: elas só se sustentam quando o outro reflete o que eu penso, o meu ponto de vista”, detalha Dória.

Alice complementa: “É um advento da nossa modernidade que afeta emocionalmente a forma como elas se veem ou mostra como podem estar dependentes dos likes e até da autoimagem, associando sua importância ao que o outro curte”, destaca a psicóloga.

Os profissionais alertam que precisa ser avaliado se o uso da internet não virou um vício, para que não estejam procurando algo que não é real. “Talvez haja uma pista que sirva para nos orientar: quando perdemos a capacidade de escolha, nos vemos reféns do uso compulsivo”, finaliza Dória.

(Fonte: Trópico Comunicação)