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Infância de George Orwell é ilustrada em Graphic Novel inédita no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Os acontecimentos, dilemas, frustrações e violências responsáveis por moldar os posicionamentos e crenças políticas de George Orwell, autor de clássicos da literatura como “1984” e “A Revolução dos Bichos”, ganham evidência em terras tupiniquins com o lançamento da graphic novel “Tantas, Tantas Eram as Alegrias”, pelo selo Minotauro da editora Almedina Brasil.

Adaptada de um ensaio autobiográfico homônimo, a obra cobre o período da infância de Orwell e escancara os desafios enfrentados pelo autor em um internato para filhos de cidadãos da alta classe da sociedade inglesa. Surras com chibatadas como punição por ter feito xixi na cama e o lembrete constante dos colegas de que ele era o garoto “pobre e bolsista” da turma são alguns dos episódios ilustrados.

Inspirado em “The Echoing Green”, canção do poeta William Blake, o título do livro tem apelo completamente irônico, uma vez que as memórias apresentadas podem provocar no leitor sentimentos como indignação, fúria e revolta, mas pouca ou nenhuma alegria. Ambientadas em um período anterior e durante a 1ª Grande Guerra Mundial, as passagens narradas oferecem um vislumbre das contradições entre as visões de mundo de ricos e pobres, além de expor os desconfortos causados pelos conflitos de classe que perduram até hoje.

Cassowary Colorizations – George Orwell, c. 1940.

O texto de Orwell foi adaptado para o formato de graphic novel pelo multipremiado escritor de quadrinhos Sean Michael Wilson, autor de mais de 40 livros e coautor de “Parecomic”, prefaciado pelo linguista norte-americano Noam Chomsky. Já as ilustrações ganharam vida pelas mãos de Jaime Huxtable, cartunista e ilustrador inglês que tem entre seus trabalhos “G Bear & Jammo” e “Makers of Monsters”.

Em “Tantas, Tantas Eram as Alegrias”, a violência dos professores e o constrangimento a que Orwell era diariamente submetido saltam das páginas. A imagem desse mundo cruel visto pelos olhos inocentes de uma criança se justapõe às reflexões da maturidade sobre o que esse tipo de escolarização diz da sociedade em que vivemos e apresenta as raízes das críticas ao poder e à autoridade tão presentes em suas obras atemporais.

Ficha técnica

Livro: “Tantas, Tantas Eram as Alegrias” – graphic novel

Autor: George Orwell, adaptado por Sean Michael Wilson e ilustrado por Jaime Huxtable

Editora: Almedina Brasil, selo Minotauro

ISBN: 9786587017693

Páginas: 112

Formato: 16 x 23 x 0,8

Preço: R$59,00

Onde encontrar: Almedina Brasil | Amazon.

Sobre a editora | Fundada em 1955, em Coimbra, a Almedina orgulha-se de publicar obras que contribuem para o pensamento crítico e a reflexão. Líder em edições jurídicas em Portugal, a editora publica títulos de filosofia, administração, economia, ciências sociais e humanas, educação e literatura. Em seu compromisso com a difusão do conhecimento, ela expande suas fronteiras além-mar e hoje traz ao público brasileiro livros sobre temas atuais, em sintonia com as necessidades de uma sociedade em constante mutação.

(Fonte: LC Agência de Comunicação)

Final do Concurso de Canto Lírico “Joaquina Lapinha” acontece dia 19 de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Paulo Rogério Ribeiro.

No dia 19/12, às 20h, o palco do Theatro Municipal de São Paulo será sede do Recital de Premiação do 1º Concurso de Canto Lírico “Joaquina Lapinha”, iniciativa do Conservatório Dramático Musical de Tatuí que busca dar visibilidade para solistas pretos, pardos e indígenas e contribuir para que a cena lírica brasileira se torne mais diversa.

Os vencedores da final, realizada dia 13 de novembro de 2022 no Teatro Procópio Ferreira do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, apresentarão um repertório de árias que inclui Mozart, Wagner e Puccini. As solistas sopranos Chiara Santoro, Núbia Eunice e Thaina Souza e os solistas barítonos Isaque Oliveira, Marcelo Dias e Paulo Maria dividirão o palco com a Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência do maestro Roberto Minczuk.

Além de uma premiação em dinheiro, os primeiros colocados irão compor o elenco de solistas da Temporada Lírica 2023 do Theatro Municipal de São Paulo e os segundos colocados e os ganhadores da categoria Jovem Solista se apresentarão na Temporada 2023 do Teatro Procópio Ferreira, em Tatuí. O júri da premiação foi formado por cantores(as), diretores(as) artísticos(as) e professores(as) já renomados no meio musical, incluindo Alba Bomfim, Edineia de Oliveira, Felipe Venâncio, Mere Oliveira e Sávio Sperandio.

O 1º Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha do Conservatório de Tatuí, lançado dia 28 de setembro deste ano, recebeu inscrições de cantores (as) líricos (as) de mais de 20 cidades de várias regiões do Brasil. Além das premiações em dinheiro, o evento ainda prevê a grande oportunidade para todos(as) os(as) inscritos(as) acessarem gratuitamente formação online sobre orientação de carreira, prevista para o primeiro quadrimestre de 2023. Trata-se da maior premiação deste segmento no Brasil.

Pioneirismo negro na música clássica brasileira

Reconhecida no cenário artístico luso-brasileiro como cantora em meados do século XIX, Joaquina Lapinha iniciou a carreira no Rio de Janeiro. Natural de Minas Gerais, a artista se apresentou em várias cidades portuguesas no período de 1791 a 1805 e, apesar da carreira internacional, alguns autores apontam que, por ter a pele negra, a atriz precisou recorrer a cosméticos para clarear a pele nas apresentações na Europa.

A cantora foi tema do livro “Negras líricas: duas intérpretes brasileiras na música de concerto” (Sete lagoas, 2008), do pesquisador e músico Sérgio Bittencourt-Sampaio, e foi citada em “O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis” (1956), do cronista Luís Edmundo, como aquela que ficava “pisando como ninguém em tablas (palco)”, além de ser enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo no Carnaval de 2014.

Serviço:

Premiação de Premiação do 1º Concurso Joaquina Lapinha

Duração: aproximadamente 120 minutos

Classificação: livre para todos os públicos – sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária

Ingressos gratuitos retirados pelo site a partir do dia 17/12, às 12h. Limite de dois ingressos por CPF/pessoa.

Mais informações aqui.

(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)

Conheça os vencedores do Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022

São Paulo, por Kleber Patricio

Premiação aconteceu quarta-feira (14/12) no Teatro Sérgio Cardoso. Foto: Wikipedia.

O Governo do Estado de São Paulo realizou na noite de quarta-feira (14), no Teatro Sérgio Cardoso, a cerimônia de Premiações da Cultura de São Paulo 2021/2022. Na ocasião, foram condecorados cerca de 100 profissionais que se destacaram por realizações em 2021/2022, em 15 categorias distintas, com o valor de R$30 mil. Um investimento de R$450 mil do governo estadual.

Além de premiar os destaques de cada categoria, o Governo do Estado, por meio do Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão, entregou as medalhas Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Medalha Mérito Museológico Waldisa Rússio Camargo Guarnieri para personalidades da Cultura e Economia Criativa que foram elementos importantes do cenário cultural entre 2021 e 2022, assim como os vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura que foram homenageados durante a cerimônia de premiação.

“O Governo de São Paulo valoriza a cultura e por isso elevou o investimento na área nos últimos quatro anos, o que possibilitou uma série de entregas relevantes, como a abertura do Novo Museu do Ipiranga e do Museu da Língua Portuguesa, a expansão e a descentralização dos programas de fomento e a criação de cinco Fábricas de Cultura 4.0”, afirma Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. “Os prêmios e medalhas que outorgamos são homenagens aos profissionais que fazem no dia a dia a cultura paulista ser cada vez mais forte e plural, em todas as regiões do Estado”. Para ele, “mais cultura significa mais emprego, mais renda, mais inclusão, mais qualidade de vida e mais desenvolvimento”.

Houve, ainda, homenagens para grandes nomes do cenário cultural brasileiro que faleceram recentemente; entre elas, as cantoras Gal Costa e Elza Soares, o ator, cantor, compositor e apresentador da TV Cultura Rolando Boldrin, o produtor cultural Sérgio Ajzenberg, o ex-diretor do Museu Afro-Brasil, Emanoel Araújo e o jornalista Jorge da Cunha Lima, além do arquiteto Ruy Ohtake.

As 21 cidades que participaram da 16ª edição da ViradaSP, maratona cultural do Governo do Estado de São Paulo, foram contempladas pela ação com o título de capital estadual da cultura de 2022.

Confira a lista completa dos vencedores em cada uma das categorias:

1 – Iniciativas Culturais para Crianças e Adolescentes: Paulo Tatit e Sandra Peres, pelo conjunto de atividades do projeto e grupo Palavra Cantada.

2 – Comunicação Cultural: Paula Alzugaray, pela realização da revista “Select”.

3 – Livro, Leitura e Bibliotecas: Daniel Munduruku, pelo trabalho do Instituto Uka /Casa dos Saberes Ancestrais.

4 – Formação e Capacitação em Cultura: Edillson Ventureli e Isaac Karabtchevski, pelo conjunto de atividades do Instituto Baccarelli e da Orquestra Sinfônica de Heliópolis.

5 – Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura: Igor Cayres, pela criação da Orquestra Parassinfônica de São Paulo (Opesp).

6 – Museus, Equipamentos e Centros Culturais: João Doria Jr., pela viabilização e apoio à realização do projeto de restauro e ampliação do Museu do Ipiranga e do Jardim Francês.

7 – Patrimônio Cultural Material e Imaterial: Anelis Assunpção, pela criação e funcionamento do Museu Itamar Assumpção.

8 – Cultura Popular e Tradicional: Sidnei Carriuolo, pelo conjunto de atividades da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.

9 – Cultura Urbana: Felipe Flip e Paulo Cruz, pela realização do podcast “Noir”.

10 – Grupos, Companhias e Corpos Estáveis: Andrea Caruso e Cassi Abranches, pelo trabalho à frente do Balé da Cidade de São Paulo.

11 – Empreendedorismo Cultural e Criativo: Facundo Guerra, pelo conjunto de atividades do Grupo Vegas.

12 – Inovação e Tecnologia em Arte e Cultura: Marcello Dantas, pelo conjunto de atividades da Magnetoscopio.

13 – Estudos e Pesquisas em Cultura e Economia Criativa: Jader Rosa, pelo conjunto de estudos e pesquisas do Itaú Cultural.

14 – Mostras, Festivais, Mercados e Eventos Culturais: Zita Carvalhosa, pela realização do Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

15 – Produção Cultural Independente: João Carlos Martins, pelos 60 anos de seu primeiro concerto no Carnegie Hall.

Confira a lista completa dos homenageados da noite:

Medalha Mário de Andrade: André Sturm | Andreia Vigo | Antônio Hermann | Caio Carvalho | Carlos Gradim | Claudia Pedrozo | Celso Athayde | Clóvis Carvalho | Daniel Neves | Eneida Soller | Fábio Barbosa | Fernando Cunha | Heitor Martins | José Carlos Marçal de Barros | José Roberto Maluf | Jorge Damião | Marcelo Peroni | Marcos Mendonça | Miguel Arcanjo | Pedro Parente | Pierre Ruprecht | Preto Zezé | Rafael Steinhauser | Raphael Callou | Ricardo Piquet | Sérgio Freitas | Simon Schazer.

Medalha Tarsila do Amaral: Afonso Borges | Alessandra Almeida | Alessandra Costa | Amilson Godoy | Ana Lúcia Bilard Sicherle | Angélica Fabbri | Carlos Faggin | Carlos Meceni | Carlos Papá | Cristine Takuá | Danielle Nigromonte | Érica Malunguinho | Fábio Magalhães | Fernanda Feitosa | Inês Bogéa | Ivam Cabral | Hugo Possolo | Jochen Volz | Marcelo Lopes | Maria Ignez Mantovani | Odilon Wagner | Paulo Zuben | Renata Motta | Ricardo Ohtake | Ruriá Duprat | Samuel Mac Dowell de Figueiredo | Sônia Barbosa de Souza.

Medalha Mérito Museológico Waldisa Rússio Camargo Guarnieri 2021 e 2022

2021: Marília Xavier Cury | Maurício Segall.

2022: Maria Ignez Mantovani | Maria Inês Lopes Coutinho.

Prêmio São Paulo de Literatura 2021 e 2022

2021: Edimilson de Almeida Pereira (Melhor Romance) | Morgana Kretzmann (Melhor Romance de Estreia)

2022: Antônio Xerxenesky (Melhor Romance) | Rita Carelli (Melhor Romance de Estreia).

Capitais da Cultura de 2022: Adamantina | Bertioga | Botucatu | Campinas | Iguape | Ilha Solteira | Indaiatuba | Itanhaém | Itapevi | Mairiporã | Paraibuna | Presidente Prudente | Registro | Santa Bárbara d’Oeste | Santa Rita do Passa Quatro | Santo Antônio do Pinhal | Santos | São José dos Campos | São Sebastião | Ubarana | Votuporanga.

(Fonte: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo)

No primeiro semestre de 2023, Instituto Moreira Salles apresenta exposições de Evandro Teixeira, Iole de Freitas e Helena Almeida

São Paulo, por Kleber Patricio

Estádio Nacional, Santiago, Chile, 1973. Foto: Evandro Teixeira.

No primeiro semestre de 2023, o Instituto Moreira Salles exibirá, em sua sede de São Paulo, exposições de grandes nomes da fotografia e da arte contemporânea: Evandro Teixeira (1935), um dos principais fotojornalistas brasileiros, Helena Almeida (1934-2018), consagrada artista portuguesa cuja obra investiga as relações entre corpo e imagem, e a escultora e artista multimídia brasileira Iole de Freitas (1945).

Neste período, o IMS apresenta ainda a mostra em celebração aos 10 anos da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS, realizada em parceria com o Pivô, espaço cultural localizado no Edifício Copan, no centro de São Paulo. A exposição, que será exibida no Pivô, reunirá obras dos artistas contemplados pela bolsa de fomento à produção de arte contemporânea criada pelo IMS em 2013.

Como já anunciado, em 2023, o IMS realizará uma reforma em sua sede do Rio de Janeiro para melhor receber os visitantes em exposições e eventos futuros. A casa no bairro da Gávea passará por um restauro e as reservas técnicas dos acervos serão ampliadas. Durante o tempo necessário para essas obras, o centro cultural permanecerá fechado. Os trabalhos começarão em abril de 2023 e devem se estender por cerca de quatro anos. Até março, o IMS Rio funcionará normalmente, sendo possível visitar a individual do fotógrafo Miguel Rio Branco (1946), em cartaz no centro cultural até 26 de março.

“Glass Pieces, Life Slices”, 1975. Iole de Freitas/Acervo da artista.

Enquanto a sede do Rio estiver fechada, o IMS pretende assegurar sua presença na capital com programação cultural. Para isso, está mantendo entendimentos com instituições da cidade para firmar parcerias e realizar exposições e eventos. Entre as parcerias já estabelecidas, está a com o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, que atualmente apresenta a retrospectiva “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”, exibida em 2022 no IMS Paulista. Após passar pelo CCBB RJ, a mostra segue para a sede do CCBB em Brasília.

O IMS Poços, por sua vez, está fechado atualmente, também para reformas de suas instalações. As obras incluem a instalação de um elevador e a remodelação do auditório, além de adaptações de acessibilidade e segurança. A próxima exposição que o centro cultural apresentará, quando for reaberto aos visitantes, será a Ocupação Coutinho. A mostra aborda os principais aspectos da vida e obra de Eduardo Coutinho (1933-2014), um dos nomes mais importantes do documentário no Brasil. A ocupação é resultado de uma parceria do Itaú Cultural com o IMS, que detém o acervo do cineasta.

Confira abaixo as sinopses de cada exposição prevista para 2023:

SÃO PAULO (SP)

IMS Paulista

Individual de Evandro Teixeira

Período expositivo: março de 2023–julho de 2023

Pouco depois do golpe militar de 11/9/1973 no Chile, Evandro Teixeira (Irajuba, BA, 1935) viajou para Santiago enviado pelo Jornal do Brasil. Suas fotografias revelam uma cidade sitiada, ocupada pelas forças militares. Entre os eventos registrados pelo fotógrafo está o enterro de Pablo Neruda, primeira grande manifestação contra o regime do general Augusto Pinochet. Nesta exposição, serão apresentadas as imagens que Evandro produziu na capital chilena, com destaque para os registros do enterro de Neruda. Em diálogo, serão exibidas fotografias feitas por Evandro durante o regime militar brasileiro evidenciando a importância do fotojornalismo para a liberdade de expressão e o testemunho da realidade. A curadoria é de Sergio Burgi, com assistência de Alessandra Coutinho Campos.

Individual de Iole de Freitas

Período expositivo: maio de 2023–setembro de 2023

A exposição reúne uma série de trabalhos que Iole de Freitas produziu na década de 1970 pouco vistos pelo público brasileiro, alguns deles inéditos. São fotos e filmes Super 8 e 16 mm dos tempos em que a artista viveu em Milão e Nova York, num momento em que era parte ativa, na Itália, de um ambiente político de grande efervescência política e cultural. A mostra traz também instalações que a artista realizou no período, como as que apresentou em Milão, no Studio Marconi, e em Paris, na Bienal Jovem de 1975. Esses primeiros trabalhos, de uma artista então na casa dos 20 anos, são pela primeira vez apresentados ao público brasileiro num conjunto amplo, abrangente e representativo da produção de Iole naquela década. A curadoria é de Sônia Salzstein, com assistência de Leonardo Nones.

Individual de Helena Almeida

Período expositivo: junho de 2023–setembro de 2023

A exposição “Fotografia habitada”, antologia de Helena Almeida (1969-2018) será a primeira individual da renomada artista portuguesa no Brasil. Com curadoria da historiadora da arte portuguesa Isabel Carlos, a mostra apresentará uma seleção de obras que têm como suporte a fotografia e o desenho, realizadas entre 1969 e 2018. Os trabalhos abordam temas recorrentes na produção de Almeida, como a interrogação dos gêneros e dos processos artísticos e a autorrepresentação da artista e da mulher. Em sua produção, mais do que um gênero artístico ou documental, a fotografia é um suporte conceitual das ideias e dos processos da criação. Essa subversão dos limites das definições da obra de arte, além da constante reiteração da sua condição de mulher artista, confere atualidade ao trabalho de Helena Almeida, confirmando a relevância histórica do seu papel numa geração que abriu novos caminhos e processos nos modos de pensar e articular a relação entre a arte e a vida.

IMS Paulista

Avenida Paulista, 2424 – São Paulo

Tel.: (11) 2842-9120

Horário de funcionamento: Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h

Entrada gratuita

Pivô

Exposição em celebração aos 10 anos da Bolsa ZUM

Período expositivo: abril de 2023 –julho de 2023

“Retrato Falado”, Eustáquio Neves, 2020.

O IMS apresenta a exposição em celebração aos 10 anos da Bolsa ZUM, com obras dos artistas e coletivos contemplados pela bolsa de fomento à produção contemporânea criada pelo IMS em 2013. A mostra será realizada no Pivô, em São Paulo, que também comemora 10 anos de existência. A coletiva, que inaugura a parceria entre as duas instituições, reunirá obras inéditas em foto, vídeo e outros suportes para oferecer um panorama da arte produzida no Brasil recentemente. Estarão presentes na exposição obras sobre a história da escravidão, a imigração transatlântica, o racismo, os papéis sociais e de gênero, os limites da loucura e o acesso às cidades. Os artistas participantes são Aleta Valente, Aline Motta, Bárbara Wagner, Castiel Vitorino, Célia Tupinambá, Coletivo Garapa, Coletivo Trema, Dias & Riedweg, Dora Longo Bahia, Eustáquio Neves, Helena Martins-Costa, Igi Ayedun, João Castilho, Letícia Ramos, Rafael BQueer, Sofia Borges, Tatewaki Nio, Tiago Sant’Ana, Val Souza e Vijai Patchinelaam. A curadoria é de Thyago Nogueira, Daniele Queiroz e Ângelo Manjabosco. As obras da exposição pertencem à Coleção Contemporânea do IMS. Desde 2013, a Bolsa ZUM premia dois projetos artísticos por ano.

Pivô

Edifício Copan, loja 54 – Avenida Ipiranga, 200, São Paulo, Brasil

+55 (11) 3255-8703

Horário de funcionamento: quarta a sábado, das 13h às 19h, e domingo, das 12h às 18h

Entrada gratuita

RIO DE JANEIRO (RJ)

IMS Rio

“Palavras cruzadas, sonhadas, rasgadas, roubadas, usadas, sangradas” – Individual de Miguel Rio Branco

Período expositivo: 19 de novembro de 2022–26 de março de 2023

A exposição apresenta a obra de Miguel Rio Branco, um dos principais fotógrafos brasileiros contemporâneos. Com obras produzidas especialmente para a mostra no Instituto Moreira Salles, a seleção é resultado de um mergulho de Rio Branco em seu próprio arquivo. Ao rever sua produção, o artista cria conexões e diálogos entre suas fotografias, atribuindo novos sentidos às imagens. A seleção reúne mais de 200 trabalhos produzidos desde os anos 1970, quando Rio Branco iniciava as experimentações com a fotografia, até os dias de hoje. As obras tocam em temas caros ao artista, como a sexualidade, a violência, a dor e a solidão. A curadoria é de Miguel Rio Branco e Thyago Nogueira.

IMS Rio

Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea – Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Tel: (21) 3284-7400

Horário de funcionamento: terça a sexta-feira das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Entrada gratuita

CCBB RJ

“Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”

9 de novembro de 2022–27 de março de 2023

A retrospectiva apresenta um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do consagrado fotógrafo carioca Walter Firmo. Com curadoria de Janaina Damaceno Gomes e Sergio Burgi e assistência de Alessandra Coutinho Campos, a mostra ocupa todas as salas do segundo andar do CCBB RJ com 266 fotografias produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura negra de diversas regiões do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas. Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de destacar a importante trajetória de Firmo como fotojornalista e de dedicar uma seção à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita. A mostra é apresentada no CCBB RJ, depois de ter sido exibida com enorme sucesso no Instituto Moreira Salles de São Paulo (IMS Paulista), e marca o início da parceria – inédita – entre as duas instituições. Após passar pelo Rio, a mostra segue para a sede do CCBB em Brasília.

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

(21) 3808-2020

Funcionamento: segunda, quarta a sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras.

Classificação indicativa: 14 anos – Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB

POÇOS DE CALDAS (MG)

IMS Poços

Ocupação Eduardo Coutinho

Período expositivo: segundo trimestre de 2023

A exposição apresenta os principais aspectos da vida e obra de Eduardo Coutinho (1933-2014), um dos nomes mais importantes do documentário no Brasil, conhecido, sobretudo, por tensionar os limites entre realidade e ficção. A curadoria é da equipe do Itaú Cultural, formada pelos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Memória e Pesquisa, e do jornalista e pesquisador Carlos Alberto Mattos. A Ocupação é resultado de uma parceria do Itaú Cultural com o IMS, que detém o acervo do cineasta. Grande parte dos itens exibidos na mostra, entre documentos e fotografias, provém desse acervo. Há, por exemplo, o roteiro do filme “Cabra marcado para morrer”, além de vários cadernos com anotações de Coutinho, principal ferramenta usada pelo cineasta na preparação dos filmes.

IMS Poços

Rua Teresópolis, 90 – Poços de Caldas, MG, Brasil

(35) 3722-2776

Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 14h às 19h –

Entrada gratuita.

(Fonte: IMS)

Documentário inédito sobre a tribo indígena Ka’apor será exibido domingo na TV Cultura

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação/TV Cultura.

Neste domingo (18/12), a TV Cultura exibe o documentário inédito produzido em parceria com a Amazon Ioo Rainforest Journalism Fund e o Pulitzer Center “Ka’apor – Povo da Floresta”. Com roteiro de Laís Duarte, jornalista premiada e especialista em meio ambiente, a produção vai ao ar às 16h30.

O documentário “Ka’apor – Povo da Floresta” revela como este grupo étnico desenvolveu uma forma especial de assegurar a sua própria sobrevivência no estado do Maranhão, no meio da Floresta Amazônica. A região, que nos últimos 30 anos perdeu 76% de sua mata nativa – cinco vezes mais do que a média nacional – e 85% das áreas preservadas, deve a preservação do que ainda restou desta mata à presença dos povos nativos.

A reportagem inédita mostra ainda os danos especialmente no Alto Turiaçu, lar de pelo menos dois mil indígenas da etnia Ka’apor que aprenderam o português como segunda língua. Para proteger suas terras, os Ka’apor desenvolveram uma estratégia pacífica e eficaz de vigilância. Em vez de fixarem as aldeias num único local, se dividiram em pequenos vilarejos, levando suas famílias para os limites do território e colocando os seus próprios corpos como escudos da floresta.

A produção do jornalismo da TV Cultura ainda destaca a arte centenária da plumaria: a produção de cocares, colares, braçadeiras e outros ornamentos, a partir de folhas de palmeira, algodão e penas de aves, um tesouro cultural que os Ka’apor, presentes na região desde antes do descobrimento do Brasil, utilizam em suas festas e rituais.

Locação: Zé Doca – Maranhão

Produção, reportagem e roteiro: Laís Duarte

Imagens: Adriano Tavares e Erinaldo Clemente

Edição: Jorge Valente

Produção: Ricardo Ferreira

Pós-produção: Leandro Silva

Direção do núcleo: Simão Scholz

Data de exibição: 18/12/22

Horário: 16h30

Duração: 30 minutos

Chefia de redação: Marília Assef

Direção de Jornalismo: Leão Serva.

(Fonte: TV Cultura)