“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
O empresário Deiverson Migliatti, CEO da rede de cafés especiais Sterna Café, retornou da sua quarta viagem pelo mundo em busca de sabores e culturas referentes a segunda bebida mais apreciada no planeta, perdendo apenas para água, o café.
Foram 22 dias percorrendo quatro continentes, africano, asiático, europeu e norte-americano, desbravando cafeterias icônicas e aprendendo sobre seus processos de torrefação, métodos de preparo, tipos de grãos e formas de servir em cada cultura.
Segundo Migliatti, a cada viagem ele traz na bagagem conhecimento que compartilha na Sterna Café. “Por ser um apaixonado pelo café especial, quero também ser um semeador deste conteúdo sobre um universo tão diverso. Meu sonho é democratizar o acesso ao café especial aqui no Brasil, como já vem acontecendo em outros países”.
O CEO visitou 30 cafeterias em sete cidades, sendo em Atenas, entre outras, o Coffee Island, que conta com mais de 600 unidades distribuídas pelo mundo, a Kaoekonteia, LUKUMAΔΕΣ e Vales Coffee Shop.
No Cairo, o Social Coffee Roasters. Migliati conta que se surpreendeu com a evolução do segmento no Egito – quando esteve no país em 2007 pela primeira vez, não havia café especial e hoje são muitas cafeterias usando tecnologia de ponta, decorações instamagráveis e até torrefação própria. “Fiquei impressionado – todo cappuccino vinha com late art; dava para sentir, além do sabor, o cuidado em servir a bebida.”
Já em Doha/Catar, conferiu o Arabica, cafeteria japonesa que opera mais de 130 lojas em diversas localidades, a Ark, Nomad e Toby’s State.
Passando por Lisboa, o empresário desvendou os segredos da brasileira Baobá e da A Brasileira, onde Fernando Pessoa costumava praticar o hábito da leitura.
Em Londres, as cafeterias conhecidas foram Black Sheep Coffee, Grind e Ozone Coffee Roasters, onde conheceu o CEO Dale Harris, campeão mundial de barismo, em 2017, e falaram sobre mercado internacional de café e a Rendemption. Aliás, Migliatti diz que fica empolgado cada vez que retorna para a cidade e destaca que atualmente se encontra em cada esquina uma cafeteria voltada para cafés especiais. “O inglês tem escolhido muito bem a qualidade do café que vai consumir, por isso a crescente abertura de novas lojas”, enfatiza o empresário.
Para o fundador da rede Sterna Café, o amadurecimento do mercado é comprovado em Nova York, referência em cafeterias, onde contemplou a Blue Bottle e Intelligentsia.
A cidade luz, Paris, também não deixa a desejar, segundo o CEO, tendo a sua pesquisa incluído a visitação a Cafe Nuances e a Coutume.
Para os clientes da Sterna Café, a aventura degustativa do empresário traz bons ventos aqui para o Brasil, principalmente em termos de tecnologia. “Como a Sterna já trabalha com cafés especiais de várias regiões do Brasil e do mundo, meu foco foi sobre novas ferramentas para disponibilizar outras formas de comercialização e inovações tecnológicas para o setor. 2023 promete”, finaliza Migliatti.
(Fonte: Máxima Assessoria de Imprensa)
Chico da Silva, sem título, 1984, guache sobre tela. Acervo da Pinacoteca de São Paulo, doação da Galeria Galatea, 2022.
A Pinacoteca de São Paulo apresenta a primeira grande mostra panorâmica do artista Chico da Silva (região do Alto Tejo, Acre, 1910 ou 1922/23 – Fortaleza, Ceará, 1985), com abertura no dia 4 de março. “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu” ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a conhecer o legado do artista, que foi um dos responsáveis por transformar o cenário artístico cearense, a partir da década de 1940, com suas composições fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros personagens. Com curadoria de Thierry de Freitas, a mostra apresenta 124 trabalhos produzidos entre 1943 e 1984.
A exposição é a mais abrangente já realizada por uma instituição sobre o artista, reunindo um conjunto de importantes obras da trajetória de Chico da Silva, como “Caboclo peruano”, parte do singular grupo de desenhos realizados entre 1943 e 1944, emprestados da coleção da Pinacoteca do Ceará. A obra foi pintada no período em que se deu o encontro do artista com Jean Pierre Chabloz, crítico e artista suíço que primeiro se interessou pelos desenhos que Chico da Silva realizava livremente em muros de casas da região da Praia Formosa, em Fortaleza. Ao “descobrir” o então jovem artista, Chabloz fornece o material necessário para Chico criar trabalhos que posteriormente seriam comercializadas em lugares como Genebra, Lausanne e Lisboa. As principais obras desse período abrem a exposição.
Um hiato na produção de Chico acontece entre 1948 e 1960, período em que Chabloz esteve fora do Brasil. O artista não conseguiu seguir sozinho com a venda dos trabalhos e praticamente abandonou a carreira de pintor, retomando-a apenas com a volta do crítico ao país, no final da década de 1950. A produção deste período está representada por um grupo de obras da coleção do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC/UFC) – local em que Chico chegou a trabalhar no início da década de 1960, dentre as quais três foram agraciadas, em 1966, com a menção honrosa na Bienal de Veneza: “A sereia e os dragões”, “Os pertences do índio Guimarães” e “Os peixes de Vênus”.
A exposição “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu” tem patrocínio da B3 – A bolsa do Brasil, na cota Platinum, e Credit Suisse, na cota Bronze.
O ateliê do Pirambu
Por volta de 1963, Chico passa a trabalhar com auxílio de ajudantes, inicialmente crianças e adolescentes do seu bairro. Ao mesmo tempo em que ensinava suas técnicas para esses jovens, o artista incorporava sugestões e métodos trazidos por eles. No ateliê do Pirambu, surge uma produção em grande escala feita em parceria e coordenada pelo mestre. Os painéis exibidos na segunda sala representam o auge da manufatura realizada pela escola. Neles é possível visualizar, em grandes dimensões, os dragões, pássaros, serpentes e outras criaturas fantásticas, quase sempre figuradas em posição de ataque.
Enquanto a criação de um ateliê foi um dos principais fatores responsáveis pela difusão do trabalho do artista, a descoberta de uma manufatura coletiva pode ser indicada como causa de uma desvalorização comercial do trabalho na década de 1970. Na mostra da Pinacoteca, optou-se não apenas por assumir a importância do ateliê, mas por dar visibilidade aos artistas que o integraram, com a exposição de obras de ao menos cinco nomes: Babá (Sebastião Lima da Silva), Chica da Silva (Francisca Silva), Claudionor (José Claudio Nogueira), Garcia (José dos Santos Gomes) e Ivan (Ivan José de Assis).
Com a prática da produção coletiva, as obras que recebiam a assinatura de Chico foram ganhando novas características a partir da contribuição dos integrantes da escola, como aponta o pesquisador Roberto Galvão: Claudionor desenvolveu um universo de tipos fixos; Ivan de Assis agrega ao imaginário de Chico elementos novos, como os animais alados, e Babá teve grande influência em toda a produção artística da Escola do Pirambu. A filha de Chico, Chica da Silva, introduziu rosáceas e borboletas. Esses elementos podem ser vistos em obras reunidas em uma grande composição de quadros expostos na sexta sala.
“Sempre figurativos, a pintura e os desenhos de Chico apresentam corpos preenchidos por cores diversas e pontilhismos, e é comum que fundo e figura se mesclem. A partir do momento em que passam a ser produzidas em ateliê, as pinturas ganham um refinamento técnico e surgem novos personagens. Ao longo dos anos, a oficina criada por Chico foi tratada de forma dúbia pelo próprio artista. Apenas em 1977, em um evento realizado no Salão de Abril, Chico assumiu a existência do grupo. Sob coordenação do pintor, os cinco artistas realizaram em conjunto um grande painel. O registro da ação está presenta na exposição por meio de fotos e de um vídeo super-8”, conta o curador.
Diversas pessoas contribuíram para a construção do trabalho de Chico, que aos poucos extrapolou seu lugar de pintor e se tornou uma maneira de pintar, à época criando um estilo reproduzido por uma massa de autônomos no bairro do Pirambu, que teria na comercialização das obras a sua principal fonte de renda. O imaginário criado pelo pintor vem sendo reproduzido até os dias de hoje, como é possível observar em uma pintura feita por Garcia em 2022. Em renovado interesse pela vida e obra do artista, “Chico da Silva e o ateliê do Pirambu” percorre o legado de um dos primeiros artistas brasileiros de origem indígena a alcançar destaque no cenário nacional e no exterior.
Sobre o artista | Chico da Silva (região do Alto Tejo, Acre, 1910 ou 1922/23 – Fortaleza, Ceará, 1985) foi um dos principais artistas sem treino artístico do Brasil na segunda metade do século XX. Seus trabalhos consistem em composições figurativas fabulares que apresentam seres mitológicos, animais fantásticos e personagens preenchidos por pontilhismo e fundos amplamente trabalhados. O artista funda o Ateliê do Pirambu na periferia de Fortaleza, em 1963, e dá início a um processo de produção coletiva que se tornaria uma grande manufatura. Da Silva participou de importantes mostras, como a Bienal de São Paulo em 1967, e teve três trabalhos agraciados com menção honrosa na Bienal de Veneza, em 1966.
Serviço:
Chico da Silva e a Escola do Pirambu – 4.3.2023 a 28.5.2023
Pinacoteca Luz
Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingresso: inteira, R$20,00 – meia: R$10,00.
(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)
Em 2022, a 30ª edição do Maio Musical reuniu um grande público no Parque Ecológico. Fotos: Eliandro Figueira.
A Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, lançou o Edital de Chamamento Público 01/2023 para credenciamento de projetos para a 31ª edição do Maio Musical. Para participar, os proponentes devem ser residentes ou domiciliados em Indaiatuba e preencher o formulário de inscrição disponível no site da Prefeitura. Serão selecionados 35 projetos em diferentes categorias e as inscrições seguem até 21 de março.
“Convidamos os artistas locais a participarem deste Edital, para que possam mostrar seus trabalhos em um dos maiores festivais de música do Estado de São Paulo”, destaca a secretária de Cultura, Tânia Castanho. “O Maio Musical ganha mais destaque a cada ano com esta integração entre nossos artistas e atrações de renome. Mistura que traz benefícios a todos e que permite ao público conhecer a qualidade do que é produzido em nossa cidade”.
Serão selecionados até 35 projetos musicais divididos nas seguintes categorias: Solo, Duo/Dupla, Trio, Quarteto e Banda (com mais de quatro integrantes). Cada proponente poderá concorrer em até dois projetos como pessoa jurídica.
Para inscrever-se na categoria Solo, o artista deve ter residência comprovada em Indaiatuba; em Duo, pelo menos um dos integrantes; e em Trio, Quarteto e Banda, pelo menos 50% dos integrantes deve ser comprovadamente residente no município. Caso o número dessa divisão não seja inteiro, considera-se o número inteiro imediatamente superior ao resultado.
Seleção
Os projetos serão selecionados mediante avaliação e decisão de uma comissão indicada pela Secretaria Municipal de Cultura. Os critérios considerados para seleção serão qualidade artística e cultural, impacto cultural para o município, factibilidade, técnica e a originalidade apresentada nos vídeos.
A documentação apresentada será conferida e a lista dos projetos habilitados será publicada no site e Imprensa Oficial do Município no dia 27 de março. Todos os detalhes podem ser conferidos na íntegra do Edital 01/2023, que está disponível em www.indaiatuba.sp.gov.br/cultura/edital_cultura/.
Mais informações pelos telefones (19) 3875-6144 ou 3875-8383 ou pelo e-mail maiomusical@indaiatuba.sp.gov.br. A Secretaria Municipal de Cultura está localizada na Rua das Primaveras, 210, no Jardim Pompeia.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
No dia 21 de abril de 2023 (feriado de Tiradentes), a cidade de Conselheiro Lafaiete – MG acolherá a solenidade de fundação oficial da AHBLA – Academia Hispano-Brasileña de Ciencias, Artes y Letras, uma conquista de escritores brasileiros e espanhóis que sonhavam com o estreitamento dos laços e também com o objetivo comum de diversificar a arte como um todo.
O evento contará com a presença de escritores, artistas, editores, jornalistas e pessoas ligadas ao seguimento da literatura, ciências e artes do Brasil e do Mundo para a Cerimônia de Posse seguida do jantar de Gala em evento reservado no Hotel Minas Plantinum na acolhedora Conselheiro Lafaiete. Durante a programação está prevista a comemoração do aniversário da ALSPA – Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – RJ, confraria coirmã.
O secretário da AHBLA, jornalista Wilson Marini, disse que num mundo em transformação acelerada e desafios jamais vistos, preservar a linguagem formal escrita, com as devidas mudanças culturais e de época, é questão de sobrevivência da espécie. “A AHBLA se insere nesse contexto global, unindo povos e, sobretudo, mantendo viva uma ferramenta humana cada vez mais indispensável para a humanidade”, disse.
Já para o presidente da AHBLA, Renato Lisboa, esta academia beneficiará a cultura como um todo, além de favorecer ainda mais a cultura livresca, cultura refinada, a cultura escrita e a artística. “Valorizando o trabalho de diversos poetas, além de grandes escritores que se destacam nos movimentos da literatura modernista, realista, do movimento romântico, nas ciências e artes, escritores com textos publicados, trabalhos reconhecidos a nível nacional e internacional, tenho absoluta confiança que esta academia vai, com certeza, elevar o nome de cada um que nela congrega”, acrescentou.
A academia foi idealizada por escritores brasileiros e espanhóis que sonhavam com o nobre objetivo de integrar às artes e letras e manter vivo os laços fraternos entre Brasil e Espanha, integra o sistema FEBLACA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes.
Para o ingresso na AHBLA, o interessado deverá submeter o seu currículo literário para o e-mail contato@ahbla.com.br.
(Fonte: Academia Hispano-Brasileña de Ciencias, Artes y Letras)
O secretário de Segurança Pública de Indaiatuba, Sandro Bezerra Lima, ministrou a palestra “Caminho das Rosas – 4 anos de cuidado, acolhimento e proteção” para 132 adolescentes de 16 a 18 anos assistidos pela organização social de Indaiatuba Educandário Deus e Natureza. A apresentação foi realizada nos dias 27 e 28 de fevereiro e 1º de março. O objetivo é alertar e orientar os jovens, que estão iniciando relacionamentos, sobre os sinais de violência psicológica, moral, patrimonial, sexual e física.
Lima ressaltou os dados do Programa de Prevenção à Violência contra a Mulher – Caminho das Rosas, lançado em 2018. “O Caminho das Rosas surgiu com o objetivo de promover ações para diminuir o número de casos de violência contra a mulher e, principalmente, conscientizar a população, nas mais diversas faixas etárias, no intuito de auxiliar na identificação e denunciar de possíveis casos”, explicou.
O secretário ainda destacou que faz quatro anos que Indaiatuba não registra o delito de feminicídio. “O trabalho do Caminho das Rosas é de suma importância para quebrar o ciclo de violência. Atualmente, 790 mulheres possuem medidas protetivas cadastradas e 359 aplicativos SOS Caminho das Rosas estão ativos, sendo que o alerta via app foi acionado 73 vezes. Desde a implementação do Caminho da Rosas, 3.625 rondas preventivas foram realizadas pela Guarda Civil, resultando em 1.386 atendimentos, que geraram 275 flagrantes”, encerrou.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)