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Artesanal Cia de Teatro estreia espetáculo “Azul” no CCBB RJ

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: João Julio Mello.

A partir do dia 13 de maio, a longeva e premiada Artesanal Cia. de Teatro estreia nacionalmente seu mais novo trabalho para o público infanto-juvenil: “Azul”. Como em todo o repertório da Artesanal (contando 14 espetáculos – dez infanto-juvenis e quatro para adultos e jovens), a direção é de Henrique Gonçalves e Gustavo Bicalho, que assina também o texto e dramaturgia ao lado de Andrea Batitucci. Adultos e crianças a partir de três anos de idade estão convidados a adentrar em uma história de amor entre irmãos unidos pela diferença. O elenco conta com Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira, com narração de Cleiton Rasga. A temporada vai até o dia 6 de agosto, sempre aos sábados e domingos, às 16h, no Teatro III do CCBB Rio de Janeiro. Ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada). O espetáculo ainda circulará pelos Centros Culturais Banco do Brasil em Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. O Banco do Brasil patrocina o projeto.

A narrativa é transmitida por meio dos olhos de Violeta, uma menina de quatro anos que está ansiosa pela chegada de seu irmãozinho, Azul. O que ela não imagina é que ele acabará ocupando um espaço inesperado na vida da família. Entre os ciúmes e a aceitação de um irmão tão diferente, Violeta descobre que é preciso aprender a lidar com o que a vida propõe para a solução natural dos conflitos. Afinal, o amor entre os irmãos é maior do que qualquer diferença que possa existir entre eles.

O espetáculo é mais uma imersão do grupo no teatro de animação, com uso de bonecos e máscaras executados pelo artista visual Dante. A trilha sonora traz marchinhas de carnaval, blues, clássicos da música erudita e música minimalista, agindo como elemento narrativo da cena e oferecendo ao público um espetáculo lúdico e engraçado, que vai emocionar as pessoas de todas as idades. “A música deste espetáculo é bem peculiar, porque é usada como uma forma de comunicação com o Azul. A irmã estuda piano e descobre que ele gosta de ouvir quando ela está tocando”, conta Gustavo, que também é responsável pela trilha sonora.

Apesar de não lidar diretamente com a questão do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a peça aborda o tema através das percepções de Violeta, que tenta não só compreender o universo do irmão, como busca maneiras de interagir com ele. De forma leve, lírica e bastante incomum, o texto propõe uma visão sobre as relações dentro de uma família que tem um integrante que vivencia o mundo de forma singular. “O primeiro sentimento é o ciúme e depois vem a competição, que, pouco a pouco, vão sendo substituídos pela relação de afeto e confiança. Com isso, temos uma história familiar que se desenvolve dentro de uma dinâmica muito parecida com toda e qualquer família que tem mais de um filho”, diz Henrique Gonçalves.

“Há uma questão na peça que nos é colocada de forma bastante sutil, mas Azul não é o irmão que Violeta esperava ganhar. A família precisa descobrir formas de se comunicar com o menino. Logicamente, o TEA é um espectro muito amplo e não temos como abordar todas as questões relativas a isto. Azul (o irmão) está no espectro autista e tem o seu jeito de ser”, avalia o diretor e autor Gustavo Bicalho.

Para construir o personagem, a Cia contou com a assessoria de Cris Muñoz, atriz, também autista, que tem doutorado e desenvolve uma pesquisa em arte e inclusão. Ela também é mãe de uma menina autista. Segundo Cris, ao abordar de maneira positiva, lúdica, sem discriminação ou romantização a questão do autismo, o espetáculo está propondo um olhar de respeito ao sujeito, de humanização das diferenças e respeito à diversidade. “A família é parte indissociável da vida; nela construímos afetos, construções, aprendemos comportamentos e partilhamos momentos que irão fazer parte do nosso entendimento sobre nós mesmo enquanto indivíduos e enquanto grupo com o qual nos identificamos”, reflete. “Azul” terá uma sessão com acessibilidade em Libras em data ainda a ser confirmada pela produção do espetáculo.

Os atores também têm experiência em aulas para crianças dentro do espectro autista e todo o processo do ensaio traz um momento de conversas e troca de experiências. Segundo a equipe, esta produção está sendo um processo bem rico de aprendizado sobre o tema.

Sobre a Artesanal Cia. de Teatro

Investindo em uma linguagem inovadora e contemporânea, a Artesanal Cia. de Teatro vem agregando desde sua fundação, em 1995, diversas indicações, premiações e o reconhecimento pela imprensa, público e crítica especializada. O foco do trabalho da Cia. encontra-se na pesquisa de uma linguagem narrativa, fundamentada na convergência de diversas técnicas de linguagem, como o teatro de animação (bonecos, sombras e máscaras), canto, cinema e videografismo, explorando a relação do ator com esses elementos.

O maior diferencial do grupo está em exibir um trabalho autoral com extremo rigor estético, textos inteligentes, produções cuidadosas e bem elaboradas, que agradam ao público familiar de todas as faixas etárias. Com 28 anos de atividade no cenário da produção teatral carioca, a Artesanal Cia. de Teatro é tanto uma referência nacional como internacional, com passagens em diversos festivais de teatro pelo Brasil, China e uma residência artística na Alemanha. Site: www.artesanalciadeteatro.com | Instagram: @artesanalciadeteatro.

Ficha Técnica:

Texto e Dramaturgia: Andrea Batitucci e Gustavo Bicalho

Elenco: Alexandre Scaldini, Brenda Villatoro, Bruno de Oliveira, Carol Gomes, Marise Nogueira e Tatá Oliveira

Narração: Cleiton Rasga

Direção Artística: Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves

Concepção, Criação e Confecção de Bonecos e Máscaras: Dante

Direção de Movimento dos Atores e Preparação Corporal: Paulo Mazzoni

Direção de Movimento dos Bonecos e Preparação Técnica Máscara Teatral :Marise Nogueira

Preparação Vocal: Verônica Machado

Figurinos e Adereços: Fernanda Sabino e Henrique Gonçalves

Cenário, Objetos, Adereços de Cena e Baleia: Karlla de Luca

Cenotécnico: Antônio Ronaldo

Direção de Palco: Alexandre Scaldini

Desenho de Luz: Rodrigo Belay

Operação de Luz: Peder Salles

Trilha Musical: Gustavo Bicalho

Desenho de Som Luciano Siqueira

Operação de Som: Pedro Quintaes

Projeto Gráfico: Dante

Direção de Palco: Alexandre Scaldini e Edeilton Medeiros

Programação Visual: Dante

Fotografia: Christina Amaral e João Julio Mello

Cinematografia: Chamon Audiovisual

Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato

Mídias Sociais: Tatá Oliveira

RP: Evandro Rius

Assistência de Produção: Bruno de Oliveira e Edeilton Medeiros

Consultoria em Acessibilidade Cultural: Cris Muñoz

Acessibilidade em Libras: Jadson Abraão – JDL Traduções

Produção: Marta Paiva

Direção de Produção: Henrique Gonçalves

Idealização: Artesanal Cia. de Teatro

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Patrocínio: Banco do Brasil.

Serviço:

Azul – Espetáculo da Artesanal Cia. de Teatro

Estreia dia 13 de maio de 2023

Temporada: 13 de maio a 6 de agosto de 2023 – sábados e domingos às 16h

Classificação indicativa: Livre (recomendado a partir dos 3 anos)

Duração: 50 minutos

Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro III

Capacidade: 63 lugares

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Mais informações em bb.com.br/cultura

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Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada com Ourocard.

(Fonte: Assessoria de imprensa CCBB RJ)

Cisne Negro Cia de Dança comemora 44 anos com apresentações no SESC Bom Retiro

São Paulo, por Kleber Patricio

A Cisne Negro Companhia de Dança comemora 44 anos de existência com três apresentações no SESC Bom Retiro no primeiro final de semana de maio com o espetáculo “Lampejos: uma degustação visual” e “Goitá”, destinado ao público infanto-juvenil. O final de semana recebe também outras apresentações com Cia Gente (RJ) e Camaleão Grupo de Dança (MG).

Com 44 anos de existência, a Cisne Negro Cia de Dança tem em seu repertório vários espetáculos com uma matriz popular e brasileira, além de uma história dedicada à dança. Detentora de prêmios e críticas nacionais e internacionais, a Companhia acredita que a cultura é uma ferramenta de transformação e socialização: “Lampejos: uma degustação visual” é a junção de três obras da Cisne Negro Companhia de Dança: “A Luz que há em ti…” (2018), “Cálice” (2019) e “Lampejos: uma degustação visual” (2022).

Em “Cálice” (2019), a impotência diante da censura e opressão. Foi encomendada pelo jornalista, escritor e educador Gilberto Dimenstein (1956–2020), com música de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil. Coreografia/Figurinos: Dany Bittencourt. Bailarinos: Renata Soares e Mário Gilberto.

O espetáculo “A luz que há em ti…” (2018) apresenta a capacidade de percepção do mundo e das pessoas e se dá pela luz que é refletida em nós e para dentro de nós. Revelação, Conhecimento e, sobretudo, Autoconhecimento. Coreografia e Concepção: Roberto Amorim. Música: Johann Sebastian Bach. Figurinos: Balletto. Assistente de Coreografia: Patrícia Alquezar. Desenho de Luz: Roberto Amorim.

Lançado em 2022, “Lampejos: Uma degustação visual” apresenta uma coreografia única, inspirada na dança Butoh, tema do mestrado da coreógrafa e criadora Andressa Miyazato, transcendendo o tempo cronológico e nos apresentando uma degustação visual e cênica de sentimentos, sensações e memórias.

A criação também se inspira no reencontro de Andressa Miyazato com a Cisne Negro Companhia de Dança, companhia que foi lar da bailarina por anos. “‘Lampejos’ é a expressão do meu reencontro com a Cisne Negro, companhia em que atuei por 7 anos e que foi meu grande desejo fazer parte. A coreografia conta um pouco do meu trajeto profissional, mas expressa também o sentimento de estar de volta à matriz da companhia onde tudo começou”, explica a coreógrafa.

Coreografia/Concepção: Andressa Miyazato. Música e Interpretação: Jean-Jacques Lemêtre. Engenheiro de Som, Gravações em Paris: Yann Lemêtre. Estúdio, Produção e Gravação no Brasil: Marcello Amalfi. Assistente de coreografia: Rafael Abreu. Figurinos: Adriana Hitomi/Plie. Desenho de Luz: Cristiano Paes. Dia 6 e 7/5. Sábado, das 20h às 21h. Domingo, das 18h às 19h. Livre. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Para crianças

O espetáculo “Goitá”, destinado ao público infanto-juvenil, aborda o universo da cultura popular brasileira por meio dos bonecos de Mamulengos, transformando-os em “bailarinos”. A pequena cidade de Glória do Goitá, localizada a 60km de Recife, é considerada a capital brasileira do Mamulengo e inspira o espetáculo, que homenageia e reverencia o universo do Mamulengo Pernambucano.

O espetáculo conta com a idealização e coreografia de Ana Catarina Vieira, artista que participou das duas companhias, assistência de coreografia de Patrícia Alquezar, criação de bonecos de Dino Soto, trilha sonora do Quinteto Violado, com referência especial a Dudu Alves, edição musical de Cesar Maluf e figurinos com criação e concepção de André Santana e Elson Leite (Atelieles) e Balletto.

O elo entre as duas Companhias permitiu a construção e ousadia em integrar as linguagens da dança ao teatro popular de bonecos e de se aventurar na criação de uma linguagem artística própria, trazendo assim uma nova proposta para o público.

Ficha Técnica – Direção Artística: Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt. Direção Cênica e Dramaturgia: Beto Andreetta. Idealização e Coreografia: Ana Catarina Vieira. Assistente de Coreografia: Patrícia Alquezar. Trilha Sonora: Quinteto Violado. Arranjo Musical: Cesar Maluf. Criação de Bonecos: Dino Soto. Confecção de Bonecos: Juciê Batista, Dino Soto, Roni, Beto Andreetta. Criação de Luz: Cristiano Paes. Figurinos. Criação: André Santana e Atelieles (Elson Leite e Márcio Peres). Confecção: Atelieles. Acessórios: Balletto. Produção Pia Fraus: Jackson Íris e Beto Andreetta.

Na sexta (5), o teatro do SESC Bom Retiro, recebe às 20h, o espetáculo “Vírgula”, com a Cia Gente (RJ). Uma peça de dança-teatro escrita e dirigida pelo dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo. Com nove personagens (referência implícita aos nove círculos do inferno da “Divina Comédia”) dialogam entre gestos, movimentos e textos performáticos para fazer nascer uma ode à lentidão. 14 anos. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena). Os espetáculos “Fio do meio ato nº 2, a travessia desacreditada do esbarrão” e “Vertigem”, com a Cia Gente (RJ), acontecem no dia 6/5, sábado, 17h. “Fio do meio ato nº 2, a travessia desacreditada do esbarrão”, obra de autoria do dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo, toma como célula o movimento do esbarrão. Nele, observa e provoca uma via de mão dupla: a capacidade de mover corpos e também desse mover abrir espaços de conversação. Na sequência, o espetáculo “Vertigem”, a terceira parte da “Estética do Desequilíbrio”, foi criada no ano de 2020, durante a pandemia do coronavírus. Dada as difíceis condições do momento, o desastre se transformou em solução estética: ARTE. Dia 6/5, sábado, às 17h. Local: Praça de convivência. 14 anos. 45 minutos. No domingo (7), o espetáculo “Verga”, com Camaleão Grupo de Dança (BH), espetáculo de dança contemporânea e urbana que transita entre a resistência e a liberdade como possíveis formas de reação às relações de poder, onde resistir não significa apenas reagir, mas também criar. Dia 7/5, domingo, às 16h. Local: Praça de convivência. Livre.

Ingressos | A venda de ingressos é realizada na semana anterior ao espetáculo, na Terça Online, a partir das 12h, pelo site sescsp.org.br/bomretiro e, na quarta, presencialmente, em todas as unidades do SESC São Paulo.

Serviço:

Vírgula

Com a Cia Gente (RJ)

Dia 5/5, sexta, das 20h às 21h10. Local: Teatro. 14 anos. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Lampejos: uma degustação visual

Com Cisne Negro Companhia de Dança

Dia 6 e 7/5. Sábado, das 20h às 21h. Domingo, das 18h às 19h. Livre. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena).

Fio do meio ato nº2, a travessia desacreditada do esbarrão e Vertigem

Com a Cia Gente (RJ)

Dia 6/5, sábado, às 17h. Local: Praça de convivência. 14 anos. 45 minutos.

Goitá

Cisne Negro Companhia de Dança

Dia 7/5. Domingo, 12h.

R$25 (Inteira), R$12,50 (Meia) e R$8 (Credencial Plena). Crianças até 12 anos não pagam. Livre.

Verga

Com Camaleão Grupo de Dança (BH)

Dia 7/5, domingo, às 16h. Local: Praça de convivência. Livre.

Máscara | É recomendável o uso de máscara nos espaços fechados do SESC.  Nos ambientes de acesso às clínicas odontológicas, ambulatórios e locais de exames dermatológicos, o uso continua obrigatório.

Estacionamento do SESC Bom Retiro - (Vagas Limitadas) | O estacionamento do SESC oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: R$5,50 a primeira hora e R$2 por hora adicional (Credencial Plena). R$12 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$7,50 (Credencial Plena). R$15 (Outros).

Horários: terça a sexta: 9h às 20h; sábado: 10h às 20h; domingo: 10h às 18h. Importante: em dias de espetáculos, o estacionamento funciona até o término da apresentação.

Transporte gratuito | O SESC Bom Retiro oferece transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorrem na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Horários: Ida > sexta e sábado, 17h30 às 19h50.  Volta > ao término do espetáculo, de volta à Estação Luz.

SESC Bom Retiro      

Alameda Nothmann, 185. Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600

Siga o @SescBomRetiro nas redes sociais | Facebook, Instagram e Youtube.

(Fonte: SESC Bom Retiro)

Exposição “Nomes do Amor” fica até junho no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, projeto itinerante do Museu da Diversidade Sexual

São Paulo, por Kleber Patricio

‘Nomes do Amor’ traz relatos reais de casais e famílias LGBTQIAP+ que lutam por respeito. Foto: divulgação.

A exposição “Nomes do Amor”, da artista-pesquisadora Simone Rodrigues, está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, na Lapa, Zona Oeste da cidade de São Paulo. A mostra, que faz parte de um projeto itinerante do Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, reúne uma série de fotografias sobre a homoafetividade e transafetividade brasileira.

Os registros integram um projeto desenvolvido desde 2014 – e que ainda ressoa atual – por Simone, que tem um comprometimento profissional de longa data com trabalhos imersivos voltados para a coletividade e inclusão. “Nesta obra, em especial, podemos nos conectar com percepções reais da família contemporânea”, afirma Rodrigues.

A partir da abordagem documental de casais reais, a exposição revela uma amostra da pluralidade ainda pouco conhecida da família homoafetiva brasileira. Por meio de imagens e relatos, dá visibilidade a este tipo de família contemporânea (que não conta com estatísticas oficiais), contribuindo para a sua naturalização no convívio social, o esclarecimento contra o preconceito e o reconhecimento do seu estatuto legal e jurídico.

Segundo Rogério de Oliveira, presidente da Casarão Brasil e coordenador do CCLGBTI Cláudia Wonder, a visibilidade de famílias homoafetivas e transafetivas está muito alinhada com as ações e projetos do CCLGBTI. “Trabalhar esse viés é importante, pois nosso dia a dia envolve 99 por cento da população LGBTQIAP+ e trans que foram expulsas(os) de casa, rompendo, muitas vezes, esse laço familiar tão importante para o desenvolvimento do ser. Trazer essa pauta para nosso espaço oferece uma reflexão necessária”, afirma.

Serviço:

Data de encerramento: 2 de junho de 2023

Horário de visitação: 9h–18h

Local: Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder

Endereço: Av. Ricardo Medina Filho, nº 603 – Vila Ipojuca | São Paulo – SP

Sobre o MDS 

O Museu da Diversidade Sexual (MDS) é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo ligada à Secretaria da Cultura e Economia Criativa, sendo o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à Memória e Estudos da Diversidade Sexual.

A instituição é destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIAP+ (contemplando a diversidade de siglas que constituem hoje o MDS) e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIAP+, que se propõe a discutir a diversidade sexual e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e a promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.

Atualmente, o MDS passa por uma reforma de ampliação da sua sede na estação República do metrô, em São Paulo. Com isso, a unidade terá melhor infraestrutura para abrigar exposições, mostras e demais ações educativas do Museu, alcançando um público ainda maior. A expectativa é de que a reforma seja finalizada ainda no primeiro semestre de 2023.

Sobre o Instituto Odeon 

Atualmente o Museu da Diversidade Sexual é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social que tem como missão promover gestão e produção cultural e artística de excelência, em diálogo com a educação, agregando valor público para a sociedade. O Instituto Odeon existe para trazer mais cultura para as cidades e mais arte para as pessoas e transformar a percepção do público sobre museus e eventos culturais, trabalhando em direção a um país que promove a expressão da arte, expande o acesso ao que é produzido e leva a sério seu legado cultural.

(Fonte: Approach Comunicação)

Lidia Lisbôa abre exposição “Mulher Esqueleto” dentro do projeto “Ofício: Fio” do SESC Pompeia

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Vida e arte se entrelaçam nas propostas de Lidia Lisbôa, que tece casulos, úteros, cordões umbilicais e tetas na mostra “Mulher Esqueleto”, no SESC Pompeia, a partir de 29 de abril. Inédita, a exposição fica aberta até 30 de julho e integra o projeto “Ofício: Fio”, uma iniciativa que explora como espaço expositivo o Galpão das Oficinas de Criatividade do SESC Pompeia e que tem o propósito de apresentar e investigar diferentes práticas do fazer artístico.

Lidia Lisbôa trabalha com escultura, gravura, pintura, costura e crochê. Sua prática artística desenvolve-se na intersecção entre objeto de arte, performance e ritual. Cada passo dado na construção de sua poética aponta para um desdobramento na forma de ação performativa. A produção de peças têxteis em performances elabora o ato de tecer como prática e reflexão. O uso do tecido e materiais descartados constitui uma estrutura fundamental na eloquência de sua linguagem, que aborda presente e passado por meio de temáticas autobiográficas, territoriais e ancestrais. Este elo acaba por sublevar o trabalho da artista a um campo de ação política e social, à medida em que faz despontar uma perspectiva crítica de gênero. Sua expressividade manual é, assim, embebida de uma complexidade que se mostra tanto como poética sensível quanto um ato de resistência.

Foto: divulgação.

Em “Mulher Esqueleto”, a artista apresenta trabalhos de vários períodos, incluindo inéditos, e usa como fio condutor o capítulo de mesmo título da mostra que compõe o livro de Clarissa Pinkola Estés “Mulheres que correm com os lobos”. Na obra literária, uma figura amaldiçoada e deixada à própria sorte é pescada e acolhida por um pescador, deixando, nesse processo, de ser um punhado de ossos e se tornando mulher. No contexto do livro, é o amor que restitui a possibilidade de reintegração da personagem. Lídia Lisbôa, ao se aproximar da Mulher Esqueleto, reflete sobre a possibilidade de recompor a si mesma, estruturando no processo de recolhimento a reestruturação do self e não as relações. Lisbôa constrói um repertório de acolhimento primário e recolhimento contemplativo como ferramenta de cura. A vida-morte-vida de Estés, quando encontra o olhar e as mãos de Lidia Lisbôa, torna-se vida-arte-vida.

O grande destaque da mostra está na área têxtil. Mesmo em outras matérias, como cerâmica, fotografia e performance, a obra da artista traz, em todos os suportes, o processo têxtil ao trabalho, convidando o público a esse recolhimento reestruturante de carnes para que lembremos de não deixarmos morrer.

Sobre a artista

Lidia Lisbôa (1970) é artista visual, natural de Guaíra, Paraná. Vive e trabalha em São Paulo. Sua prática artística tem como eixo fundante a autobiografia e os atravessamentos cotidianos que são articulados atualmente principalmente por meio do desenho, escultura, crochê e performance. Dentre suas principais exposições individuais, destacam-se “Acordelados”, Galeria Millan, São Paulo, SP (2022) e “Memórias do Afeto”, Centro Cultural Santo Amaro, São Paulo, SP (2021). Integrou mostras coletivas tais como 37º Panorama da Arte Brasileira – ‘Sob as cinzas, brasa’, MAM, São Paulo, SP (2022); “Defeito de cor”, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2022); “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”, Instituto Moreira Salles, São Paulo, SP (2021); “Esperança”, Museu de Arte Sacra, São Paulo, SP (2021); “Substância da terra: o sertão”, Slag Gallery, New York, USA e Museu Nacional da República, Brasília, DF, Brazil (2021); 12ª Bienal do Mercosul – ‘Femininos: visualidades, ações e afetos’, Porto Alegre, RS (2020), entre outras.

Sobre o Projeto Ofício

Foto: Carllos Saad.

Para além de sua finalidade criativa, o ofício da arte é também processo, labuta e desenvolvimento. Compreende a dedicação à artesania e potencial construção de conhecimento, tendo a experimentação como elemento primordial. Tais vocações são constituintes do espaço material e conceitual das Oficinas de Criatividade do SESC Pompeia, cujo espaço corresponde a um efervescente lugar de encontro, onde mestres e alunos se reúnem e forjam trajetórias singulares. O complexo que abriga as exposições oferece cursos e oficinas em diferentes técnicas criativas, como gravura, cerâmica, artes têxteis, marcenaria e técnicas mistas. Há salas de atividades no primeiro andar para cursos teóricos. As obras acolhidas durante as edições do Projeto Ofício ficam expostas no espaço das oficinas, em um espaço expositivo não convencional. O projeto tem curadoria da equipe da unidade que, em conjunto com o artista convidado, faz a seleção das obras.

Serviço:

Projeto Ofício: Fio: Lidia Lisbôa – Mulher Esqueleto

Local: SESC Pompeia | Galpão das Oficinas de Criatividade

Período expositivo: 29 de abril a 30 de julho de 2023

Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

Classificação indicativa: Livre

Entrada gratuita | sem estacionamento

SESC Pompeia

Endereço: Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 3871-770

SESCsp.org.br/pompeia

Transporte Público

Metro Barra Funda (2000m) | CTPM Água Branca (800m)

CTPM Barra Funda (2000m) | Terminal Lapa (2100m)

SESC Pompeia nas redes: Facebook | Instagram | YouTube.

(Fonte: SESC Pompeia)

Um dos contos mais importantes da bíblia sagrada ganha montagem teatral

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Acriart.

Decápolis era uma região do sudeste da antiga Palestina que consistia em dez cidades de origem grega e romana e que também desempenhou um papel importante na história bíblica. Foi de lá que saiu um dos contos mais emblemáticos do cristianismo e que até hoje gera reflexões sobre o poder do domínio sobre os corpos por meio do capital. Nele, Jesus e seus discípulos são recebidos por um homem possuído por demônios, que, angustiado, pede ao Cristo que o liberte. Após ordenar que a legião saísse do homem, Jesus permitiu que os demônios entrassem em porcos que moravam no local e a manada correu para um precipício e se afogou no mar.

Essa passagem é instigante por várias razões. Em primeiro lugar, mostra o poder de Jesus sobre os demônios e sua capacidade de curar aqueles que estavam possuídos. Em segundo lugar, destaca o valor dos porcos na cultura da época, e como a destruição da manada teria sido vista como uma grande perda econômica. Finalmente, é interessante notar que os moradores da cidade ficaram com medo e pediram a Jesus que saísse da região, mesmo depois de terem testemunhado um milagre tão poderoso.

Em “Demônios de Decápolis”, espetáculo que estreia no próximo dia 5 de maio no Teatro Commune, em São Paulo, essa importante narrativa é transportada para os dias atuais, permitindo ao público não apenas uma reflexão mais aprofundada sobre o conto, como também, uma imersão nas expectativas atuais sobre fé e interesses econômicos.

“A repercussão da época era os milagres e maravilhas que Jesus”, conta Fabiano Moreira, produtor do espetáculo. “Assim, imaginamos que esses criadores também tinham expectativas em Cristo, mas que foram totalmente frustradas quando viram seus porcos indo para o precipício. Trouxemos para o espetáculo o burguês que explora o pobre para ter mais porcos, o policial corrupto, o sacerdote manipulador, o miserável que serve, se sujeita, abre concessões e tenta ter o que comer – a peça entrelaça todos esses personagens e faz uma reflexão sobre o comportamento humano contemporâneo”.

“Demônios de Decápolis” é uma comédia dramática e tem produção executiva da Acriart, Associação Cristã de Artistas. Foi apresentada de forma virtual durante a pandemia do novocoronavirus em 2021. O espetáculo fica em cartaz até o final de maio e tem classificação etária para maiores de 12 anos.

Demônios de Decápolis

Teatro Commune

Rua da Consolação, 1218, Centro de São Paulo

Sessões – dias 5, 12, 19 e 26 de maio às 20h

Preço – R$35,00

Vendas –  https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-demonios-de-decapolis/1952775

Duração: 60 min

Classificação: 12 anos

Direção: Bruno Garcia

Elenco: Denis Snoldo, Veronica Nobilli; Jorge Camargo

Lugares: 85.

(Fonte: Iara Filardi Assessoria de Comunicação)