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Segundo Boletim do Lixo, São Sebastião se destaca no litoral norte pelas praias limpas

São Sebastião, por Kleber Patricio

Foto da Praia de Santiago, em São Sebastião, capturada pela equipe do Instituto Argonauta no mês de junho, sem evidência de lixo. Foto: Instituto Argonauta.

As últimas edições do Boletim do Lixo (55ª e 56ª), publicadas pelo Instituto Argonauta em conjunto com o Aquário de Ubatuba, evidenciaram que o município de São Sebastião se destacou no litoral norte pela baixa quantidade de resíduos encontrados nas praias da região. A retirada do lixo é realizada pelas equipes do Instituto Argonauta, aproveitando os esforços de monitoramento da fauna marinha. Ao todo, são monitoradas mensalmente 130 praias da região, sendo 31 em São Sebastião. No mês de maio, foram recolhidos 51,5 kg de lixo nas praias do município, seguidos de 15,5 kg no mês de junho, totalizando 67 kg; ou seja, 1kg de lixo diário retirado no período de dois meses em todas as 31 praias da cidade.

A equipe observa toda a faixa de areia, faz o registro fotográfico indicando a situação do local e classifica de acordo com a metodologia proposta, categorizando em quatro categorias, que são: ausente, quando não há evidência de lixo; traço, predominantemente ausente, mas com a presença de alguns itens espalhados; inaceitável, amplamente distribuído com algumas acumulações de lixo, e caótico, pesadamente contaminado com várias acumulações de resíduos. Além disso, considerando os dados do Boletim do Lixo no período de 2016 até este ano, a cidade também se destacou entre as demais cidades da região no ranking de praias mais limpas, e conquistou o primeiro lugar na região do ranking das praias com a categoria “ausente”, ou seja, quando não há evidência de lixo.

Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, presidente do Instituto Argonauta, “a posição de destaque do município de São Sebastião é um resultado do trabalho conjunto do poder público municipal, ONGs e população, que atuam na limpeza e conscientização de toda sociedade”.

O lixo marinho é uma preocupação do Instituto Argonauta que, desde 2016, somando esforços com outros projetos desenvolvidos pela instituição, coleta, tria (sistematicamente) e analisa diariamente os lixos que são encontrados nas praias do litoral norte paulista por meio de técnicos e monitores.

O Boletim do Lixo foi desenvolvido pelo Instituto Argonauta, em parceria com o Aquário de Ubatuba, com o objetivo de informar mensalmente a situação das praias do litoral Norte de São Paulo com relação à presença de lixo.

O Aquário de Ubatuba, o Instituto Argonauta e o Projeto Tamar foram as primeiras instituições a trabalhar na problemática do lixo marinho no Brasil e na região do Litoral Norte.

O Instituto Argonauta atua na região há 23 anos em parceria com o Aquário de Ubatuba por meio da sensibilização e conscientização em relação a problemática dos resíduos sólidos no ambiente marinho.

O boletim do lixo pode ser acessado na íntegra pelo site da instituição: https://institutoargonauta.org/publicacoes.

Sobre o Instituto Argonauta | O Instituto Argonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente; em especial, a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, entre outras atividades. O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Sobre o Aquário de Ubatuba | É o primeiro privado do Brasil aberto à visitação do público e pioneiro no conceito de educação ambiental por meio do contato direto com animais. Destaca-se no país pelos projetos e realizações ao longo de 24 anos, completados em fevereiro do ano passado, e é pioneiro em ter elasmobrânquios sob cuidados humanos, um tanque de águas vivas e um tanque de contato no Brasil. A instituição ainda possui certificado de bem-estar animal emitido pela Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) em parceria com a Wild Welfare Worldwide e é premiada e reconhecida por iniciativas práticas de conservação e por ter sido a primeira em colocar em exercício iniciativas sustentáveis. Atende gratuitamente estudantes de escolas públicas da cidade mediante capacitação de professores.

O Aquário de Ubatuba é aberto todos os dias, das 10h às 22h, e contém o Selo Turismo Responsável. O endereço é Rua Guarani, 859, Itaguá, Ubatuba/SP e o telefone para contato, (12) 3834-1382.

Conheça mais sobre o Aquário em: aquariodeubatuba.com.br, https://www.facebook.com/aquaubatuba e Instagram: @aquariodeubatuba.oficial.

Seja um Argonauta

Venha conhecer o Museu da Vida Marinha @museudavidamarinha, na Avenida Governador Abreu Sodré, 1067 – Perequê-Açu, Ubatuba/SP, aberto diariamente.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 (horário comercial) ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833-4863 – 3833-5789/ (12) 3834-1382 (Aquário de Ubatuba)/ (12) 3833-5753/ (12) 99705-6506 e (12) 99785-3615 – WhatsApp.

Também é possível baixar gratuitamente o aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.

Conheça mais sobre esse trabalho em www.institutoargonauta.org, www.facebook.com/InstitutoArgonauta e Instagram: @institutoargonauta.

(Fonte: Instituto Argonauta).

“O País que perdeu as cores” faz nova temporada no Teatro Cacilda Becker

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Giovana Pasquini.

O espetáculo infanto-juvenil “O País que perdeu as cores” traz para cena quinze artistas, entre atores e atrizes, músicos e intérpretes de libras, para contar a história de um povo surpreendido na Feira de Solstício de Verão pelo desaparecimento da Velha Presidenta e a ascensão ao poder d’Ele, um governante que ninguém conhece e se mostra autoritário. Aos poucos, esse governo vai tirando a vida – e as cores – do país. A peça faz, de 5 a 27 de agosto, nova temporada em São Paulo, agora no Teatro Cacilda Becker, na Lapa, aos sábados e domingos às 16h, com entrada gratuita.

A montagem foi criada coletivamente a partir do conto “Quando as cores foram proibidas”, da autora alemã Monika Feth, e aborda assuntos como democracia, coletividade e respeito à diversidade de pensamento. Ao trazer essas discussões para a cena, a peça se propõe a dialogar com o público: qual é o projeto político de país que queremos para nós? Que mundo estamos construindo juntos?

“Ao longo do processo de criação, que aconteceu entre 2019 e 2021, vivíamos sob o governo Bolsonaro. No conto original, uma Bruxa chega para consertar o país. No nosso caso, imaginamos que a solução precisava vir do próprio povo, para trazer as complexidades das questões enfrentadas e não recorrer a resoluções imediatas e milagrosas”, diz Lucas Leite, ator do grupo.

A partir dessa perspectiva, o grupo decidiu que o protagonista de “O País que perdeu as cores” seria o próprio povo. Representado pela trupe de artistas, ele (o povo) precisa decidir qual final deseja dar para sua própria história. “O público é convidado a imaginar junto um possível final. Mas, antes, precisa estabelecer um compromisso com a memória”, completa o ator.

Na história, a trupe de artistas viaja por diferentes lugares e convida o público a imaginar diferentes possibilidades de futuro para este povo ao lado dos personagens: o Pintor, a Padeira, o Florista, o Cachorro, o Catador de Sonhos, o Pescador, a Poeta, o Mensageiro, a Narradora e a Bruxa. Para a companhia, essa discussão sobre o desfecho da peça é fundamental para pensar alternativas de futuro diante de um contexto histórico de crises sociais e humanitárias.

Antes de chegar aos palcos, em 2021, a peça “O país que perdeu as cores” foi transformada em audiopeça, lançada nas plataformas de streaming.

Acessibilidade Integrada

A ideia de uma imaginação coletiva para pensar o futuro de um povo e de um país foi fundamental para a construção do espetáculo. Nesse sentido, outro ponto importante para o grupo foi trazer a acessibilidade integrada à pesquisa estética central. O artista e a artista responsáveis pela interpretação de Libras estão em cena como parte do espetáculo: ora são responsáveis pela cena, ora traduzem as falas e ações de outros atores e outras atrizes.

“O intérprete e a intérprete de Libras são parte do elenco, não estão isolados. A proposta foi de capacitar também os atores para que se comunicassem diretamente com o público com deficiência auditiva. Além disso, o texto foi construído em parceria com uma dupla de consultores de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, de forma que a peça possa ser experienciada por todos os públicos. Ou seja, a dramaturgia da peça é acessível em todas as apresentações”, diz a atriz Beatriz Porto.

Atividade de mediação

O projeto conta com atividade de mediação após alguns espetáculos. A ideia é que as crianças assistam à peça e possam elaborar entre elas mesmas noções de participação política, cidadania e luta por direitos. A brincadeira é: estamos fundando o País das Crianças, que precisa decidir o seu primeiro governo. Quais as demandas da população de crianças para o governo de seu país? Quais bandeiras serão levantadas? Como será o processo de escolha de governo? Essas perguntas serão norteadoras para propostas de jogos teatrais e criação de cenas trazidas pelos artistas-educadores da Companhia Barco.

Sobre a Companhia Barco

A companhia Barco é um grupo teatral paulistano fundado em 2019 a partir do encontro de artistas do teatro e da música movidos pelo desejo de pesquisa e criação continuada. Desde o início trabalha com materiais literários para a criação teatral: em 2019, a partir da obra da escritora brasileira Hilda Hilst, concebeu e realizou o espetáculo “Ensaio da fantasia” e o Festival Arena Hilda Hilst, encenado no histórico Teatro de Arena e que contou com a participação de mais de 60 artistas. O segundo espetáculo – este atual – nasceu do encontro com a obra infanto-juvenil da autora alemã Monika Feth. Antes, deu origem à audiopeça homônima, que estreou no festival FarOFFa, em 2022. Em processo de pesquisa desde 2022, a próxima encenação da companhia tem como base a obra “Cem anos de solidão”, do escritor colombiano Gabriel García Márquez.

Ficha técnica

Idealização e realização: Companhia Barco

Direção: Rodrigo Mercadante

Elenco: Beatriz Porto, danni vianna, Eliete Faria, Emilie Becker, Fernanda Carvalho (atriz substituta), Flora Furlan, Krol Borges, Lucas Leite, Miriam Madi e Renato Mendes

Elenco intérprete de libras: Thalita Passos, Ricieri Palha

Direção Musical: André Leite

Músicos: André Leite, Diego Chilio, Guilherme Fiorentini, Lincoln Grosso e Vinicios Borges.

Projeto e técnico de som: Guilherme Fiorentini

Figurinista: Samantha Macedo

Assistência de figurino: Amanda Pilla

Aderecista de figurino: Laura da Mata

Costureiras: Samantha Macedo e Amanda Pilla

Cenografia e adereços: Nathalia Campos

Assistência de cenografia: Luiza Saad

Cenotécnico: Zé da Hora

Direção de movimento: Gabriel Küster

Consultoria em acessibilidade visual: Fernanda Brahemcha e Lucas Borba

Consultoria em acessibilidade de Libras: Yanna Porcino

Direção de produção e administração de projeto: Quica Produções | Thaís Venitt | Thais Cris

Assistente de produção: Beatriz Scarcelli

Design gráfico: Renan Suto

Fotógrafa: Giovana Pasquini

Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Márcia Marques

Dramaturgia elaborada a partir do texto “O País que perdeu as cores” escrito por Ana Paula Lopez em colaboração com a Companhia Barco e Cristiane Urbinatti.

Este projeto foi contemplado pela 16ª edição do Prêmio Zé Renato – Secretaria Municipal de Cultural

Serviço:

Nova temporada

De 5 a 27 de agosto de 2023

Sábados e domingos às 16h + mediação aos sábado, após a apresentação

Teatro Cacilda Becker

Rua Tito, 295, Lapa, São Paulo/SP

Grátis – ingressos retirados na bilheteria

Apresentações CEU Caminho do Mar

Dia 28 de agosto de 2023

Segunda-feira, sessões 10h e 15h + mediação

Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241, Jabaquara, São Paulo/SP

Grátis.

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Espetáculo teatral imersivo “Autorretrato” estreia dia 10 de agosto em São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

Entre os dias 10 e 27 de agosto, todo o prédio do Central 1926, edifício histórico e patrimônio cultural localizado no centro da cidade de São Paulo, será palco do “Autorretrato – Um Espetáculo Imersivo Sobre o Eu de Todos Nós”. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis no site oficial desde sexta-feira (4/8), com possibilidade de escolha entre as quatro sessões por semana: quintas e sextas, às 20h; sábados e domingos, às 18h e 20h.

Sob a direção de Felipe Hirsch, respeitado diretor teatral, ‘Autorretrato’ tem como inspiração os espetáculos em que o público é totalmente imerso na história, convidando-o a acompanhar a experiência por diferentes perspectivas. Nessa produção, a premissa parte das obras de Rembrandt e da auto representação, dialogando também com o mito de Narciso e sua paixão pelo próprio reflexo. A ambientação e as diversas expressões artísticas presentes na narrativa convidam o público a refletir sobre si mesmo e a mergulhar na sua verdadeira essência.

Felipe Hirsch, responsável pela direção geral, pesquisa e dramaturgia, traz consigo uma vasta experiência e reconhecimento na indústria do teatro, acumulando mais de 100 prêmios e indicações na América Latina; entre eles, o Grammy como diretor do espetáculo “Homenagem a Tom Jobim”. Ele se junta a um time de peso na construção de ‘Autorretrato’, que conta com Wado Gonçalves e Diego Ognibeni como diretores criativos, Daniela Thomas como diretora de arte, Felipe Tassara como cenógrafo, Caetano Galindo e Guilherme Gontijo Flores como dramaturgos, Maria Beraldo como diretora musical, Alexandre Herchcovitch como figurinista, Celso Kamura responsável pelo visagismo, Beto Bruel no design de luz, Tocko Michelazzo e Gabriel Bocutti no design de som e Gabriel Malo na direção de movimentos.

“Autorretrato é uma obra que busca proporcionar uma experiência imersiva única, na qual sugerimos ao público explorar diferentes camadas de narrativa, sensações e reflexões. É um convite para olhar para si mesmo, para reconhecer a própria singularidade e se conectar com as várias facetas da própria identidade”, afirma o diretor Felipe Hirsch.

Mais sobre o espetáculo

A experiência ‘Autorretrato’ é uma verdadeira celebração ao poder da arte e da autenticidade, realizado em um edifício histórico na esquina da Praça da Bandeira, em São Paulo. O Central 1926, construído neste mesmo ano, é tombado e protegido pela Prefeitura e pelo Governo do Estado como patrimônio cultural, sendo o local ideal para o espetáculo. Com ambientações dinâmicas e que estimulam a reflexão, o público é atraído para olhar através dos espelhos que compõem toda a atmosfera das apresentações. Cada participante tem total liberdade para explorar o espaço cênico de forma independente, podendo escolher quais cenas assistir e, dessa forma, se tornar protagonista de sua própria vivência dentro da obra.

Vale destacar que serão disponibilizados 250 ingressos por sessão, com três momentos de entrada em cada uma delas. A experiência imersiva completa terá duração aproximada de duas horas, durante as quais o público será introduzido por um personagem carismático e enigmático que desempenha o papel de Mestre de Cerimônia.

Ao todo, o espetáculo conta com 21 atores, que estarão vestidos com figurinos inspirados na transgressão e incorporados a elementos irreverentes, reflexo da assinatura do estilista Alexandre Herchcovitch. A música e a trilha sonora também são pontos fortes das apresentações: sete artistas no elenco musical darão vida à trilha musical ambiente, especialmente composta para intensificar a relação sensorial do público com a obra, tornando cada momento ainda mais envolvente.

‘Autorretrato’ se propõe a ser uma oportunidade única de vivenciar a arte de modo singular e pessoal com grande autonomia para vasculhar sua própria imagem, enxergar além dos reflexos, em uma jornada teatral que irá tangibilizar o espírito das cidades de Amsterdam e São Paulo. As sessões terminam no rooftop, onde um bar com música e forte apelo visual estará montado e atuando, a todo vapor, para que o público possa compartilhar sua experiência de forma interativa.

Serviço:

Autorretrato – Um Espetáculo Imersivo Sobre O Eu de Todos Nós

Uma realização da Amstel

Onde: Central 1926 – Praça da Bandeira, 137 – Bela Vista, São Paulo (SP)

Quando: de 10 a 27 de agosto

Sessões: às quintas, sextas, aos sábados e domingos

Horários: às quintas e sextas, sessão única com início às 20h; aos sábados e domingos, duas sessões por dia: às 18h e às 20h

Abertura da casa uma hora antes de cada sessão

Evento para maiores de 18 anos.

Ingressos: website oficial Autorretrato.

Ficha Técnica – Autorretrato

Realização: Amstel — Grupo Heineken no Brasil

Idealização e execução: Agência Atenas

Direção geral: Felipe Hirsch

Direção criativa: Wado Gonçalves e Diego Ognibeni

Codireção: Juuar

Dramaturgia: Caetano W. Galindo | Felipe Hirsch | Guilherme Gontijo Flores | Juuar

Dramaturgista: Caetano W. Galindo | Guilherme Gontijo Flores

Direção musical: Maria Beraldo

Cenografia: Daniela Thomas | Stella Tennenbaum | Maristella Pinheiro | Felipe Tassara

Direção de movimento: Gabriel Malo

Iluminação: Beto Bruel

Figurino: Alexandre Herchcovitch

Visagismo: Celso Kamura

Design de som: Tocko Michelazzo | Gabriel Bocutti

Audiovisual e tecnologia: Demétrio Portugal

Preparação vocal: Yantó

Produção de Elenco: Alonso Zerbinato | Anna Luiza Paes de Almeida

Elenco: Amandyra | Bia Jesus | Eli Carmo | ENOW | Flora Barros | Isa Toledo | Kenji Ogawa | Leandra Espírito Santo | Luiz Bertazzo | Marcela Jacobina | Mbé | Natália Karam | Pedro Fasanaro | Renan Soares | Rodrigo Mancusi | RUBI | Thainá Muniz | Thalin | Tomás Gleiser | Ultra | Vitor Hamamoto

Músicos: Biel Basile (bateria e percussão) | Chicão (teclas) | Fábio Sá (baixos e synts) | Jadsa (guitarra e voz) | Lello Bezerra (guitarras, synts e organelle) | Marina Bastos (flautas) | Wanessa Dourado (violino)

Assistente de direção: Sarah Rogieri

Assistente de movimento: Ana Beatriz Trucharte

Assistente de iluminação: Sarah Salgado

Assistente de figurino: Matheus Pedrosa

Coordenadores de elenco: Alice Quintiliano | Allan Ferreira.

(Fonte: Agência Lema)

Espetáculo “Matar ou Morrer” revisa julgamento de Euclides da Cunha

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Guga Melgar.

Advogada e membro da Academia Carioca de Letras, a autora Miriam Halfim ficou bastante tocada ao conhecer a história de Dirce de Assis Cavalcanti, filha de Dilermando de Assis (1888–1951), hoje com 90 anos. Apontada tantas vezes como “a filha do assassino”, Dirce sofreu bullying na escola e na vida por causa do julgamento moral da sociedade que condenou seu pai — mesmo absolvido em dois tribunais — por matar o escritor Euclides da Cunha (1866–1909) em legítima defesa, no episódio que ficou conhecido como “A Tragédia da Piedade”.

Mais de um século depois, esses dois personagens, que se tornaram arqui-inimigos por causa do amor de Anna Emília (1872–1951), retornam ao palco do Centro Cultural da Justiça Federal sob a direção de Ary Coslov, no espetáculo “Matar ou Morrer – Dilermando de Assis e Euclides da Cunha”, que estreou no dia 3 de agosto.

“O título da peça é extraído da fala de Euclides quando foi à casa de Dilermando naquele fatídico dia, em 1909. Ele disse: ‘Vim para matar ou morrer’ e já entrou atirando. Essa história sempre me chamou atenção. Dilermando, apontado como assassino tantas vezes, nunca teve a intenção de matar. Euclides, sim, saiu com esse objetivo. Mas, por ser membro da Academia Brasileira de Letras, a imprensa ficou do lado dele. A história é muito rocambolesca. Euclides era um homem que passava muito tempo fora, viajando. Nessas ausências, Anna, que se sentia muito só, foi com os filhos para uma pensão onde conheceu Dilermando que, na época, tinha 17 anos, e ali eles se apaixonaram. A peça é uma tentativa de promover um encontro entre os dois 124 anos depois e buscar um pouco de paz”, explica Miriam.

No espetáculo, uma juíza, interpretada por Maria Adélia, é tão obcecada por essa história que acaba tornando-se mediadora desse reencontro fictício e turbulento de Euclides e Dilermando, vividos, respectivamente, por Sávio Moll e Marcelo Aquino, numa espécie de “limbo da existência”.  “É como se essa magistrada recebesse um chamado do Dilermando para promover essa reparação. Ela acaba sendo um pouco tendenciosa, mas está inteira ali, ouvindo. A Dirce, filha do Dilermando, queria muito que o pai deixasse de ser chamado de assassino. Ficou um estigma negativo. Mesmo depois de morto, Dilermando não teve paz. Não aceitaram enterrá-lo no mesmo cemitério onde estavam os seus pais”, conta a atriz Maria Adélia.

Intérprete de Dilermando, Marcelo Aquino conta sobre o desafio de interpretar esse controverso personagem. “É incrível, apaixonante. Tenho pesquisado muito sobre ele e acredito que foi uma grande vítima de toda a circunstância. Um garoto de 17 anos cujo erro foi se apaixonar por uma mulher casada. Defendo a integridade dele, que se manteve ao lado da Anna apesar de toda a cobrança social”, reflete Aquino.

Para Sávio Moll, que revive na peça o autor de “Os Sertões”, Euclides tinha um humor irascível e era bastante difícil de lidar. “É difícil você defender uma pessoa que existiu e que tem um traço genial. Muitos geniais têm os seus lados geniosos. Estou me surpreendendo muito com a potência do Euclides artista. Ele nunca teve acesso a uma família acolhedora. Tinha três anos quando a mãe morreu e o pai preferiu não ficar com ele – deu para a tia criar. Naquela época da tragédia, adultério era crime. Hoje, não é mais, mas no comportamento humano vemos reações semelhantes ainda”, diz o ator.

Contudo, neste novo embate proposto pela dramaturgia, toda a paixão, os ciúmes, as ofensas, as muitas humilhações e a tragédia que atingiu esses personagens são rebobinadas em busca de um novo entendimento para que ambos, tão atormentados em vida, possam vislumbrar uma relação pacífica e sem mais rancores. “É de uma violência tão grande essa história, beira mesmo o absurdo. Achei interessante trazer para a luz até porque estamos tentando mostrar no espetáculo um paralelo entre o que aconteceu no século passado com a violência comportamental que vemos ainda hoje”, instiga o diretor Ary Coslov.

Ficha Técnica

Autora: Miriam Halfim

Direção: Ary Coslov

Atores: Marcelo Aquino, Maria Adélia e Sávio Moll

Cenário: Marcos Flaksman

Figurino: Wanderley Gomes

Iluminação: Aurélio de Simoni

Assessoria de Imprensa: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação

Assessoria de Mídias Sociais: Rafael Gandra

Produção Executiva: Osni Silva

Diretor de Produção: Celso Lemos.

Serviço:

“Matar ou Morrer – Dilermando de Assis e Euclides da Cunha”

3 a 27 de agosto – Centro Cultural Justiça Federal

Av. Rio Branco 241, Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Quinta e sexta, às 19h; sábado e domingo, às 18h

Ingresso: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)

12 anos – 70 min.

(Fonte: Dobbs|Scarpa Assessoria de Comunicação)

Espetáculo infantil “Conto de Quem Sonha” faz temporada na Sala Maria Thereza Tápias

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Victor Aragão.

Depois de uma temporada on-line de sucesso durante a pandemia, o espetáculo “Conto de quem sonha” passou por festivais na Bahia e foi premiado em São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, faz nova temporada, com formato e elenco repaginados, na Sala Maria Tereza Tápias (Centro Cultural Espaço Tápias), de 5 a 27 de agosto, às 16h. Com a pergunta “Infância é tudo igual?” começa uma narrativa em que o brincar é parte fundamental da dramaturgia. O elenco conta com os atores Juliana Cardoso e Guilherme Imia e o músico Mateus Penna Firme, que fazem a peça junto a elementos lúdicos que levam ao universo da história.

A ideia da montagem, idealizada por Clara Equi e Alain Catein, nasceu quando a dupla viajava pelo Brasil com outro espetáculo infantil: “Curupira”, da Cia Boto Vermelho. “Eu e Clara estávamos em viagem pelo Brasil e nessas viagens tivemos contato com crianças do país inteiro e entramos em um debate sobre a ‘geografia da infância’. Daí nasceu a ideia de falar um pouco sobre as infâncias que são invisibilizadas, que não ganham espaço. Reunimos elenco, ensaiamos e pesquisamos juntos, até que o projeto foi selecionado em editais e chegamos no formato da peça: contando histórias de crianças bem diferentes, que sonham e que ainda são só crianças”, explica Alain.

“De uma maneira lúdica, debatemos sobre a desigualdade social, a má distribuição de renda e de falta de oportunidades no nosso país. Temos muitas crianças que não são tratadas como tal e nossa peça vem para tentar mostrar que elas ainda são crianças, mesmo que a sociedade não as veja assim”, ressalta Catein sobre os temas debatidos.

Sinopse

Tem muito lugar e criança diferente nesse mundo, mas todas elas sonham, imaginam e desejam alguma coisa. No interior do país, uma criança, que adora brincar com os irmãos Céu e Chão, vai conhecer algo que não imaginava que existia. Na cidade grande, uma criança já morou em tanto lugar que decidiu que mora é com a sua irmã e com seu melhor amigo – um rádio de pilha. Será que dá pra chamar lugar de lar? Através de brincadeiras, música e imaginação, as descobertas aparecem durante a história. Apesar de ter como público inicial as crianças, a temática do espetáculo pode ser entendida, absorvida e debatida por pessoas de diferentes faixas etárias. É uma produção para crianças de todas as idades – para jovens, adultos e idosos, para pessoas que sonham e que têm saudade e amor pela infância.

“Além do elenco, que está afinado com o tema, temos manipulação de bonecos com contação de história; isso ajuda a transformar ainda mais a experiência de quem vai ver o espetáculo”, diz Alain, que também é o diretor de ‘Conto de Quem Sonha’.

“Quando pensamos em brincadeiras de infância, vemos que a musicalidade está sempre entrelaçada com esses momentos. No ‘Conto de Quem Sonha’, a música aparece dessa forma, como uma representante da brincadeira no cotidiano das crianças. As personagens cantam em cena como se essas músicas fossem compostas por elas no dia a dia – algo para trazer cor e alegria para o que se vive sempre”, finaliza Clara, que assina a dramaturgia da história.

Mais informações em www.instagram.com/contodequemsonha.

Ficha técnica

Idealização: Clara Equi e Alain Catein

Dramaturgia: Clara Equi

Direção: Alain Catein

Elenco: Juliana Cardoso e Guilherme Imia

Músico: Mateus Penna Firme

Letras: Clara Equi

Arte gráfica: Gui Bosco

Figurino e Fotografia: Victor Aragão

Cenografia: Jovanna Souza e Nicolas Gonçalves

Iluminação: Livs Ataíde

Direção de Produção: Alain Catein e Clara Equi

Equipe de Produção: Gabi Tavares e Lucas Leal

Realização: Clara Equi e Teçá – arte e cultura.

Serviço:

Conto de Quem Sonha

Teatro infantil

Temporada: 5 a 27 de agosto

Sábados e domingos, às 16h

Duração: 40 minutos

Classificação: livre (a partir de 3 anos)

Local: Centro Cultural Espaço Tápias – Sala de espetáculos Maria Thereza Tápias

Endereço: Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Barra da Tijuca Rio de Janeiro (RJ)

80 lugares

Ingressos: Inteira R$40,00 e meia-entrada R$20,00 – *pela plataforma Sympla – https://www.sympla.com.br/produtor/espacotapias.

(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)