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Inhotim inaugura novas exposições em setembro

Brumadinho, por Kleber Patricio

Rubem Valentim em seu ateliê em Brasília, 1978. Foto: Fundo Rubem Valentim/MASP.

O Instituto Inhotim abre ao público, no dia 23 de setembro, sábado, duas novas exposições temporárias: “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” e “Direito à forma”, na Galeria Lago e na Galeria Fonte, respectivamente. As mostras integram o Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra e ficam em cartaz até o próximo ano. Com diversidade de artistas e técnicas, ambas as exposições trazem distintas possibilidades da presença negra no campo da arte e contam com a curadoria conjunta entre Igor Simões, curador convidado, e da curadoria do instituto, com Lucas Menezes e Deri Andrade, curadores assistentes do Inhotim. As exposições contam com o Patrocínio Master da Shell por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O núcleo central da exposição “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” é formado por obras de diferentes épocas da sua produção: desde pinturas da década de 1950, passando por seus relevos, objetos e emblemas serigráficos, até registros da construção do “Marco Sincrético da Cultura Afro-Brasileira”, monumento em concreto de mais de oito metros de altura erguido na Praça da Sé, em São Paulo, em 1978. Também compõem a exposição trabalhos de outros artistas que apresentam interseções com o fazer artístico de Rubem Valentim, ampliando os debates que a exposição propõe.

Rubem Valentim – “Emblema”, 78 . Foto: Divulgação/Instituto Inhotim.

Já a exposição coletiva “Direito à forma” evidencia trabalhos de artistas de variadas temporalidades e formas, como Ayrson Heráclito, Emanoel Araujo, Lucia Laguna, Luana Vitra, Mestre Didi, Mulambö, Rommulo Vieira Conceição, Sônia Gomes, Rebeca Carapiá e Yhuri Cruz. Soma-se à mostra uma programação educativa com curadoria de Jana Janeiro, curadora pedagógica convidada.

“O que está em jogo nas duas exposições são as inúmeras possibilidades de presença negra no campo da art, para além de definições que tentam encapsular a produção artística afro-brasileira em um conjunto limitado de manifestações. A experiência Atlântica também, nos dois casos, se abre como um campo de extrema importância para pensar essa produção. O que temos nas duas exposições são as provas concretas que qualquer tentativa de compreensão da arte brasileira tem de passar pela produção de artistas negros”, elucida Igor Simões, curador convidado das novas mostras.

Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim 

Rubem Valentim (Salvador, 1922–São Paulo, 1991) se formou como artista nos espaços dos ateliês e das exposições no trânsito entre Salvador, Rio de Janeiro, Londres, Roma, Veneza, Brasília, Dacar e São Paulo, entre outros lugares do mundo. Desde a década de 1950, o artista é figura ativa no circuito de exposições – ele integra a Bienal de Veneza em 1962 e está presente em oito panoramas promovidos pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo entre 1969 e 1988, assim como em diferentes bienais de São Paulo. Sua obra, marcada por emblemas e símbolos, geometrias complexas, composições bidimensionais, relevos, objetos, composições e cores, conecta Áfricas, Américas e Europas.

Rommulo Vieira Conceição – “O espaço físico pode ser um lugar complexo, abstrato e em construção”, 2021. Foto: Divulgação/Instituto Inhotim.

A exposição “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” apresenta um conjunto de obras da coleção do Instituto Inhotim que contempla mais de trinta anos de produção do artista, articuladas a trabalhos cedidos pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, pelo Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e pelo Museu de Arte da Pampulha.

“A trajetória de Rubem Valentim é uma dessas referências emblemáticas que convocam uma revisão, ainda que tardia, e apontam existências negras como protagonistas, como definidoras daquilo que é a arte brasileira. Na mostra, também são apresentadas obras de artistas de diferentes gerações cuja investigação encontra ressonância ora nas referências, nos processos e nas materialidades, ora na síntese contundente ou na postura crítica de Valentim”, detalha Lucas Menezes, co-curador da exposição.

Em vizinhança com as obras de Rubem Valentim, são incorporados à exposição trabalhos de outros artistas, como Mestre Didi, Rosana Paulino, Emanoel Araujo, Jaime Lauriano, Rebeca Carapiá, Allan Weber, Bené Fonteles, Rubiane Maia, Froiid e Jorge dos Anjos. Dos artistas mineiros Froiid e Jorge dos Anjos são exibidas novas obras comissionadas pelo Instituto Inhotim. O primeiro apresenta uma instalação composta por 25 quadros que terão sua disposição alterada diariamente. Já Jorge dos Anjos traz duas esculturas em aço; uma exposta no espaço da galeria e outra na área externa. Em articulação com o espaço expositivo, a mostra conta com um espaço ateliê que será ativado a partir de programação pedagógica construída pelo Educativo do Inhotim.

Rebeca Carapiá – “Campo elétrico 01 raiva, sal, saúde e tempo”, 2021. Foto: Caio Rosa Frestas/Trienal de Artes/Sesc Sorocaba.

Artistas na exposição “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim”: Rubem Valentim, Allan Weber, Bené Fonteles, Emanoel Araujo, Froiid, Jaime Lauriano, Jorge dos Anjos, Rosana Paulino, Rebeca Carapiá e Rubiane Maia.

Direito à forma  

Mais de 30 artistas participam da mostra coletiva “Direito à forma”, em interlocução com a coleção do Instituto Inhotim, que tem se formado a partir de novas aquisições com foco na produção de autoria negra. A exposição apresenta um panorama da produção de pessoas artistas negras, de diversos períodos.

“O direito a uma investigação formal é o ponto de partida das obras que ocupam o espaço. Seja em consonância ou em contraposição, esses trabalhos reposicionam uma discussão sobre a arte de autoria negra, muito relacionada, nos últimos anos, à figuração. Ancorada, assim, em pesquisas diversas, a mostra traz um panorama da arte produzida atualmente no país e fora deste, mostrando-se enquanto um local de debates e construções narrativas para uma outra história da arte no Brasil”, explica Deri Andrade, co-curador da exposição.

Tadáskía – Sem título, 2021. Foto: Divulgação/Instituto Inhotim.

Entre as ausências e as presenças na própria coleção, é evidente que, à pessoa artista negra, as possibilidades são múltiplas. Em trabalhos que por vezes se tocam, se aproximam e se afastam, essas nuances são postas lado a lado, tensionando e reativando as discussões sobre o que se tem entendido sobre a arte produzida por pessoas negras no país do cânone branco brasileiro.

Foram selecionados 60 trabalhos para essa mostra; entre elas, o vídeo-documentário “Orí” (1989), de Raquel Gerber, sobre a historiadora, ativista do movimento negro e intelectual Beatriz Nascimento, que é um dos pontos de partida da coletiva, e a instalação comissionada pelo Instituto Inhotim “Dança dos Mortos Egunguns” (2023), de Eneida Sanches. “Direito à forma” abrange uma produção artística que tem investigado proposições sobre forma, em relação a temas pertinentes ao Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra, que ocupa o calendário do Inhotim entre 2021 e 2024.

Artistas na exposição “Direito à forma”: André Vargas, Antonio Tarsis, Ayrson Heráclito, Ana Cláudia Almeida, André Ricardo, Castiel Vitorino Brasileiro, Cipriano, Edival Ramosa, Edu Silva, Emanoel Araujo, Eneida Sanches, Iagor Peres, Isa do Rosário, Igshaan Adams, Helô Sanvoy, Jabulani Dhlamini, Juliana dos Santos, Lucia Laguna, Luana Vitra, Marcel Diogo, Mestre Didi, M0XC4, Mulambö, Rommulo Vieira Conceição, Siwaju Lima, Rubem Valentim, Raquel Gerber, Rebeca Carapiá, Sônia Gomes, Tadáskía, Thiago Costa e Yhuri Cruz.

Equipe curatorial 

Deri Andrade – co-curador de “Direito à forma” e curador assistente do Inhotim

Igor Simões – curador convidado das exposições “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” e “Direito à forma”

Jana Janeiro – curadora pedagógica convidada

Lucas Menezes – co-curador de “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” e curador assistente do Inhotim.

Serviço:

Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim, na Galeria Lago (eixo rosa)

Data: de 23 de setembro de 2023 a setembro de 2024

Direito à forma, na Galeria Fonte (eixo amarelo)

Data: de 23 de setembro de 2023 a março de 2024

Informações gerais – Instituto Inhotim  

Horários de visitação: de quarta-feira a sexta-feira, das 9h30 às 16h30 e, aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30

Entrada: R$50,00 inteira (meia-entrada válida para estudantes identificados, maiores de 60 anos e parceiros). Crianças de até cinco anos, moradores do Inhotim cadastrados no programa Nosso Inhotim e Amigos do Inhotim não pagam entrada.

Entrada gratuita: Quarta Gratuita Inhotim (todas as quartas-feiras são gratuitas) e Domingo Gratuito Inhotim + B3 (último domingo do mês).

Localização: O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR-381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.

Opções de transporte regular

Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do Instituto, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional, além da linha institucional do Parque. É possível adquirir os produtos também por meio da loja online.

(Fonte: Instituto Inhotim)

Descarte irregular de produtos químicos provoca manchas na água e morte de peixes em lago do Parque Ecológico de Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Funcionário da Prefeitura trabalha na remoção de pexies mortos no lago do Parque Ecológico. Fotos: divulgação.

A equipe de fiscalização da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente da Prefeitura de Indaiatuba, município da Região Metropolitana de Campinas, está realizando uma varredura nos bairros do entorno do primeiro lago do Parque Ecológico da cidade para identificar a procedência do produto químico que foi descartado no córrego Barnabé na última quinta-feira (7/9). Há suspeita de que foram derramados produtos saneantes na água. A descarga irregular formou uma mancha de espuma no lago e provocou a morte de peixes.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos Guilherme Magnusson, os fiscais do Departamento de Meio Ambiente estão acompanhando a ocorrência e desde quinta-feira foram tomadas todas as providências necessárias na tentativa de amenizar os danos ambientais.  “Logo que identificamos o descarte, fizemos os procedimentos iniciais de oxigenação da água usando caminhões-tanque. Também foi feita a limpeza dos peixes mortos nos pontos identificados e acionamos a equipe técnica do SAAE para providenciar a análise da água. Estamos contando com o resultado dessa análise e com o suporte técnico do SAAE para conseguirmos identificar o infrator”, explicou.

A direção do SAAE informou que a espuma não atingiu a Estação de Tratamento de Água do Barnabé (ETA V), localizada no Jardim Morada do Sol, mas a captação de água foi interrompida no final de semana por precaução. Isso não prejudicou o abastecimento de água da região, já que a Estação é utilizada como um reforço no abastecimento da zona sul. Na segunda-feira (11/9), a ETA V já estava trabalhando normalmente e com o monitoramento de rotina da água sem nenhuma intercorrência.

Esse tipo de infração pode ser punido com multa que varia de 100 a 200 Ufesps (de R$3.426,00 a R$6.852,00), conforme Lei nº 5.853/2011, que institui e regulamenta as ações fiscalizatórias do Departamento de Meio Ambiente, face à gestão compartilhada com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Para reforçar a legislação local, no Artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais está previsto que “causar poluição de qualquer natureza, que possa resultar em danos à saúde humana ou destruir de forma significativa a flora devido ao descarte incorreto de resíduos e líquidos é crime”.

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Público infantil é o que mais lê no Brasil: crianças de 5 a 10 anos consomem livros com frequência

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

O hábito de leitura é uma experiência engrandecedora para qualquer ser humano. Para as crianças, é por meio dos livros que existe a possibilidade de visitar lugares desconhecidos e dar asas à imaginação, além de ajudar no aprendizado e no desenvolvimento. De acordo com o recente levantamento feito pelo IPL (Instituto Pró-Livro), o público infantil é o que mais lê no Brasil. O relatório mostrou que crianças de 5 aos 10 anos de idade consomem livros com frequência. Essas crianças representam 23% de toda a população e costumam ler diariamente ou quase todos os dias por vontade própria.

Para Carmen Pareras, diretora da Catapulta Editores no Brasil, os livros são peças fundamentais para que as crianças se desenvolvam bem e tenham bons hábitos no futuro. “Muitas pessoas não sabem, mas os livros, quando inseridos desde cedo na vida das crianças, ajudam a aprender a identificar coisas, socializar, criar o senso crítico e ampliar sua compreensão”, explica.

Um estudo realizado pela Universidade de Ohio mostra que crianças que são incentivadas a ler entram na escola tendo ouvido aproximadamente 1,4 milhão de palavras a mais do que as que não cultivam esse hábito. “A leitura é um hábito que estimula a criatividade das crianças e exercita paciência e compreensão ao acompanhar a história do livro. Também é essencial para o desenvolvimento e alfabetização dos pequenos, especialmente quando a leitura é feita em voz alta pela criança”, comenta Natália Reis Morandi, psicóloga na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Decifrar, compreender, generalizar, sintetizar ou até mesmo propor hipóteses são funções superiores da mente usadas durante a leitura. Talvez por isso, pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos – Universidade de Stanford – e na França – Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm/Comissão de Energia Atômica e de Energias) – comprovam que a leitura faz bem ao cérebro.

Dentre os diversos benefícios que a prática oferece às crianças, também é por meio dela que as crianças desenvolvem a concentração, estimulam a memória, trabalham o raciocínio e compreensão, estimulam a linguagem oral e ampliam a capacidade criativa.

Os benefícios se estendem também para o fortalecimento de vínculos afetivos e habilidades socioemocionais, uma vez que, por meio da leitura, as crianças começam a entender seus sentimentos e a tentar lidar com eles. “Ler com os pequenos é uma forma de estreitar o laço afetivo e também entender o universo e as emoções da criança, mostrando para as crianças as maneiras saudáveis de lidar com os sentimentos”, finaliza Morandi.

Sobre a Catapulta | A marca Catapulta Editores possui mais de 18 anos de experiência no mundo literário e oferece para o mercado nacional uma proposta inovadora de livros paradidáticos que visa contribuir no aprendizado e entretenimento infantil. O papel da Catapulta é desenvolver obras que agregam as crianças desde a primeira infância até a fase adulta com livros didáticos. Saiba mais em: https://catapultaeditores.com.br/.

(Fonte: Agência Contatto)

Com texto de Michelle Ferreira e direção de Nelson Barskerville, peça ‘Ana Marginal’ mergulha na poética de Ana Cristina Cesar

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Bruna Castanheira.

Um dos grandes nomes da literatura marginal da década de 1970, para a poeta carioca Ana Cristina Cesar (1952–1983), vida e literatura eram inseparáveis. “Ana Marginal – Um navio ancorado no espaço”, projeto idealizado pela artista Nataly Cavalcantti, usa justamente essa mistura de vida e obra como inspiração para o espetáculo. O trabalho estreou no Espaço Elevador no dia 9 de setembro, às 20h, e segue em temporada até o dia 30 de outubro, com sessões aos sábados e segundas às 20h e, aos domingos, às 19h. Os ingressos custam R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada). O projeto foi realizado graças à 16ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura.

A dramaturgia assinada por Michelle Ferreira traz para a cena três personas para representar a escritora: Ana – a poeta, Cristina – a bailarina, e Cesar – a acadêmica, representadas pelas atrizes Nataly Cavalcantti, Carol Gierwiastowski e Bruna Brignol, respectivamente.

Trabalho feito em parceria entre atrizes e dramaturga, ao lado do diretor Nelson Baskerville e da diretora assistente Anna Zêpa, mergulharam na sua obra para desvendar o corpo-poema de Ana Cristina Cesar, misturando arte e vida pessoal.

A característica forte de seus textos, a um só tempo viscerais e coloquiais – marca comum também entre outros poetas marginais dos anos 1970 –, cria uma aproximação confidencial com seus leitores. Inclusive, no livro “Antigos e Soltos — Poemas e Prosas da Pasta Rosa”, uma compilação de textos inéditos feita por Armando Freitas Filho, ela faz uma sugestão radical: “despoetizar a escrita feminina. Suprimir o mito do sexto sentido, da doce e inefável poesia feminina. A falsa grávida com gazes — Estrutura histérica!, grita a fada madrinha. Assinado embaixo: Nós do outro sexo, do sexto sexo”.

“Como Ana Cristina Cesar pregava a quebra dos padrões eruditos e escrevia de uma maneira mais espontânea e contestadora, entendemos que o teatro performativo era a melhor maneira de homenagear essa mulher tão potente. Sempre achei que o Baskerville seria o diretor que conseguiria transpor para a cena o universo que eu imaginava pro espetáculo. E eu não me enganei”, comenta Nataly.

Para dar conta da atmosfera caótica presente na obra da poeta, a equipe optou por usar muitas projeções, tanto de frases de Ana Cristina quanto de cenas complementares à ação. As atrizes também interagem a todo momento com um andaime e haverá até uma escultura de luz feita pelo próprio diretor. Além desses elementos, o cenário ganha uma verticalidade importante, não só pela estrutura de dois andares do Espaço Elevador como pela presença de uma escada.

Para o encenador, entender a essência da autora é um desafio. “A cada dia chegam novos materiais que são incorporados ao espetáculo. Ela não está em apenas um poema ou um livro. Para desvendá-la, é preciso se debruçar sobre suas fotografias, cartas, cartões postais, entrevistas. Talvez hoje sua angústia fosse muito mais dispersa, porque os tempos mudaram muito, mas gostaríamos de devolver para ela essa sexualidade que lhe foi negada”, defende Baskerville.

A complexidade desse processo de pesquisa também está presente na peça. Além de performático, “Ana Marginal – Um navio ancorado no espaço” configura-se como um metateatro, já que as atrizes discutem, em cena, temas como: por que sempre que se fala em artistas mulheres, o primeiro assunto é a sua vida pessoal, a histeria feminina, ao invés da importância das suas obras? “Nosso objetivo é fazer os espectadores também saírem em busca de Ana Cristina Cesar. Infelizmente, ela morreu precocemente e não deu tempo de ela ser venerada como a grande autora brasileira que é”, reflete o diretor.

CESAR – Não se preocupe, é confuso mesmo.

ANA – Não, não é confuso, é simples. Nós estamos criando algo que não existe.

CESAR – Sim, até porque se estivéssemos criando algo que já existe, não

estaríamos criando nada, estaríamos reproduzindo.

ANA – A Célia disse que você é muito criativa. Enfim, é isso.

CRISTINA – Olha, eu não estou entendendo muito bem.

CESAR – É confuso mesmo.

ANA – Não, é simples. É muito simples. É um espetáculo sobre Ana Cristina

César.

CESAR – Sabe quem é?

ANA – Claro que ela sabe quem é.

CÉSAR – Ela pode não saber.

ANA – Você sabe quem é?

CRISTINA – Ela foi homenageada na Flip uns anos atrás. (Trecho de “Ana Marginal – Um navio ancorado no espaço”)

Atividades paralelas

Para mergulhar ainda mais no universo da escritora, a equipe também conversou com a ensaísta, editora e crítica literária Heloísa Teixeira, grande amiga da homenageada. O encontro rendeu um desdobramento para o projeto: a especialista fará uma palestra aberta e online sobre a Ana Cristina Cesar e a mulher na poesia hoje.

Outra atividade relacionada ao espetáculo é o curso “Literatura Negra de Autoria feminina: construindo lugares de luta”, ministrado pela poeta Lívia Natália. Entre os temas abordados nas aulas estão feminismo negro e decolonialidade do saber, combatendo a violência epistêmica supremacista branca, e afetividade e solidão da mulher negra.

O público também pode participar da oficina “Preparação do Poema” ministrada pela artista, poeta e arte educadora Josiane Cavalcanti. Os encontros envolvem a fruição e a discussão de textos, bem como exercícios criativos com leitura e comentários.

Essas atividades estão programadas para setembro e outubro. As informações sobre inscrições e vagas serão divulgadas com antecedência nas redes sociais da peça.

ANA – “para que então ‘ter’ um corpo se é ‘preciso’ mantê-lo num estojo como um

violino muito raro.” Katherine Mansfield.(Trecho de “Ana Marginal – Um navio ancorado no espaço”)

FICHA TÉCNICA

Idealização e produção artística: Nataly Cavalcantti

Dramaturga: Michelle Ferreira

Direção: Nelson Baskerville

Diretora Assistente: Anna Zêpa

Atrizes: Bruna Brignol, Carol Gierwiastowski e Nataly Cavalcantti

Concepção Cenográfica: Bruna Brignol e Nelson Baskerville

Figurino: Marichilene Artisevskis

Assistente de figurino: Carolina Oliveira

Iluminação: Lui Seixas

Trilha Sonora: Nelson Baskerville

Criação e montagem dos vídeos: João Paulo Melo

Consultoria em Vídeo: André Grynwask

Vídeo Heloísa Teixeira: Anna Zêpa

Direção de Movimento: Débora Veneziani

Preparação Vocal: Alessandra Lyra (Cor & Voz)

Cenotecnia: Casa Malagueta

Operação de Som: Gabriel Müller

Operação de Luz e Vídeo: João Paulo Melo

Operação de Letreiro: Iza Marie Miceli

Contrarregra: Victoria Aben-Athar

Arte gráfica: Bruna Brignol

Fotos de divulgação: Bruna Castanheira

Registro em fotos e vídeos: João Paulo Melo e Marcos Floriano

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques

Assistente de Produção: Gabriel Müller

Diretora de Produção: Iza Marie Miceli

Projeto contemplado pela 16ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço:

Ana Marginal – Um navio ancorado no espaço

Data: até 30 de outubro de 2023

Horário: sábados e segundas, às 20h, e, aos domingos, às 19h

Local: Espaço Elevador | 75 minutos | Classificação indicativa: 12 anos

Endereço: R. Treze de Maio, 222 – Bela Vista, São Paulo – SP

Ingresso: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada).

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Fundação Bienal de São Paulo anuncia abertura da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível

São Paulo, por Kleber Patricio

Vista da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Fotos: Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo.

A Fundação Bienal de São Paulo anuncia a abertura da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, com projeto arquitetônico e expográfico desenvolvido pelo escritório de arquitetura Vão. Com 121 participantes, a 35ª edição reafirma sua tradição de colocar a cidade de São Paulo no centro das atenções da arte contemporânea pelos próximos três meses. Sobre o projeto curatorial, você pode encontrar mais informações aqui.

Desde 6 de setembro, aproximadamente 1.100 obras dos 121 participantes estão em exibição no Pavilhão do Parque Ibirapuera. Após uma extensa pesquisa sobre as urgências dos nossos tempos, os curadores afirmam: “Nosso objetivo foi criar uma edição sem categorias ou estruturas limitadoras. Essa visão nasceu em nossa equipe curatorial, onde abraçamos um sistema descentralizado, afastando-nos das normas tradicionais. Escolhemos conscientemente não ter um curador-chefe, buscando dissolver estruturas hierárquicas. Nossa lista abrange um amplo espectro de formas artísticas e vozes de vários territórios ao redor do mundo. Então, a pergunta que permanece é: como as impossibilidades de nossa vida cotidiana refletem na produção artística? As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que diariamente encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”. A lista completa de participantes está disponível aqui.

A respeito desta primeira Bienal de São Paulo pós-Covid, José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, complementa: “É com convicção que afirmo que uma Bienal com características tão marcantes e desafiadoras nos dá a oportunidade de alcançar outros patamares de percepção do mundo. Encontramo-nos em um momento verdadeiramente singular. O mundo atual clama por soluções para questões urgentes, e a capacidade da arte em nos estimular a encontrar algumas dessas respostas é notável, como demonstra a 35ª Bienal de São Paulo”.

Um novo trajeto | Além do fechamento do vão central do segundo andar, a 35ª Bienal apresenta uma novidade: uma proposta inovadora de percurso. Os visitantes poderão seguir diretamente do primeiro andar – chamado de andar verde – para o terceiro andar – ou andar azul –, utilizando as icônicas rampas internas do Pavilhão projetado por Oscar Niemeyer, e finalizar o trajeto no segundo andar (roxo), utilizando os acessos externos. A intenção dos arquitetos responsáveis, do grupo Vão, é criar uma nova dinâmica para o espaço, explorando e desafiando a obra modernista. “Desde o princípio, nossa intenção foi conceber um projeto que se situasse entre o desejo de não reproduzir a coreografia espacial anterior e a necessidade de não impor uma coreografia totalmente nova, desvinculada das lógicas internas. Nossa abordagem consistiu em dialogar com a estrutura existente e as possibilidades disponíveis. Isso implicou não apenas a atenção na reutilização de materiais remanescentes de exposições passadas, mas também a criação de espaços com base nos elementos construtivos que moldam o próprio Pavilhão”.

Programação pública

Como parte da experiência enriquecedora proporcionada pela 35ª Bienal, foi meticulosamente elaborada uma programação pública que abrange uma variedade de elementos, incluindo apresentações musicais, ativações de obras, performances, encontros com artistas e mesas de discussão.

A primeira semana da mostra, de 5 a 11 de setembro, foi marcada por eventos como a mesa de abertura com os curadores, Gladys Tzul Tzul e Leda Maria Martins, bem como performances de Aline Motta, Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., Ana Pi, Benvenuto Chavajay, Guadalupe Maravilla, Luiz de Abreu, Rubiane Maia e Will Rawls. Além disso, serão realizadas ativações na obra de Ibrahim Mahama, envolvendo tanto os artistas da exposição quanto os curadores. A obra “Sauna Lésbica” também terá sua ativação, acompanhada por palestras, conversas e uma festa. Outras atividades incluem um workshop com Tejal Shah, ativações nas obras de Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, ativação da obra de Denise Ferreira da Silva, com presença de Sadiya Hartmann, uma palestra sobre Wilfredo Lam ministrada por Jacques Lenhard, e um concerto com Niño de Elche. Mais informações e inscrições podem ser feitas aqui.

Veja abaixo o que será preparado para o público ao longo dos três meses de exposição:

Performances e ativações de obras | As participações de Aline Motta, Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., Ana Pi, Benvenuto Chavajay, Davi Pontes e Wallace Ferreira, Denilson Baniwa, Guadalupe Maravilla, Inaicyra Falcão, Luiz de Abreu, Marilyn Boror Bor, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, Niño de Elche, Ricardo Aleixo, Rubiane Maia, Sauna Lésbica, The Living and the Dead Ensemble, Ventura Profana e Will Rawls envolvem a realização de performances e ativações ao longo de todo o período expositivo. Acompanhe a programação em 35.bienal.org.br/agenda.

Mesas e oficinas | Para esta Bienal, a programação de conversas e oficinas é bastante intensa e importante. Não deixe de conferir as atividades que envolvem convidados especiais no auditório do Pavilhão e nos espaços das obras de Cozinha Ocupação 9 de Julho – MTSC, Denise Ferreira da Silva, Denilson Baniwa, Ibrahim Mahama, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, e na Sauna lésbica.

Programa de ativações da equipe de educação | Os encontros contam com diversas atividades, como conversas com convidados, coreografando novos movimentos da publicação educativa, além de ativações de obras da exposição e visitas temáticas. Acompanhe a progamação em 35.bienal.org.br/educação.

A programação pública da 35ª Bienal é apoiada pela Open Society Foundations.

Histórias da Bienal

A Bienal reafirma seu compromisso de estender sua programação para além do Pavilhão. Em uma colaboração conjunta entre a Fundação Bienal de São Paulo e o canal Arte1, com apresentação da Bloomberg, o programa Histórias da Bienal está pronto para apresentar uma série de relatos inéditos ao público em geral. Com seis episódios de meia hora cada, o programa aborda temas que vão desde a criação da Bienal, a relação entre arte e política, a participação de povos originários nas exposições até o papel dos curadores na arte contemporânea e a presente edição. A série estreou dia 3 de setembro no Arte1, com lançamentos semanais, e também pode ser vista, a partir dessa data, no Arte1 Play, no YouTube da Fundação Bienal e no espaço de estudos da 35ª Bienal, no terceiro pavimento. Além disso, o material será continuamente utilizado pela equipe de educação da Fundação Bienal em ações de difusão.

José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal, expressa o significado dessa iniciativa: “O meio audiovisual continua sendo uma das maneiras mais eficazes de se conectar com o público e, aqui na Bienal, temos muito a compartilhar. Somos um dos eventos culturais mais reconhecidos globalmente e detentores do título de segunda Bienal mais antiga do mundo. Possuímos um estoque abundante de histórias a serem compartilhadas, as quais, sem dúvida, despertarão a curiosidade e o orgulho do público em relação à trajetória singular da Bienal e sua significância e esperamos que, também, sirvam como um convite a visitar a 35ª edição da mostra.”

Publicações

O catálogo da 35ª Bienal possui 352 páginas e abrange textos e imagens das obras dos 121 participantes desta edição, incluindo contribuições exclusivas dos artistas, bem como ensaios escritos por autores convidados e pelos curadores. O guia da 35ª Bienal, composto por 288 páginas, também reúne textos e imagens das obras dos participantes, e está disponível para compra na Livraria da Travessa e na Loja da Bienal, localizadas no térreo. Adicionalmente, o folder-mapa, fornecido gratuitamente no balcão de informações do térreo, contém o mapa da exposição juntamente com informações úteis aos visitantes.

Este ano, a Bienal introduz uma novidade igualmente gratuita: a distribuição mensalmente atualizada da agenda de programação pública, publicação criada dada a importância dos eventos que acompanham esta edição.

Compõem o rol de publicações lançadas o segundo movimento da publicação educativa da 35ª Bienal, que será lançado no dia 14 de setembro às 19h em conversa aberta com a artista Rosana Paulino. Intitulado “meu modo de pensar é um pensar coletivo/antes de estar em mim, já esteve nelas”, o segundo movimento conta com contribuições de Rosana Paulino, Sueli Carneiro, Geni Núñez e Kênia França, bem como de artistas participantes desta edição.

Visitas mediadas | Em uma experiência de visita mediada, um profissional da Bienal atua como um guia que não apenas explora as obras em exposição, mas também cria um diálogo enriquecedor com os visitantes, estabelecendo uma genuína troca de conhecimentos e percepções. As visitas mediadas desdobram-se em uma variedade de abordagens: podem ser agendadas previamente para grupos, realizadas de maneira espontânea nos horários designados ou até mesmo iniciadas pelos próprios visitantes, que têm a oportunidade de se dirigirem aos mediadores nos espaços dedicados à intermediação. Saiba mais sobre o programa de mediação aqui.

A Bienal em áudio: audioguia inclusivo da 35ª Bienal | Com vozes de Dandara Queiroz, Isa Silva, Luanda Vieira, Renan Quinalha e Stephanie Ribeiro, o audioguia inclusivo da 35ª Bienal passa por vinte obras que compõem a mostra. Ao seguir o percurso proposto – desde a obra “Parliament of Ghosts” [Parlamento de fantasmas], de Ibrahim Mahama, na entrada da exposição, até “Outres”, de Daniel Lie, no andar roxo –, o visitante será guiado por todo o Pavilhão. Cada uma das faixas apresenta histórias relacionadas às obras e comenta os processos dos participantes. Como é um audioguia inclusivo, ele também está disponível em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os conteúdos podem ser acessados pelo site 35.bienal.org.br/audioguia ou pelos QR Codes disponibilizados nas legendas das obras selecionadas.

Acessibilidade e inclusão | Além das visitas mediadas e do audioguia da 35ª Bienal, há outras iniciativas de inclusão, todas planejadas com o apoio da consultoria especializada em acessibilidade Mais Diferenças.

Textos em braile e em fonte ampliada | A Fundação Bienal preparou um percurso acessível para pessoas cegas e com baixa visão, que pode ser complementado por textos curatoriais e textos sobre as obras impressos em braile e em versão com fonte ampliada e contraste. Basta procurar os espaços de educação – mediação para ter acesso ao material.

Maquetes táteis | No espaço de educação – mediação do andar verde, o visitante encontra maquetes táteis do Parque Ibirapuera e do Pavilhão Ciccillo Matarazzo para auxiliar na compreensão das dimensões do edifício.

Cartaz e plantas táteis | Em cada andar, o visitante encontra uma planta tátil do espaço e versões táteis do cartaz da mostra, desenhado pela artista Nontsikelelo Mutiti.

Acessibilidade física | A Bienal conta com elevadores, rampas de acesso, banheiros adaptados e sistema de sonorização de emergência. Além disso, cadeiras de rodas são disponibilizadas para uso durante as visitas – basta pedir a um orientador de público na entrada do Pavilhão.

Guia digital | Para facilitar a experiência de visitação da mostra, a Fundação Bienal firmou uma parceria com a Bloomberg Connects, um aplicativo gratuito com guias para mais de duzentos museus e espaços culturais por todo o mundo. Basta baixar o aplicativo para ampliar sua visita com informações e detalhes sobre esta Bienal, como textos, fotos e vídeos sobre os participantes e suas obras, assistir a vídeos sobre arte contemporânea, descobrir a localização dos participantes na mostra e acompanhar a programação pública.

Vozes Bienal | Com um grupo de 32 embaixadores virtuais conhecidos como Vozes, a Bienal ecoa seus valores no mundo digital e reflete sobre os assuntos trazidos à tona pelas obras e pelos participantes da mostra. Acesse nossos destaques no Instagram e conheça as Vozes: Ana Carolina Ralston, Ana Hikari, Astrid Fontenelle, Bárbara Alves, Dandara Queiroz, Djamila Ribeiro, Facundo Guerra, Fernanda Simon, Gilson Rodrigues, Isa Silva, Janaron Uhãy Pataxó, Johanna Stein, Kananda Eller, Kevin David, Laís Franklin Vieira, Luanda Vieira, Luísa Matsushita, Luiza Adas, Mari Stockler, Maria Carolina Casati, Maria Prata, Mel Duarte, Paulo Borges, Rachel Maia, Regina Casé, Renan Quinalha, Rita Carreira, Sabrina Fidalgo, Stefano Carta, Stephanie Ribeiro, Thai de Melo, Vivi Villanova.

Campanha publicitária | Com o slogan “Bienal de São Paulo: o ponto de encontro de todos os pontos de vista”, a campanha publicitária da 35ª Bienal de São Paulo, elaborada pela agência DOJO e produzida pela Iconoclast, estará presente em todos os principais meios de comunicação e na cidade. Com o objetivo de destacar o Pavilhão como um espaço de encontros diversos, a campanha utilizará a linguagem em primeira pessoa das redes sociais (o POV) para ilustrar como a mostra acolhe uma ampla variedade de interações com a arte.

Sobre a Fundação Bienal de São Paulo | Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas cujas ações têm como objetivo democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea que é referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.

35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível

Curadoria: Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel

6 setembro – 10 dezembro 2023 ter, qua, sex, dom: 10h – 19h (última entrada: 18h30); qui, sáb: 10h – 21h (última entrada: 20h30)

Pavilhão Ciccillo Matarazzo Parque Ibirapuera · Portão 3

Entrada gratuita.

(Fonte: Index Conectada)