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Janaína Leite explora potencialidades da realidade virtual na instalação “Deeper”

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Rodrigo Salles.

Pensar em como a realidade virtual pode ser incorporada ao campo artístico foi uma das ideias que inspiraram a diretora Janaína Leite em seu novo trabalho, “Deeper”, em cartaz no Itaú Cultural (Av. Paulista, 149) com sessões a cada trinta minutos a partir das 11h até 10 de março de 2024.

Trata-se de uma instalação com codireção de Ultra Martini e concebida em parceria com a artista visual Leandra Espírito Santo que propicia uma experiência imersiva híbrida, mesclando a presença física e uma vivência 3D completamente digital. A partir desse tripé – artes cênicas, artes visuais e tecnologia – a obra transita entre os territórios da loucura, do sonho e da morte; sejam nas suas dimensões acidentais, sejam induzidos a partir dos estudos sobre psicodelia. Esses estados revelam uma extensa plasticidade do que hoje entendemos por consciência e parece ressoar também na investigação sobre as tecnologias utilizadas na realidade virtual.

O mundo digital está cada vez mais intensamente presente nas nossas vidas e gera mudanças significativas na subjetividade humana, já que as fronteiras entre o mundo físico e o virtual estão sendo borradas. “O que nos interessa é a possibilidade de pensar a ‘dissociação’ como paradigma de subjetivação do qual ainda não podemos prever as consequências: uma vida entre mundos, entre a realidade e a ficção, entre a pessoa e as suas representações virtuais, por meio de seus avatares. Tudo isso parece ser um campo fértil para as linguagens artísticas em suas múltiplas hibridizações”, explica Janaína no projeto.

Sobre a instalação

O público tem até 60 minutos – entre a entrada e a imersão com óculos 3D – para desfrutar dessa iniciativa que explora diversos estados do corpo e da mente. “Como estar com os óculos de realidade virtual perturba bastante os sentidos, é possível experimentar novas sensações sem correr nenhum risco real. Dá até para simular quedas. Inclusive, na área da Psiquiatria, por exemplo, tem acontecido algumas ações com pessoas que têm fobias”, conta Janaína.

A proposta de “Deeper” é produzir a dissociação entre o corpo físico e o corpo virtual, explorando e questionando as fronteiras do corpo em situações limite. Quem embarcar nessa jornada transita por câmaras e corredores repletos de provocações sobre vida, morte e pornografia – elementos bastante presentes nas criações de Janaína Leite.

Na sala denominada “Glory Hole”, por exemplo, concebida por André Medeiros Martins com a participação de doze performers, os espectadores entram em contato com fetiches diversos. Já no espaço onde se lê nas paredes digitais “I am my own laboratory”, o público experimenta, sob o ponto de vista em primeira pessoa, uma cena de suspensão corporal.

Completam a equipe multidisciplinar Renato Navarro (desenho de som), Marcos Vinicius (desenho de luz) e Flávio Barollo (criação audiovisual com inteligência artificial). A convite da Edinburgh Fringe Society como parte da iniciativa Voices from the South e contemplados pelo edital “Arte no Metaverso” do Itaú Cultural, os artistas, em parceria com Rafael Steinhauser como dramaturgue e a plataforma anitya.space, conceberam esse projeto, unindo teatro e tecnologia digital.

Sobre a plataforma anitya.space e ‘Deeper’

Os espaços virtuais de “Deeper” foram criados na plataforma anitya.space por Conrado Andrade e Vitor Milagres, possibilitando a experiência imersiva 3D da peça. Além disso, por conta da ação de Pedro Jardim, um dos fundadores da ferramenta, e um grande time, o trabalho pôde alcançar o público. “Quando Janaína Leite e Rafael Steinhauser nos procuraram para integrar a plataforma imersiva anitya na construção da peça de teatro Deeper, percebemos a oportunidade de demonstrar a capacidade e potencial das experiências imersivas no mundo das artes. Já temos experiências imersivas aplicadas com realidade virtual e realidade aumentada no metaverso em várias áreas, incluindo games (onde nasceu originalmente), educação, desenhos e projetos industriais e profissionais. Agora, com Deeper, mostramos que pode também ser usada em artes cênicas”, explica Pedro Jardim, CEO da anitya.

A experiência consiste em um circuito de realidade virtual no qual o espectador caminha por diversas salas assistindo e interagindo dramaturgicamente com as multimídias alocadas no espaço virtual. Cada sala tem o intuito de provocar no público sensações diferentes, definidas a partir da pesquisa da equipe de criação de Deeper acerca de reações do corpo e da mente em situações extremas.

A pesquisa também abrange o deslocamento do aspecto mental virtual e do corpo físico. Nesse sentido, o VR é interessante pois dá ao público a liberdade de escolher por onde caminhar, olhar e interagir, sempre direcionado (guiado) pela própria arquitetura virtual e pelo roteiro da peça.

Percurso criativo

A curiosidade pelas potencialidades do universo virtual no campo das artes começou durante o confinamento decorrente da pandemia de Covid-19. Com os espetáculos teatrais se aventurando pelas plataformas digitais, Janaina Leite, em parceria com André Medeiros Martins, Lara Duarte e Ultra Martini, convidaram diversos artistas para investigar as dramaturgias do corpo e da presença mediadas unicamente pelo espaço digital.

Foi uma ampla pesquisa que resultou nas experiências “Peça” (prêmio APCA de melhor espetáculo online), espetáculo documental idealizado por Marat Descartes e dirigido por Leite; “Camming 101 noites”, que joga com a estrutura de trabalho das “camgirls”; e o pornoshow “O armário Normando”, em que o público era convidado a transitar por salas virtuais com performances pornográficas interativas.

Seguindo essa linha da sexualidade, no espetáculo presencial “História do Olho – um conto de fadas porno-noir”, a partir da obra de Georges Bataille, as questões apresentadas anteriormente são ampliadas ao serem trabalhadas as práticas fetichistas e a body art no limite entre a estética e o ritual.

Agora, em “Deeper”, acontece uma união de todos esses elementos tão caros a Janaína Leite: arte e vida, teatro e pornografia, corpo e virtualidade. “Acredito que a obra seja bem legal para se pensar em novas maneiras de se fazer teatro, em uma união diferente com o audiovisual e com a tecnologia”, afirma a diretora.

Com produção da Corpo Rastreado, a obra se apresentou em 2023 e início de 2024 no formato de work in process no Festival de Edimburgo, na Escócia; no Festival Santiago a Mil, no Chile, e no Festival Mix Brasil, em São Paulo.

Sinopse | “Deeper” é uma experiência imersiva que une arte e realidade 3D, para explorar e questionar o corpo e a consciência em situações limite. Os territórios da loucura, do sexo, da psicodelia e da proximidade com a morte, mostram uma extensa plasticidade do que hoje entendemos por consciência humana, o que acontece também na investigação sobre as tecnologias que utilizam a realidade virtual. O projeto lança hipóteses sobre uma nova linguagem, que tem na dissociação entre corpo físico e corpo virtual, espaço real e espaço digital, potencialidades inexploradas. A experiência acontece principalmente através de óculos 3D e conta com instalação da artista visual Leandra Espírito Santo.

Ficha técnica

Concepção, direção e pesquisa: Janaina Leite

Codireção e concepção sonora: Ultra Martini

Dramaturgia: André Medeiros Martins, Janaina Leite, Lara Duarte, Ultra Martini

Texto: Lara Duarte

Gravação e edição de vídeo: Vic Von Poser

Assistência audiovisual: Júlia Rô, André Voulgaris, Matheus Brant

Música original e desenho de som: Renato Navarro

Dramaturgue: Rafael Steinhauser

Criações audiovisuais com inteligência artificial: Flávio Barollo

Projeto “Fetiches” – de André Medeiros Martins

Performers: Acácio Abreu, Bel Six, Carlos Jordão, David Medrado, Dom Barbudo, Fernando Brutto, Georgia Vitrilis, Imacullado, Joe, Pamkada, Pombo Morcego, Darktitah

Suspensão corporal:Darktitah, Pombo Morcego e Pamkada

Equipe: anitya.space

Conrado Andrade – líder de desenvolvimento

Vitor Milagres – designer 3D e visualidade

Miguel Medeiros – designer 3D

Kelso Fujimoto – designer de jogos

Pedro Jardim – coordenação geral

Instalação “Cena Oca #1”

Concepção e realização: Leandra Espírito Santo

Assistente artístico e projeto 3D: Francisco Soares

Desenho de luz e sistema de câmera de segurança – Marcus Vinícius

Consultoria e Coordenação Técnica VR: Robson Catalunha

Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes Oliveira

Designer gráfico: Samuel Alves de Jesus

Produção – Corpo Rastreado: Ariane Cuminale, Gabi Gonçalves e Fernando Pivotto

Colaboração: André Fischer, Lucas Maximiano, Rodrigo Salles, Rui Afonso, Gabriel Saito

Núcleo de pesquisa “Fundo”: Ery Gabixi Caozito Baesse, Lívia Machado, Lucas Guilherme Sollar, Lucas Miyazaki, Thais Della Costa, Robs Wagner, Caíque Andreotti e Felipe Thaça

Palestrantes: Lyara Oliveira e Zaika dos Santos

Plataforma de experiência imersiva 3D: anitya.space

Realização: Itaú Cultural

Produção: Corpo Rastreado

Coprodução – Olhares Instituto Cultural: Fernando Braun

Apoio: Edinburgh Fringe Festival, Voices From The South, Fundação Teatro a Mil e Festival Mix Brasil

Agradecimentos: Casa da Xiclet, EBAC Online, Grupo XIX de Teatro.

Serviço:

Até 10 de março de 2024

Horários das sessões:

Dia 5: às 11h, 11h30, 12h, 15h, 15h30, 16h, 19h, 19h30, 20h

Dia 6: às 11h, 11h30, 12h, 19h, 19h30, 20h

Dia 7: às 11h, 11h30, 12h, 15h, 15h30, 16h, 19h, 19h30, 20h

Dia 8: às 15h, 15h30, 16h, 19h, 19h30, 20h

Dia 9: às 12h, 15h, 15h30, 16h, 19h, 19h30, 20h

Lotação: 10 lugares por sessão

Observação: Este trabalho faz uso de óculos de realidade virtual. Certifique-se de que você não tem nenhuma restrição quanto ao uso deste dispositivo. Não recomendado para pessoas com labirintite.

Classificação indicativa: 18 anos

Duração: até 60 minutos

Entrada gratuita: retirada de ingressos presencial, mediante comprovação de 18 anos. As bilheterias estarão abertas 1h antes de cada sessão

Itaú Cultural – Sala Multiuso – 2º andar

Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô

De terça-feira a sábado, das 11h às 20h; domingos e feriados, 11h às 19h

Informações: pelo telefone (11) 2168-1777 e wapp (11) 96383-1663

E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

Acesso para pessoas com deficiência física

Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas

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www.youtube.com/itaucultural.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Happy hour pré e pós arte: restaurante e bar Rivages acolhe amantes de arte e arquitetura

Paris, por Kleber Patricio

Situado a poucos metros do Louvre e da Place Vendôme, hotel de luxo Sofitel Le Scribe Paris abriga o restaurante e bar, que tem arquitetura pensada por Tristan Auer em 2023. Fotos: divulgação/Le Scribe.

A poucos metros do Louvre e da Place Vendôme, o hotel de luxo Sofitel Le Scribe Paris abriga o restaurante e bar Rivages, com arquitetura pensada por Tristan Auer em 2023. O ambiente, de tons pastel sob um teto de vidro, homenageia a história local com toques contemporâneos e arquitetura hausmaniana, inspirando-se na antiga sede do Jockey Club de 1863.

O menu de coquetéis apresenta oito criações do bartender italiano Roberto Catalano a partir de suas conversas com clientes, inspirado também nos pratos assinados pelo seu colega alemão, o chef Martin Simolka. E embora clássicos como mojitos, piñas coladas e coquetéis de frutas sejam os mais consumidos pelos frequentadores, são os drinks assinados por Roberto e sua experiência londrina em mixologia que ganham grande destaque no balcão, que recebe estrelas da literatura, moda e artes de Paris.

Os grandes destaques são “The Billboard”, uma mistura de vodka, manjericão, frutas vermelhas e refrigerante; o “Le Cavalier”, um leve coquetel de rum, licor de abacaxi e manteiga de coco; e “Paris-Lyon” uma fusão de gin, xarope de champanhe e mouse de camomila. As assinaturas vão além dos alcoólicos e apresentam dois mocktails para todos os gostos e idades: “Canadian Railway” e “Escarlier Blanc”.

Localizado no número 1 da Rue Scribe, o restaurante do hotel – que recebeu a primeira sessão de cinema do mundo – abre as portas de segunda a domingo das 12h às 22h.

(Fonte: Promonde Comunicação)

Fungos e bactérias podem ter doado genes importantes para plantas durante processo evolutivo

Belo Horizonte, por Kleber Patricio

Cientistas comprovam que interações de fungos e bactérias com plantas garantiram trocas de genes durante a sua evolução. Foto: Steve Johnson/Pexels.

Genes relacionados à quebra de carboidratos em algas e plantas terrestres atuais podem ter sido doados por fungos e bactérias durante interações ecológicas ancestrais. É o que sugere um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, realizado com apoio do Instituto Serrapilheira. Os resultados, publicados no último dia 28 na revista científica “New Phytologist”, ajudam a entender o passado e o presente desses vegetais, contribuindo com o conhecimento sobre a evolução da vida no meio terrestre.

Pesquisadores investigaram a origem e a evolução de enzimas de plantas chamadas hidrolases de glicosídeos (GH), que são responsáveis pela quebra de carboidratos em diversas linhagens vegetais. Para isso, eles selecionaram algas e plantas terrestres do grupo Archaeplastida e analisaram os genes responsáveis pela codificação das enzimas GHs. A partir daí, compararam os resultados com genomas de diferentes plantas, bactérias e fungos disponíveis em bancos de dados para identificar semelhanças que pudessem revelar sua origem.

A equipe constatou que parte dos genes responsáveis pela codificação das enzimas GH foi incorporada no genoma vegetal após interações com fungos e bactérias. Considerando essas trocas e duplicações internas destes genes ao longo do tempo, o número de genes GH nas plantas passou de cerca de 20, quando a fotossíntese surgiu nas primeiras células com núcleos, os eucariotos, para mais de 400 nas atuais plantas com flores.

Luiz Eduardo Del Bem, da UFMG e autor do artigo, comenta que esse processo deixou implicações que ajudaram a moldar a vida como conhecemos hoje. “Essa linhagem de plantas só conseguiu desenvolver sua atual capacidade de lidar com carboidratos, como os açúcares e polissacarídeos, através da aquisição de genes de bactérias e fungos”, explica. Fonte de energia e elementos estruturais para as plantas, o carboidrato produzido no processo de fotossíntese tem impacto no crescimento e rendimento dos vegetais.

A pesquisa mostra parte do caminho feito pelas enzimas GH até chegarem nas células vegetais onde atuam hoje. “Nosso trabalho sugere que, nas primeiras algas eucarióticas capazes de fazer fotossíntese, a maior parte da atividade das enzimas GH acontecia dentro das células e era ligada ao processamento de carboidratos para conseguir energia”, diz Del Bem. Na medida em que ocorreu a aquisição de um repertório mais diverso de GHs, com origem fúngica e bacteriana, a ação dessas enzimas parece ter migrado para fora e ao redor da célula, na chamada parede celular.

A transferência de genes entre espécies não é exclusiva das plantas. Del Bem confirma que nós, humanos, e outros animais também contamos com genes de origem bacteriana provenientes de processos semelhantes, conhecidos como transferências horizontais. Além da capacidade de transferência direta encontrada em alguns vírus e bactérias, que inspirou a criação de vegetais geneticamente modificados, o pesquisador diz que é possível que organismos ancestrais tenham capturado DNA livre do ambiente e incorporado em seus próprios códigos genéticos.

A partir de agora, os pesquisadores querem descobrir como o fluxo genético entre os organismos deixou as plantas modernas mais complexas. “Queremos entender como as plantas captam nutrientes minerais em meio terrestre e como funciona a ecologia de micro comunidades de solo, compostas por algas terrestres, fungos e bactérias vivendo juntos”.

(Fonte: Agência Bori)

ABC da Gestação: Prefeitura abre inscrições para curso gratuito

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: Blog Cube/Pixabay.

A Secretaria de Saúde de Indaiatuba – município da Região Metropolitana de Campinas (SP) –abriu inscrições, na manhã de segunda-feira (4), para a terceira turma de gestantes do curso ABC da Gestação, que trata temas relacionados a gravidez de forma gratuita para 100 pessoas. Desta vez, o curso acontecerá no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (o ‘Piano’), no Jardim Morada do Sol, a partir de 4 de abril com duração de cinco semanas. Podem participar futuros pais e mães.

A finalidade do projeto ABC da Gestação é oferecer orientações e preparar a família para vivenciar e participar ativamente de todo o processo que envolve a maternidade, paternidade e planejamento familiar, promovendo saúde por meio da informação, desmistificando temas polêmicos, estabelecendo uma relação entre gestante e a rede de apoio da saúde pública, promovendo a relação com os profissionais da saúde e proporcionando uma fase de aprendizado e interação com outras gestantes para o compartilhamento de sentimentos e ideias.

O ABC da Gestação é um projeto desenvolvido pela Secretaria de Saúde em parceria com o vereador e médico pediatra Dr. Othniel Harfuch. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas clicando no link abaixo (ao final do Serviço).

Serviço:

Terceira turma – ABC da Gestação

Data: 2 a 30/4/2024

Local: Centro Cultural Hermenegildo Pinto “Piano” – Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 5924 – Jd. Morada do Sol

Programação

2/4/2024 – 19h: Evolução da Gestação – Ginecologista

2/4/2024 – 20h: Tipos de Parto – Ginecologista

9/4/2024 – 19h: Saúde Mental na Gestação e Puerpério – Psicóloga

9/4/2024 – 20h: Direitos e Deveres da Gestante e Companheiro

16/4/2024 – 19h: Nutrição na Gestação e Introdução Alimentar do Bebê – Nutricionista

16/4/2024 – 20h: Acompanhamento Pediátrico

23/4/2024 – 19h: Amamentação

23/4/2024 – 20h: O bebê nasceu e agora?

30/4/2024 – 19h: Cuidados com o bebê

30/4/2024 – 20h: Encerramento

Inscrições:

https://www.indaiatuba.sp.gov.br/saude/inscricoes-para-eventos/8/.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Pimentas peruanas ganham espaço na cozinha brasileira

Curitiba, por Kleber Patricio

Nuu Nikkei – Camarão Amaz. Fotos: Jennyfer França.

Um ingrediente típico que só podia ser experimentado no Peru vem ganhando as cozinhas criativas pelo Brasil. Os ajís são pimentas típicas do país vizinho, raras de se encontrar no Brasil. Até lembram a pimenta dedo-de-moça, mas trazem aromas e notas diferenciadas, além de grande variedade. Usados de pratos frios a quentes, os ajís vem temperando e realçando sabores exclusivos em espaços renomados.

No Peru, existem pelo menos 50 variedades de ají. Os ajís são marcados não apenas pela ardência típica de pimentas, mas também pelo aroma e sabor. São ricos em vitaminas A e C e figuram os mais diferentes pratos do país. Inclusive, aparecem no ceviche, prato que ajudou a popularizar a cozinha peruana pelo mundo ao trazer, além da pimenta local, peixe marinado em leche de tigre (suco de limão com variados temperos).

Nuu Nikkei – Camarão Amaz (detalhe).

O Ceviche é um dos pratos que o restaurante curitibano Nuu Nikkei inclui esse insumo. “Utilizamos como base para muitos de nossos molhos, como em tiraditos e pratos quentes”, explica o sócio do restaurante, Luiz Araújo. A casa combina influências japonesa e peruana de forma criativa à alta gastronomia, usando desde receitas tradicionais repaginadas como ingredientes típicos dessas cozinhas. Os ajís da casa são importados do Peru para São Paulo, depois chegando a Curitiba. “Os que mais utilizamos são o Amarillo e o Panca”, comenta Araújo. No preparo, é retirada grande parte das sementes, que produzem a sensação de ardência. “Focamos em concentrar apenas no sabor fornecido por eles”, conta Carlos Alata, chef do Nuu Nikkei.

Criação contemporânea com o toque autoral do chef, o Ceviche La Mar traz um molho de ajís peruanos confitados servidos com polvo grelhado, peixe branco e camarão. O ají amarillo aparece também em outra entrada: Tiradito Lima, que leva ainda lâminas de peixe branco, camarão grelhado, edamame e molho peruano. Já o ají panca é usado no molho chupe do Guioza do Sul, apresentado com camarões ao wok, shitake e cebola caramelizada neste preparo. O Chupe é um famoso caldo no Peru, geralmente reforçado com camarões, e o molho do Nuu Nikkei é inspirado nesse caldo.

Nuu Nikkei – Sakana Nuu.

Um prato de sucesso que leva esse insumo é o Camarão Amaz. Os camarões são grelhados com ají amarillo e palmito, apresentado com patacones (bananas crocantes). Outra opção de prato para quem quer saborear esse ingrediente exclusivo é a Fideuà Nikkei. Inovando uma tradição espanhola, o prato traz macarrão fino preparado na panela wok com aspargos, cogumelos, aioli e ají panca, combinados a uma escolha do cliente entre lagosta ou camarão.

Uma criação recente que ganhou destaque nacional é o Paiche Al Horno: Pirarucu laqueado ao molho bbq da casa, saque, finalizado com castanha-do-pará e sal maldon servido com mandioca crocante. O molho bbq da casa recebe ají panca. Essa pimenta também está presente no Arroz Ponja, um arroz salteado na wok com temperos peruanos, vegetais e aioli da casa com uma escolha de proteína (podendo ser porco ou pato). O Sakana Nuu tem ají amarillo no preparo do arroz cremoso ao molho peruano, que leva ainda shitake, queijo parmesão e uma escolha entre peixe branco, atum, lagosta, camarão ou salmão.

Nuu Nikkei – Tiradito Lima.

O Nuu Nikkei funciona de terça-feira a domingo para jantar a partir das 18h e, para almoço aos sábados e domingos, do meio-dia às 15h. A casa fica na R. Fernando Simas, 333 – Mercês. Reservas e informações disponíveis no Instagram oficial @nuunikkei.

(Fonte: P + G Comunicação)