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Filmes: “Eu Nativo”

São Paulo, por Kleber Patricio

Cartaz do documentário “Eu Nativo” (divulgação).

O filme “Eu Nativo” (Natives) é um documentário de longa-metragem lançado em 2022 pela URP Filmes em festivais do Brasil e do exterior. A produção foi realizada em três Estados brasileiros: no Pará, com a etnia dos Kayapó; em Pernambuco, com os Fulni-ô, e os Pankararu, na Paraíba, com os Potiguara e os Tabajara.

O documentário faz uma incursão nas aldeias indígenas com o objetivo de mostrar como são os nativos a partir de suas próprias narrativas acerca das percepções pessoais e sentimentos sobre a condição em que vivem dentro de suas comunidades.

Os relatos abordam questões como o preconceito da sociedade em relação a eles, e como se sentem, diante da discriminação que vem desde a idade escolar. Eles também questionam a presença de religiosos, cientistas e pesquisadores, que tentam modificar os costumes trazidos de seus antepassados. O filme é uma reflexão sensível sobre os indígenas, que são retratados a partir de sua real condição de cidadãos brasileiros.

A equipe de filmagem passou um mês rodando os três Estados, percorrendo cerca de 4 mil km de estradas, além das viagens aéreas. O filme foi captado e finalizado em 4K e contou com o apoio da Maracanã Media (Londres), na co-produção, e da Yellow Bunker (RJ), na colorização.

O diretor Ulisses Rocha. Foto: divulgação.

“O resultado nos festivais foi surpreendente”, diz o diretor Ulisses Rocha. O filme foi um dos 5 finalistas no 50º Festival de Gramado, que pela primeira vez exibiu filmes documentários na mostra, pelo Canal Brasil e pelo Globoplay. Além disso, recebeu dois prêmios: melhor documentário, no Festival Hobnobben, em Indiana, nos EUA e no Festival Andromeda, na Turquia. Foi finalista no Love & Hope Film Festival, Barcelona, Espanha; Angeles DOC, Los Angeles, USA e Montreal Independent Film Festival, Toronto, Canada. Foi seleção oficial no XicanIndie Film Fest em Denver, USA; Iconic Images Film Festival, na Lituânia, e Anatolia Film Festival em Istanbul, Turquia.

Sinopse | O documentário “Eu Nativo” mostra aspectos da vida indígena das tribos Kayapó, Potiguara, Tabajara, Fulni-ô e Pankararu, localizadas no norte e nordeste do Brasil. O filme, lançado em janeiro de 2022, traz imagens deslumbrantes das belezas naturais que cercam as aldeias onde vivem as etnias e depoimentos surpreendentes sobre como os indígenas sofrem com o preconceito racial e a discriminação por parte da sociedade não indígena. O filme apresenta uma reflexão sensível sobre indivíduos nativos, que raramente têm a oportunidade de falar sobre suas emoções e tristezas.

Duração: 71 min

Legendas: Português, inglês e espanhol

Trailer do filme.

Sobre o diretor | Ulisses Rocha é um cineasta brasileiro que atuou como repórter e apresentador em emissoras de televisão, como Rede Record, SBT e Band, além das rádios Globo e CBN. Em 2013, produziu e dirigiu o documentário “Mães Solteiras” e, em 2021, “Sertão”, ambos longas-metragens. “Natives” é o terceiro independente da sua carreira, mas já produziu e dirigiu diversos documentários para a televisão. O diretor é graduado em jornalismo e é doutor e mestre em Comunicação.

Declaração do diretor | “Eu gosto de filmar pessoas. Os personagens que me atraem são pessoas do cotidiano, que fazem parte de um mundo sem glamour. Foi muito gratificante estar próximo das etnias indígenas e poder mostrar sua relação com a terra e a natureza. A participação das etnias no filme foi com o intuito de que elas pudessem mostrar como são e como se sentem, diante do descaso das autoridades de parte das sociedades urbanas. Foi muito importante descobrir as afinidades que todos temos, como seres humanos, e assim perceber o quanto somos iguais. O que muda são as tradições culturais.”

(Fonte: RS Press)

Conheça a programação gratuita de férias do Instituto Tomie Ohtake

São Paulo, por Kleber Patricio

Tomie Ohtake, Sem título, 1992, Acrílica sobre tela, 100 x 200 cm. Foto: divulgação.

Durante as férias de início de ano, o Instituto Tomie Ohtake convida o público a visitar suas exposições em cartaz – 8º Prêmio Artes Tomie Ohtake (até 5 de fevereiro); Centelhas do Movimento (até 19 de abril); Tomie Ohtake Dançante e Tomie Ohtake Ensaios (até 19 de março) e aproveitar para conhecer sua programação para o período. Duas atividades são oferecidas em diferentes datas até a primeira quinzena de fevereiro: O ateliê aberto “costura intuitiva” e a visita temática “O cheiro da cor”.

A fim de tecer um diálogo entre as exposições Tomie Ohtake Dançante e 8º Prêmio Artes Tomie Ohtake, o ateliê aberto de costura propõe a prática intuitiva de costuras coletivas, a partir de bordados, torções, amarrações, tear e costura de materiais têxteis. A prática é destinada a pessoas de diversas idades, não sendo um requisito a vivência anterior com arte têxtil. Serão compartilhados pontos básicos e um espaço de criação livre para que as pessoas participantes possam trazer suas próprias costuras no tempo de atividade.

Ateliê aberto: Costura intuitiva

4/2, das 15h às 17h

9/2, das 10h às 12h e das 14h às 16h

Público-alvo: estudantes, professores e interessados em geral

Faixa etária: livre (pessoas menores de 12 anos devem estar acompanhadas pelos responsáveis durante toda a atividade)

15 vagas por período

Inscrições pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSerLJXS-oJwyHJOw2uCBq1zVVioAggz_Ehk1bVfygfKV4tbQA/viewform.

Instituto Tomie Ohtake. Foto: Ricardo Miyada.

Já a visita temática “O cheiro da cor” tem como intuito propor uma visita à exposição Tomie Ohtake Dançante a partir de reflexões sobre as potencialidades das cores nas obras da artista, como elas reverberam no campo da sensorialidade, as origens orgânicas das cores e como elas podem estar relacionadas às nossas memórias etc. Em seguida, o público é convidado para uma prática em ateliê com tintas orgânicas, tendo como base o tato e o olfato.

A prática no ateliê usará tintas feitas a partir de folhas, chás e especiarias diversas. Pessoas com alergia ou intolerância a esses elementos não devem participar da atividade.

Visita temática “O cheiro da cor”

28/1, das 15h às 17h

2/2, das 10h às 12h e das 14h às 16h

Público-alvo: estudantes, professores e interessados em geral

Faixa etária: a partir de 13 anos (pessoas menores de 12 anos devem estar acompanhadas pelos responsáveis durante toda a atividade)

Inscrições pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc0nhJbjmxxA7w8KoeniubnQJtLilgNoS-dI0HvhrWQ19GQjg/viewform?usp=sf_link.

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros – São Paulo, SP

Metrô mais próximo: Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: (11) 2245-1900.

(Fonte: Pool de Comunicação)

Manoel Felipe Doria celebra a lineart com exposição em Curitiba

Curitiba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

A força da simplicidade nas linhas desenhadas sobre o canvas cria espetáculos visuais na nova exposição artística de Manoel Felipe Doria. A mostra “infinito a infinito” reúne obras do artista, arquiteto e ilustrador, focadas na técnica lineart, e ganharão as paredes do Nex – Casa de Pedra desde 26 de janeiro. A exposição ficará em cartaz até 26 de abril.

Graduado em Arquitetura e Urbanismo e sócio do escritório Doria+Arquitetos, Manoel Felipe Doria carrega sua expressão artística tanto na vida profissional como na pessoal, que permitem o uso de seus desenhos em interesses diversos. Com a lineart, técnica focada no uso de linhas, encontrou uma forma de trabalhar as camadas simbólicas da sua percepção sobre a linearidade da vida por meio do traçado ágil e intuitivo, uma expressão que define sua particularidade. Como artista já desenvolveu outros trabalhos variados, que vão do EP musical, “Olhos Nus” (2015) e o material ilustrativo da Bienal Internacional do Cairo (2018) até produções encomendadas para galerias particulares, como o caso da obra “O Mural” (2022).

Em “infinito a infinito”, Doria explora a ideia do movimento que direciona uma narrativa através do espaço ocupado por linhas. “É surpreendente a possibilidade de representar tudo o que é complexo por meio de uma simples linha”, conta. A técnica aplicada pelo artista pretende revelar sua expressão mais íntima concentrada no essencial.

O título da exposição reflete a característica dessa tipologia de traçado: “linhas paralelas possuem muito em comum, mesmo que jamais se cruzem. Por outro lado, qualquer outro par de linhas retas se encontram somente uma vez e depois se afastam no infinito”, reflete o artista sobre a visão de seus trabalhos. As obras carregam a magnitude da linha, seus movimentos e suas infinitas possibilidades de uso. A curadoria é de Monica Hirano e a produção de Altieres Fim Biela.

O Nex – Casa de Pedra fica na Alameda Presidente Taunay, 130, no bairro Batel. A exposição pode ser visitada até 26 de abril, de segunda a sexta, das 8h às 19h. Mais informações no perfil oficial do Nex no Instagram (@nexcoworking).

(Fonte: P+G Comunicação Integrada)

Associação Caatinga lança visitas virtuais da Reserva Natural Serra das Almas e da exposição “Caatinga um Novo Olhar”

Reserva Natural Serra das Almas, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural. As RPPNs, como são chamadas, são Unidades de Conservação particulares criadas em áreas privadas. Para marcar a data, a Associação Caatinga (AC) está lançando dois tours virtuais com o intuito de valorizar e democratizar o acesso às belezas da Caatinga. Um deles é a visita virtual a Reserva Natural Serra das Almas, localizada entre os estados do Ceará e Piauí. O outro tour é destinado à exposição “Caatinga Um Novo Olhar – Entre Nesse Clima”, situada na capital Fortaleza, no Ceará.

“Sem sair de casa, será possível conhecer as riquezas da Caatinga, único bioma que é 100% brasileiro. Usamos a tecnologia para que esses espaços tão importantes cheguem a um número maior de pessoas por meio de uma experiência imersiva. Queremos compartilhar com o mundo a beleza, a diversidade e a importância desse bioma”, destaca Marília Nascimento, coordenadora de Educação Ambiental da Associação Caatinga. Os dois tours são mais uma ação do projeto No Clima da Caatinga, realizado pela AC e patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e já estão disponíveis no site do projeto No Clima da Caatinga

A Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) possui uma diversidade única de composições ecossistêmicas. A visita virtual conta com vista aérea e imagens da reserva em trajetos com vista em 360º e elementos interativos contendo informações como a quantidade de animais, plantas e curiosidades da Caatinga. “Esse material, além de ser útil para todos que queiram conhecer a Caatinga sem sair de casa, pode ser de grande auxílio em ações de educação ambiental e para turistas que queiram conferir a estrutura da reserva antes de fazer uma visita presencial”, complementa Marília Nascimento.

Já a exposição “Caatinga Um Novo Olhar – Entre Nesse Clima” está localizada na Seara da Ciência na Universidade Federal do Ceará, com 15 painéis interativos, e já recebeu mais de 70 mil pessoas desde que começou a funcionar, em 2012. Quem acessar o tour virtual, além de conhecer a beleza e a biodiversidade da Caatinga, vai ver, na exposição, tecnologias sociais sustentáveis que promovem o convívio harmônico com o semiárido e atitudes que podem contribuir para sua conservação. Para quem quiser fazer a visita presencial, o agendamento pode ser feito por meio do site.

31 de janeiro – Dia das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs)

Oficializada pelo Congresso Brasileiro apenas em dezembro de 2017, a data 31 de janeiro já vinha sendo comemorada desde 2013 como o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural. As RPPNs são criadas em áreas privadas por ato voluntário do proprietário e têm caráter perpétuo. Como depende da vontade do proprietário, é ele quem define o tamanho da área a ser instituída como Reserva Natural.

A Reserva Natural Serra das Almas é a maior RPPN do Ceará. Possui 6.285 hectares de extensão, com quatro nascentes, sete trilhas ecológicas que vão de 500m até 7,9km de extensão, sendo uma delas com acessibilidade às pessoas com dificuldades de locomoção, exposições sobre tecnologias sustentáveis e réplicas de animais em tamanho real. O espaço também oferece alojamento com refeitório, dormitório e loja física para os visitantes.

A reserva contribui significativamente com a biodiversidade, pois evita o escoamento de 1,5 bilhão de litros de água e estoca 1.647.239,37 toneladas de carbono, além de sequestrar, anualmente, mais de 23 mil toneladas de carbono da atmosfera. Também é reconhecida pela Unesco como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Caatinga por abrigar uma representativa área de Caatinga preservada e pela interação com as comunidades rurais do seu entorno. Para agendar uma visita presencial, é preciso ligar com pelo menos quatro dias de antecedência para (88) 9955-6570 ou enviar um e-mail para caatinga@acaatinga.org.br.

Projeto No Clima da Caatinga | O projeto, realizado pela Associação Caatinga em parceria com a Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, atua no semiárido brasileiro desde 2011 e atualmente está em sua quarta fase. O objetivo da iniciativa é diminuir os efeitos potencializadores do aquecimento global por meio da conservação do semiárido, a partir do desenvolvimento de um modelo integrado de conservação da Caatinga.

Associação Caatinga | A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é promover a conservação das terras, florestas e águas da Caatinga para garantir a permanência de todas as suas formas de vida. Desde 1998, atua na proteção da Caatinga e no fomento ao desenvolvimento local sustentável, incrementando a resiliência de comunidades rurais à semiaridez e aos efeitos do aquecimento global.

(Fonte: AD2M Comunicação)

Povo Karipuna sob ameaça: segunda Resex mais desmatada da Amazônia é risco à vida de povos indígenas

Amazônia, por Kleber Patricio

Foto: Alexandre Cruz Noronha/Amazônia Real.

Por Vinicius Valentin Raduan Miguel e Adriano Karipuna — Inevitável falar do povo Ianomami, alvo de incontáveis ataques e sistemáticas omissões na unidade federativa de Roraima. Distanciados, mas não afastados da conexão histórica de sermos um só Brasil e uma grande família de povos indígenas, não podemos descurar de outro processo de violações em curso no Estado de Rondônia. Falamos da Terra Indígena Karipuna, que fica localizada na capital do estado de Rondônia, Porto Velho, o maior município em dimensão territorial do Brasil.

Hoje, o ancestral território Karipuna está sob ameaças intermináveis. Da exploração ilegal de madeira, passando pelas incursões de agropecuaristas-grileiros, que invadem, surrupiam e desmatam a área regularmente, já sem nenhum acanhamento. Hoje, a Reserva Extrativista (Resex) de Jacy Paraná, vizinha à TI Karipuna, é a segunda região mais desmatada da Amazônia, contando com quase duzentas mil cabeças de gado sobre a área.

O Povo Karipuna se vê com insuficiente proteção ambiental-territorial. Os órgãos de tutela ambiental, sejam federais ou estaduais, apresentam um histórico de omissões e silêncios, não atuando de forma preventiva e proativa com vistas a desincentivar as constantes intrusões e exploração ilegal dos recursos locais.

É do próprio Governo do Estado que vêm achaques legislativos que intentam reduzir a Resex, ampliando a pressão de especuladores. A instabilidade política causada pela ganância das elites locais leva a constantes promessas de “revogação” de áreas ambientalmente protegidas. Sem a segurança jurídica, há aprofundamento de riscos de invasões que buscam consolidar um “fato consumado” de incêndios criminosos e desmatamento ilegal, com a conversão do território indígena em pastagem.

Hoje, não é de desconhecimento da União e do Estado de Rondônia a situação de vulnerabilidade do Povo Karipuna – como de outros povos aqui na Amazônia. São dezenas de expedientes formais, de comunicados de organizações da sociedade civil e mesmo determinações exaradas pelo Ministério Público Federal (MPF). Marque-se que existem indígenas isolados, de nenhum contato com a comunidade envolvente. Esse fato já foi alardeado para Fundação Nacional dos Indígenas (Funai), MPF e até mesmo para a Polícia Federal.

Preocupam-nos as constantes trocas de agentes públicos, o descomprometido de atores estatais que deveriam ter um planejamento público e colaborativo e a fragilidade institucional demonstrada pelos aparelhos de segurança pública – até o momento, incapazes de desmantelar e responsabilizar um vasto esquema de invasão, grilagem, desmatamento e exploração ilegal dos territórios Karipuna. Essas denúncias, com agravado risco à integridade física e psíquica dos indígenas, vêm sendo levadas também a órgãos internacionais e à imprensa.

Um projeto de etnodesenvolvimento, de transferência de renda, de consolidação de uso de águas e de segurança alimentar é necessário, sobretudo com a contemporânea diminuição da oferta de alimentos decorrente da intrusão criminosa na região. Um amplo programa de saúde, como raramente executado, é outro ponto que merece resposta.

Efetivar os direitos humanos dos Povos Indígenas de toda a Amazônia deve ser um imperativo ético e normativo imediato. Obstar o genocídio implica em ações imediatas e não mais em adiamentos ou discursos de baixa efetividade. Essa é uma tarefa urgente.

Nota: *Segundo o Prodes, sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a TI Karipuna é a nona terra indígena mais desmatada do país entre 2015 e 2021, período em que 4.754 hectares foram ilegalmente devastados no território.

Vinicius Valentin Raduan Miguel é professor da Universidade Federal de Rondônia, advogado.

Adriano Karipuna é ativista socioambiental do povo indígena Karipuna.

(Fonte: Agência Bori)