“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Manaká lança o divertido clipe de “Paraprapapar”, segundo single do projeto “SIM, viver é um presente!”, que chega ao YouTube no dia 18 de novembro – onde o brincar e a nutrição se completam na potencialização do corpo em desenvolvimento dos pequenos. Quem nunca preferiu colocar a brincadeira na frente da hora “do papá”? Não à toa, o Manaká faz deste momento uma forma alegre de refletir para a importância de brincar e o momento da alimentação das crianças – e restabelecer as energias para voltar à brincadeira.
Se na vida adulta a gente tem que ter pique para conciliar trabalho, família, relacionamentos, saúde, é na infância que esse pique se apresenta – e em sua melhor forma – como brincadeira.
Num momento em que o mundo se atenta ao livre brincar como preservação da saúde da infância e a Sociedade Brasileira de Pediatria enxerga como necessidade emergencial o retorno das crianças à natureza, o Manaká reúne essas diretrizes numa série de videoclipes (e músicas) que estimulam crianças e adultos a vontade pelo brincar, pelo afeto e pela integração a ambientes naturais.
“Cada um dos clipes bebeu de um universo da brincadeira. Ao longo dos últimos 7 anos vivenciamos uma jornada atenta ao brincar livre como estruturante da infância – e da vida. Participamos de congressos, vivências, experimentações (na arte, em escolas, em hospitais), transformamos nossa própria casa em uma casa de cultura infância reconhecida pelo Governo do Estado e constatamos o poder mágico que há nessa simples atividade”, diz Xá.
Em parceria com a mestra em Educação e Desenvolvimento humano Rosa Mariano, a dupla Manaká começou a fundamentar os brincares e seus efeitos no desenvolvimento da criança. E foi além, percebendo o quanto essas brincadeiras podem trazer também aos adultos, um convite e estímulo ao retorno para uma vida vivida em estado de graça. “Nos invadiu o desejo de preservar a INFÂNCIA VIVA, retardar o amadurecimento precoce que o mundo já oferta, preservando a pureza, a espontaneidade e a liberdade que existe em cada uma das crianças e que deve nos acompanhar por toda vida”, ressalta Liv.
Em seu primeiro clipe, lançado em outubro, “Ondas do Rio, Ondas do Mar”, o brincar com as mãos está no criar histórias, fazer castelos na areia da praia, catar conchinha e até mesmo na base do “virar estrela”.
Já em “Paraprapapar”, o brincar de pique como “per-formador” do corpo foi a inspiração. Composta por Xá, a música diz sobre uma criança que, no auge da brincadeira, quando consegue o melhor esconderijo, é flagrado pela mãe lhe pedindo para “parar para papar”. A música já propõe um brincar imediato na letra, como um trava-línguas gostoso e fácil de cantar. E serve como recurso para mães e pais que precisam que seus filhos comam “na hora certa”.
O brincar de correr que o pique produz também retroalimenta a energia da criança. Auxilia em seu processo desperto: amplia sua atenção e escuta, potencializa seus cálculos matemáticos, traz noções espaciais e físicas além do desenvolvimento motor implícito e toda a liberação eletroquímica acionada pelo sistema neuro-motor. “O pique requer estratégia, astúcia, paciência, concentração. Ferramentas essenciais no bem suceder da vida. E quando você corre, salta os obstáculos. E, se cai, levanta já trabalhando a autoestima, a superação, a técnica, a noção do próprio corpo. Tem algo mais completo do que brincar?”, observa Xá.
“Em termos motores, o pique trabalha a motricidade ampla, a noção de baixo e alto, por exemplo. A nível de sociabilização sempre envolve relações, afinal o pique só se brincar em grupo. E até mesmo a disputa quando trabalhada de forma saudável é bem-vinda: se diverte quem ganha e quem perde e, por ser ágil, você pode ganhar e perder várias vezes”, fundamenta Rosa Mariano.
Brincar provoca emoções, aprendizado, cognição. E gera inteligência, memória, percepção e autoconhecimento. E o que isso pode auxiliar na vida de quem já é adulto? Tudo. Primeiro, a consciência de que ganhar ou perder faz parte da brincadeira da vida. Depois de que seu corpo é um presente que merece cuidado – um veículo poderoso e muito sábio, cheio da melhor engenharia. E por fim, mas não menos importante, a certeza de que, brincando bem, com astúcia, alegria e em grupo, você é capaz de no final, salvar o mundo.
YouTube: https://www.youtube.com/manakaoficial
Siga o Manaká: www.instagram.com/manaka.oficial.
Paraprapapar – Autoria: Francisco Abreu
Quanto eu to brincando,
No melhor da brincadeira
O suor caindo
Adrenalina tá na veia
O melhor esconderijo eu consegui pra mim
Logo eu vou correndo, eu to curtindo, eu to afim
Só que chega a minha mãe sem entender e grita assim:
– Filho! Para pra papar!
Para pra papar! Para pra papar! Refrão
Para pra papar! Papar!
Pô mãe, eu não sou um menininho,
Me chama no cantinho, mais discreto pra falar.
Além de estragar a brincadeira
E me queimar na rua inteira com esse: “Para pra papar”
Tá bom, eu já sei que tu me ama e eu também te amo tanto
Não precisa exagerar
Se bem que é o meu prato preferido
Bem melhor eu ter perdido
Eu ter parado pra papar.
Para pra papar! Para pra papar! Refrão
Para pra papar! Papar!
Confira o clipe em https://www.youtube.com/watch?v=YFyAZb9ipDY.
Sobre o Manaká
Tudo começou com o encontro profissional entre Xá e Liv, que se tornaram um casal e formaram uma família. Desta vivência, surgiu a ideia de produzir músicas para o público infanto-juvenil e formar o Manaká. Ela, curitibana formada em rádio e TV, atriz premiada, compositora e cantora. Ele, mineiro, estudante de antroposofia e pedagogia Waldorf, teve passagem pela novela “Chiquititas” (anos 1990) e escreve músicas, espetáculos, séries e filmes. O Manaká é uma dupla de música para infância que canta em suas composições o livre brincar, o afeto nas trocas intergeracionais e o contato íntimo com a natureza – como pilares de uma infância plena. A dupla evidencia o bem, o bom e belo da vida, com liberdade de gêneros musicais e com referência aos hinos da infância dos anos 80 e 90. Eles fazem um trabalho a partir da criança de hoje, para a família inteira curtir junto, estreitando e fortalecendo vínculos. O Manaká existe para tornar a vida mais radiante e feliz.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
Todos os anos, o Dia Internacional da Onça Pintada é comemorado no dia 29 de novembro. Na data e nos dias que antecedem a comemoração, o Hotel das Cataratas trabalha em ações que buscam reforçar a importância da iniciativa e arrecadar verbas para o projeto Onças do Iguaçu. Neste ano, a programação será ainda mais especial. O hotel vai receber a artista Heloisa Hariadne, considerada um dos nomes promissores da cena artística contemporânea, que busca inspiração a partir do estudo minucioso de escuta e entendimento do próprio corpo e dos elementos da natureza.
Ao longo de uma semana, Heloisa estará no Hotel das Cataratas com a missão de criar uma arte inédita e exclusiva para a icônica Kombi rosa localizada no jardim em frente ao hotel, que ganhará novo visual inspirado na natureza exuberante da região e, principalmente, na beleza das onças pintadas. “Me sinto muito lisonjeada com este convite. Acho que arte e natureza estão diretamente ligadas e o tema da preservação ambiental e biodiversidade são importantíssimos. Espero poder ajudar a trazer ainda mais incentivos para esse projeto tão bacana”, revela Heloisa.
Durante o período, além da programação especial com a artista, o hotel terá em sua agenda uma série de ações com o propósito de imergir ainda mais os hóspedes e convidados no tema levantado pela causa, a começar pela Exposição na Magic Tree, que reunirá no jardim do hotel imagens incríveis do Onças do Iguaçu, a fim de representar a harmonia e o equilíbrio entre homem e natureza.
Uma oportunidade única é a Experiência Onças do Iguaçu, tour que acontece uma vez por ano e consiste em uma caminhada em meio a mata, guiada por Yara Barros, coordenadora executiva do Projeto Onças do Iguaçu. Na ocasião, os participantes terão a oportunidade de conhecer o funcionamento e visualizar algumas imagens capturadas pelas armadilhas fotográficas, além de auxiliarem na coleta de amostras das pegadas dos animais que encontrarem durante o trajeto usando a mesma técnica dos pesquisadores em campo. Parte do valor da experiência é repassado ao projeto.
No mesmo dia, o hotel contará com a presença da coordenadora e sua equipe na Magic Tree para o Bate-papo de Onça, uma conversa descontraída sobre a espécie considerada símbolo brasileiro da conservação da biodiversidade pelo Ministério do Meio Ambiente. “Nossa grande missão é a conservação da onça pintada no Parque Nacional do Iguaçu, uma população quase extinta na década de 90, com apenas 9 a 11 indivíduos, e hoje já são cerca de 24 onças. Para que isso aconteça, precisamos de uma agenda contínua de ações que incentivem o projeto e de parceiros que comprem a nossa causa”, afirma Yara Barros.
Os hóspedes também poderão contribuir de outras maneiras. Idealizada pelo chef de bares Nacir Zandoná, a Caipirinha Onça Pintada é um dos drinques exclusivos do hotel e tem 100% do seu valor revertido para o projeto. A bebida leva cachaça orgânica, tangerina, açúcar e, para finalizar, o maracujá, que faz uma brincadeira lúdica com as pintas das onças. Outra forma de contribuição é através da aquisição do mascote Avati (“ser encantado” na língua Tupi Guarani), uma onça de pelúcia idealizada em homenagem ao projeto, disponível na Signature Boutique, localizada dentro do hotel.
A arte da Kombi será oficialmente lançada no Dia da Onça, 29 de novembro. A partir dessa data, hóspedes e visitantes poderão contemplar de perto toda a beleza da peça, além de aprender um pouco mais sobre o projeto Onças do Iguaçu e sobre as espécies que habitam a região. Em seguida, a Kombi será movida para o Centro de Visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, onde ficará exposta por 3 dias, levando beleza e conhecimento para ainda mais gente.
Sobre o projeto Onças do Iguaçu
O projeto Onças do Iguaçu é fruto de uma parceria inédita entre o Parque Nacional do Iguaçu, o Centro Nacional de Pesquisas para Conservação dos Predadores Naturais (CENAP/ICMBio) e o Hotel das Cataratas. O projeto tem como objetivo avaliar a situação da população de onças pintadas e pumas na região do parque e identificar as principais ameaças. Está prevista a implementação de medidas que garantam a sobrevivência das duas espécies ao longo do Corredor da Biodiversidade do Alto Rio Paraná, além de contribuir para ações de manejo e gestão do parque nacional.
O Hotel das Cataratas é o único empreendimento hoteleiro localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Morada das Cataratas do Iguaçu e formado por 185 mil hectares de reserva florestal, o Parque Nacional é habitat de centenas de espécies da fauna e da flora brasileiras.
Sob a administração do grupo Belmond desde 2007, o Hotel das Cataratas é personagem importante na inserção de Foz do Iguaçu na pauta do turismo nacional e internacional, promovendo a imagem do destino nos principais mercados mundo afora. Além da responsabilidade e dedicação com hóspedes e visitantes, o hotel contribui ativamente com a preservação ambiental local, especialmente no que diz respeito a proteção aos animais nativos da região. Desde a chegada do grupo Belmond, 9 milhões de reais foram investidos no Parque Nacional do Iguaçu, sendo parte dessa verba dedicada ao projeto Onças do Iguaçu.
(Fonte: FSB Comunicação)
O escritório de arte Estúdio 41 inaugurou no dia 8 de novembro a exposição coletiva “Latigbaná – Daí Por Diante”, um registro de incursões realizadas por dez artistas pelo Brasil afora, fotografando a arte-religiosidade na vida cotidiana. Adenor Gondim, Bruno Bam, Dani Tranchesi, Daniel Pinheiro, Gisele Martins, Guy Veloso, Iuri Marc, Lita Cerqueira, Luiz Moreira e Márcio Vasconcelos capturam, em suas lentes, representações de religiões de matriz africana praticadas em diferentes estados do país, como Maranhão, Bahia, São Paulo, Belém do Pará, entre outros. A curadoria é assinada por Diógenes Moura.
O curador da mostra comenta que a seleção dos fotógrafos e das obras se deu de forma muito espontânea: “São artistas cuja trajetória acompanho há muito tempo. Eles têm em comum essa espécie de missão de percorrer o país em busca do entendimento do quando, do onde, do que será e do que seremos nós. Tudo isso olhando para dentro, diante de nós mesmos”. De origem iorubá – um dos maiores grupos étnico-linguísticos da África Ocidental –, ‘Latigbaná’ significa algo como “daí por diante”, um mundo que vive dentro de nossa cabeça. “Aqui, não estamos falando sobre o outro – estamos diante de nós mesmos”, completa ele.
Cada imagem carrega em si o limite do que pertence à visão do fotógrafo e do que pertence ao outro, entre o que pode ser considerado comum e o que é inusitado: coisas simples, gestos mansos, a vida cotidiana descansando no percurso do tempo. O olhar do espectador é essencial para o fluxo da exposição.
Muito além de retratar o cotidiano e as coisas comuns, “Latigbaná – Daí Por Diante” explora o universo interior que existe no indivíduo e que habita, também, na alma da cultura brasileira, fruto da miscigenação e do sincretismo religioso. “Essa é uma exposição muito provocante para um momento como esse em que estamos vivendo – um momento político de extremos limites e de extremos abismos, em que essa situação ancestral – a situação da arte-religiosidade e das crenças –, pairam em outro universo. A exposição, de certa forma, reúne uma fortaleza que existe em nós mesmos e que precisa ser explorada de dentro para fora. “Chega de reflexos. Precisamos pensar o país de dentro para fora”, conclui Diógenes Moura.
Sobre o Estúdio 41 | Um espaço voltado à reflexão e discussão sobre o fazer artístico da fotografia – esse é o mote do Estúdio 41, projeto que ocupa o conjunto 41 do prédio 1254 da Rua Pedroso Alvarenga, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Com direção artística do curador e escritor Diógenes Moura e comandado pela fotógrafa Dani Tranchesi e sua sócia Paula Rocha, o novo espaço cultural vai apresentar projetos de fotógrafos emergentes e consagrados em uma programação de exposições, exibição de filmes, lançamento de livros e conversas sobre a linguagem fotográfica.
Serviço:
Exposição “Latigbaná – Daí em Diante”
Curadoria: Diógenes Moura
De 8 de novembro a 4 de fevereiro de 2023
Endereço: Rua Pedroso Alvarenga, 1254, cj 41, Itaim Bibi, São Paulo (SP)
Funcionamento: às quartas-feiras, das 10h às 19h. Nos demais dias da semana, visitas sob agendamento através do WhatsApp 55 (11) 99452-3308.
Entrada gratuita.
(Fonte: a4&holofote comunicação)
Vista da Casa 8 enquanto o time Eden Liberdade F. C. ocupava o térreo da edificação (sem data) – Acervo Benedito Lima de Toledo.
O Instituto Pedra, organização da sociedade civil autora do projeto arquitetônico de restauro da Vila Itororó e da gestão do Galpão Aberto entre 2013 e 2018, vem realizando obras na cobertura da “Casa 8”, também conhecida como “Clube Éden”, na Vila Itororó, no bairro da Bela Vista em SP, com a reforma do telhado e impermeabilização da laje, etapa viabilizada pelo Pro-Mac – Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e com o patrocínio da Marsh Brasil.
Paralelamente ao término da obra de cobertura da Casa 8, foram planejadas seis oficinas de educação patrimonial com temas relacionados ao projeto arquitetônico de restauração da Vila e à gestão do projeto cultural e questões relacionadas, como a preservação do patrimônio no bairro da Bela Vista, que serão realizadas nos dias 16 e 30 de novembro. As vagas são limitadas.
Quarta-feira – 16 de novembro, às 14h, oficina “Conhecendo a história de São Paulo através dos tijolos da Vila Itororó”. A atividade prevê uma exposição das pesquisas realizadas, seguida de visita guiada e de uma atividade prática onde os participantes buscarão identificar e analisar os materiais cerâmicos que compõem o conjunto arquitetônico, discutindo essas análises coletivamente. Será ministrada por Benjamim Saviane, arquiteto coordenador do Instituto Pedra, Beatriz Ulloa e Naiara Amorim, ambas arquitetas e mestras em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos pela UFBA. Sendo que atividade é fruto de uma parceria entre o Instituto Pedra e o programa de mestrado da UFBA que possibilitou o estágio supervisionado das duas pesquisadoras na Vila Itororó.
Link para inscrição – limitado a 15 pessoas: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSefWFhaMqB9Yn8jhfOxOgOTmUszDN5SpBwVGTJn3Nk-q9CXTw/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0.
Quarta-feira – 30 de novembro, às 14h, visitas guiadas trazem um panorama do projeto de restauração até a execução de parte da obra de restauro e o projeto para a Casa 8. A atividade será conduzida por Mariana Victor, arquiteta coordenadora do Instituto Pedra, e Alan Gualberto, gerente de projetos da instituição.
Link para inscrição – limitado a 20 pessoas: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd7RdZ8PTUAaj3wlQC1U3UCiuO_NTmRA3IqvFPuR2eMUmd3wg/viewform?pli=1&pli=1.
Vista da Casa 8 enquanto o time Eden Liberdade F. C. ocupava o térreo da edificação (sem data) – Acervo Benedito Lima de Toledo.
A Casa 8 é o principal palco de eventos e espetáculos na Vila Itororó desde a reabertura, em setembro do ano passado, e a recuperação de sua cobertura é fundamental para salvaguardar o patrimônio construído da casa que está na atual entrada principal da Vila.
A primeira etapa do projeto de restauração da Vila durou cinco anos e englobou a realização dos projetos arquitetônicos para todas as 11 edificações e áreas comuns do conjunto, o restauro de quatro casas, a elaboração e gestão do Programa Vila Itororó Canteiro Aberto e a edição de dois livros e dois vídeos sobre a Vila Itororó, sendo viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do BNDES, Itaú, Camargo Corrêa e IBM.
Sobre a oficina “Conhecendo a história de São Paulo através dos tijolos da Vila Itororó”, segundo os pesquisadores
Tijolos, telhas, manilhas hidráulicas e outros elementos construtivos cerâmicos, embora tenham origem milenar, somente se tornaram populares no Brasil com a industrialização do país, na virada do século XIX para o século XX. O seu uso na cidade de São Paulo foi um dos propulsores para o expressivo crescimento urbano vivenciado naquele momento, representando a “virada” da cidade colonial, que era produzida com técnicas construtivas em terra crua – mais lentas e artesanais – para a cidade “moderna”, onde a alvenaria de tijolos cerâmicos e outros elementos industrializados possibilitaram um encurtamento dos tempos construtivos e o surgimento de novas escalas arquitetônicas e urbanas.
Vista da Casa 8 enquanto o time Eden Liberdade F. C. ocupava o térreo da edificação (sem data) – Acervo Benedito Lima de Toledo.
A Vila Itororó é um conjunto arquitetônico que é testemunho desse processo, onde pode ser vista uma grande variedade desses materiais cerâmicos, de diversas procedências e com as mais variadas aplicações. Estudos recentes, realizados durante as obras de restauração do conjunto arquitetônico da Vila Itororó, trouxeram à tona essa variedade de origens e técnicas de aplicação, que acabam representando um momento muito específico da história da construção civil em São Paulo, onde a substituição de materiais, por conta da industrialização, ocorreu de forma muito intensa e, ao mesmo tempo, experimental.
Essas pesquisas fizeram uma abordagem de natureza arqueológica, ou seja, utilizando de análises qualitativas e métricas feitas no local junto com informações bibliográficas, para compreender o contexto histórico e os fenômenos sociais que produziram aquele conjunto arquitetônico, formulando diversas hipóteses sobre a sua produção e modificação ao longo do tempo, que resultaram em uma arquitetura singular, hoje valorizada como patrimônio cultural.
Nesta oficina, o público é convidado a participar dessas reflexões, estimulando um olhar atento para os materiais e componentes construtivos de edifícios históricos ao identificar sua diversidade e suas características, contextualizadas historicamente.
Sobre o Instituto Pedra
O Instituto Pedra é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolve ações no campo do patrimônio cultural. Possui projetos nos estados de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo como, por exemplo, o projeto de restauração de fachadas do Edifício Copan e a restauração, com criação de centro cultural, na Vila Itororó, em São Paulo; recuperação do complexo arquitetônico e acervo histórico do Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro; inventário do acervo de Frans Krajcberg e restauração do Parque do Queimado na Bahia; idealização da Escola de Ofícios Tradicionais de Mariana e a restauração da Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar, em Mariana; e restauro e expografia do Museu Boulieu, em Ouro Preto, entre outros.
Vila Itororó
Entrada pela Rua Maestro Cardim, 60 – Bela Vista, São Paulo – SP.
(Fonte: Pool de Comunicação)
Sob o tema “Toda forma de existir”, o 30º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, maior evento cultural dedicado à cultura queer da América Latina, traz seis espetáculos inéditos ao Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo gerido pela Amigos da Arte. Os espetáculos foram selecionados a partir do edital Dramática, que valoriza a cena teatral LGBTQIAP+ nacional. As estreias acontecem de 10 a 15 de novembro sempre às 19h. Toda a programação é gratuita.
“Receber no Teatro Sérgio Cardoso peças de teatro do 30º Festival Mix Brasil traduz parte da nossa proposta curatorial, que é trazer ao público um panorama da diversidade e da riqueza cultural brasileira”, diz Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte.
O festival completo acontece de 9 a 20 de novembro e apresenta um total de 119 filmes de 35 países e de 12 estados brasileiros, além de experiências XR, seis espetáculos teatrais inéditos, shows musicais, literatura, performances, palestras e workshops sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+. Além do Teatro Sérgio Cardoso, o Festival estará presente no CineSesc, Espaço Itaú Augusta, Centro Cultural São Paulo, salas do Circuito Spcine, MIS (Museu da Imagem e do Som de São Paulo) e Centro Cultural da Diversidade.
Programação no Teatro Sérgio Cardoso
Útero de Eva
Dia 10/11, quinta-feira, às 19h
No ultrassom da mãe (Joana Medeiros), o médico e a mãe pensam que Evaristo é um menino. Evaristo revela ser Eva (Sophi Saphirah). No ultrassom de Eva, o médico (Gaê Ferraroni) mostra que ela tem um útero, numa condição rara. Eva quer engravidar. Enfrenta problemas com a família e com a namorada (Zara Dobura) que não a aceita mais. É uma peça de teatro com música ao vivo, de Lyel Tabosa, na voz e violão.
Ficha Técnica
Sophi Saphirah – Direção Geral da Concepção do Útero – EVA
Lyel Tabosa – Agente Musical (que Produz em Útero) a-Feto na voz e violão
Vinicius Bernardo – Agente de Produção Executiva
Joana Medeiros – Agente em Direção de Elenco | Performa A Mãe Cisgênero – IVETE
Gaê Ferraroni – Performance da Medicina Cisgênera – Dr. PAULINO
Zara Dobura – VIOLETA
Bit Oliveira – Dá a Luz
ttir3D – nome social: Theo Monteiro | Registro de imagens do ultrassom que define o gênero dessa peça
Classificação etária: 12 anos.
Distrito T – Capítulo 1
Dia 11/11, sexta-feira, às 19h
A experimentação cênica “Distrito T – Capítulo 1” apresenta um recorte sobre um ambiente distópico, também conhecido como lugar nenhum, onde corpos dissidentes confluem ideias. A proposta tem relação com as identidades representadas na cena, uma costura entre ficção e realidade, acionando engates de reconhecimento. O capítulo 1 foi criado a partir da necessidade de entender criação, pesquisa de formas não propriamente tradicionais e decolando em direção a territórios desconhecidos, nossa condição enquanto seres em constante transformação.
A realização dessa experimentação cênica é um entrelace de ideias dissidentes que permeiam campos distintos da linguagem artística, potencializando o referencial de performatividades em uma geração babadeira.
Ficha Técnica
Autoria e Direção: Ymoirá Micall
Produção: Carmen Mawu Lima
Assistente de Produção: Cais Vicente
Elenco: Amaré Yndio, Wini Lipi, Léo Braz, Vick Nefertiti, Nu Abe, Maia Caos, Zara Dobura, Jota Vilar, Kaiala Oliveira
Direção Criativa: Mauro Pucci
Iluminação: Verena Teixeira
Classificação indicativa: 16 anos.
Réquiem de Guerra
Dia 12/11, sábado, às 19h
Um jovem rapaz tem a delicadeza exorcizada de seu corpo. Uma imitadora de homens do vaudeville é contratada para alistar novos soldados. Um jovem soldado carrega seu próprio corpo pelos campos de batalha.
Partindo de poemas escritos por soldados LGBTQIAP+ no front da I Guerra Mundial, Giovana Lago/Don Giovanni explora através da poética Drag King e da linguagem cabareteira como esse conflito alterou a paisagem e as subjetividades das masculinidades do século XX – e como isso ecoa nos corpos dos jovens rapazes de hoje.
Ficha Técnica
Concepção, dragaturgia e performance: Giovana Lago/Don Giovanni
Interlocução Cênica: Nash Laila
Interlocução “Drag”atúrgica: Neto Machado, Jorge Alencar e Jubileu
Iluminação: Semy Monastier
Direção e Operação de Vídeo: Ricardo Kenji
Figurino: Rafael Jubainski
Identidade Visual: Lucas Ferreira
Assistência de Palco: Felipe Samorano
Apoio de Pesquisa e Desenvolvimento: Festival Panorama 2021 – Raft, uma coprodução do Festival Panorama, Teatro Municipal do Porto, Pact Zollverein, Voo?uit, In Between Time, Vallejo Gantner, Dansehallerne, HAU Hebbel Am Ufer, Gessnerallee, Bates Dance Festival, CCN CAEN en Normandie, Charleroi-Danse, Contemporary Arts Center, Trajal Harrell Company, Festival Transmeriques (FTA), Walker Arts Center, SESC São Paulo.
Classificação indicativa: Livre.
Gênero Sapatão
Dia 13/11, domingo, às 19h
“Gênero Sapatão” trata de um trabalho performativo que propõe a intersecção entre três linguagens através do corpo de artistas lésbicas, uma do teatro Sol Faganello, uma da música, Camila Couto e uma da dança Christelle Kuet, dirigido por Natalia Mallo e produzido por Lola Silva e Natasha Bueno, também colaboradoras da cena. Desmistificar a sapatão, ampliar os repertórios de percepção e falar sobre sua existência é dar visibilidade a essa multiplicidade de identidades e suas subjetividades, é construir possibilidades de resistência e existência.
Ficha Técnica
Direção: Natalia Mallo
Criação e performance: Camila Couto, Christelle Kuet ( Lua- Kris) , Sol Faganello, Lola Silva,
Natasha Bueno
Criação de luz: GIVVA
Produção: Lola Silva e Natasha Bueno
Classificação Indicativa: 12 anos.
Chechênia: Um Estudo de Caso
Dia 14/11, segunda-feira, às 19h
“Chechênia: um estudo de caso” é uma peça-palestra, que parte de um substrato jornalístico: as inúmeras notícias sobre a violenta política institucional contra homossexuais perpetrada pela República da Chechênia, para a criação de uma narrativa ficcional que pretende radiografar a homofobia institucional perpetrada pelas instituições como o estado e a família.
A proposta da peça-palestra também é estabelecer uma fricção relacional entre as muitas “Chechênias” que se concretizam no território brasileiro através de um regime necropolítico cada vez mais estabelecido como prática e como política real num estado que se omite e apenas deixa morrer os corpos dissidentes, tornando o Brasil o país que mais mata pessoas LGBTQIAP+ no mundo.
Ficha Técnica
Idealização, Dramaturgia e Atuação: Ronaldo Serruya
Direção Audiovisual: Sol Faganello
Provocação cênica: Luiz Fernando Marques
Produção: Andreia Marques
Classificação Indicativa: 16 anos.
O Sacrifício de Cassamba Becker
Dia 15/11, terça-feira, às 19h
“O Sacrifício de Cassamba Becker” é um monólogo escrito no início de uma pandemia. Cassamba Becker, com “ss” mesmo, é a grande atriz depauperada e sodomita impecável que finalmente se aposentou e hoje chama de lar o lixão de alguma praia perdida Brasil afora. De lá, ela observa as barbatanas fluorescentes das baleias e vislumbra um mundo mais vasto, sensual e iluminado. Se hoje a crise sócio-político-cultural-sanitária se aprofunda e o futuro dos nossos ecossistemas está por um fio, o que acontece quando buscamos transgredir os tempos, espaços, propósitos e sonhos da nossa sociedade? Ainda é possível imaginar o futuro? “Da insatisfação chegaremos à potencialidade coletiva”, disse certamente Dercy Gonçalves. Ou Gramsci. Pouco importa. O presente não basta. Só o entulho salva.
Ficha Técnica
Direção, performance e dramaturgia: João Victor Toledo
Assistente de direção: Cris Rocha
Direção de arte: Uibirá Barelli
Vídeo: Keren Chernizon
Luz: Vini Florido
Som: João GG
Provocação: Cristiane Paoli Quito
Classificação Indicativa: 18 anos.
Serviço:
30º Festival Mix Brasil – Dramática
Data: 10 a 15 de novembro, de quinta a terça-feira, 19h
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo (SP)
Capacidade: 149 lugares (143 lugares e 6 espaços de cadeirantes)
Ingressos: Gratuito | Sympla.
Redes Sociais TSC:
(Fonte: Pevi)