Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Galeria Arte132 apresenta exposição “O Sequestro da Independência”

São Paulo, por Kleber Patricio

Helios Seelinger. Foto: Jaime Acioli.

Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil – esse é o mote da exposição “O Sequestro da Independência”, a ser inaugurada no dia 13 de agosto, na Galeria Arte 132. Com curadoria de Lilia Moritz Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, a exposição foi concebida em diálogo com o livro “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro” (Companhia das Letras, 2022), que será lançado no mesmo dia e que narra a construção imagética do mito do 7 de setembro. Os curadores da exposição são, também, os autores do livro. O núcleo curatorial fará uma visita guiada no dia da abertura, às 12h, além de estar disponível para uma tarde de autógrafos das 13h às 15h, em razão do lançamento do livro.

Propositadamente realizada a partir da reprodução de obras muito conhecidas e outras nem tanto, a mostra pretende iluminar as narrativas imagéticas em torno de nossa emancipação política em quatro momentos chave: durante o processo de independência, em 1822; por ocasião da comemoração de seu centenário, em 1922; no ano de 1972, quando a ditadura militar celebrou os 150 anos do evento; e neste ano de 2022. A intenção é demonstrar como se formam diferentes memórias visuais e como cada contexto político “sequestra” significados para que se adequem ao momento e inflamem a imaginação.

Pedro Bruno. Foto: Jaime Acioli.

“Muitas nações se imaginam a partir de uma pintura, a qual, por sua vez, foi imaginada em diálogo com outras telas, muitas vezes estrangeiras. Aqui não foi diferente”, explica o trio de curadores. Mas, para eles, a tela do artista Pedro Américo “Independência ou morte”, de 1888, tem um sentido especial para a construção da nacionalidade do povo brasileiro. “De pintura encomendada pela Comissão construtora do Edifício-Monumento (futuro Museu do Ipiranga) em 1886 e apoiada por D. Pedro II – numa forma de homenagem de filho para pai – foi virando apenas uma ilustração; um retrato fiel do 7 de setembro às margens do Ipiranga, progressivamente despida de seu significado original, autoria e contexto”, ressalta o núcleo curatorial.

Os capítulos abordados no livro giram em torno de seis constatações, estas também transportadas para a exposição. São elas:

1 – Os detalhes de uma tela – vale a pena “ler” uma pintura a partir do todo, mas também por meio de seus detalhes, todos igualmente significativos;

2 – 1822: o fato da proclamação da independência ter acontecido primeiro no Rio de Janeiro, não em São Paulo, às margens do Ipiranga;

3 – O artista Pedro Américo é europeu e nada conhecia das terras brasileiras; portanto, retratou, em seu quadro, uma “independência europeia”, sendo o protagonista D. Pedro e não os populares (localizados no canto esquerdo da tela), uma pintura em tudo desajustada;

4 – 1922: a disputa do protagonismo entre o Museu Paulista (Museu do Ipiranga, SP) e o Museu Histórico Nacional (RJ) para retratar o período da independência, encomendando quadros que ilustrassem momentos e figuras históricas;

5 – 1972: a comemoração ativa dos 150 anos de emancipação política por parte do governo ditatorial militar, que usou isso como estratégia para desviar as atenções da violência que ocorria nas ruas do país;

6 – Outras independências pelo Brasil: estados do Norte e Nordeste brasileiro travaram inúmeros conflitos armados durante esse período. Por isso, passaram a encomendar pinturas que destacavam a atuação de seus líderes locais nas lutas durante as guerras de Independência, rompendo com essa visão sudestina, palaciana, europeia e masculina do processo de independência;

7 – E, por fim, outros ecos do Grito de Independência: a força e popularidade da tela de Pedro Américo no século XX e XXI foram tamanhas que ela virou uma espécie de imaginação nacional. Por isso, foi relida inúmeras vezes por propagandas, sátiras políticas e por artistas contemporâneos que igualmente trataram de “sequestrar significados”.

“Independência ou Morte” – Pedro Américo.

Por ter caráter educativo e revisionário da história do país, a intenção principal dos curadores e da galeria, ao idealizarem a exposição, é que ela percorra diferentes escolas pelos estados do Brasil, levando à educação primária e secundária uma visão plural e mais verossímil sobre a Independência da República, datada de 7 de setembro de 1822. Muito diferente do que foi retratado no quadro de Pedro Américo e em outras obras que D. Pedro encomendou para ilustrar este período, integraram os batalhões durante os conflitos armados mulheres, crianças, indígenas e negros escravizados, os verdadeiros “heróis da independência”.

Sobre os curadores

Lilia Schwarcz é professora titular no departamento de antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, “O espetáculo das raças” (1993), “As barbas do imperador” (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), “A batalha do Avaí” (com Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, 2013), “Brasil: Uma biografia” (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e “Lima Barreto: Triste visionário” (2017, prêmio Jabuti de Biografia). Ao lado de Luiz Schwarcz, com quem é casada, fundou a editora Companhia das Letras em 1986.

Lúcia Klück Stumpf é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de “A batalha do Avaí” (2013).

Carlos Lima Jr. é docente do curso de especialização Museologia, Cultura e Educação da (PUC-SP) e pesquisador e pós-doutorando pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Unicamp. É doutor em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É autor, com Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, de “A batalha do Avaí” (2013).

Sobre a Galeria Arte132

A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas. A galeria Arte132 completa um ano de atividades em 16 de agosto de 2022 e, ao longo deste período, apresentou seis mostras de arte. Segue abaixo a retrospectiva de exposições 2021/2022:

– “Alturas”, de Alex Flemming. De 16 de agosto e 16 de outubro de 2021, com curadoria de Angélica de Moraes.

– “Entre Brasil e Japão, Paris”, de Helena e Riokai. De 8 de novembro de 2021 a 8 de janeiro de 2022 , com curadoria de Madalena Cordaro e Michiko Okano.

– “São Paulo, sua, nossa pauliceia desvairada”, de José De Quadros. De 22 de janeiro a 5 de março de 2022, com curadoria de Tereza de Arruda.

– “Vários 22”. De 19 de março a 21 de maio de 2022, com curadoria de Lilia Schwarcz.

– “Mulheres Artistas: nos salões e em toda parte”. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com curadoria de Ana Paula Cavalcanti Simioni.

– “Jewels by Brazil’s Burle Marx Brothers”, dos irmãos Haroldo e Roberto Burle Marx. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com texto crítico de Antonio Carlos Suster Abdalla.

Serviço:

O Sequestro da Independência

Curadoria e texto crítico: Lilia Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior

Local: Galeria Arte132 – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP

Visita guiada com os curadores: 13 de agosto, sábado, às 12h

Tarde de autógrafos com os autores do livro: 13 de agosto, sábado, das 13h às 15h

Período expositivo: 13 de agosto a 24 de setembro de 2022

Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h

Entrada gratuita

https://arte132.com.br.

(Fonte: A4&Holofote comunicação)

SESC Campinas exibe “São Ateu” no dia 16 de agosto na Mostra Filmes do Interior

Campinas, por Kleber Patricio

Still de “São Ateu”. (divulgação)

Dido é um homem de vida bastante comum, até o dia em que é escolhido por Deus para ser o profeta que vai anunciar ao mundo sua aposentadoria. Se até Deus se cansou da humanidade, o mundo dos deuses também se agita; afinal, é preciso redefinir a ordem espiritual do planeta. A vida de Dido, o ‘São Ateu’, muda radicalmente e ele fica na mira da humanidade, do Diabo e de outros Deuses que querem se aproveitar dos seus poderes de profeta. Esse é o ponto de partida do filme “São Ateu”, longa de estreia de Hiro Ishikawa que será exibido em Campinas no dia 16 de agosto, às 19h, no SESC Campinas, com entrada franca.

A exibição faz parte da Mostra Filmes do Interior, em colaboração com o ICine – Fórum de Cinema do Interior Paulista, que leva para o SESC no mês de agosto filmes produzidos de maneira independente por realizadores do interior paulista. Após as sessões, haverá conversa com o público sobre bastidores, processos criativos e desafios das produções. E mais: oficina gratuita de produção de curta-metragem.

Além da exibição especial de “São Ateu” no dia 16 de agosto, Hiro Ishikawa e Diego da Costa, diretor e produtor do filme, estarão no SESC Campinas para a oficina presencial “Faça Você Mesmo! Realização De Curtas Com Celular”.

A proposta é inserir o aluno iniciante em todo o processo de produção de um curta-metragem de ficção – desde sua concepção até́ a sua finalização – utilizando apenas o seu celular, já que o cinema é uma linguagem que pode ser expressa com qualquer câmera. Para realização da atividade basta que o participante tenha o aplicativo InShot instalado no seu aparelho celular.

As oficinas serão realizadas aos domingos, sempre das 14h às 18h, começando no dia 14 de agosto, até 4 de setembro. As inscrições gratuitas podem ser feitas pela internet, por este link: https://inscricoes.sescsp.org.br/online/#/inscricao?unidades=75.

As atividades serão realizadas na sala de atividades 4 do SESC Campinas, que fica na rua Dom José I, 270/333, Bonfim – Campinas.

Sobre o filme “São Ateu”

Falando de religião e relações de poder de maneira questionadora e bastante irreverente, ‘São Ateu’ mistura comédia, fantasia e ficção científica. “Tento mostrar no filme um mundo paradoxal, quase sem sentido, onde a fé e o poder se combinam de maneira divertida e trágica, o que nos leva a uma estranha sensação lúdica de viver num mundo onde tudo é possível apesar de todas as impossibilidades”, comenta o diretor. Formado em Imagem e Som pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Hiro Ishikawa é diretor de diversos curtas-metragens premiados em festivais nacionais e dois documentários televisivos, incluindo “A Plebe é Rude”, que estreou em 2016, no Canal Brasil e colocou Hiro em contato com Clemente Tadeu Nascimento, músico na banda Plebe Rude e fundador da banda Inocentes. Considerado um dos pioneiros do punk rock no país, ele encarna uma versão de Jesus no filme ‘São Ateu”.

O diretor Hiro Ishikawa. Foto: divulgação.

Paulo César Peréio, um dos grandes atores do cinema nacional, é o próprio Deus. Com cerca de 80 longas metragens no currículo, o gaúcho também acumula inúmeros trabalhos na televisão e, por muitos anos, foi uma das vozes mais requisitadas no mercado da propaganda.

O Diabo é o personagem de Zemanuel Piñero, que iniciou carreira no teatro na década de 1970. Com passagens pela televisão, em novelas da TV Globo como “Caminho das Índias”, “Passione”, “Avenida Brasil” e, mais recentemente, “Amor de Mãe” (2021), atuou em séries como “A Vida Secreta dos Casais” (HBO) e “Rua Augusta” (TNT). No cinema, os trabalhos incluem “O Cheiro do Ralo”, “O Doutrinador” e “Trabalho Sujo”.

Mesmo com Deus, Jesus e o Diabo, a família de Dido é, no fundo, a personagem principal do filme. “Afinal, quando se fala de religião, automaticamente falamos de família, de verdade”, pontua o cineasta, que escolheu um casal, Dado e Paula Marcondes, atores de circo e teatro de Araraquara/SP, que contracenam com sua filha Laura no filme. Trailer: https://youtu.be/3zSuOfWpGS4.

“São Ateu” nasce das experiências pessoais do diretor Hiro Ishikawa, que passam pela infância católica e adolescência punk. Agora, como cineasta, dá vida a essa mistura na tela de maneira bem peculiar. “Na forma, optei por mudanças bruscas na narrativa, como se a cada momento fosse possível acontecer um milagre, um acontecimento inesperado, um mistério…”, explica.

Still de “São Ateu” (divulgação).

Segundo o diretor, o desenvolvimento do roteiro levou em conta as limitações de orçamento, a começar pelo tema. “Sempre gostei de roteiros ambiciosos que trabalham com grandes questões da humanidade, com complexas estruturas narrativas no espaço-tempo. Queria falar sobre algo que fosse grandioso, mas que ao mesmo tempo fosse nada, no sentido material, por causa dos custos. Um filme sobre fé precisa só de pessoas”, conta Hiro, que pensou em locações e pessoas conhecidas para trabalharem como assistentes na equipe técnica ou atuando em papéis secundários. “Fiquei muito animado porque essa experiência de certa forma me remete aos elencos de Fellini, em que grandes atores contracenavam com não-atores que foram escolhidos pela aparência e gestos singulares”.

Feito basicamente com recursos próprios de Ishikawa e da equipe técnica, que disponibilizou serviços, equipamentos e apoio, ‘São Ateu’ se tornou um filme bem paulista, com gravações feitas nas cidades de Bragança Paulista, Socorro, São Roque Monte Alegre do Sul e Pinhalzinho, ao longo de dois anos, com imagens de estúdio feitas em São Paulo. Contando com a fase de pós-produção, o trabalho levou quatro anos para ser finalizado e mais um longo tempo de espera para chegar às telas, em razão das restrições para encontros presenciais com o público durante a pandemia do coronavírus.

AGENDA

Em julho, ‘São Ateu’ passou pelo festival internacional Sci-Fi Floripa International, na Mostra de filmes convidados, em Florianópolis/SC. A estreia oficial nos cinemas foi em São Paulo, com sessão especial no dia 6 de agosto no Cine Bijou, em São Paulo, seguida por uma exibição em Araraquara, no dia 13. Em Curitiba, o filme chega à Cinemateca no dia 6/10.

Still do filme (divulgação).

“São Ateu” é produzido e distribuído pela Pietà Filmes e Produções. Contemplado no edital de licenciamento do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 41/2020, o filme ficará disponível também na plataforma gratuita de streaming #CulturaEmCasa, pelo link https://culturaemcasa.com.br/.  Idealizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, a plataforma #CulturaEmCasa reúne centenas de conteúdos inéditos das instituições culturais do Governo de São Paulo, além de conteúdos de outras instituições e de artistas e produtores independentes, com acesso 100% gratuito para o público.

Serviço:

Estreia “São Ateu” em Campinas

Data: 16/8 (3ªf)

Horário: 19h

Local: Teatro do SESC Campinas – Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim, Campinas – SP

Entrada franca

Mais informações: https://www.sescsp.org.br/programacao/sao-ateu/

Gênero: Comédia, Fantasia, Ficção Científica

Ano de produção: 2019

Duração: 71’

Classificação indicativa: 12 anos

Mais informações sobre o filme nas redes sociais da Pietà Filmes:

Facebook: https://www.facebook.com/pietafilmes/

Youtube: https://www.youtube.com/c/pietafilmes

Instagram: @pietafilmes

(Fonte: A2N Comunicação)

Orquestra Experimental de Repertório apresenta espetáculo audiovisual inspirado na astrologia no Theatro Municipal

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Rafael Salvador.

Para os apaixonados por astrologia e música, o Theatro Municipal apresenta neste domingo, 14 de agosto, um espetáculo imperdível: a Suíte “Os Planetas”, do inglês Gustav Holst. A obra será apresentada neste domingo, às 11h, na Sala de Espetáculos, pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, sob a batuta do maestro Jamil Maluf, acompanhados do Coral Paulistano, do Coral Jovem da Escola Municipal de Música e, ainda, de uma projeção visual dos planetas que acompanha cada movimento da suíte, correspondente a um planeta, proporcionando ao público uma experiência inesquecível.

Mesclando uma visão mitológica e astrológica dos planetas Marte, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno – Plutão ainda não havia sido descoberto –, Holst apresenta por meio de andamentos, melodias e instrumentações contrastantes toda personalidade conferida aos temperamentos de cada um desses astros, correspondentes a mitos dentro de uma perspectiva astrológica. Logo no início do espetáculo, o espectador é conduzido a uma viagem que vai da atmosfera bélica de Marte, deus da guerra, passando pela harmonia e serenidade de Vênus, até chegar aos metais de Saturno e a um Netuno místico, numa espécie de viagem musical interplanetária pelos universos interior e exterior.

Marco da música expressionista, a estreia de “Os Planetas” aconteceu há pouco mais de 100 anos, em 29 setembro de 1918, no Queen’s Hall, mas havia sido composta entre 1914 e 1916. “Essa partitura é uma aula de orquestração, pois, sem lançar mão de recursos muito sofisticados, Holst consegue trabalhar utilizando uma paleta de timbres maravilhosos, o que faz dessa obra um exemplo de criatividade, que exerce sua influência até os dias de hoje”, explica o maestro Jamil Maluf, que rege o concerto.

O espetáculo será apresentado neste domingo, às 11h, com ingressos que vão de R$10 (meia) a R$30. O mesmo concerto será reapresentado na sala São Paulo na série de Concertos Matinais no dia 20/8.

Serviço:

Os Planetas, de Gustav Holst

Theatro Municipal – Sala de Espetáculos

14/8 – 11h

ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO

CORO JOVEM DA ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA E CORAL PAULISTANO

Jamil Maluf, regência

Maíra Ferreira, regente do Coro Jovem e do Coral Paulistano

Classificação livre

Duração total 55 minutos

Ingressos R$10,00 a R$30,00 (inteira).

(Fonte: Approach Comunicação)

Documentário sobre genocídio de indígenas estreia em setembro no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Crianças carregando fardos de borracha. Foto de Roger Casement (1910).

“Segredos do Putumayo”, documentário dirigido por Aurélio Michiles, estreia no dia 1º de setembro no CineSesc, em São Paulo, dentro da programação do Mês Amazônia. Em parceria com o Consulado Geral da Irlanda no Brasil, a exibição do dia 1/9 às 20h será gratuita, seguida de debate aberto ao público e contará com a presença do ator Stephen Rea. O astro irlandês participou de sucessos como “V de Vingança”, “Entrevista com o Vampiro” e “Traídos pelo Desejo”, pelo qual foi indicado ao Oscar em 1993 na categoria “Melhor Ator”. Em “Segredos do Putumayo” ele dá voz a Roger Casement, nacionalista irlandês que serviu como Conselheiro Britânico no Rio de Janeiro e que foi incumbido por Londres de investigar os crimes cometidos contra os indígenas do Putumayo pela Peruvian Amazon Company, em 1910. Angus Mitchell, historiador e escritor do livro “O Diário de Roger Casement”, que inspirou o filme, também estará presente, junto com a ativista índigena Vanda Witoto.

O filme passou por diversos festivais importantes, como Hot Docs e Vancouver Intl Film Festival (Canada), Galway Film Fleadh e Foyle Film Festival (Irlanda), Rencontres du Cinema Latino-americain (França), AFI DOCS (EUA), Festival de Cine de Lima (Peru), entre outros.

Luz Marina, do povo Uitoto, em cena do documentário “Segredos do Putumayo”. Foto: André Lorenz Michiles.

Com produção de Patrick Leblanc e roteiro de Aurélio Michiles, Danilo Gullane e André Finotti, o documentário conta com a participação do historiador Angus Mitchell, do escritor Milton Hatoum e de importantes moradores dos quatro povos (Uitoto, Bora, Okaina e Muinames) habitantes de La Chorrera (Colômbia) que dão seu testemunho sobre os fatos acontecidos em seu território.

“Mais de um século depois dos acontecimentos trágicos vividos pelos povos indígenas do Putumayo, relacionados ao extrativismo da borracha nos países amazônicos, ainda persiste uma insidiosa agressão contra os direitos humanos e contra aqueles que ousam defender os povos indígenas. Aqui no Brasil, de acordo com os órgãos responsáveis, até maio de 2022, 19 ativistas já foram assassinados. A Colômbia, onde aconteceu o massacre do Putumayo, relatado por Roger Casement em seu ‘Diário da Amazônia’, é hoje, o país que mais persegue ativistas dos direitos humanos. As lutas das comunidades amazônicas por direitos à autodeterminação e justiça básica perduram diante das ondas selvagens do desenvolvimento econômico e de uma intolerância cultural e racial crescente”, afirma Aurélio Michiles.

Stephen Rea, ator que interpreta Roger Casement no filme “Segredos do Putumayo”. Crédito da foto: Associação Cultural Field Day.

“O documentário é filmado com uma inteligência, pertinência e sensibilidade raras. O filme é uma imersão naquilo que o colonialismo branco produziu de pior e tem uma extraordinária força política. Ao mesmo tempo, carrega essa semente de resistência que é a mirada de Roger Casement. Que personagem único”, elogia o cineasta Walter Salles.

Sinopse | “Segredos de Putumayo” é um documentário que narra as investigações do ativista irlandês Roger Casement, então cônsul britânico no Brasil, sobre a escravização e o assassinato de milhares de indígenas que eram forçados a trabalhar na coleta de borracha. No filme, a voz de Casement é interpretada pelo ator Stephen Rea.

Ficha Técnica

Direção: Aurélio Michiles

Voz de Roger Casement: Stephen Rea (Participação Especial)

Roger Casement / ator: Dori Carvalho

Roteiro: Aurélio Michiles, Danilo Gullane e André Finotti

Direção de Fotografia: André Lorenz Michiles

Edição: André Finotti

Música Original: Alvise Migotto

Desenho de Som e Mixagem: Ricardo Reis (ABC), Miriam Biderman (ABC)

Um filme Produzido por: Patrick Leblanc

Produção: 24 VPS FILMES

Duração: 83 min.

Serviço:

Segredos do Putumayo – direção Aurélio Michiles

Sessão especial: 1/9 às 20h*

*Exibição seguida de debate. Grátis. Retirada de ingresso 2h antes na bilheteria

Veja o teaser aqui.

CINESESC

Rua Augusta, 2075 – São Paulo (SP)

Acompanhe a programação no site do SESC.

Sobre a distribuidora O2 Play | A O2 Play é dirigida por Igor Kupstas sob a tutela de Paulo Morelli, sócio da O2 Filmes e faz parte do grupo O2, que tem como sócios também o cineasta Fernando Meirelles e a produtora Andrea Barata Ribeiro. Em atividade desde 2013, a O2 Play se diferencia das demais distribuidoras por trabalhar além de cinema, TV e vendas internacionais, o VOD (Video on Demand), licenciando conteúdo para mais de 30 plataformas digitais. Já foram mais de 50 filmes lançados em cinemas, entre títulos brasileiros premiados, como “Sócrates” e “Chorão – Marginal Alado”, e internacionais, como “O Irlandês”, “Dois Papas” e “Não Olhe Para Cima”, em parceria com a Netflix, e “Annette”, que abriu o Festival de Cannes 2021, em que ganhou a Palma de melhor direção. Mais informações neste link.

(Fonte: Agência Lema)

Brasil recebe Congresso Mundial de Flamenco

Brasil, por Kleber Patricio

“Las tribulaciones de María – Proyecto Fronteras”. Fotos: assessoria de María Pagés.

Com o objetivo de mostrar ao mundo a importância do Flamenco, após ter sido declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o Instituto Cervantes organiza o Congresso Mundial de Flamenco, evento que já passou por países como Estados Unidos, Marrocos e Inglaterra e que visa criar um espaço de reflexão por meio de cinco linhas temáticas – a Palavra, o Corpo, a Transformação e o Futuro, a Mestiçagem e a Diversidade, e as Emoções.

Por meio de uma programação multidisciplinar de reflexão e exibição artística e com a finalidade de aproximar a arte flamenca do público brasileiro, o congresso apresenta o España Baila, um programa da turnê que será realizado pela bailarina e coreógrafa María Pagés, prêmio Princesa de Astúrias das Artes 2022, e sua companhia de dança. Os encontros, gratuitos, acontecerão em quatro capitais brasileiras com diferentes formatos: ensaios abertos, exibição de documentário e encontros com María Pagés.

O programa de España Baila será realizado em quatro centros do Instituto Cervantes do Brasil: abre-se o ciclo em Curitiba, onde o Instituto Cervantes exibirá o documentário “Las tribulaciones de María”, de El Arbi El Harti, dia 19 de agosto às 19h, no Cine Passeio, Rua Riachuelo, 410. Ao final da projeção, acontecerá um bate-papo entre o diretor do documentário e María Pagés.

A segunda atividade será na cidade de São Paulo: o Instituto Cervantes da capital paulista realiza um encontro com María Pagés, intitulado “Dança Flamenca – Constantes e Variantes de Uma Arte por Vir”, dia 22 de agosto às 19h, na Av. Paulista, 2439, e também o ensaio aberto “Flamenco em processo”, dia 23 de agosto às 15h, no Teatro Alfa, Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro.

No Rio de Janeiro, a bailarina falará sobre dança, coreografia e técnicas de sapateado a partir de uma perspectiva de trabalho muito pessoal. O encontro ocorrerá dia 25 de agosto, às 18h, no auditório do Instituto Cervantes – Rua Visconde de Ouro Preto, 62 – Botafogo. Já no dia 26 de agosto, às 15h, a Companhia apresentará o “Flamenco em Processo: ensaios abertos ao público”, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Praça Floriano, s/n – Centro.

Para finalizar o ciclo de España Baila no Brasil, María Pagés visitará a sede do Instituto Cervantes de Porto Alegre para dialogar com o público da cidade. Será no dia 1º de setembro, às 19h na Rua João Caetano, 285.

“Una Oda al tiempo”.

Além das atividades de España Baila organizadas pelo Instituto Cervantes, a Companhia de María Pagés volta aos palcos brasileiros junto à parceria de Dell’arte Soluções Culturais, desta vez com “Una Oda al tempo”, um espetáculo composto por oito bailarinos e um grupo de sete músicos que percorrerão cinco capitais: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Sobre María Pagés | nasceu em Sevilha, em 1963, no bairro de Triana. Iniciou sua carreira nas Companhias de Antonio Gades, Rafael Aguilar e Mario Maya, para mais tarde fundar a sua própria. Idealizou espetáculos como “El perro andaluz”, “Bulerías”, “La tirana ou Flamenco Republic”, com sucesso dentro e fora da Espanha. Em 1992, criou a coreografia Tango, estreada no Auditório do recinto da Expo’92 de Sevilha. Entre 1996 e 1997, foi diretora do Centro Andaluz de Dança. Dois anos depois, a Prefeitura de Torrelodones ofereceu ao seu grupo se estabelecer no Teatro Bulevar como companhia residente. Dividiu cenário com outras artistas, como Tamara Rojo ou Marianne Faithfull. Também participou em filmes como “Carmen ou El amor brujo”, de Carlos Saura, e “La bella Otero”, de José María Sánchez.

A projeção cinematográfica e os encontros com María Pagés são gratuitos; entretanto, os ensaios são mediante reserva antecipada.

Serviço:

España Baila em São Paulo

Dia: 22 de agosto às 19h

Encontro com María Pagés: “Dança Flamenca – Constantes e variantes de uma arte por vir”

Onde: Instituto Cervantes São Paulo

Av. Paulista, 2439

Inscrições: belen.fiallos@cervantes.es

Quanto: gratuito

Dia: 23 de agosto às 15h

Ensaio aberto: “Flamenco em Processo”, com María Pagés

Onde: Teatro Alfa

Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro.

Inscrições: belen.fiallos@cervantes.es

Quanto: gratuito

Maria Pagés em “Una Oda al tempo”

Onde: Teatro Alfa

Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro.

Dias: 23/08 – 20h30 | 24/08 – 20h30

Preços: de R$50,00 a R$220,00

Onde comprar: https://www.dellarte.com.br/content/maria-pages-compania-rio-de-janeiro-theatro-municipal.

(Fonte: Iara Filardi Assessoria de Comunicação)