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Edifício da antiga Bolsa Oficial de Café completa 100 anos em setembro

Santos, por Kleber Patricio

Foto: https://www.museudocafe.org.br/en/museum/pictures/.

Em 2022, o palácio da Bolsa Oficial de Café, onde hoje está localizado o Museu do Café (MC) – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo –, completará 100 anos em 7 de setembro, no compasso das comemorações do Bicentenário da Independência.

Originalmente, a Bolsa Oficial de Café começou a funcionar em 1917 em um prédio localizado na Rua XV de Novembro com a Rua do Comércio. Em 1920, a Câmara Sindical de Corretores de Café, responsável pelo funcionamento da instituição, já requeria ao Governo do Estado de São Paulo a urgência da construção de uma nova sede diante do crescimento das negociações do grão e do número de corretores: começava, então, o processo para desapropriação dos imóveis no terreno que abrigaria o novo edifício, seguido do início das obras, a cargo da Companhia Construtora de Santos, de Roberto Simonsen.

A inauguração do palacete foi planejada – e não por acaso – para integrar a programação das Comemorações do Primeiro Centenário da Independência, em 1922. Esse evento, mais do que uma mera solenidade, foi elencado como um momento de inflexão por diferentes grupos intelectuais e políticos para definir e se inserir na formação de uma identidade nacional.

Nesse contexto, a nova sede transcendia a função de abrigar a Bolsa, possuindo também um aspecto de monumento ao café e ao poderio econômico de São Paulo. Foram utilizadas modernas técnicas construtivas, bem como materiais importados e nacionais de primeira qualidade, além de uma grande variedade de artífices para alcançar esse resultado. Conforme planejado, em 1922, integrando as comemorações do Centenário da Independência do Brasil, o palácio, que trazia a força do agronegócio cafeeiro, foi inaugurado.

A Bolsa Oficial de Café na Contemporaneidade  

Hoje, no Salão do Pregão, estão dispostas três obras idealizadas e executadas pelo pintor Benedicto Calixto: a possível cena de leitura do foral da Vila de Santos por Brás Cubas; a idealização da Vila de Santos em 1822, segundo estudos do artista com base em fotos e documentos; e a situação da cidade em 1922.

Foto: divulgação.

O ambiente ainda é composto do vitral “A epopeia dos bandeirantes” e de diversos outros símbolos maçons, como a estrela de seis pontas no centro do piso ou a organização do cadeiral e das colunas. Assim, 2022 é um marco na história do Museu e do seu edifício-sede.

Neste ano, as festividades pelo centenário começaram cedo: no mês de março, o Salão do Pregão recebeu a intervenção da artista Flávia Junqueira, que disponibilizou durante um final de semana balões de diversas cores e alturas para interação com os visitantes. Na sequência, foi aberto Programa de Residência Artística, que deu a oportunidade para seis artistas trazerem suas perspectivas sobre Santos em 2022.

O aniversário propriamente dito foi comemorado em 1º de setembro, com uma grande festa, que teve como público-alvo autoridades políticas, empresas e profissionais atuantes no setor de agronegócio, cultura e economia criativa. O evento contou com uma recepção aos convidados, jantar, apresentação musical e um leilão com as obras de arte resultantes do Programa de Residência Artística, sendo o valor arrecadado revertido para as atividades-fim do Museu. Reunindo cerca de 400 pessoas, a celebração visou dar luz aos novos projetos do MC, que incluem a internacionalização das ações, a requalificação da exposição de longa duração e os programas voltados à visibilidade da cafeicultura contemporânea.

Já a programação para o dia oficial do Centenário do palácio da Bolsa Oficial de Café, comemorado em 7 de setembro, contou com a miniópera “Domitilla”, resultado da parceria com o Consulado-Geral da Itália e se baseia nas cartas de D. Pedro I à Marquesa de Santos, a própria Domitilla. No mesmo dia, aconteceu, ainda, o workshop “Drinks com Café”, ministrado pelo líder/head bartender e barista da Cafeteria do Museu, Rogério Rabbit, que demonstrou bebidas elaboradas com o grão. Na ocasião, também foi lançado um drink em comemoração do aniversário do edifício.

Nessa entoada, o MC promoverá, inclusive, em 1º de outubro, uma nova edição da feira temática Mercado Coffee, que contará com pequenos produtores e diversas marcas de cafés especiais, além de produtos à base do grão. O objetivo é oferecer aos coffee lovers várias opções de grãos gourmet e métodos de preparo.

Museu do Café

Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP

Telefone: (13) 3213-1750

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)

R$10,00 e meia-entrada para pessoas com mais de 60 anos, aposentados, estudantes, crianças e jovens entre 8 e 16 anos, professores da rede particular de ensino e jovens de baixa renda entre 15 e 29 anos

Grátis aos sábados

Acessibilidade no local

www.museudocafe.org.br.

(Fonte: Museu do Café | Assessoria de Comunicação)

Orquestra Sinfônica da Unicamp realiza 2ª edição da “Semana da Música de Câmara”

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: Ton Torres.

Nos dias 14, 15, 21 e 22 de setembro, a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) apresenta a segunda edição da Semana da Música de Câmara, evento especial que contará com três concertos: Quinteto de Sopros, Quinteto de Metais e Quarteto de Cordas. Os encontros, gratuitos, acontecem integram a programação especial em comemoração aos 40 anos da Sinfônica.

Na quarta-feira, 14, a primeira apresentação fica por conta do Quinteto de Sopros. No programa, a obra “Pedro e o Lobo”, uma versão para quinteto de sopros com narração, peça do compositor russo Serguei Prokofiev. No dia seguinte, quinta, dia 15, será a vez do Quinteto de Metais se apresentar.

Já nos dias 21 e 22, quarta e quinta, respectivamente, o Quarteto de Cordas da Sinfônica da Unicamp encerra a segunda edição do evento com “A morte e a donzela”, do compositor austríaco Franz Schubert.

Os eventos são gratuitos e integram a programação especial da Sinfônica em comemoração aos 40 anos de fundação. Não há ingresso. As entradas serão por ordem de chegada. Fique atento aos dias e horários.

Serviço:

Semana da Música de Câmara OSU (2ª edição)

Auditório da ADUnicamp

14/9, quarta-feira, 20h | Quinteto de Sopros OSU

15/9, quinta-feira, 20h | Quinteto de Metais OSU

22/9, quarta-feira, 20h, ADUnicamp | Quarteto de Cordas OSU

Endereço: Av. Érico Veríssimo, 1479 – Cidade Universitária, Campinas – SP.

Paróquia do Divino Salvador (Cambuí)

21/9, quarta-feira, 18h | Quarteto de Cordas OSU

Endereço: Av. Júlio de Mesquita, 126 – Cambuí, Campinas – SP.

Evento gratuito.

(Fonte: Ciddic | Unicamp)

Mostra leva acervo do MAM de São Paulo ao Instituto CPFL

Campinas, por Kleber Patricio

Tarsila do Amaral, Paisagem, 1948, óleo sobre papel sobre papelão. Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini.

Entre 14 de setembro e 10 de dezembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo leva obras emblemáticas de seu acervo ao Instituto CPFL, em Campinas. Com curadoria de José Armando Pereira da Silva, a mostra, intitulada “Arte Moderna na Metrópole: 1947-1951 – Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo” convida o público a conhecer a consolidação da cultura modernista brasileira. Originalmente programada para ter início em abril de 2020, a exposição foi adiada em razão da pandemia da Covid-19.

A seleção eleita por José Armando traz 45 obras do acervo do Museu, assinadas por Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Clóvis Graciano, Emiliano Di Cavalcanti, Emídio de Souza, José Antônio da Silva, Lívio Abramo, Lucia Suané, Mário Zanini, Mick Carnicelli, Oswaldo Goeldi, Paulo Rossi Osir, Raphael Galvez, Rebolo Gonsales, Roger Van Rogger, Sérgio Milliet, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret. Trata-se de uma retrospectiva de exposições ocorridas na Galeria Domus, ponto de referência no cenário artístico paulistano da primeira metade do século XX.

O Brasil passava pelo processo de redemocratização e nova constituição depois de 15 anos de governo de Getúlio Vargas, e São Paulo se consolidava na condição de metrópole com dois milhões de habitantes – ambiente propício para o surgimento de polos culturais.

osé Antonio da Silva (Sales de Oliveira, SP, Brasil, 1909 – São Paulo, SP, Brasil, 1996) – “Procissão”, 1948 – óleo sobre tela – 36,4 x 46,9 x 4 cm.
Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini

Um ano antes da inauguração do MAM, em 1947, nascia a Galeria Domus, espaço fundado pelo casal de imigrantes italianos Anna Maria Fiocca (1913–1994) e Pasquale Fiocca (1914–1994), cuja atuação contribuiu para impulsionar o mercado de arte moderna da época.

“Durante os cincos anos de funcionamento da galeria, o movimento artístico ganhou novas instâncias com a instalação do Museu de Arte de São Paulo, dos Museus de Arte Moderna no Rio e em São Paulo, da Bienal e dos Salões Paulista e Nacional de Arte Moderna. O panorama se diversificou com novas tendências. Esse dinamismo, que elevava alguns artistas da Domus para um nicho histórico, conduzia outros para o foco de debates”, explica o curador.

Gerente executiva do Instituto CPFL, Daniela Pagotto explica: “A arte é uma ferramenta de transformação de realidades, pois resgata a nossa identidade cultural e a nossa história. Vamos receber uma nova exposição, em parceria com o MAM São Paulo, para celebrar o centenário do modernismo no Brasil. Essa é uma importante programação para que a população da região metropolitana de Campinas visite as obras de grandes nomes deste movimento. Também teremos uma agenda de arte e educação voltada para atender escolas e grupos de visitas guiadas”.

Mário Zanini (São Paulo, SP, Brasil, 1907 – São Paulo, SP, Brasil, 1971) – “Rua de Angra dos Reis”, 1940 – óleo sobre tela, 68,3 x 52,3 x 3,5 cm. Coleção MAM São Paulo, doação Carlo Tamagni, 1967. Foto: Romulo Fialdini.

“O espírito moderno que predominava na década de 1940 foi decisivo para a fundação do MAM e, agora, por meio desta parceria com o Instituto CPFL, lançamos um olhar ao passado para refletir acerca da função dos museus e das instituições artísticas na atualidade. Para ampliar a experiência da exposição, o MAM Educativo realizará diversas atividades abertas ao público, iniciativa que reitera o compromisso pedagógico do Museu também em suas itinerâncias”, afirma Elizabeth Machado, presidente do MAM São Paulo.

Serviço:

Arte Moderna na Metrópole: 1947-1951 – Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Curadoria: José Armando Pereira da Silva

Local: Galeria de Arte do Instituto CPFL

Realização: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1632 – Chácara Primavera, Campinas

Período expositivo: 14 de setembro a 10 de dezembro de 2022

Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; sábado e feriados: 10h às 16h; domingo – fechado

Agendamento de visitas: monitoriainstitutocpfl@gmail.com

Telefone: (19) 99818-4607 WhatsApp| (19) 3756-8000.

(Fonte: a4&holofote comunicação)

Bosque do Saber recebe sistema de captação de água de chuva

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Funcionário da Secretaria de Serviços Urbanos utiliza água de chuva para a rega das plantas. Fotos: Divulgação.

A Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Indaiatuba trabalha em parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) em projeto para uso de água de chuvas em prédios públicos. O projeto é uma das ações desenvolvidas por Indaiatuba dentro da diretiva Gestão das Águas do Programa Município VerdeAzul. A proposta é avaliar a eficiência do sistema de reuso de água instalado na Escola Municipal Bosque do Saber para reduzir o consumo de água potável. O projeto é utilizado para a irrigação de jardins, lavagem de pátios e descarga de sanitários.

Ações como esta renderam à cidade a 19ª posição no Ranking Ambiental dos Municípios Paulistas de 2021, divulgado pelo Governo do Estado na semana passada.

No Bosque do Saber, a captação é feita nos telhados do prédio com a utilização de calhas que direcionam a água da chuva para um reservatório instalado no lado externo.  O sistema implantado no local tem capacidade para armazenar 5 mil litros.

Reservatório do sistema de captação de água de chuva instalado no prédio do Bosque do Saber.

Conforme explicou o técnico do SAAE Adriano Prochowski, a ideia de fazer a captação e utilização da água da chuva nos prédios públicos foi motivada pela necessidade de se buscar formas alternativas para obtenção de água, que está cada vez mais escassa no mundo inteiro. “É um sistema relativamente simples, mas que leva à diminuição da demanda de uso de água potável e gera economia ao município. Armazenar a água de chuva em reservatórios diminui o volume de água nas galerias pluviais e ainda ajuda a evitar enchentes. A ação também proporciona a consciência ecológica entre as pessoas, fazendo com que essa prática seja replicada em mais lugares”, reforçou.

Os trabalhos começaram em 2019 e, inicialmente, a água coletada era utilizada apenas para a lavagem do pátio e na irrigação das plantas. Nas primeiras observações, notou-se que nos meses mais chuvosos não se utilizava muita água para irrigação e também diminuía a lavagem dos pátios, razão pela qual em 2020 foram realizadas adaptações técnicas no sistema para ampliar a utilização do mesmo nas descargas do prédio e possibilitar o aproveitamento contínuo da água coletada, principalmente nos períodos chuvosos.

Com o objetivo de avaliar a eficiência do sistema, entre os meses de janeiro a dezembro de 2021 foram feitas medições para calcular a economia de água proporcionada pelo sistema de coleta e reservação de água de chuva no Bosque. “Estamos comparando o volume de água consumida antes e depois da instalação do sistema de captação de água de chuva e avaliando sua eficiência quanto à distribuição da água para as áreas internas e externas do prédio”, afirma.

A partir dos resultados, a equipe responsável pela execução do projeto poderá verificar a possibilidade de otimização ou ampliação do projeto e sua viabilidade para atender mais prédios públicos.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Peixes ornamentais: saiba curiosidades sobre esses pets

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Imagem de jcomp no Freepik.

Quando se fala em animais de estimação, logo vem à cabeça os cachorros e os gatos, que são muito populares. Mas o brasileiro também nutre uma paixão pelos peixes ornamentais, o que é chamado de aquarismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11 milhões de pessoas mantêm aquários em casa no Brasil.

“Para quem tem uma vida corrida, os peixes podem ser uma excelente escolha e têm algumas vantagens com relação a outros pets. Ao contrário de gatos e cachorros, por exemplo, eles são silenciosos, ocupam pouco espaço, precisam de menos interação e requerem menos recursos para sua criação em casa”, opina o médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Frederico Fontanelli Vaz.

Segundo evidências científicas, os primeiros peixes surgiram há cerca de 530 milhões de anos e, atualmente, existem mais de 23 mil espécies deles na natureza. Por muito tempo, foram importantes para a subsistência humana, alimentando populações durante a história da humanidade.

Como surgiu o aquarismo?

Os egípcios antigos podem ser considerados os pais do aquarismo. Para estudar o nado e o comportamento dos peixes – e, assim, prever cheias ou secas no Rio Nilo –, esse povo construía uma espécie de tanque de argila e vidro. Dessa forma, estava criada a base para os aquários modernos.

Com o passar do tempo, a prática se desenvolveu na China e no Japão, chegando depois à Europa, e o aquarismo virou um hobby e se espalhou pelo mundo. Os amantes dos peixes passaram a realizar o cruzamento de espécies para chegar às diversas cores e formas dos peixes ornamentais que vemos hoje.

A seguir, o médico veterinário elencou algumas curiosidades sobre esses animais que encantam tantas pessoas.

Peixe morre pela boca?

O ditado popular diz que devemos tomar cuidado com o quê e para quem falamos algo – e os peixes morrem ao abrir a boca para pegar uma isca e são puxados para fora da água pelo anzol.

Os peixes se alimentam na natureza quando estão com fome e quando há alimento disponível. Quando disponível, podem se alimentar várias vezes ao dia, mas depende do hábito alimentar da espécie, se é herbívora, onívora ou carnívora.

A alimentação em excesso dos peixes ornamentais pode causar problemas de saúde, assim como o acúmulo de sobras de ração no fundo dos aquários. Essa sobra de alimento pode modificar a química da água, aumentar os níveis de toxinas e ser muito prejudicial a saúde dos peixes. Por isso, o tutor deve tomar cuidado em não oferecer alimento em excesso ao animal.

Peixes têm pálpebras e ouvidos?

A maior dos peixes não tem pálpebras. É por isso que existe a lenda de que eles não dormem: sem pálpebras, eles não podem fechar os olhos, parecendo estar sempre acordados. Para descansar, eles buscam um local mais “aconchegante”, que pode ser uma estrutura de pedras na natureza ou uma determinada parte do aquário.

Outra curiosidade é que eles não dormem profundamente como os mamíferos terrestres – parecem mais reduzir sua atividade e metabolismo enquanto permanecem em estado de alerta, tendo funções restauradoras similares à atividade de dormir dos humanos.

Esses animais também não têm um pavilhão auditivo externo (orelha externa), mas em compensação, possuem orelha interna que os torna capazes de captar sons e vibrações vindos da água. No ambiente doméstico, o barulho da casa pode irritá-los, deixando-os estressados – e isso pode atrapalhar seu apetite, crescimento e reprodução.

Peixes podem ter falta de ar?

Por incrível que possa parecer, sim. Assim como acontece com os humanos, eles precisam trocar oxigênio com o ambiente. O peixe Betta, por exemplo, possui um órgão chamado labirinto que permite a respiração fora da água. Assim, ele pode subir até a superfície para respirar. Caso a água do aquário esteja com pouca disponibilidade de oxigênio ou encontre algum empecilho para emergir, ele pode sim morrer sufocado. Por isso, é importante que os tutores fiquem atentos com a troca de água.

Peixes bebem água?

Sim. Os peixes absorvem água através da pele e brânquias num processo chamado de osmose ou osmorregulação. Assim, regulam a quantidade de sais no interior de seu organismo. É uma espécie de troca de fluidos com o ambiente. Exemplo: um peixe sem essa capacidade, se for colocado no mar, perderia água de seu corpo por osmose, podendo desidratar e morrer. Isso também ocorreria se um peixe de água doce fosse colocado em água salgada.

Assim, o peixe de água doce tem mais sais em seu organismo do que a água do meio externo: a água entra em seu corpo naturalmente e ele não precisa beber água. Já os peixes de água salgada precisam absorver muita água para garantir o equilíbrio do organismo, pois eles têm menos sais do que o ambiente externo e a água sai continuamente do seu corpo.

Outra curiosidade: os peixes fazem bastante xixi e a urina do peixe de água salgada é mais concentrada do que a do peixe de água doce. Além disso, eles também fazem fezes na água; por isso é importante manter a limpeza do aquário.

Peixes sentem frio?

Sim. Os peixes são animais ectotérmicos, cuja regulação da temperatura do corpo depende de fontes externas, como a luz do sol ou superfícies quentes. Dependendo da espécie envolvida, os aquários precisam ter fontes térmicas. Expostos a temperaturas baixas, o metabolismo desses animais pode desacelerar, reduzindo até o apetite dos bichinhos.

Vaz acrescenta alguns pontos de atenção para quem está pensando em ter peixes em casa. “Na hora de adquirir o animal, é importante perguntar sobre os hábitos da espécie, para evitar, por exemplo, de criar no mesmo aquário um peixe mais tranquilo e outro mais agressivo. Além disso, é preciso ter bastante atenção à limpeza da água e oferecer apenas alimentos indicados para a espécie adquirida”, finaliza.

(Fonte: Ideal H + K Strategies)