Número de mortes maternas em 2021 excedeu 57% o número de mortes do mesmo tipo em 2020
Rio de Janeiro
Como parte do programa “Diversos 22 – Projetos, Memórias, Conexões”, realizado pelo SESC São Paulo ao longo do ano em celebração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e ao Bicentenário da Independência do Brasil (1822), será inaugurada no SESC Pompeia a exposição “Flávio de Carvalho Experimental”, com curadoria de Kiki Mazzuchelli e curadoria adjunta de Pollyana Quintella.
“Com a licença que as manobras de Flávio de Carvalho permitem arriscar, é possível conjeturar que parte importante da ação cultural realizada pelo SESC, hoje, já se encontrava, em alguma medida, encarnada no corpo-fazer-obra desse polímata das artes. Como também o comprovam os artistas contemporâneos presentes nessa exposição, seu legado experimental encontra-se vivo e, mais que isso, transubstanciado em produções e instituições artísticas atuais”, destaca Danilo Santos de Miranda, diretor do SESC São Paulo.
Realizada em razão das reflexões acerca de ambas as efemérides de 22, a mostra revisita a produção de Flávio de Carvalho e traz um panorama das suas importantes contribuições no período de transição entre as vanguardas do início do século XX e sua relação com o experimentalismo radical da década de 1960, tais como a Tropicália, Cinema Novo e o Concretismo. “Com sua obra, somos levados a considerar como as manifestações modernas no Brasil foram fundamentalmente atravessadas por contradições entre modernidade sociocultural e a modernização econômica, bem como por elementos antagônicos, como o profano e o religioso, o artesanal e o tecnológico, o rural e o urbano, elite e ‘povo’, instituições liberais e hábitos autoritários, democracia e ditadura”, afirmam as curadoras.
Dividida em quatro núcleos – Arquitetura, Teatro, Experiências (que exploraram aspectos relativos à performance, moda e religiosidade) e Retratos –, a mostra traz documentações e 52 obras históricas de Flávio de Carvalho, concebidas de 1930 a 1973, além de contar com 18 trabalhos de dez artistas e dois coletivos cuja produção emergiu já no século XXI. Para construir esse diálogo entre o passado e o presente estão: arquivo mangue | camila mota y cafira zoé, Ana Mazzei; Antônio Tarsis; Cibelle Cavalli Bastos; Cristiano Lenhardt; Crochê de Vilão; Engel Leonardo; Guerreiro do Divino Amor; Maxwell Alexandre; Panmela Castro; Pedro França; e Teatro Oficina.
“Tais artistas não apenas apontam desdobramentos contemporâneos de aspectos importantes da obra de Flávio, como também, em alguns casos, manifestam contradições e fragilidades expressas na obra deste artista, à luz das discussões do presente e da necessidade de compreender as falhas e limites que compõem a narrativa hegemônica em torno do modernismo brasileiro”, ponderam as curadoras.
Segundo Mazzuchelli e Quintella ainda, a exposição, ao tomar como ponto de partida o caráter experimental de Flávio de Carvalho e suas reverberações no presente, propõe uma abordagem inovadora de sua obra que se pauta pelas ideias (e não pelas categorias de atuação) que o artista desenvolveu em sua trajetória e que cumpriram um papel fundamental na expansão dos limites daquilo que é considerado arte. “A mostra busca oferecer uma visão mais aprofundada da contribuição fundamental de Flávio de Carvalho no período de transição entre as vanguardas do início do século e o experimentalismo radical da década de 1960, bem como mostrar a atualidade de questões levantadas por sua obra nos dias de hoje”, completam.
Flavio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa RJ 1899 – Valinhos SP 1973)
Pintor, cenógrafo, escritor, teatrólogo e um dos um dos pioneiros da arquitetura moderna no país, já em 1931 realizou sua primeira intervenção no espaço público, o que hoje se convencionou a chamar de performance, na qual caminhou contra o fluxo de uma procissão de Corpus Christi nas ruas do centro de São Paulo (Experiência n.2,). Dois anos mais tarde, escreveu e dirigiu a peça “O Bailado do Deus Morto”, assegurando seu lugar como um dos precursores do teatro moderno brasileiro. Sua primeira exposição aconteceu em 1934 e incluiu uma vasta seleção de pinturas, desenhos e esculturas influenciados por tendências expressionistas e surrealistas. Flávio cumpriu, ainda, um papel importante como animador cultural na década de 1930 por meio dos inúmeros artigos e entrevistas que publicou em jornais e revistas, bem como pela organização de uma série de exposições e conferências que contaram com a participação de convidados locais e internacionais num momento em que o circuito artístico da cidade de São Paulo ainda era bastante provinciano. Pensador ávido e interessado nos campos da etnologia e da psicanálise, apresentou suas teorias pouco ortodoxas em congressos acadêmicos na Europa, América do Sul e Estados Unidos. Em 1956, quase aos 60 anos de idade, lançou publicamente seu “New Look” (Experiência n.3), um traje de duas peças idealizado para o homem tropical que consistia de um blusão e uma saia plissada. Embora Flávio de Carvalho tenha conquistado reconhecimento por setores da crítica ao longo de sua carreira – sobretudo pela produção em meios mais tradicionais –, suas proposições de caráter mais radical e experimental continuam sendo apresentadas como episódios isolados dentro da historiografia da arte brasileira.
Sobre as curadoras
Kiki Mazzucchelli (São Paulo, 1972) atua desde o início da década de 2000 como curadora. Nos últimos cinco anos, sua pesquisa tem se voltado à ampliação e ao aprofundamento das narrativas historiográficas da arte. É autora e editora de inúmeras publicações com foco em artistas da América Latina. Recentemente organizou as monografias de Tonico Lemos Auad (Koenig, 2018) e Marcelo Cidade (Cobogó, 2016). É co-fundadora do espaço independente Kupfer (Londres, 2017) e da residência para artistas brasileiros na Gasworks (Londres, 2017). Desde o início de 2022, é diretora artística da Galeria Luisa Strina.
Pollyana Quintella (Rio de Janeiro, 1992) é pesquisadora, crítica cultural e curadora da Pinacoteca de São Paulo. Graduada em História da Arte pela EBA-UFRJ (2015), é mestre pelo PPGAV-UERJ (2018) com pesquisa sobre o crítico Mário Pedrosa e doutoranda pelo PPGHA-UERJ. Foi colaboradora do Museu de Arte do Rio (MAR) na área de pesquisa e curadoria entre 2018 e 2020. Escreve para diversos periódicos culturais e leciona História da Arte Brasileira.
Serviço:
Flávio de Carvalho Experimental
De 31 de agosto de 2022, às 10h, a 29 de janeiro de 2023
Terça a sexta, das 10h às 21h
Sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h
Local: Galpão
Grátis
Livre
SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
Local não dispõe de estacionamento próprio.
Protocolos de segurança | O uso da máscara, cobrindo boca e nariz, é recomendado. Se você apresentar os sintomas relacionados à Covid-19, procure o serviço de saúde e permaneça em isolamento social.
Para informações sobre outras programações, acesse o portal: SESCsp.org.br/pompeia
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(Fonte: Pool de Comunicação)
A última edição da revista científica The British Medical Journal, uma das mais influentes na área da saúde, acrescenta importantes contribuições sobre o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde pública de vários países. Carlos A. Monteiro, pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), e Geoffrey Cannon, pesquisador sênior da mesma instituição, escreveram o editorial que abre a nova edição do periódico, que será publicada no dia 31 de agosto.
Os pesquisadores começam o editorial definindo que os alimentos ultraprocessados, pertencentes ao grupo quatro da classificação NOVA, são formulações industriais obtidas a partir da desconstrução de alimentos integrais que os transformam em componentes químicos, alterando e recombinando-os com aditivos. O resultado desse processo é o surgimento de produtos que aparecem como alternativas para alimentos frescos minimamente processados e refeições preparadas na hora.
“Não raro, esses alimentos têm como ingredientes aditivos cosméticos, que dão cor, sabor, aroma e textura, mimetizando alimentos in natura. Um exemplo é o biscoito recheado de morango, com cor, sabor e aroma próximos aos do morango, mas sem a presença da fruta na composição”, explica o pesquisador Monteiro.
Inclusive, as mudanças de rótulos dos produtos nas prateleiras dos supermercados já são percebidos pela população. Segundo a reportagem da BBC, existem diversos relatos de alimentos que empobreceram a fórmula e a qualidade nutricional em razão da crise econômica, situação confirmada por Monteiro. “O leite condensado é um exemplo. O leite subiu quase 80% apenas neste ano, o que tornou seus derivados muito mais caros. Quando a indústria passa a oferecer a “mistura láctea”, o leite é, em parte, substituído por ingredientes como soro de leite e amido, e pode ganhar aroma artificial de leite condensado – ou seja, temos um alimento ultraprocessado”, informa o pesquisador.
Dessa forma, os estudos na área de epidemiologia nutricional têm aumentado nas últimas décadas. A nova edição da revista The British Medical Journal traz uma descoberta importante: os pesquisadores concluíram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a ocorrência do câncer colorretal. “Hoje, temos um conjunto robusto de evidências científicas que mostram a associação do consumo de alimentos ultraprocessados com maiores riscos de desenvolvimento de quadros de obesidade, sobrepeso, diabetes, hipertensão e dislipidemias”, explica o autor do editorial.
Diante desse cenário, Monteiro afirma que existem alternativas que podem ser feitas para atenuar os impactos dos alimentos ultraprocessados na saúde dos brasileiros, como a iniciativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, em outubro, aprovará uma nova rotulagem de alimentos a fim de auxiliar a população a reconhecer alimentos com excesso de açúcares, sódio e gordura saturada. “Outras ideias seriam a taxação de bebidas açucaradas (como sucos de caixinha e refrigerantes) e a regulação da publicidade de ultraprocessados (principalmente aquela destinada ao público infantil)”, conclui Monteiro.
Um projeto de lei (PL 239/22) dispõe sobre a regulamentação da publicidade de alimentos com altos teores de açúcar e ultraprocessados. Segundo a Câmara dos Deputados, “o texto proíbe que a propaganda sugira o consumo imoderado de alimentos ultraprocessados com grande quantidade de açúcar ou atribua a eles benefícios à saúde, ao crescimento ou ao desenvolvimento de crianças e adolescentes”. O projeto aguarda parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
(Fonte: Agência Bori)
Começou na última sexta-feira (26) a primeira fase de testes do AmazonFACE, projeto que irá simular um aumento na emissão de gás carbônico (CO2) em 50% na composição atmosférica atual para medir os impactos causados por essa mudança climática na floresta amazônica. Isso será feito por meio de “torres de CO2” — e a primeira delas, construída em Campinas (90 km da capital paulista), acabou de ser concluída.
A proposta é entender como o aumento de CO2 atmosférico pode afetar a resiliência da floresta amazônica e a biodiversidade que ela abriga. Trata-se tanto de avaliar a contribuição da Amazônia para o clima global (por meio da regulação da ciclagem de carbono e da água para a produção de chuvas), mas também de verificar se a floresta amazônica terá a capacidade de se manter no futuro. “É o primeiro experimento desse tipo em qualquer floresta tropical do mundo”, explica David Lapola, um dos coordenadores do projeto e pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.
Nesta primeira fase, o experimento contará com 32 torres de CO2 a serem instaladas na floresta — como a que acaba de ser testada em Campinas — de 35 metros de altura, 2m x 2m de base e peso estimado em 1,6 tonelada de alumínio. A altura é equivalente a um prédio de dez andares, suficiente para ultrapassar a copa das árvores da floresta Amazônica. As torres serão distribuídas em dois anéis com 30 m de diâmetro, cada anel com 16 torres.
Cada torre de CO2 injetará diariamente cerca de três toneladas de CO2 no interior das parcelas experimentais, expondo a vegetação a uma concentração atmosférica de CO2 cerca de 50% acima da concentração atmosférica atual de gás carbônico. Como explica Carlos Alberto Quesada, pesquisador do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e também coordenador do AmazonFACE, um único voo internacional de longa distância, ida e volta, num avião de grande porte, emite o equivalente à emissão de CO2 que será emitido pelo AmazonFACE durante um ano do experimento.
Após a conclusão da produção e montagem da primeira torre de CO2, começam os testes da tecnologia FACE (Free-Air Co2 Enrichment, na sigla em inglês). A expectativa é de que até o final de 2022 as 32 torres estejam concluídas e que se dê início à instalação na reserva florestal de pesquisa do INPA, em Manaus (AM). Com a conclusão da instalação das torres de CO2, o experimento poderá ser iniciado.
Os coordenadores do AmazonFACE explicam que o CO2 liberado para a execução da pesquisa no meio da floresta, bem como em todas as etapas de produção das torres, será compensado na forma de reflorestamento.
O AmazonFACE é um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), executado sob a coordenação institucional do INPA e da Unicamp e com cooperação internacional. Em 2021, o programa recebeu o financiamento de 2,25 milhões de libras (cerca de R$17 milhões) do governo britânico por meio do Met Office, o Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, e o repasse será feito através de um acordo com o INPA e a Unicamp, com possibilidade de novos aportes anuais. O projeto conta também com o investimento de R$32 milhões de Ação Transversal do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). De acordo com o Secretário do MCTI, a assinatura do acordo para o financiamento da próxima etapa do projeto deve ocorrer ainda em agosto.
(Fonte: Agência Bori)
Celebrando dez anos da sua primeira edição, o projeto Caos On Canvas retorna ao circuito – agora, ainda mais potente e diverso. Com edições anteriores ligadas às temáticas do surf e skate, Didu Losso, idealizador do projeto, elegeu o Meio Ambiente e as Cidades como fio condutor para as intervenções sob fotografias. A exposição fica aberta ao público de 1º a 30 de setembro no jardim da Casa das Rosas (SP) com entrada gratuita e depois segue viagem para o interior do estado.
Dezoito artistas brasileiros e estrangeiros, sob curadoria de Didu Losso e Sergio Scaff, foram convidados para a empreitada de produzirem arte sobre fotografias impressas em telas, captadas pelo renomado fotógrafo Lucas Lenci. As imagens, como um conjunto, passeiam por paisagens que propõem lugares de encontro entre o meio ambiente e as cidades no Brasil e mundo afora.
Sobre as imagens, bordados, acrílico, spray, plástico e muita tinta carregam ainda mais as cenas de sentido e convidam o espectador a refletir sobre os caminhos possíveis de convivência entre os dois meios – natural e inorgânico. Uma camada de realidade aumentada permite ainda que, direcionando a câmera do celular para a obra, o visitante possa ver a fotografia original, antes das intervenções.
A montagem ganha peso extra pelo projeto expográfico, que evolui o conceito da exposição, anteriormente de pintura sobre fotografia, para um novo momento, com uma grande instalação, composta por 18 fotografias expostas dentro de esculturas de metal que se assemelham a mini containers, juntamente com quatro painéis inspirados também em portas de containers. À base de metais, os materiais ajudam a compor a percepção de contraponto entre o orgânico e industrial, ao mesmo tempo em que circundam sem interferir na percepção das obras. “Caos On Canvas traz no cerne as premissas de ser coletivo, instigante e radical. O que antes era por meio dos esportes, agora aprofundamos o diálogo para jogar luz no tema das cidades e suas interferências no meio ambiente”, explica Didu Losso, idealizador, curador e também um dos artistas do projeto. “Dentro disso, nada mais natural que o time de artistas convidados também seja diverso, de variados suportes e linguagens, de diferentes lugares do globo, incluindo um coletivo de artistas com deficiência visual da Associação Laramara”, detalha.
São eles: Guto Lacaz, Gilberto Salvador, California Locos (Coletivo Californiano: John Van Hamersveld, Dave Tourjé e Nano Nobrega), Sandra Lapage, Tommy D Los Angeles, Soberana Ziza, Alessandra Rehder, Anna Guilhermina Baglioni, Fabio Haben, Paulo Pitombo & Ricardo Agapê (Coletivo Laramara), Felipe Innocente, Fernanda Eva, Karl Limbeck, Neno Ramos, Sandra Lapage, Skinny Dog, Tché Ruggi e William Baglione.
Itinerância
Após um mês de exposição na Casa das Rosas, a mostra segue para uma temporada de itinerância pelo interior de São Paulo.
Por fim, o cineasta Antônio Frugiuele comanda um documentário com imagens e entrevistas sobre o processo de criação, produção, exibição e viagens do projeto, que será lançado no final dessa turnê para fechar o projeto na cidade de São Paulo.
Histórico
Inspirada na teoria do caos e no álbum “Chaos A.D.”, do Sepultura, que introduziram no cenário heavy metal inovações sonoras e estéticas, em 2011, Didu Losso criou o projeto Caos on Canvas, que é muito mais que uma exposição de arte uma vez que também promove ações sociais como a criação do “Beco da Fepa” em Jundiaí em 2019, uma iniciativa de revitalização da entrada da comunidade Fepasa juntamente com o Supermercado Tauste, Prefeitura e SESC da cidade.
A ideia da mostra é provocar artistas a criarem obras em fotografias impressas em canvas, ou seja, com a base de uma tela já iniciada, buscando misturar linguagens – artes plásticas e fotografia – e artistas de diversos estilos, especialmente buscando trazer para as telas a arte não usual a este suporte, como de grafiteiros, estilistas e tatuadores.
As duas primeiras edições tiveram a temática de esportes radicais; a primeira, em 2012, o skate, e em 2016 o surfe, ambas com fotografias dos maiores nomes do esporte retratados, como Gabriel Medina, Bob Burnquist, Christian Hosoi, Adriano de Sousa e Tony Alva, entre outros, e grandes nomes da arte, como o mestre da pintura japonesa Kaoru Ito, o lendário tatuador Maurício Teodoro, o artista visual e líder da banda Rancid Tim Armstrong, um dos mais conceituados artistas de bordado dos Estados Unidos, Tul Jutargate, e os artistas com deficiência visual da Associação Laramara, entre outros.
Serviço:
Caos on Canvas
1º a 30 de setembro, jardim da Casa das Rosas (São Paulo)
Endereço: Av. Paulista, 37 – Bela Vista, São Paulo – SP
Informações Casa das Rosas: (11) 3673-1883
Horário: segunda a domingo, das 7h às 22h
Entrada gratuita.
(Fonte: Agência Prioriza)
A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí receberá na próxima quarta-feira, 31 de agosto, a maestrina Wassi Carneiro e a pianista Mariana Virgilli para um concerto no Teatro Procópio Ferreira, às 20h30. O programa terá obras de Edgar Girtain, Clara Weick Schumann e a 5ª Sinfonia de Beethoven. A entrada é gratuita e os ingressos já podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou pessoalmente, na bilheteria do teatro, aberta de terça à sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h.
O público poderá contemplar a obra “Cuatro Postres” (“Quatro Sobremesas”, em português), do compositor norte-americano e radicado no Chile Edgar Girtain, com a regência da maestrina Wassi Carneiro. Como explica o musicólogo Giovanni Baldini, a obra traz peças que representam quatro saborosas guloseimas. “Torta de tres leches” é um “animato” burbulhante construído em um ritmo de ¾. “Waffle with Ice cream” um “moderato” mais triunfante e orgulhoso (e com um uso sofisticado dos sopros), “Créme Brûlée” um delicioso e delicado trabalho de contraponto que nunca perde agilidade e sinuosidade e “Apple Pie à la mode” um digno “finale”, sempre inspirado no ritmo das danças populares, que conclui uma obra fresca, leve e saborosa.
Na sequência, o programa traz “Concerto para piano Op. 7 em lá menor”, com solo de piano de Mariana Virgilli. A obra foi composta por Clara Wieck quando esta tinha, então, apenas 13 anos de idade. “É um impressionante exemplo de como a fresca inspiração pode juntar-se com uma escrita absolutamente madura, e mesmo que a influência de Chopin é muito clara, o ouvinte pode mergulhar em um fluxo melódico sem ter que perdoar alguma imaturidade (que poderia até ser compreensível por uma artista ainda adolescente). Essa obra é já preenchida daquele romantismo livre das rígidas estruturas clássicas e o terno diálogo com o violoncelo no segundo movimento é arrepiante. O ‘Finale’, uma homenagem ao virtuosismo de Chopin, que ao contrário daquele de Liszt, fica sempre expressão de uma musicalidade autêntica e nunca espetacular”, destaca Giovanni Baldini.
O repertório finaliza com uma das mais famosas e tocadas obras de Ludwig van Beethoven: a “Sinfonia nº 5 em dó menor op. 67”, sob regência de Emmanuele Baldini. “Os quatro movimentos dessa Sinfonia podem ser vistos como uma grande viagem que, a partir da batalha interior (primeiro movimento), passando pela serenidade pacifica (segundo movimento), parte a pouco a pouco para um impulso convencido (terceiro movimento) antes de decolar (quarto movimento) em direção do triunfo moral de quem soube ultrapassar as dificuldades e os obstáculos da existência, o que torna ainda mais ‘humana’ essa Quinta Sinfonia”, acrescenta Giovanni.
A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí foi criada em 1985 e tem cerca de 60 integrantes. Tem como objetivo propiciar aos(às) bolsistas uma ampla experiência do repertório sinfônico e uma antevisão de um possível ambiente de trabalho. Já recebeu regentes convidados consagrados, como Roberto Tibiriçá e Gottfried Engels. Também convidou solistas renomados, como Alex Klein, Fabio Cury, Rosana Lamosa e Emmanuele Baldini, entre muitos outros.
Seu coordenador e regente titular, Emmanuele Baldini, é Spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e membro do Quarteto de Cordas Osesp. Nascido em Trieste, Itália, iniciou os estudos de violino com Bruno Polli. Aperfeiçoou-se na classe de virtuosidade de Corrado Romano em Genebra, com Ruggiero Ricci em Berlim e Salzburgo e, em música de câmara, com o Trio de Trieste e com Franco Rossi, violoncelista do Quartetto Italiano. Recebeu o Prêmio de Melhor Instrumentista da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA (2017) e foi agraciado pelo Governo do Estado de São Paulo com a Medalha Tarsila do Amaral por seus méritos artísticos (2021). Venceu o primeiro concurso internacional aos 12 anos e, mais tarde, o Virtuositè de Genebra e o primeiro Prêmio do Fórum Junger Künstler de Viena. Apresentou-se em recitais nas principais cidades italianas e europeias e participou de longas turnês pela América do Sul, Estados Unidos, Europa, Austrália e Japão. Tem gravados mais de 40 CDs, entre outras importantes atuações.
Serviço:
Concerto da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Regente convidada: Wassi Carneiro
Pianista convidada: Mariana Virgilli
Coordenação e regência: Emmanuele Baldini
Data: 31 de agosto, quarta-feira
Horário: 20h30
Local: Teatro Procópio Ferreira
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Entrada gratuita.
(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)