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‘Música na Villa’ leva forró instrumental com Nicolas Krassik para Campinas

Campinas, por Kleber Patricio

Com a proposta de estimular a participação do público geral em concertos de música instrumental, o projeto “Música na Villa” – que já acontece há três anos – leva para os palcos do interior paulista uma grande diversidade de grupos, artistas e gêneros musicais adaptados ao estilo clássico. A nova agenda ocorre no próximo dia 30 de agosto (quarta-feira), em Campinas, quando Nicolas Krassik apresenta seu forró instrumental no Teatro Oficina do Estudante Iguatemi. O evento é gratuito, aberto ao público e acessível para PCDs.

“O projeto oportuniza o conhecimento acerca da música instrumental ao passo em que fomenta a arte e contribui para a formação cultural de quem participa dos eventos”, pontua Anderson Horário, gestor da AH7 Gestão Cultural. “Outro objetivo é desenvolver o senso crítico e aguçar o interesse da população pela música instrumental e erudita atendendo demandas locais por mais cultura e lazer”, completa Ana Paula dos Santos, gestora da Villa 7 Produções Culturais.

Com composições que vão de Luiz Gonzaga a Dominguinhos, Nicolas Krassik também apresenta composições autorais em show com duração estimada em 1h30. Considerado um dos herdeiros da famosa tradição francesa de violinistas de Jazz, além de já ter tocado em festivais internacionais, se aprofundou no universo do forró integrando a banda “Fé de Festa”, de Gilberto Gil.

Para promover a formação de plateia, o projeto realiza também a palestra “Música e Mercado de Trabalho” na sequência do show. Voltado especialmente para professores, educadores e estudantes da rede pública, a ação é gratuita e aberta a qualquer pessoa interessada neste universo. A palestra vai abordar a formação e o papel dos membros (fazendo um paralelo entre uma banda e uma empresa), a importância da comunicação assertiva, da comunicação eficiente e a definição de objetivos, dentre outros tópicos relevantes para o tema.

Viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, “Música na Villa” é apresentado pelo Ministério da Cultura com patrocínio das empresas Chem-Trend e SurTec. A produção fica a cargo da AH7 Gestão Cultural em parceria com a Villa 7 Produções Culturais, com apoio do próprio teatro.

Serviço:

Música na Villa – Campinas

Concerto: quarta-feira, 30 de agosto de 2023, às 20h

Onde: Teatro Oficina do Estudante Iguatemi | Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina – Campinas (SP)

Ingressos: Disponíveis a partir de 20/8 (domingo)  no site Ingresso Digital

Palestra: a partir das 21h30 no próprio Teatro Oficina do Estudante Iguatemi

Setlist: “Expresso 2222” e “De onde vem o baião” (Gilberto Gil); “Lamento sertanejo” (Dominguinhos e Gilberto Gil); “Xique xique” (Tom Zé); “Cheirinho de mulher” (Sivuca e Glória Gadelha); “Caçuá” (João Lyra e Mauricio Carrilho); “Nilopolitano” (Dominguinhos); “Cordestinos”, “Evelise” e “Nordeste de Paris” (Nicolas Krassik); “Jimi’galop” (Nicolas Krassik e Marcelo Caldi).

Eventos gratuitos e acessíveis para PCDs.

Sobre a AH7 Gestão Cultural | A AH7 Gestão Cultural atua para democratizar o acesso à arte e cultura para cocriar o futuro desejável para todos. Nascida em 2014, a AH7 tem a responsabilidade de gerir aquilo que é subjetivo, impalpável e simbólico de forma objetiva e organizada, sem riscos de interferência no processo criativo, sintonizando ideias e potencializando os resultados das ações pleiteadas.

Sobre a Villa7 Cultura | Com experiência de uma década no desenvolvimento de projetos culturais, a Villa 7 Cultura cria projetos assertivos, direcionados e personalizados para empresas que desejam promover a sinergia entre sua missão, visão e valores com as necessidades (reais) da comunidade que os recebe. A partir do comprometimento necessário para condução dos projetos de maneira ágil e singular com transparência e boa utilização dos recursos, a Villa 7 estreita laços com ONGs, instituições e artistas, trabalhando árdua e intensivamente para levar o melhor conteúdo para plateias mais do que especiais.

(Fonte: Entre Aspas  Comunicação com Propósito)

Instituto Moreira Salles incorpora coleção Cyrillo Hercules Florence

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra de Hercule Florence. Coleção Cyrillo Hercules Florence/Acervo Instituto Moreira Salles.

O Instituto Moreira Salles adquiriu a coleção Cyrillo Hercules Florence, que contém a mais significativa parcela da obra e dos documentos do artista, naturalista e inventor Hercule Florence (Nice, França, 1804–Campinas, Brasil 1879). Até então sob a guarda da família, o conjunto foi reunido pelo neto de Hercule Florence, Cyrillo Hercules Florence (1901–1995), professor do Laboratório de Física da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

A coleção é composta por cerca de 1.200 itens que, em seu conjunto, oferecem um amplo panorama das contribuições de Hercule Florence para o desenvolvimento de inúmeras disciplinas científicas. Entre os itens, constam obras originais únicas de Florence, como pinturas, desenhos e aquarelas que se constituem em um dos mais destacados conjuntos de registro iconográfico sobre diferentes aspectos do Brasil ao longo do século XIX, além de centenas de manuscritos e documentos sobre os projetos, as experiências e as descobertas de sua autoria, incluindo exemplares raríssimos de seus experimentos fotográficos pioneiros e dezenas de exemplares de suas descobertas e inovações em diferentes processos de impressão gráfica, como a poligrafia e o papel inimitável.

As aquarelas e os desenhos feitos por Florence durante a Expedição Langsdorff (1825–1829) compõem um dos mais importantes registros da flora, da fauna e do modo de viver no Brasil do século XIX. Diários e manuscritos com as descrições das invenções do artista e inventor, além de cartas e documentos, também fazem parte da coleção, que tem como um dos grandes destaques os resultados de seus experimentos com materiais fotossensíveis – um reduzido número de objetos fotográficos remanescentes considerados os mais antigos das Américas e que confirmam Florence como um dos precursores da invenção da fotografia em nível mundial.

Obra de Hercule Florence. Coleção Cyrillo Hercules Florence/Acervo Instituto Moreira Salles.

Em fase de organização após a chegada ao IMS, a coleção passará por detalhada triagem e inventário, bem como por exame e análise do estado de conservação e preservação de todos os seus itens. Enquanto isso, preparam-se as fases de pesquisa e catalogação para que o conjunto possa ser divulgado e difundido.

A incorporação da coleção Florence ao acervo do Instituto Moreira Salles soma-se ao esforço do IMS de trabalhar permanentemente pela preservação do amplo legado histórico e artístico do país, oferecendo ao público, simultaneamente, o acesso aberto aos arquivos e coleções reunidos na instituição, testemunhos da diversidade e amplitude das manifestações culturais brasileiras. O IMS já disponibilizou neste ano cerca de 10 mil imagens de obras de seu acervo. Com a chegada e futura digitalização da coleção Florence, a instituição reafirma seu compromisso de manter à disposição dos pesquisadores e do público em geral imagens de alta qualidade e correspondentes metadados das obras que integram suas coleções.

Sobre Hercule Florence | Antoine Hercule Romuald Florence (Nice, França, 1804–Campinas, Brasil, 1879) foi um artista, naturalista, pesquisador e inventor de renomada atuação no Brasil. Chegou a nosso país em 1824 e participou da expedição científica organizada pelo barão de Langsdorff, que, entre 1825 e 1829, atravessou o Mato Grosso e o Amazonas produzindo inúmeros registros visuais das diferentes etnias indígenas e paisagens naturais encontradas ao longo desse itinerário. Estabeleceu-se em 1831 em Campinas, antiga Vila de São Carlos, no Estado de São Paulo, onde desenvolveu atividades comerciais e educacionais, bem como experimentos fotoquímicos que o alçaram ao posto de pioneiro da fotografia no Brasil e no mundo, assim como criador do processo de impressão gráfica da poligrafia, entre outros inventos e descobertas relevantes.

(Fonte: Instituto Moreira Salles)

Documentário “Diga-me adeus” tenta desmistificar o tabu da morte

São Paulo, por Kleber Patricio

Bastidores do documentário da Druzina.

A certeza de que vamos morrer é talvez a linha mais sólida que nos une enquanto espécie. Aliás, não só os seres humanos – se podemos afirmar algo sobre todo e qualquer ser vivo neste planeta é que sua existência, um dia, terá um fim. Essa característica tão essencial, no entanto, é um tabu dos mais fortes que existem – evitamos falar na morte a todo custo, pelas mais diversas razões alegadas. Oras, se a única coisa que sabemos com 100% de segurança é que vamos morrer, por que é que não se fala abertamente sobre isso? Foi a partir dessa questão e seus desdobramentos que nasceu o longa-metragem “Diga-me adeus” (“Tell Me Goodbye”), escrito e dirigido por Nahara Rech Alves. O documentário traça um retrato do universo dos cuidados paliativos, prática que visa buscar o máximo conforto e bem-estar para pacientes com doenças que ameacem a continuidade da vida. A ideia é expandir os limites da medicina para além da busca – muitas vezes impossível – de uma enfermidade, buscando também eliminar o sofrimento físico, emocional e psíquico de pessoas que se aproximam do fim de suas existências.

O filme acompanha a rotina de profissionais que trabalham diretamente com cuidados paliativos e propõe uma discussão antropológica e filosófica sobre o tema “morte” a partir do ponto de vista de pessoas comuns. Esse é um ramo da medicina que ganha cada vez mais espaço à medida que a expectativa de vida da espécie humana não para de crescer. Se por um lado há grande avanço nas formas de prolongar a existência, estas não são propriamente acompanhadas por uma preocupação com as condições em que esta vida, alongada, se dá.

É a partir deste cenário que o filme coloca sua questão central: por que evitamos falar sobre a única parte da vida que temos certeza absoluta que não podemos evitar? E, de um ponto de vista mais pragmático, por que ignoramos uma cultura de prevenção, optando antes por uma cultura de tentativa desesperada de reverter o irreversível?

Com isso, o documentário também busca levar adiante a mensagem de que os cuidados paliativos podem – e devem – ser aplicados não apenas aos pacientes que estão em seus últimos dias ou em quadros irreversíveis. Todos nós podemos trazer para o nosso dia-a-dia muitos dos princípios da medicina paliativa como padrão, rompendo com a lógica do “remediar” e priorizando a prevenção.

O filme se encontra em estágio de pós-produção. Entre os entrevistados estão expoentes da  causa da medicina paliativa e cuidados humanizados, como o músico Andreas Kisser, a advogada e professora Luciana Dadalto, o enfermeiro Alexandre Silva (coordenador da Comunidade Compassiva) e o médico Rodrigo Kappel Castilho.

Luciana, CEO Druzina. Fotos: divulgação.

“Diga-me adeus” é uma co-produção Lazuli Filmes e Druzina Content. Dirigido por Nahara Rech Alves, o projeto foi escrito por ela em parceria com Amanda Ruano, que também é responsável pela produção executiva, ao lado de Luciana Druzina. O filme foi contemplado no Edital SEDAC n° 01/2022 FAC Filma RS, iniciativa do governo do Rio Grande do Sul de incentivo à produção audiovisual.

“Muitas vezes, nós, da equipe, nos emocionamos durante as filmagens. É um assunto que mexe muito com a gente; ouvindo os entrevistados, era inevitável pensar em situações que todos nós já vivemos”, afirma a produtora executiva Amanda Ruano, CEO da Lazuli Filmes. “Mas a nossa ideia não era fazer um filme triste, mas sim algo leve e acolhedor. Nossa vontade é fazer com que as pessoas conversem mais sobre a morte e sobre a perda, esses processos naturais da vida, com naturalidade.”

Ela destaca que a sensação da equipe de que este é um assunto que está ganhando muita importância. “A gente percebeu que muita gente já pratica empiricamente muitos dos princípios dos cuidados paliativos sem necessariamente saber o que essa expressão significa”, diz. “Acho que conseguimos fazer um filme bem multidisciplinar, que transcende a dimensão puramente médica da questão.”

Para saber mais sobre a Druzina Content e suas produções, acesse https://www.druzinacontent.com.br/.

(Fonte: Betini Comunicação)

“Tom na Fazenda” faz temporada no Teatro FAAP

São Paulo, por Kleber Patricio

Armando Babaioff e Gustavo Rodrigues. Fotos: Victor Pollak.

A passagem da peça “Tom na Fazenda” em São Paulo, que tem à frente o ator e produtor Armando Babaioff com direção de Rodrigo Portella, repetiu o sucesso recente de sua temporada de um mês em Paris, em março deste ano, quando teve todos os ingressos esgotados e fila de espera no Théâtre Paris-Villette, com grande repercussão entre a imprensa da cidade e o público – foi o melhor público e bilheteria da casa dos últimos 20 anos.

Em São Paulo, foram mais de sete mil ingressos vendidos, com entradas esgotadas muito antes do fim da temporada. Por conta da procura e de pedidos do público, a produção fechou mais dois meses de apresentações no Teatro FAAP, de 9 de agosto até 28 de setembro, exclusivamente às quartas e quintas, e que irá acontecer concomitante com a turnê, já agendada no segundo semestre, pelo Norte e Nordeste nos finais de semana entre os meses de agosto e novembro.

A peça, baseada na obra “Tom à la Ferme”, do autor canadense Michel Marc Bouchard, aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, a impotência, a violência e o fracasso. Trata de assuntos caros ao Brasil: apesar de a homofobia não ser o tema principal, é por causa dela que o destino dos personagens se dá; é uma peça sobre mentiras e relações de dominação. A produção brasileira, considerada pelo autor canadense a versão definitiva de seu texto, atravessou, bravamente resistindo, os piores anos da história do Brasil: sofreu censura, pois teve uma temporada cancelada sem muitas explicações.

Na trama, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral de seu companheiro. Ao chegar, descobre que a sogra (Soraya Ravenle) nunca tinha ouvido falar dele e tampouco sabia que o filho era gay. Nesse ambiente rural e austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada pelo truculento irmão (Gustavo Rodrigues) do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complicada dependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, em que quanto mais os personagens se aproximam, maior a sombra de suas contradições.

Idealizada pelo ator e produtor Armando Babaioff, que também assina a tradução, a encenação é dirigida por Rodrigo Portella. “Tom na Fazenda” traz no elenco Soraya Ravenle, Gustavo Rodrigues e Camila Nhary, além do próprio Babaioff.

A montagem de “Tom na Fazenda no Brasil” transformou a carreira do ator Babaioff. Além de a peça conquistar inúmeros prêmios em diversas categorias, incluindo melhor espetáculo, para o ator também tem sido uma grande surpresa: ele ganhou, além da amizade com o autor canadense, o direito de montar qualquer peça de Bouchard e, depois do sucesso no Festival d’Avignon, foi convidado para criar, junto do parceiro Rodrigo Portella, um novo trabalho em coprodução com teatros internacionais para 2025.

Projeção internacional

A projeção internacional começou no verão de 2022, quando “Tom na Fazenda” participou do Festival d’Avignon, na França, para o público e programadores de teatros. Ao lado de cerca de 1700 espetáculos de diversos lugares do mundo, foi um dos destaques do evento. Além de Paris, estão programadas para a temporada 2023/2024 mais de 45 apresentações em 27 cidades, da França, Bélgica, Suíça, Marrocos e Portugal. Até 2026, há uma agenda de apresentações internacionais.

“Depois da pandemia, diante das inúmeras incertezas no cenário cultural brasileiro, num primeiro movimento de uma retomada das atividades resolvi apostar mais uma vez na peça. Arquei com os custos para levar o trabalho para o Festival d’Avignon, acreditando na internacionalização do projeto. A ideia era ter dois ou três contratos com produtores internacionais para cobrir os gastos. Mais uma surpresa: as 21 apresentações da peça na cidade francesa tiveram ingressos esgotados. E a peça independente tem agora, pela primeira vez, uma vida internacional”, conta Babaioff.

Tom na Fazenda – A peça estreou em março de 2017 e, no Brasil, conquistou vários prêmios: da APCA, Shell, Cesgranrio, APTR, Questão de Crítica e Associação de Críticos de Teatro de Québec. Desde então, foram mais de 280 apresentações em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Montreal (interrompida pela pandemia), Avignon e Paris, com um público de mais de 45 mil pessoas.

Quando Babaioff pediu os direitos para realizar a peça no Brasil, o autor canadense pediu para assistir à estreia. Em 2017, ele veio ao Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho. Ficou surpreso. Foi de Bouchard a ideia de convencer o programador do Festival TransAmériques (FTA), em Montreal, no Canadá – um dos festivais de teatro contemporâneo mais importantes da América do Norte – a levar a peça para lá. Era a única representante brasileira e as três apresentações tiveram a casa lotada. “No final, fomos surpreendidos com 12 minutos de aplausos”, conta Babaioff. “Ali nós percebemos a força da peça. A nossa encenação é muito violenta, as pessoas em Montreal ficaram chocadas com isso. Há um momento em que meu personagem fica pendurado de cabeça para baixo; é muito forte. Após essa breve passagem pelo FTA, fomos surpreendidos ao receber o prêmio de melhor espetáculo concedido pela Associação Québécoise de Críticos de Teatro e estávamos concorrendo com o encenador Ivo Van Hove (diretor de origem belga, hoje à frente do Toneelgroep Amsterdam)”, completa.

Armando Babaioff – idealizador, tradutor e ator | Ator, produtor e tradutor. Tem 42 anos e 27 anos de carreira. No teatro, atuou em “A Primeira Noite de um Homem”, de Mike Nichols, “Senhorita Júlia”, de August Strindberg, “Na Solidão dos Campos de Algodão”, de Bernard-Marie Koltès (indicado ao Prêmio de Melhor Ator pela APTR) e “A Gota d’Água”, de Chico Buarque. No cinema, esteve presente nos premiados “Homem-Livre’, de Álvaro Furloni, e “Sangue Azul’, de Lírio Ferreira; seu último trabalho em televisão foi o personagem Diogo Cabral, em “Bomsucesso”, na Rede Globo. Sua tradução de “Tom na Fazenda”, do franco-canadense Michel Marc Bouchard, foi publicada pela editora Cobogó.

Rodrigo Portella – diretor | Artista da cena, nascido em Três Rios, interior do Estado do Rio de Janeiro, é diretor teatral, iluminador e dramaturgo. Ganhou os mais importantes prêmios de teatro brasileiro da última década com as peças “As Crianças”, de Lucy Kirkwood, em 2020, e “Tom na Fazenda”, de Michel Marc Bouchard, em 2018. Este último ganhou o Prêmio de Melhor Espetáculo Estrangeiro em Montreal e os prêmios de melhor espetáculo teatral de 2019 pela APCA (Associação de Críticos de Arte de São Paulo) (SP – 2019) e APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) APTR (RJ 2018).

Michel Marc Bouchard (autor) | Uma das vozes mais importantes do teatro de Quebec, Michel Marc Bouchard nasceu em Quebec, Canadá, e teve sua primeira peça de teatro produzida profissionalmente em 1983, “La Contre-nature de Chrysippe Tanguay, Écologist”. Desde então, escreveu mais de 25 peças, traduzidas para diversos idiomas e apresentadas em diferentes países. Sua obra mais conhecida é “Les Feluettes”, foi roteirizada e dirigida por John Greyson em filme homônimo. Sucesso no teatro, “As Musas Orfelinas” e “Tom na Fazenda” também foram adaptadas para o cinema pelos diretores Robert Favreau e Xavier Dolan, respectivamente. Ao longo de sua carreira, Bouchard recebeu importantes prêmios de artes cênicas no Canadá: Prix Journal de Montreal, Prix du Cercle des Critiques de L’outaouais, Moore Award Dora Mavor for Outstanding New Play, Floyd S. Chalmers Award Canadian Play, Jessie Richardson Theatre Awards. Atualmente é membro da Academia de Letras de Quebec.

FICHA TÉCNICA

Texto: Michel Marc Bouchard

Tradução: Armando Babaioff

Direção: Rodrigo Portella

Elenco: Armando Babaioff, Soraya Ravenle, Gustavo Rodrigues e Camila Nhary

Cenografia: Aurora dos Campos

Iluminação: Tomás Ribas

Figurino: Bruno Perlatto

Direção Musical: Marcello H.

Coreografia: Toni Rodrigues

Design Gráfico + Mídias Sociais: Victor Novaes

Direção de Produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela

Assessoria de Imprensa SP: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes

Produção Executiva SP: Cláudia Barbot e Júlia Tavares

Idealização: Armando Babaioff (quadrovivo).

Serviço:

Tom na Fazenda

De 9 de agosto a 28 de setembro

Horários: quartas e quintas, 20h

Local: Teatro FAAP (Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo/SP)

Duração: 120 min

R$120,00 e R$60,00 (meia)

Sistema de vendas: bilheteria, telefone (11 3662-7233 / 11 3662-7234) e site http://www.faap.br/teatro.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

MASP apresenta Sala de Vídeo: Brook Andrew

São Paulo, por Kleber Patricio

O MASP – Museu de Arte de São Paulo “Assis Chateaubriand” apresenta, de 25 de agosto a 8 de outubro de 2023, no 2º subsolo do museu, “Sala de vídeo: Brook Andrew”, que exibe o vídeo “Smash it” (2018). Com curadoria de Leandro Muniz, assistente curatorial, MASP, o filme, apresentado pela primeira vez no Brasil, reúne, em uma edição abrupta, elementos de uma série de outros trabalhos do artista, criando narrativas fragmentárias que questionam apagamentos sociais e estruturas jurídicas e culturais relacionadas ao processo de colonização do território australiano.

Brook Andrew (Sydney, Austrália, 1970) é um artista, curador e professor que tem como prática a investigação das formas de representação e preservação da memória dos povos aborígenes, em especial os Wiradjuri e Ngunawal, dos quais é descendente. Em sua pesquisa, trabalha com materiais de arquivos que incluem fotografias dos séculos 19 e 20, filmes, desenhos animados, entrevistas e notícias. Seus trabalhos, intervenções em museus, pesquisas, palestras e projetos curatoriais, impulsionados pelo desejo de fomentar formas indígenas de conhecimento, provocam as limitações impostas pelas estruturas de poder e pela amnésia histórica.

Para o curador Leandro Muniz, além de o artista discutir as opressões históricas e relações de poder desenvolvidas no processo de colonização do território australiano, “Andrew interessa-se pelos fluxos culturais estabelecidos nesse período. Sua obra é marcada por um raciocínio de colagem, contrapondo documentos e cores ácidas, grafismos dos povos originários e pinturas murais, palavras na língua Wiradjuri e neons”.

O filme é dividido em duas partes: a primeira exibe entrevistas com pesquisadores, ativistas e políticos que manifestam diferentes pontos de vista sobre os direitos indígenas às terras australianas, bem como os conflitos culturais vivenciados por eles atualmente. A esses depoimentos são contrapostos materiais de arquivo – como fotografias, documentos e relatos –, que ora apresentam narrativas recalcadas sobre os aborígenes, ora questionam os modos estereotipados como foram registrados e representados por pessoas externas a essas comunidades.

Já na segunda parte, Andrew se apropria do filme “Jedda” (1955), no qual, pela primeira vez na história, atores aborígenes representam seus próprios grupos sociais. Andrew já havia utilizado esse filme em outro trabalho; contudo, esse não possuía trilha sonora ou diálogos, apenas legendas que deslocavam o discurso original para uma narrativa de sublevação dos grupos oprimidos. Dessa vez, a trilha sonora é composta de música eletrônica e trechos das falas originais. “‘Smash it’ é marcado por janelas que se abrem ao longo da narrativa, cores ácidas e marcadores próprios do mundo digital reiterando as múltiplas temporalidades que convivem e se chocam na obra, refletindo as diversas identidades que comunidades indígenas assumem no presente”, pontua o curador.

Sobre Brook Andrew

Brook Andrew é um artista, curador e professor nascido em Sydney, Austrália, em 1970. Sua prática é ancorada em sua perspectiva como um australiano Wiradjuri e Ngunawal (indígena) e como pessoa celta. Já expôs em instituições como Royal Albert Memorial Museum (Exeter), Gropius Blau (Berlin), Musée du quai Branly (Paris), Musée d’ethnographie de Genève (Geneva) e National Gallery of Victoria (Melbourne), entre outras. Foi curador da 22ª Bienal de Sydney, consultor internacional para o Pavilhão Sámi da 59ª Bienal de Veneza e artista participante da 15ª Sharjah Biennial. Como pesquisador, Andrew é professor na Universidade de Melbourne, pesquisador associado no Pitt Rivers Museum e no laboratório de pesquisa Wmimjeka Djeembana, Universidade de Monash. É DPhil pela Ruskin School of Art, Universidade de Oxford, e suas palestras, conferências e talks podem ser acessados em instituições como Palais de Tokyo, Stelijk Museum e Museum Summit. Somando à sua prática artística e acadêmica, Andrew estabeleceu o braço editorial Garru Editions.

Serviço:

Sala de Vídeo: Brook Andrew

Curadoria de Leandro Muniz, assistente curatorial, MASP

2º subsolo

Visitação: 25/8 – 8/10/2023

MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista – São Paulo, SP

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terça grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas. Entrada gratuita em todas as primeiras quintas-feiras do mês – um oferecimento B3.

Agendamento on-line obrigatório pelo link de ingressos

Ingressos: R$60 (entrada); R$30 (meia-entrada)

Site | Facebook | Instagram.

(Fonte: Museu da Arte de São Paulo “Assis Chateaubriand”)