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Coral Jovem do Estado apresenta concertos no Theatro São Pedro e Sala São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

O Theatro São Pedro. Foto: Reprodução/website Governo do Estado de São Paulo.

O Coral Jovem do Estado, grupo artístico ligado à Emesp Tom Jobim, terá duas apresentações em setembro. No dia 21, o grupo estará no Theatro São Pedro, com o programa Estrela, interpretando obras de Luiz Iruarrizaga, Dinorah de Carvalho, Cécile Chaminade, Kerry Andrew, Kim André Arnesen, Arvo Pärt, Chico Buarque e José Penalva. Marília Vargas será a regente do concerto, que conta com participação da pianista Juliana Ripke. Os ingressos custam R$25 (meia-entrada) e R$50.

Já no dia 22 de setembro, na Sala São Paulo, o Coral mostra ao público o programa Rio Mar, sob regência de Tiago Pinheiro, com composições de Rodrigo Lima, Gilberto Mendes, Josyara, Chico Buarque, Djavan, Caetano Veloso, Lenine, Luan Augusto e Gilberto Gil. O concerto terá como convidados Juliana Ripke, no piano e acordeon, e João Paulo Amaral, na viola caipira. A apresentação integra a programação de matinais da Sala São Paulo e terá entrada gratuita.

Com 45 anos de atividades, o Coral Jovem busca desenvolver as habilidades dos bolsistas em uma proposta artístico-pedagógica que abrange performance, interpretação vocal, expressão corporal e sensibilidade musical. Sob a regência de Tiago Pinheiro de Souza e preparação vocal de Marília Vargas, o coro estabeleceu um importante tripé artístico: além do fundamental repertório lírico, passou a explorar a música antiga e a popular.

Transmissão ao vivo | Para democratizar o acesso ao público, o concerto do dia 21 de setembro, no Theatro São Pedro, será também transmitido ao vivo gratuitamente pelo canal de YouTube da Emesp Tom Jobim, em www.youtube.com/tjemesp.

Serviço:

Coral Jovem do Estado 

Estrela

Coral Jovem do Estado

Marília Vargas, regência e preparação vocal

Juliana Ripke, piano

Anônimo

Libro Vermeil de Montserrat

Stella Splendens

Maria Matrem

Luiz Iruarrizaga (1891–1928)

Cantigas de Afonso el Sabio, de Santa Maria

Se muito non amamos

Salve Virgem

Minueto

Dinorah de Carvalho (1905–1980)

Ave Maria  

Cécile Chaminade (1857–1944)

L’etoile, Op. 99, nº 1 – 3’20

Kerry Andrew (1978-)

O nata lux – 4′

Kim André Arnesen (1980-)

Even when he is silent – 6′

Arvo Pärt (1935-)

Summa – 5′

Chico Buarque (1944-) / José Penalva (1924–2002)

Gente Humilde – 2’30

José Penalva (1924–2002)

Mini suite Arlequim – 8’45

Concerto: 21 de setembro (sábado), 20h

Local: Theatro São Pedro (R. Barra Funda, 171 – São Paulo/SP)

Duração: 60 minutos (sem intervalo)

Classificação: Livre

Ingressos: R$25 (meia-entrada) e R$50, em Link

Coral Jovem do Estado

Rio-mar

Tiago Pinheiro, regência e preparação vocal

Juliana Ripke, piano e acordeon

João Paulo Amaral, viola caipira

Rodrigo Lima

Cantos do médio São Francisco

Gilberto Mendes

Vila socó, meu amor

Josyara

Ouro e lama [arr. Juliana Ripke]

Josyara

Apreciação [arr. Carlos Bauzys]

Chico Buarque

Brejo da Cruz [arr. Damiano Cozzella]

Chico Buarque / Djavan

Tanta saudade [arr. Xavier Bartaburú]

Caetano Veloso

O ciúme [arr. Luiz Gayotto]

Lenine

Marco Marciano [arr. Daniel Reginato]

Gilberto Gil

Expresso 2222 [arr. Daniel Reginato]

Luan Augusto / Winnie Minucci

És deste mundo [arr. Juliana Ripke]

Chico Buarque

O velho Francisco [arr. Paulo Serau]

Josyara

Mansa fúria [arr. Juliana Ripke]

Concerto: 22 de setembro, 10h50

Local: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16 – São Paulo/SP)

Duração: 50 minutos (sem intervalo)

Classificação: Livre

Ingressos grátis, disponíveis aqui.

Coral Jovem do Estado

O repertório eclético e o dinamismo das apresentações do Coral Jovem do Estado refletem uma proposta artístico-pedagógica que vai além do canto. O grupo artístico da Emesp Tom Jobim trabalha não apenas a voz humana, mas também expressão corporal e sensibilidade musical. O Coral Jovem mantém um importante tripé artístico: além do repertório lírico, o grupo explora a música antiga e popular. Tiago Pinheiro é regente titular do Coral Jovem do Estado desde fevereiro de 2015, em parceria com Marília Vargas na preparação vocal. O Coral é um dos grupos de difusão e formação musical da Emesp Tom Jobim, escola do Governo de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura.

Theatro São Pedro

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.

(Fonte: Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)

20/9 – 10 anos depois, Rubem Robierb retorna ao Brasil com exposição inédita em Santos

São Paulo, por Kleber Patricio

Pinacoteca recebe a exposição Raízes para Voar, de Rubem Robierb. Fotos: VGCOM – Arte na Pinacoteca/Henrique Luz.

A Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, terá a honra de apresentar a mais recente exposição do aclamado artista Rubem Robierb, que volta ao Brasil após uma década no exterior. ‘Raízes para Voar’ estará aberta à visitação de 20 de setembro a 27 de outubro.

Nascido em Bacabal, Maranhão, e residente nos Estados Unidos, Robierb é reconhecido internacionalmente por suas obras provocativas, que exploram as complexidades da vida moderna por meio de metáforas visuais e técnicas inovadoras.

Rubem Robierb ganhou destaque globalmente com a escultura ‘Dream Machine – Dandara’, instalada no Tribeca Park, em Manhattan, em 2019, como um poderoso tributo à comunidade transgênero e não binária. A escolha da Pinacoteca de Santos para sua nova exposição reflete um profundo reconhecimento de suas raízes brasileiras que continuam a influenciar sua arte e visão de mundo.

Raízes para Voar, 2024 – madeira, resina, metal e fibra de vidro (400 x 60 x 250 cm).

A exposição reúne uma seleção das principais fases da carreira de Robierb, desde suas experimentações em Wynwood até suas séries impactantes como Bullet-Fly Effect. Suas obras, como ‘Heart’ e ‘Power Flowers’, desafiam a violência e a instabilidade global através de combinações impressionantes de beleza e inquietação.

Rubem criou especialmente para a Pinacoteca de Santos a instalação ‘Raízes para Voar’. Nela, se autorretrata em uma escultura realista como menino de 7 anos segurando um lampião aceso. O menino está em uma canoa de madeira de quatro metros onde uma árvore seca de mangue tenta alcançá-lo, mas são separados por uma rede cheia de borboletas. Ao lado, uma enorme tela de 5 metros representando um mangue convida os visitantes a encontrarem uma série de brinquedos do pequeno Rubem, que são seus sonhos de criança.

Suas propostas artísticas não apenas refletem sua maestria em metáforas visuais, mas também sua capacidade de traduzir temas complexos em linguagens acessíveis e emocionalmente ressonantes. Os curadores Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho destacam que a obra de Robierb transcende classificações convencionais, explorando fronteiras entre plataformas artísticas e técnicas tradicionais e modernas. O artista, ao longo de sua carreira, tem consistentemente provocado o público a refletir sobre temas universais através de sua arte cumprindo assim a vocação do garoto que, com uma lanterna em mãos, ilumina o caminho em sua canoa pelas águas mágicas do mangue maranhense.

A entrada é gratuita e o horário para visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h.

Rubem Robierb.

Sobre o Arte na Pinacoteca | Arte na Pinacoteca tem se destacado como um vetor importante para a democratização do acesso à cultura em Santos por meio de uma variedade de atividades educativas, incluindo exposições, palestras, oficinas, recitais e visitações especiais para alunos de escolas municipais, fortalecendo o papel educativo e inclusivo da arte.

A 2ª Edição do Projeto Arte na Pinacoteca é uma realização do Ministério da Cultura, com o patrocínio da Brasil Terminal Portuário (BTP), MSC, MEDLOG, Ecovias, Rumo e G. Pierotti, apoio institucional TV Tribuna, promovido pela Fundação Benedicto Calixto. A direção executiva do projeto é de Leila Gazzaneo, da Weimar Cultural, empresa que atua e desenvolve projetos relacionados à arte e cultura, educação, desenvolvimento social e sustentabilidade. A produção executiva é de Fabio Luiz Salgado.

Serviço: 

Exposição A Arte de Rubem Robierb Entre Metáfora e Transformação

Quando: de 20 de setembro a 27 de outubro de 2024 | terça a domingo | das 9h às 18h

Entrada gratuita

Local: Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto – Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15 – Boqueirão – Santos – SP

Website: www.pinacotecadesantos.org.br.

(Fonte: Com Vanessa Gianellini/VGCOM)

Brigada Indígena protege agroflorestas no Sul do Amazonas

Amazonas, por Kleber Patricio

O trabalho da Brigada tem conseguido evitar que focos de incêndio atinjam SAFs e roçados do povo Apurinã. Fotos: Brigada Indígena de Incêndio TI Caititu.

“Nós precisamos proteger nosso território. Se a gente não cuidar do que é nosso, daqui uns tempos vamos estar que nem na cidade, porque na cidade a gente não tem mais o que respirar, é só fumaça”, desabafa Raimundinha Rodrigues de Souza, chefe da recém formada Brigada Indígena de Incêndio da Terra Indígena Caititu. Isso porque Lábrea, cidade localizada no sul do Amazonas e próxima da Terra Indígena Caititu, lar do povo Apurinã, está em terceiro lugar no ranking dos municípios com mais focos de incêndio em 2024. Segundo levantamento do INPE, 2.064 alertas foram emitidos no município até agosto deste ano.

Com a intensificação do desmatamento e das queimadas ilegais, os impactos foram sentidos na Terra Indígena Caititu, onde o povo Apurinã desenvolve suas roças tradicionais e Sistemas Agroflorestais (SAFs). Através do projeto Raízes do Purus, realizado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN) e patrocinado pela Petrobras e Governo Federal, o povo Apurinã implementou 37 unidades de SAFs, distribuídas em 21 aldeias e somando uma área de 41,6 hectares que estão em plena produção de frutos, feijões, tubérculos e outros alimentos. Saiba mais: ‘Povo Apurinã cultiva 41,6 hectares de agrofloresta na Terra Indígena Caititu, no Amazonas’.

Brigada Indígena de Incêndio TI Caititu começou a ser criada em 2022.

Importantes para a segurança alimentar e geração de renda dos Apurinã, os SAFs sofreram perdas relevantes em anos anteriores devido a queimadas ilegais que ocorreram no entorno do território e acabaram adentrando a Terra Indígena durante o período de seca.

“Eu perdi meu SAF por causa de fogo e em outras aldeias sofremos perdas também. Foi aí que a gente, junto com a OPAN e o projeto Raízes do Purus, teve a intenção de organizar um curso para formar os indígenas como brigadistas”, relata Tata Apurinã, tesoureiro da Associação de Produtores Indígenas da Terra Indígena Caititu (APITC) e um dos pioneiros na implementação de agroflorestas no território Apurinã.

A criação da 1ª Brigada Indígena da TI Caititu

O processo de criação da Brigada da Terra Indígena Caititu começou em 2022. Na época, Francisco Padilha, indígena do povo Apurinã que já tinha formação na área de combate a incêndios, ofereceu uma formação básica a um pequeno grupo. “Eram sete pessoas e já fizeram um bom trabalho. Agora são 23 brigadistas que estão atuando dentro da nossa terra”, conta Tata Apurinã. No mesmo ano, os Apurinã também fizeram a aquisição de equipamentos necessários para o trabalho, como abafadores, bomba costal, rádio comunicadores e equipamentos de proteção individual.

Brigadistas fazem rondas diárias na Terra Indígena para identificar e combater possíveis focos de incêndios.

Em 2023, em uma articulação liderada pela APITC e OPAN, foi solicitado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por intermédio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), a aplicação de um curso técnico avançado para aprimoramento e formalização da Brigada Indígena de Incêndio da TI Caititu. O curso foi finalmente aplicado em 2024, formando os 23 indígenas que já estão atuando voluntariamente no combate aos focos de incêndio.

Tata Apurinã conta que, mesmo com a alta ocorrência de queimadas ilegais no entorno da Terra indígena Caititu, não houve perdas nos plantios graças ao trabalho realizado pela Brigada. “Nós dependemos da nossa floresta em pé, dependemos dos nossos plantios em pé, então não vamos deixar que nada de ruim aconteça. Essa Brigada está sendo fundamental para dentro da nossa terra. A gente quase não perdeu nada esse ano, muito pelo contrário, a gente só ganhou. Foi um avanço”.

O dia a dia do combate aos focos de incêndio

Atualmente, a Brigada Indígena de Incêndio TI Caititu é formada por 23 pessoas, sendo 19 brigadistas, três chefes de esquadrão e uma chefe geral da brigada. Para otimizar o atendimento das ocorrências, as pessoas que integram a brigada são divididas em três grupos, chamados de esquadrões. “Como a gente trabalha com três esquadrões, cada dia a coordenadora geral orienta que um esquadrão faça a rota dentro da terra, principalmente para ficar de olho aqui nos limites da terra indígena”, explica Tata.

Curso de Formação para Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais oferecido pelo Ibama/PrevFogo formou 23 indígenas do povo Apurinã.

Os brigadistas atuam em ações emergenciais e também nas ações de queima controlada de pequenas áreas para abertura dos roçados. Do dia 24 de julho até 27 de agosto, o grupo contabilizou 22 ações no total, demonstrando que o trabalho é intenso e exaustivo. “A gente vem sendo pego de surpresa aqui na Terra Indígena Caititu. Do nada a fumaça está subindo e temos que largar tudo e imediatamente correr para combater”, relata a chefe da brigada.

Raimundinha conta que há dias em que o trabalho dos brigadistas dura o dia inteiro e adentra a noite. Devido à alta demanda, alguns já pensaram em desistir, mas Raimundinha sempre incentiva o grupo, destacando a importância do trabalho de proteção. “Hoje a brigada é muito importante para a proteção não só da terra, mas dos SAFs e das pessoas. Porque o indígena se alimenta do que ele planta. Então se um fogo desses acaba com todos aqueles SAFs que o indígena plantou ali para ser sua sobrevivência, como será que vai ficar a vida desse indígena?”, reflete a chefe da brigada.

(Fonte: Jéssica Amaral/DePropósito Comunicação de Causas)

Trabalhos análogos à escravidão aumentam 64,6% em 2023

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O início do segundo semestre de 2024 trouxe à tona novamente casos de trabalhadores em situações análogas à escravidão no interior de São Paulo e em outros estados do país. Segundo o Observatório de Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, o Brasil contabilizou, entre 1995 a 2023, mais de 63 mil pessoas encontradas nessa situação. Somente em 2023, foram registradas mais de 3.400 denúncias, 64,6% a mais que em 2022, sendo o maior número desde que o Disque Denúncia foi criado, em 2011.

Recentemente, uma mulher de 59 anos foi resgatada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em uma situação de trabalho análoga à escravidão. Natural de Pernambuco, ela foi trazida para a capital fluminense por seus empregadores há oito anos sem receber salário e sem direito a folgas durante todo esse período. O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os empregadores assegurando o reconhecimento do vínculo de emprego, o pagamento dos salários e das verbas trabalhistas devidos, além de uma indenização por danos morais.

Além desse caso, uma operação de fiscalização, realizada no último dia 15 e coordenada pelo Ministério do Trabalho (MTE), resultou no resgate de 82 trabalhadores em condições degradantes em uma fazenda na zona rural de Itapeva, interior de São Paulo.

“O resgate de trabalhadores não envolve só a retirada do local de exploração, mas também o trabalho conjunto para o respeito a seus direitos básicos, tais como o pagamento das verbas rescisórias, a emissão de guia de seguro-desemprego e possibilidade de retorno ao local de origem com o auxílio de centros de assistência social”, explica Izabela Borges Silva, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados.

O que caracteriza as situações de trabalho como análogas à escravidão

Alguns elementos caracterizam a chamada ‘escravidão contemporânea’, entre eles:

– Trabalho forçado: ato que envolve a limitação do direito de ir e vir;

– Servidão por dívida: como ocorre quando há um cativeiro atrelado a dívidas, muitas vezes fraudulentas;

– Condições degradantes de trabalho: quando se nega o respeito à dignidade humana, colocando em risco a saúde e vida do trabalhador;

– Jornada exaustiva: quando o trabalhador é levado ao completo esgotamento dado à intensidade da exploração, também colocando em risco sua saúde e vida.

Demonstrado qualquer um destes fatores no ambiente de trabalho, o responsável poderá ser condenado na esfera criminal, de acordo com art. 149 do Código Penal, que considera crime a redução à condição análoga à de escravidão. Na esfera trabalhista, as mais importantes punições resultam das Ações Civis Públicas, ajuizadas normalmente pelo Ministério Público do Trabalho, que pleiteiam indenização por danos morais coletivos.

Denúncias são fundamentais para resgates

Nos últimos dez anos, mais de 15 mil pessoas foram resgatadas do trabalho análogo à escravidão no Brasil, também segundo o Ministério Público do Trabalho. As denúncias podem ser feitas pelo portal do Ministério Público do Trabalho e há também um site específico para a ação: https://bit.ly/3Yn1ndr, não sendo necessária a identificação do denunciante.

Desde 1995, as fiscalizações e resgates de trabalhadores são realizados pelo GEFM, coordenado por auditores-fiscais do Trabalho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, entre outras instituições. “É importante que sejam implementadas políticas públicas direcionadas ao combate ao trabalho em condição análoga à de escravo, para que o país possa se orgulhar de combater um ciclo de exploração racial, o qual fora mantido por muitos anos de forma disfarçada pelos interesses econômicos, desinteressados na abolição efetiva da exploração humana”, finaliza a especialista.

(Fonte: Com Marianne Florindo/Agência Contatto)

Egito: destino cresce em popularidade entre os turistas brasileiros

São Paulo, por Kleber Patricio

Pirâmides no Egito. Foto: Divulgação/Schultz.

Viajar é estar aberto para novos conhecimentos, absorver novas culturas e revisitar a história nos lugares onde ela aconteceu. É por isso que poucos países do mundo se comparam ao Egito quando o assunto é turismo histórico-cultural. O destino, que já foi centro do planeta e acolheu uma das civilizações mais desenvolvidas do mundo, hoje é roteiro dos sonhos para turistas interessados em conhecer suas construções e explorar parte dos mistérios que resistem há milhares de anos. Além de monumentos arqueológicos, pirâmides e templos dedicados às enigmáticas divindades cultuadas pelos antigos egípcios, o país é dono de cenários e ícones naturais famosos mundo afora, com destaque para o mítico Rio Nilo. Para permitir aos brasileiros viverem dias de Indiana Jones no país do norte da África, a Schultz Operadora tem um roteiro especial e muito procurado pelos viajantes.

Para vivenciá-lo, um grupo de 32 agentes de viagens brasileiros foi convidado a integrar um famtour, promovido em parceria com a Exotic Tours & Travel. “Investimos na experiência como estratégia de capacitação por combinarem vivência com sessões de treinamento, pois nosso objetivo é que o agente de viagens entenda todas as particularidades dos produtos para que possa vender mais e melhor”, afirma Rodrigo Rodrigues, diretor comercial da Schultz.

A viagem pelo Egito começa no próximo dia 19, quinta-feira, e tem início e finalização no Cairo, a capital do país, que revela ruas movimentas às margens do famoso rio Nilo.

Monumentos no Egito.

A apenas oito minutos do centro, os turistas começam a ter contato com o Egito dos livros de história. É sobre as areias dessa região, considerada Patrimônio da Unesco e uma das Sete Maravilhas do Mundo, que está a Necrópole de Gizé, complexo erguido por volta de 2500 antes de Cristo e formado pelas Três Pirâmides – Quéops, Quéfren e Miquerinos –, Grande Esfinge e Templo do Vale de Quéfren, entre outras construções. Conhecer esses cenários é como mergulhar em uma das épocas mais fascinantes da história.

Um voo de pouco mais de uma hora leva os viajantes a outro destino icônico egípcio. Luxor é o nome moderno da histórica Tebas, capital dos faraós quando esses governantes exerciam o auge de seu poder, há milhares de anos. É lá que o grupo embarca em um inesquecível cruzeiro por um dos rios mais famosos do mundo, com paradas estratégicas para visitas que deixarão qualquer explorador boquiaberto em cidades como Esna e Edfu.

Entre os destaques da margem oriental estão o Templo de Luxor – um dos mais preservados da história do Egito Antigo – e o de Karnak – considerado o maior templo já construído no mundo e um dos principais cartões-postais do Egito até hoje. Na margem oposta, o grupo visitará o famoso Vale dos Reis, necrópole onde foram descobertas mais de 60 tumbas talhadas nas rochas, além do Templo Funerário da Rainha Hatshepsut e dos Colossos de Memnon.

Destino, que já foi centro do planeta e acolheu uma das civilizações mais desenvolvidas do mundo, hoje é roteiro dos sonhos para turistas interessados em conhecer suas construções e explorar parte dos mistérios que resistem há milhares de anos.

Os últimos dias do roteiro são dedicados a conhecer as cidades de Kom Ombo – famosa por sediar o único templo egípcio dedicado a duas divindades: Sobek, com cabeça de crocodilo, Haroeris, com cabeça de falcão e Aswan – onde será possível fazer um passeio de faluca, embarcação egípcia tradicional, pelo rio Nilo.

Sobre a Schultz | Criada há quase 40 anos, a Schultz é uma das mais completas empresas turísticas do Brasil, integrada pelas operações da Vital Card (seguro-viagem), Schultz Vistos (vistos de turismo, estudos, trabalho e negócios), TZ Seguros (corretora de seguros para empresas de turismo), TZ System (tecnologia) e TZ Viagens (franqueadora de agências de viagens multimarcas) e Schultz Operadora.

(Fonte: Com Luciana Gonçalves Frei/Comunica Hub)