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Mortalidade por Covid-19 é muito mais alta no Norte, mostra estudo

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Alex Pazuello/SEMCOM.

As taxas de mortalidade por Covid-19 da região Norte em 2020 são mais altas do que mostram as estimativas das taxas brutas. Ao padronizar dados por idade, pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) publicada na revista “Cadernos de Saúde Pública” na quarta (7) revela aumento expressivo nas taxas de mortalidade de todas as capitais do Norte em relação às suas taxas brutas.

Manaus lidera a posição com maior taxa de mortalidade ajustada por idade, com 412,5 mortes por 100 mil habitantes no período de março de 2020 a final de janeiro de 2021 – o dobro da taxa de mortalidade bruta, que é de 253,6 mortes por 100 mil habitantes. Em seguida vêm as cidades de Porto Velho e Boa Vista, que passaram de 172,98 para 304,75 mortes por 100 mil habitantes e de 124,39 para 246,44 mortes por 100 mil habitantes com o ajuste por idade.

O estudo avaliou as diferenças nas taxas de mortalidade entre as regiões do país comparando as taxas brutas e padronizadas por idade do Distrito Federal e das capitais. Dados de março de 2020 até final de janeiro de 2021 de três sistemas com o total de óbitos por Covid-19 no Brasil foram analisados: o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe, o MonitoraCOVID-19, da Fundação Oswaldo Cruz, e o Sistema de Registro Civil, da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). Após calcularem as taxas brutas de mortalidade, os pesquisadores fizeram a padronização por idade – ou seja, deixaram a população com a mesma estrutura etária.

Ao contrário das taxas brutas, que têm sido usadas como base para medir o impacto geral da pandemia, as taxas padronizadas por idade trazem detalhes sobre a mortalidade entre grupos de diferentes locais. No período analisado, Manaus e Rio de Janeiro foram as capitais com as maiores taxas brutas de mortalidade: 253,6 mortes por 100 mil habitantes e 253,2 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente. Com a padronização dos dados por idade, a taxa de mortalidade em Manaus sobe para 412,5 por 100 mil habitantes, enquanto a do Rio de Janeiro cai para 195,74 por 100 mil habitantes.

O objetivo do estudo foi evidenciar essas diferenças, justificadas pelo variado perfil etário da população nas diversas regiões brasileiras. “O Rio de Janeiro, por exemplo, é uma das capitais com a maior expectativa de vida do Brasil e tem a maior concentração de indivíduos de terceira idade no país. Por outro lado, Manaus tem um perfil de população mais jovem, com a maioria na faixa de 25 a 29 anos. Com a padronização por idade, a mortalidade na região norte – que tem a uma população mais jovem – aumentou muito”, comenta a pesquisadora Gulnar Azevedo e Silva, uma das coautoras do estudo.

A pesquisa revelou desigualdade não apenas nos números, mas também na realidade de cada região. Enquanto a padronização por idade mostrou um aumento na taxa de mortalidade de todas as capitais da região Norte, as capitais das regiões Sul e Sudeste seguiram o sentido inverso, apresentando queda nas taxas de mortalidade. “O que nos chama a atenção é que a comparação de taxas de mortalidade padronizadas expõe de forma marcante o peso ainda maior da Covid-19 na região Norte do Brasil. Isso mostra um contexto de muita desigualdade no país”, aponta Azevedo e Silva. Para a pesquisadora, além da estrutura etária, outros fatores também são decisivos para aumentar o risco de morte, independentemente da idade. “A ausência de políticas preventivas adequadas e a baixa capacidade de resolutividade da rede assistencial exibem um contexto de grande desigualdade socioeconômica e iniquidade de acesso aos serviços de saúde”, complementa.

(Fonte: Agência Bori)

Música brasileira em destaque em Sorocaba no projeto Encontro Cultural 2021

Sorocaba, por Kleber Patricio

Zuza Homem de Mello (in memoriam) e sua esposa Ercília Lobo. Foto: Herbert Allucci.

Com o objetivo de despertar a vida cultural na cidade de Sorocaba, após praticamente 18 meses de uma pandemia sem fim, a MdA está propondo uma sequência de 8 apresentações gratuitas de Música Brasileira por meio do Projeto Encontro Cultural, o antigo Metso Cultural.

Em 16 anos, foram apresentados gratuitamente na cidade de Sorocaba, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Federal – Lei Rouanet, os maiores artistas da música popular, instrumental e jazz em atividade no Brasil, permanecendo um projeto revolucionário e fundamental na vida cultural da cidade e região.

Mantendo a tradição e o conceito que sempre pautou as escolhas artísticas do projeto cultural – ou seja, a brasilidade e variedade da música brasileira e a alta qualidade dos artistas –, a MdA escolheu propor esta sequência musical como se fosse um festival ou melhor dizendo: todas as apresentações concentradas em duas semanas, sendo uma por dia. Com uma programação que reúne poucos músicos no palco (solo, duos, trios), seguindo todas os protocolos sanitários e com uma grande organização interna para não colocar nem artistas, nem produção e nem público em risco, todos estão convidados a conhecer esta programação com apresentações híbridas; ou seja, todas as apresentações  serão ao vivo com a presença de público reduzido (30 pessoas aproximadamente) e serão gravadas para, posteriormente, serem disponibilizadas no canal do YouTube da MdA International.

Badi Assad. Foto: Edu Pimenta.

A programação que reúne 8 apresentações e 4 palestras especiais e faz referências à ancestralidade negra brasileira, a música regional, a universalidade musical brasileira e suas conexões.

Teremos Fabiana Cozza no show Dos Santos – um manifesto antirracista onde Fabiana Cozza aparece como compositora; o encontro entre as duas grandes senhoras da música brasileira: Alaíde Costa e Aurea Martins; a grande instrumentista e cantora Badi Assad; um encontro especial e inédito de 3 gerações distintas do violão brasileiro: Marco Pereira, Swami Junior e Douglas Lora; uma noite dedicada à músicos que vivem em Sorocaba: os duos Evandro Marcolino/Richard Ferrarini e Leo Ferrarini/Guilherme Fanti; o jovem cantor pernambucano considerado um dos maiores da música brasileira atual Ayrton Montarroyos; os incríveis Ana de Oliveira e Sergio Ferraz em duo de violão e violino e uma noite dedicada a homenagear os 100 anos do Piazzolla com o Thadeu Romano Trio.

Os shows acontecerão em dois horários distintos, a depender do dia da apresentação/gravação: durante a semana, serão às 19 horas; nos finais de semana serão às 18 horas.

O Prof. Dr. Sergio Molina. Foto: Mirna Modolo.

Para o público que tiver interesse em assistir pessoalmente as apresentações gratuitas no Teatro Municipal de Sorocaba, em virtude das limitações e distanciamento social será feita uma lista por ordem de interesse. Não será permitida a entrada de público que não receber a confirmação de entrada por meio do contato direto. Envie uma mensagem no WhatsApp da Mda International (15) 3211-1360 informando a apresentação em interesse e a quantidade de pessoas. Serão orientados pelo Whatsapp a disponibilidade para entrada e demais informações.

Além das apresentações, o projeto propõe 4 atividades pedagógicas gratuitas online, via plataforma Zoom. Os temas:

Música negra: reflexões sobre raça, ritmo, história e fundamentos, com o músico Ivan Sacerdote;

Música da África e Europa nas Américas – Ritmos, gêneros e hibridismos na música popular brasileira, com o prof. Dr. Sergio Molina

Música paraense além das ondas tropicais, manifestações culturais e o saber ancestral, com o professor e músico Ziza Padilha

O processo de escrita de Zuza e o novo lançamento: João Gilberto, com Ercília Lobo, uma Homenagem a Zuza Homem de Mello.

Para participar das aulas online, basta fazer a inscrição diretamente pelo Whatsapp da MdA International no número (15) 3211-1360 e receber as informações de acesso.

A Temporada tem produção da MdA International e direção artística de Marco de Almeida. Patrocínio da Metso e Outotec, copatrocínio da empresa CaseIH e Banco CNHi e apoio da Case Construction e Unimed Sorocaba.

Acesse a programação completa em https://www.mdainternational.com.br/eventos/metso-cultural-14a-temporada/.

Retomada: Jardim Botânico do Rio reabre portão principal e dispensa agendamento de visitas

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Foto: Federico Rossi.

Neste sábado (10/7), um ano após a retomada da visitação pública, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro reabrirá o acesso pela Rua Jardim Botânico, 920. O acesso central, que se abre defronte da famosa aleia das palmeiras imperiais, está fechado desde o início da pandemia, foi reformado e é um monumento histórico. Inicialmente, estará aberto apenas aos sábados, domingos e feriados, oferecendo mais uma opção de entrada e saída para o público.

No local, funcionará um posto avançado do Centro de Visitantes, onde o público também será atendido pela equipe de recepcionistas e guias, e terá à disposição todas as informações para aproveitar ao máximo o seu passeio. Também a partir deste sábado (10/7), não será mais necessário o agendamento para a visitação, medida que tinha por objetivo evitar aglomeração na bilheteria.

Além da disponibilização do novo acesso, desde abril deste ano, o visitante do Jardim Botânico do Rio pode comprar antecipadamente seu ingresso por meio do site jbrj.eleventickets.com, com PIX, cartão de crédito e boleto bancário. Presencialmente também é possível comprar o ingresso via PIX ou cartão de crédito, além de em dinheiro. Com dois pontos de entrada e saída dos visitantes e o serviço de compra antecipada de ingresso, o acesso ao Jardim Botânico do Rio será mais ágil e fácil.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro segue as regras de ouro da Prefeitura do Rio. É aconselhável que os visitantes tragam suas garrafas com água, pois os bebedouros continuam lacrados por medida de segurança sanitária. É obrigatório o uso de máscara cobrindo boca e nariz durante a permanência no JBRJ, sendo dispensado para crianças de até 3 anos de idade, pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou quaisquer outras deficiências que impeçam de fazer o uso adequado de máscaras de proteção facial, conforme declaração médica que poderá ser obtida por meio digital (Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020).

Serviço:

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Acesso do público pelos nºs 920 (a partir de sábado, 10/7) e 1008 da Rua Jardim Botânico

Valor da entrada:

Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$15,00

Visitantes residentes no Brasil: R$24,00

Visitantes estrangeiros Mercosul: R$45,00

Visitantes estrangeiros: R$60,00.

Biodiversidade do Caraça atrai atenção de pesquisadores

Minas Gerais, por Kleber Patricio

O Biólogo Douglas Henrique Silva no Santuário do Caraça.
Foto: Acervo pessoal.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Santuário do Caraça atrai turistas de todas as partes do mundo atraídos por toda a riqueza cultural, histórica, religiosa, gastronômica e ambiental. E alguns dos visitantes chegam com o objetivo de conhecer mais a fundo sobre tudo o que aquela imensidão de verde, montanhas, rios e cachoeiras. Pesquisadores de todo o Brasil e de outros países se dedicam a investigar as espécies de plantas e animais que são encontradas apenas naquela região, que entrou para a história como o cenário que encantou o Imperador Dom Pedro II quando lá esteve, imortalizando a frase: “Só o Caraça paga toda a viagem a Minas”.

O famoso lobo-guará, que costuma aparecer no Santuário do Caraça desde 1982 para se alimentar no início da noite, é apenas um dos diversos tipos de animais que habitam aquela porção do paraíso. Menos conhecida, desde 2015 a anta também tem presença constante nos arredores da construção do Santuário e vez ou outra aproveita a oportunidade para fazer um lanche. Há ainda ocorrências de jaratatacas e cachorros do mato, além de vários insetos, aves, répteis e anfíbios.

Perereca encontrada na RPPN Santuário do Caraça. Foto: Douglas Henrique Silva.

Há diversos trabalhos publicados e em desenvolvimento sobre as espécies endêmicas do Caraça. Em 2018, o então diretor da RPPN, Padre Lauro Palú, citou em um texto que o Dr. Renner Luiz Cerqueira Baptista, do Museu Nacional e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tinha catalogado cerca de 250 espécies de aranhas na região.  Ele ainda mencionou que o Instituto Butantã, em São Paulo, tem uma lista com mais de 80 aracnídeos encontrados no Santuário do Caraça.

Para preservar a biodiversidade e entender as peculiaridades da flora e fauna da região, o Santuário do Caraça possui um setor ambiental que conta com uma equipe composta por um guarda-parque, engenheiro ambiental, monitores e um biólogo. Inclusive, o profissional da área da biologia que integra o quadro de colaboradores da RPPN, Douglas Henrique Silva, é também pesquisador e tem o Santuário do Caraça como foco de uma importante investigação. O projeto de mestrado do biólogo teve como objetivo entender a distribuição das espécies de anfíbios predominantes no Caraça ao longo de um gradiente de altitude. “Os pontos de coletas, que eram riachos e brejos, estavam entre as altitudes 1300 a 2070m. Eu andava dentro dos córregos no período noturno e ficava uma hora procurando os anfíbios ao longo do curso d’água. Em um ano, foram 120 dias de trabalho de campo e cerca de 80 dias acampado”, relata o pesquisador, que se dedicava 10 dias por mês ao desenvolvimento do trabalho, focado nos picos do Sol e Inficionado, onde passava três noites em cada local.

O biólogo relata que, ao longo dos 12 meses, foram registradas e coletadas 13 espécies de anuros, grupo de anfíbios composto por sapos, rãs e pererecas. “Com os dados levantados, cheguei a conclusões interessantes. O Pico do Sol abriga 12 espécies de anuros, sendo 41% exclusivas. O Pico do Inficionado apresenta oito espécies, sendo 12,5% exclusivas. Os dois picos compartilham 53,85% das espécies registradas. A bokermannohyla martinsi foi a espécie mais frequente e ocorreu ao longo de todo gradiente altitudinal, enquanto as demais espécies ocorreram apenas em determinadas cotas de altitude, demonstrando clara preferência de algumas espécies por cotas definidas”, explica.

Barraca onde o biólogo Douglas Silva ficou acampado na RPPN Santuário do Caraça. Foto: Douglas Henrique Silva.

Douglas salienta que, além do seu trabalho, existem várias pesquisas sobre a biodiversidade do Santuário do Caraça. “Existem outros projetos que foram realizados na mesma linha que a minha, como o do pesquisador Marcelo Vasconcelos, que se propôs a investigar as aves, e o do Lucas Perillo, que investigou os animais invertebrados”, diz.

Para o biólogo, ainda há muito o que ser investigado e descoberto. “O Santuário do Caraça fica na transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, onde também há campos rupestres. Em suas serras há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão. E, neste cenário, animais e plantas que se adaptaram às condições que só o Santuário do Caraça tem”, conclui.

A RPPN Santuário do Caraça foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, no ano de 1955, quando passou a fazer parte do rol de bens tombados pela União. Também integra a área destinada às Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço e da Mata Atlântica, reconhecidas pela Unesco em 2005.

O Santuário do Caraça. Foto: Pedro Thomasi.

O passado histórico da RPPN | O Santuário do Caraça é peculiar, pois uma área excepcional de 12.403 hectares foi mantida em posse de apenas dois proprietários, o Irmão Lourenço de Nossa Senhora e a Congregação da Missão, por mais de 240 anos. A área da Reserva foi constituída pela fusão de quatro propriedades: a original, adquirida pelo Irmão Lourenço por volta de 1770, na qual se acham as edificações principais do Caraça; a Fazenda da Chácara, comprada em 1823, cuja antiga sede não mais existe e que foi, durante muito tempo, o celeiro do Colégio, no antigo caminho de Catas Altas; a Fazenda do Engenho, comprada em 1858, localizada nas proximidades da Portaria de acesso à Reserva e a Fazenda do Capivari, doada pelo Coronel Manoel Pedro Cotta e por sua esposa, que, por não terem descendentes, legaram sua propriedade ao Caraça em 1870.

Hoje, turistas de todo o mundo visitam o Santuário do Caraça anualmente, seja para momento de descanso, lazer ou pesquisa ambiental e contato com a religiosidade. O local é reconhecido pela sua hospitalidade, tanto que já recebeu por duas vezes, em 2020 e 2021, o selo Traveller Review Awards da Booking.com, que premia os hotéis mais bem avaliados pelos viajantes de todo o planeta, além da chancela Travellers’ Choice 2020, do TripAdvisor, que destaca as avaliações positivas dos visitantes que passaram pelo destino turístico.

Santuário do Caraça

Local: Estrada do Caraça, Km 9 – Entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara

Fácil acesso pelas rodovias BR 381 e MG 436, além do cômodo acesso por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)

Instagram: @santuariodocaraca

Facebook: https://www.facebook.com/santuariocaraca/

Site: https://www.santuariodocaraca.com.br.

Tropicalização de projetos volta a ser tendência no paisagismo

Campinas, por Kleber Patricio

Fotos: José Kolya.

A mistura da movimentada e cosmopolita vida urbana atrelada ao que tem de mais rústico na natureza é a característica principal do Jardim Tropical, tendência paisagística que fez muito sucesso em meados de 2017. Em 2021, com a necessidade de se reconectar com a natureza e trabalhar home office, a tendência voltou com força em projetos no país todo.

Segundo o paisagista José Kolya, 7 a cada 10 projetos atuais feitos em seu escritório apresentam conceitos tropicais por solicitação do próprio cliente. “Isso pode mostrar uma tentativa inconsciente de deixar a vida menos reta, menos antropizada, mais natural e relaxante”, afirma Kolya.

Seguindo essa linha de conceito, apesar de pouca semelhança visual, o jardim tropical tem características parecidas com os jardins ingleses, onde são mantidos vegetais naturais nos contornos dos caminhos para trazer a sensação de nenhuma interferência humana.

A composição desses espaços, de acordo com José Kolya, é feita com espécies comuns em regiões tropicais ou subtropicais, como bananeiras, orquídeas, palmeiras, entre outras plantas de cores vivas.

Kolya explica que a manutenção do jardim tropical acaba sendo mais simples. “Este tipo de jardim permite menos compromisso com linha retas e podas muito perfeitas.  Por relatos de alguns clientes percebi que a vegetação mais “largada” do tropical é quase uma licença poética para não precisar ficar podando e arrumando o tempo todo”, conclui.

Sobre o paisagista | Formado em Geografia pela PUC Campinas com ênfase em planejamento territorial ambiental, José Kolya também é professor do curso livre de paisagismo da Arquitec Escola de Arte e Design, em Campinas. Kolya atua no mercado de projetos e consultoria e cursa extensão na USP (Universidade de São Paulo) em Fisiologia Vegetal e Nutrição das Plantas. (https://www.instagram.com/josekolya/)