Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
Em agosto, comemoramos o Mês do Folclore no Brasil com a passagem do Dia do Folclore, em 22/8. Esse é o momento de valorizar o patrimônio imaterial que abrange tradições, lendas, mitos e festas que refletem a rica identidade e a história do nosso povo.
Um dos principais símbolos dessa riqueza, que abrange e representa tanto da miscelânea cultural do nosso país, é o rio São Francisco, que percorre os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O ‘Velho Chico’ desperta na comunidade ribeirinha os mais profundos sentimentos afetivos, exercendo influência sobre a imaginação das pessoas – além da força social e econômica que tem, também inspira inúmeros contos folclóricos.
O próprio surgimento do rio é relatado de forma lendária. Conta a tradição que nas proximidades da Serra da Canastra, em Minas Gerais, havia uma grande tribo indígena na qual vivia uma bela mulher chamada Iati. Reza a lenda que foram suas lágrimas em abundância, vindas da tristeza por perder o noivo, que formaram toda a extensão do rio.
Todo o Vale do São Francisco é repleto desse tipo de lenda. Há quem diga que os ‘contadores’ revestem as narrativas de cores tão reais que muita gente se sente arrepiada com tais contos. São muitos os personagens mitológicos, alguns de origem indígena, que povoam a imaginação do povo ribeirinho: Goiajara, Anhangá, Angaí, Cavalo d’Água, Caboclo D’água, Mãe d’Água e tantos outros. E toda essa mitologia em volta dos seres e espíritos que moram nas profundezas do rio também alimenta as crenças sobre as famosas carrancas do São Francisco. As esculturas, feitas geralmente em barro ou madeira, são encontradas principalmente em embarcações fluviais e servem como amuletos protetores contra os perigos das águas.
As barcas do São Francisco são as únicas embarcações populares de povos ocidentais que apresentaram, de modo generalizado, figuras de proa, pelo menos nos últimos séculos. A origem das carrancas do São Francisco deve ter sido a imitação da decoração de navios de alto-mar, vistos nas capitais das Províncias da Bahia e do país pelos pequenos nobres e fazendeiros do São Francisco em suas viagens à civilização.
Devemos agradecer ao isolamento em que viviam os habitantes do médio São Francisco o fato de terem criado um tipo de figura de proa inédito em todo mundo: peças de olhos esbugalhados, misto de homem, com suas sobrancelhas arqueadas, e de animal, com sua expressão feroz e sua cabeleira leonina.
As manifestações populares no Vale (romarias, festas, cantorias e rezas, procissões, crendices etc.) são carregadas de símbolos; como escritor são-franciscano, eu não poderia deixar de enaltecer o folclore da região, fonte inesgotável de inspiração para as artes e para a literatura.
Essa contribuição mantém vivas as origens da cultura brasileira, trazendo-a para as produções contemporâneas em uma celebração inestimável de orgulho nacional.
Ainda que meu livro ‘Onde eu nasci passa um rio’ seja uma adaptação livre da tragédia ‘Édipo Rei’, de Sófocles, como escritor são franciscano, não poderia deixar de enaltecer o folclore da região. O Realismo Mágico presente na obra contribui para retratar a riqueza cultural do Vale do Rio São Francisco com a utilização de lendas e mitos regionais, empregando esses símbolos no plano temático e inserindo no enredo acontecimentos e situações inusitadas, absurdas e inexplicáveis.
Nesse mês, então, deixo o convite para que você revisite o folclore da sua região com seus filhos, netos e todas as crianças do seu convívio. Essas histórias e personagens só se manterão vivos se forem compartilhados com as novas gerações.
*Luiz Neves Castro é escritor natural do Vale do São Francisco, autor de “Onde Eu Nasci Passa um Rio”.
(Fonte: Com Luiza Marques Pereira/LC Agência de Comunicação)
Em 2024, o Coletivo Menelão (@coletivomenelao), grupo de teatro do ABC Paulista, comemora 10 anos com uma mostra de repertório itinerante que percorrerá as sete cidades do Grande ABC e a cidade de São Paulo. Abrindo essa grande temporada, no dia 18 de agosto de 2024 (domingo), o grupo realizou uma apresentação gratuita e com tradução em Libras do espetáculo ‘Pão e Circo’ no Parque da Juventude Francisco de Carvalho Filho, em Mauá. O mesmo espetáculo será apresentado no dia 25 de agosto (domingo), às 15h, na Praça da Moça em Diadema.
Já no dia 31 de agosto (sábado), às 15h, o grupo se apresenta no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, no Centro de Santo André. A apresentação será gratuita, com tradução em Libras e audiodescrição.
‘Pão e Circo’ é uma peça de teatro de rua que conta a breve trajetória de vida de Washington, um jovem aprendiz vendedor de jornais. Em seu primeiro trabalho, ele descobre as tantas crueldades do sistema quando conhece a viúva Carneiro Leal, que acaba de ser despedida e despejada da padaria em que trabalhou durante anos para o padeiro Senhor Manuel.
Inspirado no texto ‘A Padaria’, de Bertolt Brecht, o espetáculo ‘Pão e Circo’ transita pelo universo circense, popular e farsesco, interagindo e divertindo o público de todas as idades. Utilizando máscaras expressivas, este espetáculo de teatro popular une circo e música em um cenário feito com andaimes e uma estrutura que alcança quase cinco metros de altura.
As ações fazem parte do projeto Coletivo Menelão – 10 anos de insistência no ABC Paulista, contemplado no edital de Difusão Cultural da Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, com o qual o grupo celebra sua trajetória e compartilha suas reflexões sobre a produção teatral feita nas bordas da capital, entre as proximidades e distâncias da cena teatral de São Paulo.
O projeto é composto por uma mostra que contará com apresentações dos espetáculos ‘Pão e Circo’, de 2015, ‘Treinalhaço: a competição de quem erra mais’, de 2017, e ‘A cigana, o palhaço e o astronauta’, de 2023, em espaços culturais, praças e parques das cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires, Mauá e Rio Grande da Serra. Haverá também apresentações acessíveis, que contarão com tradução em Libras e Audiodescrição. Além disso, haverá duas rodas de conversa compostas por convidados da cena teatral do Grande ABC e de São Paulo, que discutirão a produção do teatro de grupo nas bordas e periferias de São Paulo. Além disso, haverá uma leitura dramática feita a partir do primeiro espetáculo do grupo, ‘Tá Rindo do Quê?’, de 2012.
“São dez anos em que não conseguimos fugir de temas que nos capturam todos os dias: o trabalho e o deslocamento. Este projeto é uma travessia poética, estética e política que reflete o sentimento que permeia este grupo do ABC Paulista ao longo desta trajetória fazendo e sonhando com um teatro que possa existir e resistir longe dos grandes centros, que almeja existir em outras cenas, além daquela que já é estabelecida na cidade de São Paulo. Um teatro que viaja diariamente pela linha 10-turquesa da CPTM, pelas linhas intermunicipais. Por isso, nossa festa de aniversário de uma década quer passar por todos esses lugares, celebrar os laços já criados e gerar novos encontros para que possamos planejar os próximos dez anos”, comenta o Coletivo Menelão.
A equipe criativa do Coletivo Menelão é formada pelo quarteto Caroline Varani, Denise Hyginio, Mica Matos e Raffael Santos, todos artistas residentes no ABC paulista, mas conta com uma equipe de mais de vinte pessoas que colaboram em seus espetáculos, tanto no trabalho artístico quanto técnico.
Informações: www.facebook.com/coletivomenelao, www.instagram.com/coletivomenelao ou www.coletivomenelao.com
Teasers: https://www.youtube.com/watch?v=UGXGYxHTqJc
https://www.youtube.com/watch?v=ZQ1kQSsU6ME.
Serviço:
Espetáculo Pão e Circo, com Coletivo Menelão de Teatro
Sinopse: Inspirado no texto ‘A Padaria’ de Bertolt Brecht, ‘Pão e Circo’ é uma peça de teatro de rua que conta a breve trajetória de vida de Washington, um jovem aprendiz vendedor de jornais. Em seu primeiro trabalho, ele descobre as tantas crueldades do sistema quando conhece a viúva Carneiro Leal, que acaba de ser despedida e despejada da padaria em que trabalhou durante anos para o padeiro Senhor Manuel. Duração: 60 minutos
Classificação: Livre – Gênero: Teatro de Rua
25 de agosto de 2024 (domingo) | Horário: 15h
Praça da Moça – Endereço: Jardim do Parque, Diadema – SP
Acessibilidade: Acesso para cadeirantes
Não possui estacionamento
Capacidade: Espaço aberto sem capacidade limitada – em caso de chuva, a apresentação não acontece e a data será remarcada.
31 de agosto de 2024 (sábado) | Horário: 15h
Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes
Endereço: R. Sen. Fláquer, 110 – Centro, Santo André – SP
Acessibilidade: acesso para cadeirantes e tradução em Libras
Não possui estacionamento
Capacidade: 400 lugares.
(Fonte: Com Luciana Gandelini)
Reconhecido como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes, anuncia a temática escolhida para a décima terceira edição, que será realizada entre os dias 19 e 29 de setembro na cidade histórica. A programação reúne concertos, exposições, exibições, bate-papos, residências artísticas, oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento.
O tema escolhido para nortear a programação da próxima edição será Alteridade. A proposta é oferecer uma programação que seja capaz de promover reflexões acerca da importância de se respeitar as individualidades e a construção coletiva na busca pela compreensão das diferenças. “Estamos convictos de que reconhecer a existência de pessoas e culturas singulares e subjetivas, que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras, é um primeiro passo importante para a formação de uma sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante. Estamos empenhados em realizar esta reflexão de forma plural e diversificada”, destaca Luiz Gustavo Carvalho, curador e diretor artístico do Festival Artes Vertentes.
Entre as presenças confirmadas desta edição, estão o líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor Ailton Krenak. Também estão confirmadas as participações dos escritores e pensadores Sidarta Ribeiro (Brasil), Joaquim Arena (Cabo Verde), Marina Skalova (França) e Geralda Brito de Oliveira, autora do livro ‘A porta aberta do sertão’.
Na área musical, o Festival Artes Vertentes receberá atrações de diversas partes do mundo, como o pianista Jacob Katsnelson(Rússia), Cristian Budu (Brasil), Thorsten Johanns (Alemanha), Guillaume Martigné (França), Metá Metá (Brasil), e Ryutaro Suzuki (Japão).
No campo das artes visuais, o festival contará com apresentações de trabalhos assinados por nomes como Leonilson (Brasil), Gê Viana (Brasil) e Alejandro Cartagena (México).
A programação ainda conta com artes cênicas, incluindo a apresentação do espetáculo ‘O Estrangeiro reloaded’, protagonizado por Guilherme Leme, com direção da Vera Holtz, e do premiado ‘Tebas Land’. Com dramaturgia do uruguaio Sergio Blanco e direção de Victor Garcia Peralta, a peça é uma auto ficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. A montagem é vencedora de diversos prêmios, como Shell de Melhor Ator (Otto Jr.), Botequim Cultural de Melhor Ator (Robson Torinni), Melhor diretor (Victor Garcia Peralta), Melhor espetáculo, o Prêmio Cenym de melhor montagem brasileira, além de receber diversas outras indicações. Obras da cineasta Hanna Polak (Polônia) irão integrar a programação audiovisual do festival.
Sobre o Festival Artes Vertentes
Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Vencedor do prêmio CONCERTO 2021 e nomeado para o prêmio internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas doze edições, o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 470 artistas, originários de 40 países.
Mais informações no site www.artesvertentes.com.
(Fonte: Com Fábio Gomides/A Dupla Informação)
Vencedoras do 13º edital da Mostra 3M de Arte: à esquerda, Mônica Ventura e, à direita, Karola Braga. Créditos: Divulgação.
As artistas Mônica Ventura e Karola Braga são as selecionadas via edital para a 13ª Mostra 3M de Arte, que acontecerá em São Paulo durante os dias 26 de outubro e 24 de novembro no Parque Augusta, com o tema ‘Interespécies: Cruzando Mundos’. Foram ao todo 228 inscritos de todo o País. Junto à curadoria de Aline Ambrósio, arquiteta e pesquisadora afro-indígena tupi guarani e crítica da arte contemporânea brasileira, a Mostra 3M de Arte selecionou dois projetos que apresentam um diálogo da pluralidade cultural brasileira com a natureza.
Raia é da artista visual e designer Mônica Ventura, formada em desenho industrial pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Mônica Ventura é reconhecida internacionalmente por imprimir em suas obras a narrativa sobre o feminino e a racialidade que resultam na complexidade psicossocial da mulher afrodescendente inserida em diferentes contextos.
O segundo projeto escolhido é Jardim Suspenso, de Karola Braga. Nascida em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, é mestranda em poéticas visuais pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em belas artes pela FAAP. A artista aplica em suas obras elementos ligados à esfera olfativa. Por isso, cheiros, carregados de construções simbólicas e culturais e com sua capacidade de evocar memórias, são características das apresentações de Karola.
Sobre as artistas selecionadas:
Mônica Ventura foi premiada em 2023 no Foco ArtRio e indicada ao prêmio Pipa no mesmo ano. Participou de mostras em Inhotim (MG), Centro Cultural São Paulo, Museu da Arte Moderna de São Paulo (Masp), Galeria Pastos, em Buenos Aires, e Ford Foundation, em Nova York.
Karola Braga participou da Desert X AlUla, com um trabalho comissionado pela Royal Commission for AlUla, na Arábia Saudita. Foi indicada ao prêmio Pipa 2024 e selecionada para a 27ª Temporada de Projetos do Paço das Artes. Expôs na 13ª Bienal do Mercosul, no Brasil, e foi finalista na categoria Sadakichi de Trabalho Experimental com Cheiros na 9ª edição do Art and Olfaction Awards, realizado em Los Angeles. Além disso, foi indicada para o prêmio CIFO Grants & Commissions Program 2020, em Miami, e para o prêmio de Arte Bloom Weihenstephaner 2019, em Colônia.
Sobre a Elo3 | Há 20 anos a Elo3 tem sido líder na transformação social, democratizando o acesso à arte e à cultura em 179 cidades brasileiras. Com projetos inovadores em exposições, fotografia, literatura e educação, a organização alcançou mais de 6 milhões de pessoas e distribuiu 138 mil livros. Destacam-se eventos como a exposição Santos — Dumont Designer e a Mostra 3M de Arte, juntamente com iniciativas educativas como Retratos da Terra e a Jornada Sabiá de Leitura. A Elo3 oferece à sociedade projetos questionadores, inovadores e transformadores, como a Mostra 3M de Arte. Conheça mais sobre a Elo3 no perfil no Instagram ou no site.
(Fonte: Com Leandro Matulja, Leticia Zioni e Guilherme Maia/Agência Lema)
Obra da historiadora Ana Gonçalves Magalhães revisita a vida e produção artística do ‘pintor das bailarinas’.
Em ‘A Pequena Bailarina de 14 Anos’, a professora e historiadora da arte Ana Gonçalves Magalhães apresenta uma síntese da vida e produção do artista francês Edgar Degas (1834–1917), tendo como foco principal a obra esculpida em cera batizada de ‘A Pequena Bailarina de 14 Anos’, única escultura original que o escultor expôs em vida.
Neste lançamento da Edusp, a estudiosa aborda o âmbito do impressionismo francês em que a escultura foi exibida e a relação do trabalho de Degas com o de outros escultores de seu tempo, como Auguste Rodin, Jules Dalou e Medardo Rosso.
Conhecido como ‘pintor das bailarinas’, Degas tornou-se um artista complexo e adepto da experimentação, sendo um dos principais articuladores da Sociedade de Artistas Independentes, que impulsionou as exposições impressionistas de Paris em 1870.
Recentemente, sua obra e a de outros impressionistas têm sido reavaliadas e Degas foi objeto de diversas mostras internacionais. Réplicas de suas esculturas podem ser encontradas até mesmo em sites de decoração, sem muito de seu contexto original. O estudo de Ana Gonçalves Magalhães é um convite para redescobrir Degas e a história de sua arte.
(Fonte: Com Bruno Passos Cotrim/Ex-Libris Comunicação Integrada)