Pesquisadores da USP e do Hospital Sírio-Libanês alertam para impactos da pandemia e recessão no cenário atual


São Paulo
A Fundação Osesp e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresentam na Sala São Paulo a Temporada Osesp 2025 a partir de 27 de fevereiro (concertos da pré-Temporada) e de 13 de março (início da Temporada oficial de concertos).
Desde 2020, o suíço Thierry Fischer é o diretor musical e regente titular da Osesp, cuja sede, inaugurada em 1999, é a Sala São Paulo, um dos espaços culturais mais amados de São Paulo – merecidamente considerada uma das melhores casas de música das Américas.
A Temporada Osesp 2025 terá 27 programas sinfônicos das séries de assinatura na Sala São Paulo, cada um com três concertos por semana. Contando as apresentações na pré-Temporada e os projetos especiais, a Osesp subirá ao palco 108 vezes. A esses números são acrescidos cinco programas do Coro da Osesp a capella ou com acompanhamento, sete recitais solo e seis concertos de câmara com integrantes da Orquestra e do Coro, somando nada menos do que 124 apresentações ao longo de 2025.
Antes da abertura oficial da Temporada, no final de fevereiro, os primeiros concertos do ano irão promover o encontro inédito da Osesp com a Companhia de Dança Deborah Colker, uma das mais premiadas e prestigiadas do país, se apresentando pela primeira vez com uma orquestra. O grupo leva ao público Sagração, um espetáculo cuja música – temas do balé A sagração da primavera, de Igor Stravinsky – dialoga com um Brasil ancestral de florestas, danças e músicas de nossos povos originários, mesclando ritmos brasileiros à Rússia pagã. A regência será do maestro Claudio Cruz, que por duas décadas foi spalla da Osesp e hoje dirige a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo – Ojesp.
Thierry Fischer comanda 11 programas, o que significa 34 concertos da Osesp, incluindo as séries Concertos Matinais e Osesp duas e trinta. A maratona musical tem início no dia 13 de março com a peça sacra Crucifixus, de Antonio Lotti, seguida por As quatro últimas canções, de Richard Strauss (com a soprano sul-africana Masabane Cecilia Rangwanasha), e terminando com a apaixonante Quinta Sinfonia de Gustav Mahler, com Osesp e Coro.
Serão mais de 50 artistas convidados se apresentando, entre brasileiros (tais como os pianistas Sonia Rubinsky e Cristian Budu, e a violinista Elisa Fukuda celebrando 50 anos de carreira) e estrangeiros (os regentes Vasily Petrenko, Masaaki Suzuki, Ruth Reinhardt e Pierre Bleuse, entre outros). Grandes solistas, como Augustin Hadelich (violino), Colin Currie (percussão), Martin Fröst (clarinete) e os pianistas Simon Trpceski, Estefan Iatcekiw, Javier Perianes, Bertrand Chamayou e Marc-André Hamelin, fazem parte da programação. Dando continuidade ao ciclo bienal de óperas semi-encenadas que começou em 2023 com A danação de Fausto, de Berlioz, haverá a impactante Wozzeck, do compositor austríaco Alban Berg. Os músicos se apresentarão também em oito sextas-feiras da Temporada 2025, sempre às 14h30, com ingressos a preço único de R$42.
Num dos principais eixos temáticos do ano, o Ciclo Tchaikovsky, poderemos ver e ouvir todas as seis Sinfonias deste romântico, além de balés inesquecíveis e um Concerto para piano, formando um amplo panorama da música orquestral de um dos compositores mais amados pelo público. Já o ciclo Richard Strauss em foco apresenta uma seleção de poemas sinfônicos e obras tardias deste alemão que é considerado um dos maiores compositores do final do século XIX e primeira metade do século XX.
A música francesa em sua riqueza de contrastes, na qual se pode trabalhar com profundidade a técnica de conjunto e o refinamento sonoro de um grupo orquestral, é outro eixo artístico da Temporada. Em Um certo olhar: França, será abordada a produção de nomes fundamentais da música francesa – Hector Berlioz, Lili Boulanger, Claude Debussy, Gabriel Fauré e Maurice Ravel –, além de desvendada a obra da romântica Louise Farrenc. Em 2025, com Sonia Rubinsky, será iniciada também a gravação dos Concertos para piano de Heitor Villa-Lobos. Artista reconhecida e premiada por suas gravações de peças do maior compositor brasileiro, Rubinsky abre o projeto com o Concerto para piano nº 5. “Contrastes nos permitem afirmar quem realmente somos, ainda que, às vezes, isso seja difícil de aceitar. Eles nos moldam e nos confrontam ao mesmo tempo em que nos ajudam a navegar em um mundo por vezes complexo e incerto”, revela o diretor musical e regente titular da Osesp, Thierry Fischer.
O jovem pianista Tom Borrow conclui seu período como Artista em Residência da Temporada: se em 2024 ele fez três programas junto à Osesp tocando Beethoven e um recital, agora ele retorna para interpretar os dois últimos dois concertos do gênio de Bonn e apresentar-se novamente com músicos convidados da Orquestra. Jovem talento que tem tudo para se tornar uma referência em seu instrumento nas próximas décadas, em maio de 2023 Borrow conquistou o Terence Judd-Hallé Award, da Rádio BBC 3.
O Coro da Osesp será prestigiado em um emocionante programa de Páscoa com a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach, sob regência da norte-americana Kathy Romey. O conjunto também fará programas com os maestros Joseph Bastian (com obras de Wagner, Mozart e da compositora Emilie Mayer, cuja obra tem sido recuperada nos últimos anos) e Barlow Bradford (peças voltadas à espiritualidade), e outro com o Coral Paulistano e sua atual regente, Maíra Ferreira (em tributo à maestra fundadora do Coro da Osesp, Naomi Munakata, falecida em 2020). O Coro sobe ao palco da Sala em outros oito programas ao lado da Osesp durante o ano.
A intimidade da música de câmara estará presente em sete recitais, com uma variedade de pianistas (Marc-André Hamelin, Sonia Rubinsky, Simon Trpceski, Javier Perianes, Bertrand Chamayou e Tom Borrow) e o violinista Augustin Hadelich para encerrar a Temporada, em dezembro.
E, assim como em 2024, os próprios músicos da Orquestra e Coro criaram seis programas camerísticos para o ano, que trazem de peças de Wagner a Villa-Lobos nos repertórios, passando por Bernstein, Glière, Tchaikovsky e Stravinsky. Concertos com poesias de Luís de Camões vocalizadas e com obras de Alban Berg também se destacam.
Programas especiais que promovem o encontro de expressões artísticas, fora das séries de Assinaturas, trarão novo colorido ao ano. Além de Sagração, o encontro da Cia. de Dança Deborah Colker com a Osesp na pré-Temporada, o palco da Sala São Paulo receberá um espetáculo que há alguns anos encanta plateias mundo afora: The silence of sound, da maestra Alondra de la Parra com a artista e performer Gabriela Muñoz Chula. Com a São Paulo Companhia de Dança e regência da grega Zoe Zeniodi, a Osesp apresentará um programa encantador no Festival da Criança, em outubro – mês em que também veremos a Sinfonia Mágica, com concertos inteiramente dedicados à música de Harry Potter, escrita pelo mago das trilhas sonoras John William.
“Com mais uma Temporada, vamos aos poucos fazendo com que São Paulo, com sua Orquestra, floresça como um centro da música clássica. Importante para o mundo e mais ainda para cada um de nós”, afirma o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes.
“Ao olhar em retrospectiva, sinto enormes alegria e orgulho por tudo que realizamos. A Orquestra toca em um nível magnífico e há um excelente estado de espírito entre os músicos, sempre dispostos a oferecer a melhor performance. É nesse espírito que apresentamos a vocês a Temporada 2025 da Osesp”, completa o maestro Thierry Fischer.
DESTAQUES DA TEMPORADA 2025
CICLO TCHAIKOVSKY
Piotr Ilitch Tchaikovsky [1840–1893] é um nome fundamental da música romântica. Para o maestro Thierry Fischer, o compositor também pode ser uma ferramenta importante para que a Osesp aprimore sua unidade sonora. Por isso, suas sinfonias marcam presença na Temporada 2025.
Na segunda metade do século XIX, diversos compositores se empenhavam em criar um ‘som russo’, isto é, uma música identificada com a cultura local, a partir da utilização de canções populares, hinos religiosos e peças sinfônicas baseadas no folclore. Mussorgsky, Rimsky-Korsakov e Borodin (integrantes do ‘Grupo dos Cinco’) foram alguns dos autores que, em busca de uma música nacional, levaram suas partituras para além das fronteiras russas.
Tchaikovsky, nesse contexto, era considerado ‘europeizado’ por seus pares. Isto não significa, no entanto, que ele também não tenha mergulhado no folclore de sua terra natal. Para aqueles fora da Rússia, ele logo representaria o melhor que o país tinha a oferecer. Após se formar, ele concentrou forças na criação da primeira obra de um importante gênero. Iniciada em 1866, a Sinfonia nº 1 levou quase três anos para ser concluída, refletindo as inseguranças do compositor à época. Mas o resultado foi uma peça de melodias cativantes, subintitulada ‘Sonhos de Inverno’.
Em seguida, vieram obras de clara influência folclórica: a Sinfonia nº 2, ‘Pequena Russa’ (apelido popular para a Ucrânia), que foi um sucesso desde sua estreia, em 1873; e a Sinfonia nº 3, apresentada pela primeira vez em 1875. A obra obteve rápido reconhecimento internacional, sendo interpretada pela Filarmônica de Nova York em 1879. A terceira sinfonia recebeu o apelido de ‘Polonesa’ por conta de seu último movimento, com ritmos oriundos desse país (‘Tempo di polacca’).
Embora essas três sinfonias possuam características admiráveis, Tchaikovsky alcançaria patamares ainda superiores no trio seguinte. A escrita da quarta coincide com o início do apoio que recebe de sua mecenas Nadezhda von Meck. Numa reminiscência a Beethoven, a obra inicia-se com um poderoso ‘motivo do destino’ soando ameaçadoramente nos metais. A Sinfonia nº 5, com um tema recorrente que perpassa todos os movimentos, é hoje uma de suas peças mais populares. Finalmente, a Sinfonia nº 6, ‘Patética’, possui um final tranquilo que costuma deixar o público desconcertado e é comumente associado à trágica morte do compositor, que se deu alguns dias após a estreia da obra.
Juntas, as últimas sinfonias de Tchaikovsky servem como pináculos do repertório musical romântico do final do século XIX e revelam toda a maestria de sua escrita. A estas partituras notáveis somam-se ainda aberturas sinfônicas, concertos e balés inesquecíveis. Parte dessas obras também entra nesta Temporada, formando um amplo panorama da música orquestral de um dos compositores mais amados pelo público.
UM CERTO OLHAR: FRANÇA
Desde pelo menos o século XII, o repertório francês é basilar ao desenvolvimento da linguagem musical do Ocidente. Nas primeiras décadas do século XIX, um músico inovador seria o responsável por inaugurar a linguagem romântica no país: Hector Berlioz [1803–1869]. De personalidade naturalmente sensível, Berlioz se interessava por literatura, música e artes plásticas, e se notabilizou como compositor de dramas, diluindo fronteiras entre gêneros musicais em obras como Sinfonia fantástica [1830], Romeu e Julieta [1839] e A danação de Fausto [1846]. Explorando a sonoridade, as nuances timbrísticas e a densidade emocional que a música é capaz de transmitir, Berlioz construiu uma obra revolucionária que iluminou o caminho das gerações que o sucederiam.
Algumas décadas depois, numa fervilhante Paris do final do século XIX e dos primeiros anos do século XX, o jovem Claude Debussy [1862–1918] frequentava os meios literários e dessa forma tomou contato com o Simbolismo, que abria caminho para a representação do sonho e do inconsciente. Esse ambiente foi inspiração para diversas obras, como o célebre Prelúdio que nasceu a partir do poema A tarde de um fauno, de Stéphane Mallarmé. Para o musicólogo Paul Griffiths, a melodia para flauta que abre o Prelúdio para a tarde de um fauno é nada menos do que o ponto de partida da música moderna. Com Debussy, além do abandono da tonalidade tradicional, entram em cena o desenvolvimento de uma nova complexidade rítmica, a delicadeza das nuances orquestrais e a utilização sistemática da instrumentação como elemento inerente ao ato de compor. Em Debussy, o instrumento e o conjunto orquestral não são apenas meios que servem para comunicar ideias musicais, mas partes indissolúveis dessa ideia.
Debussy pertencia a uma geração intermediária entre Gabriel Fauré [1845–1924] e Maurice Ravel [1875–1937]. Fauré, importante professor que influenciou gerações de artistas, foi um compositor cuja música refinada impactou o curso da música francesa moderna. Uma das características mais marcantes de seu estilo era a predileção por progressões harmônicas ousadas e modulações repentinas. Maurice Ravel, por sua vez, foi aluno de Fauré e admirador de Debussy. Este discreto músico francês deixou um dos mais ricos e importantes conjuntos de obra da primeira metade do século XX. A personalidade musical de Ravel reside essencialmente na flexibilidade da melodia e na riqueza da harmonia. Ele contribuiu amplamente, a seu modo, para libertar a música da tirania tonal, sendo um compositor ao mesmo tempo exigente e cheio de fantasia. Desse artista, que foi ainda um brilhante orquestrador, comemoramos em 2025 os 150 anos de nascimento.
A música francesa em sua riqueza de contrastes, na qual se pode trabalhar com profundidade a técnica de conjunto e o refinamento sonoro de um grupo orquestral, é outro dos eixos artísticos desta Temporada.
RICHARD STRAUSS EM FOCO
A música de Richard Strauss [1864–1949] é quase uma vocação para a Osesp e acompanha a rotina da Orquestra há muito tempo. Com o regente britânico Frank Shipway, falecido em 2014, o grupo protagonizou memoráveis interpretações da obra do compositor alemão. No ano passado, a Sinfonia alpina foi tocada na Turnê Europa, em que a Osesp se apresentou em algumas das mais tradicionais salas de concerto daquele continente.
Nascido em Munique, Strauss se formou num momento em que entre os maiores compositores vivos do mundo germânico encontravam-se Franz Liszt, Richard Wagner e Johannes Brahms. Ele vivenciou todas as revoluções harmônicas do Romantismo do final do século XIX, mas era igualmente um admirador de Mozart.
Strauss compôs uma série notável de poemas sinfônicos, fundindo a força de sua imaginação musical à adoção de uma música programática. Confessou precisar de uma história para estimular a escrita, mesmo que de obras orquestrais. É verdade que a ideia de poemas sinfônicos remonta a Liszt. Mas os poemas sinfônicos deste compositor, baseados em textos literários, pretendiam evocar sentimentos e ideias específicos, sem chegar ao ponto de criar um teatro musical – sem canto, falas ou cenários, como acontece nas obras de Strauss.
Os poemas sinfônicos de Strauss são altamente inovadores – de Macbeth [1888] à Sinfonia doméstica [1903] – e levaram o gênero a culminâncias extravagantes. Surgiram obras como Assim falou Zaratustra [1896] e Uma vida de herói [1898]. Em Dom Quixote [1897], inspirado pelo clássico romance de Miguel de Cervantes, o próprio cavaleiro De la Mancha é ‘tocado’ pelo violoncelo solo. Com obras como essas, Strauss quase declarava a forma musical tradicional, abstrata, como obsoleta, e acabaria elaborando as expressões musicais centrais da tradição austro-germânica da virada do século.
Embora seus poemas sinfônicos fossem praticamente ‘óperas para orquestra’, no início do século XX Strauss iniciou propriamente a composição de óperas. Com alta carga psicológica, obras como Salomé [1905] e Elektra [1909] avançam até o limiar da atonalidade. Mais tarde, o compositor voltou a uma linguagem musical calcada na tradição, com títulos como O cavaleiro da rosa, de 1911, ou, no ano seguinte, Ariadne em Naxos. Mesmo com linguagens musicais bastante diferentes entre si, todas essas obras tiveram sucesso de público e crítica.
E, como se tudo isso não bastasse, no final da vida, já tendo atravessado duas guerras mundiais, Richard Strauss ainda escreveria joias como Metamorphosen [1945] para orquestra de cordas ou as fascinantes Quatro últimas canções [1948]. Ambas integram a atual Temporada da Osesp ao lado do poema sinfônico Dom Quixote e da Sinfonia doméstica.
O PIANO DE VILLA-LOBOS
Desde o início de suas atividades na Sala São Paulo, a Osesp tem feito gravações de referência da obra de Heitor Villa-Lobos [1887–1959], junto da edição das partituras (em parceria com a Academia Brasileira de Música), ajudando a fortalecer a imagem do compositor fora do Brasil e a difundir sua música. Depois de registrar a integral dos Choros, das Bachianas brasileiras, das Sinfonias e dos Concertos para violoncelo, a orquestra passa a se dedicar, a partir desta Temporada, aos Concertos para piano de Villa-Lobos.
“A Osesp tem a tradição e o compromisso de gravar obras de Heitor Villa-Lobos”, afirma o maestro Thierry Fischer. “Essa prática promove a valorização da identidade cultural brasileira, além de proporcionar reconhecimento internacional (da Orquestra e do compositor), contribuir para a expansão do nosso repertório e diversificar as experiências musicais oferecidas ao público”. Assim, até 2027, o público poderá conferir os cinco concertos para piano do compositor na interpretação de Sonia Rubinsky, artista reconhecida e premiada por suas gravações de peças de Villa-Lobos. Os álbuns serão lançados pela Naxos, em parceria com o Itamaraty, dentro do projeto Brasil em Concerto.
As primeiras sinfonias de Villa-Lobos foram escritas na década de 1910. Depois disso, ele só voltaria ao gênero em 1944. Nesse meio tempo, dedicou-se a duas séries fundamentais: os Choros, na década de 1920, e as Bachianas, entre 1930 e 1945. E é exatamente quando finaliza este último ciclo que Villa-Lobos inicia a composição dos concertos para piano. Eles são fruto de um outro momento na vida do compositor. Agora, ele não precisa mais se provar moderno ou mesmo original. É um artista consagrado, que passa boa parte do tempo fora do Brasil e recebe muitas encomendas.
Datado de 1945, o Concerto nº 1 foi escrito no Rio de Janeiro a partir de uma encomenda da pianista canadense Ellen Ballon, a quem a obra foi dedicada. Todos os concertos para piano de Villa-Lobos possuem quatro movimentos, geralmente organizados como os de uma sinfonia: os dois movimentos exteriores são rápidos, enquanto os internos abrigam um movimento lento e um scherzo. O Concerto nº 1 estreou em outubro de 1946 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a orquestra da casa regida pelo compositor e tendo Ellen Ballon como solista.
Escrito três anos depois, o Concerto nº 2 é dedicado a um grande parceiro, o pianista e maestro João de Souza Lima, que foi o solista da estreia, em 1950. Villa-Lobos começou a escrever o Concerto nº 3 em 1952, mas a obra só seria concluída cinco anos depois. Nesse meio tempo, ele atendeu a duas outras encomendas, que deram origem aos Concertos nº 4 e nº 5.
Escrito entre Nova York e Paris, o Concerto nº 4 foi feito a pedido do pianista Bernardo Segall, que fez as primeiras audições em Pittsburg e Los Angeles em 1953. Já o nº 5, de 1954, foi composto a pedido da pianista polonesa (naturalizada brasileira) Felicja Blumental e a ela dedicada. A artista estreou a peça em Londres e Viena em 1955. Só em 1957 Villa-Lobos terminaria o Concerto nº 3, estreado no mesmo ano pela Sinfônica Brasileira sob direção de Eleazar de Carvalho, e tendo como solista Arnaldo Estrella, a quem a peça é dedicada.
Com estas apresentações e gravações, a Osesp leva ao público mais um conjunto fascinante de obras do grande compositor brasileiro.
TOM BORROW – ARTISTA EM RESIDÊNCIA
Este será o segundo ano de Tom Borrow como Artista em Residência da Osesp. Na temporada passada, ele interpretou os três primeiros concertos para piano de Beethoven, além de fazer um programa de câmara com músicos da orquestra. Em 2025, o pianista interpreta os dois últimos concertos de Beethoven e participa de um novo momento camerístico, que inclui o Quinteto para piano de César Franck.
Nascido em Tel Aviv em 2000, Tom Borrow começou a estudar piano aos cinco anos e, depois de se graduar na Universidade de Tel Aviv, foi sido orientado por Murray Perahia, através do programa do Centro de Música de Jerusalém para jovens músicos. Tom ganhou todos os concursos nacionais de piano em Israel e, após o sucesso com a Filarmônica de Israel, tem sido convidado por grandes orquestras ao redor do mundo.
Além da Osesp, compromissos recentes e futuros incluem a Orquestra de Cleveland, a Sinfônica de Baltimore, a Filarmônica de Londres, a Sinfônica da BBC e a Orquestra do Konzerthaus de Berlim. Igualmente requisitado no cenário da música de câmara, apresentou-se no Festival Verbier e em salas como Wigmore Hall, Concertgebouw de Amsterdam e Musikverein de Viena.
Jovem talento que tem tudo para se tornar uma referência de seu instrumento nas próximas décadas, em maio de 2023 Borrow conquistou o Terence Judd-Hallé Award da Rádio BBC 3.
RECITAIS
No palco da Sala – com cadeiras sobre ele, a poucos metros dos artistas –, viveremos a intimidade da música de câmara em sete recitais. O ano começa com o pianista Marc-André Hamelin tocando Haydn, Beethoven, Rachmaninov e Nikolai Medtner, em março. A brasileira Sonia Rubinsky inicia o ciclo dedicado aos Concertos para piano de Villa-Lobos em abril, enquanto Simon Trpceski interpreta Chopin, Grieg, Tchaikovsky e Prokofiev em julho, também ao piano; o israelense Tom Borrow, Artista em Residência, toca ao lado de músicos da Osesp em agosto; Javier Perianes apresenta o programa especial De la mano através de los siglos, todo dedicado a Scarlatti e Albéniz, em setembro; outro pianista, o francês Bertrand Chamayou, se apresenta em novembro; e o violinista Augustin Hadelich encerra os recitais do ano em dezembro, em programa com Bach, Ysaÿe, David Lang e Coleridge-Taylor Perkinson.
CORO DA OSESP
O Coro da Osesp faz cinco concertos em sua própria série de assinaturas. O ano começa com um emocionante programa de Páscoa que terá a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach, um oratório sacro apresentado pela primeira vez na Alemanha no dia 7 de abril de 1724, véspera da Sexta-Feira Santa. Os concertos terão solistas brasileiros e a Orquestra Acadêmica da Osesp, sob regência da norte-americana Kathy Saltzman Romey, da Universidade de Minnesota – onde supervisiona o programa de pós-graduação em regência coral e dirige o The Minnesota Chorale. O grupo de cantores também fará programas com os maestros Joseph Bastian (com obras de Wagner, Mozart e da compositora Emilie Mayer, cuja obra tem sido recuperada nos últimos anos) e Barlow Bradford (um repertório voltado à espiritualidade), e outro ao lado do Coral Paulistano e de sua atual regente, Maíra Ferreira (um tributo à fundadora do Coro da Osesp e fundamental maestra Naomi Munakata, falecida em 2020). O Coro também sobe ao palco da Sala São Paulo em outros oito programas ao lado da Osesp, ao longo da Temporada 2025.
Livro completo da Temporada Osesp 2025 em PDF neste link | Fotos dos destaques da Temporada Osesp 2025 neste link.
A Temporada Osesp 2025 é uma realização da Fundação Osesp, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.
A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.
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(Fonte: Com Fabio Rigobelo/Fundação Osesp)
A atleta nissei Lucia Shinobu Yamakawa – conhecida em seu métier como Yama – representará o Brasil no Funakoshi Gichin Cup 16th Karate World Championship. A competição, realizada pela Japan Karate Association (JKA) com apoio do Governo do Japão – via ministérios das Relações Exteriores e dos Esportes, da Agência Japonesa de Turismo e pela cidade de Takasaki, acontece nos dias 26 e 27 de outubro na Takasaki Arena, na província de Gunma. Yama competirá na categoria Jukurensha Female, categoria de idade 70+Kata Only (modalidade que, por envolver apenas atletas veteranos – a partir de 65 anos – não envolve luta e é disputada por meio de sequências de movimentos e técnicas de ataque e defesa) e no estilo Shotokan.
Comissária de voo por profissão – trabalhou por 23 anos na extinta Transbrasil, período em que se iniciou no esporte –, Yama começou a se dedicar ao karatê em 1996 por meio da LKS – Lembu-Kan Sports com Antonio Sensei e Sasaki Shihan e vem se desenvolvendo nesse esporte nos últimos sete anos com Marcio Adami Sensei e Carlos Rocha Shihan na Mushinkan Karate-Do, academia de onde partiu sua inscrição para a competição em Takasaki. A atleta chega ao mundial após ter saído vencedora em sua modalidade no campeonato brasileiro, realizado em Brasília (DF) no último mês de junho.
“Participar de uma competição tão importante representando o meu país na terra dos meus ancestrais é uma experiência que marca metade da minha vida com muita dedicação – independentemente dos resultados – e, o que sinto acima de tudo, é gratidão à LKS, nas pessoas dos meus iniciadores Kazuo Nagamine Shihan – Shobukan, Antonio Sensei e Sasaki Shihan, por terem despertado em mim essa paixão – que em determinados momentos não deixa de ser de certa forma uma filosofia – e, de maneira especial, à Mushinkan Karate-Do, nas pessoas de Marcio Adami Sensei e Carlos Rocha Shihan, que me lapidaram com uma paciência e uma seriedade praticamente orientais, sem esquecer, claro dos Senpais*”, afirma Yama (Senpais, em tradução livre do japonês, refere-se a pessoas mais experientes e, no caso dela, muito importantes para sua formação).
Segundo o Sensei Marcio, “É com grande orgulho que apresentamos a trajetória da Yama na Mushinkan. Sua dedicação e comprometimento com o karatê são exemplares e servem como uma inspiração para todos que convivem com ela. Além de seu progresso pessoal, ela tem um papel fundamental no desenvolvimento dos demais alunos. Sempre disposta a ajudar e compartilhar seu conhecimento, dedica-se a apoiar seus colegas de treino, incentivando-os e oferecendo conselhos valiosos. Seu exemplo de superação e dedicação é admirado por todos e sua presença na academia inspira alunos de todas as idades. Seu caminho até o mundial é um reflexo de sua determinação e paixão pelo karatê e temos certeza de que essa jornada até o Japão será mais um marco em sua história de conquistas. Para nós é uma honra tê-la como parte da nossa família Mushinkan”.
“Yama San – é assim que ela é chamada na academia Mushinkan – é uma karateca excepcional; focada, perseverante, com bons conhecimentos técnicos e sempre resiliente em melhorar seu nível técnico. Como pessoa, trouxe uma capacidade agregadora para todos os alunos Mushinkan, além de cuidar de cada detalhe para deixar a academia mais acolhedora e organizada. Enfim, é uma karateca que todo Sensei deseja ter em sua academia. Minha profunda admiração e gratidão, Yama San. Sucesso lá no Japão. Você já é uma vencedora só de ter conseguido chegar lá. Oss!!!”, completa o Sensei Carlos Rocha, seu avaliador na Mushinkan.
Sobre o estilo Shotokan
Shotokan (松涛館) ou xotocã é um dos estilos de caratê que surgiu dos ensinamentos ministrados pelo Sensei Gichin Funakoshi e por seu filho Yoshitaka Funakoshi. O repertório técnico do estilo foi baseado no do Shorin-ryu, mas, devido aos estudos empreendidos pelo filho do mestre e sua influência, várias técnicas foram incorporadas e/ou modificadas de modo a refletir o escopo almejado, que era o de valorizar mais o lado desportivo e físico como forma de promover o desenvolvimento pessoal.
Sensei Funakoshi em princípio não denominou o que ele ensinava de um estilo próprio, mas, antes de tudo, afirmava que ensinava caratê. Por outro lado, é certo que ele ensinava a arte marcial de acordo com sua visão e entendimento particulares sobre a mesma, mas isso seria explicado — também segundo o próprio mestre comentava — como uma consequência natural, pois vários professores ensinariam uma mesma disciplina de modos diferentes. Entretanto, alguns de seus alunos, como forma de o homenagear, manufaturaram uma placa com a inscrição Shotokan, eis que Shoto era a alcunha que o mestre assinava suas obras, pelo que o dojô passou a ser conhecido como ‘casa de Shoto’.
A despeito de outros mestres tentarem antes e em outros momentos, foi o estilo de mestre Funakoshi que logrou êxito em vencer as barreiras culturais opostas a Okinawa e difundir o caratê pelo resto do Japão, modificando nomes de técnicas e adaptando outras.
O Shotokan foi totalmente baseado no estilo Shorin-ryu,tanto que o criador era praticante desse estilo.O Shotokan foi criado para a correção de alguns detalhes e ocultar a influência chinesa por conta da rivalidade entre o Japão e a China, para ser bem recebido pela divulgação em Tóquio em 1921. (Fonte: Shotokan: Wikipedia)
Pesquisadores avaliaram parâmetros como a temperatura média da superfície da Terra, a cobertura de gelo e a acidez do oceano. Foto: FreePik.
A saúde do planeta pode atingir um ponto irreversível em poucos anos se não houver ações urgentes para mitigar a crise climática. Dos 35 parâmetros utilizados para monitorar as mudanças climáticas anualmente, como a temperatura média da superfície da Terra, a cobertura de gelo e a acidez do oceano, 25 atingiram recordes extremos no último ano. É o que indica análise publicada na revista científica BioScience na terça (8).
Elaborado por uma coalizão internacional liderada por cientistas da Universidade de Oregon, dos Estados Unidos, o documento conta com a participação de quatorze pesquisadores de doze instituições, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O artigo mostra que os três dias mais quentes da história ocorreram em julho de 2024, com temperaturas médias globais diárias atingindo recordes na maior parte do ano.
Além de investigar o comportamento desses 35 sinais vitais da Terra ao longo dos últimos anos e identificar possíveis alterações, a equipe também sintetizou as principais tragédias ambientais que aconteceram nos últimos doze meses e que podem ter relação com o agravamento das mudanças climáticas – como as inundações no Rio Grande do Sul em maio.
Segundo o estudo, o número de mortes humanas relacionadas ao calor aumentou 117% nos Estados Unidos entre 1999 e 2023. Em 2022 e 2023, as altas temperaturas também contribuíram para a mortalidade em massa de animais marinhos em todo o globo. As políticas climáticas vigentes permitirão um aquecimento de 2,7°C até 2100 e cada 0,1°C adicional deve colocar cerca de 100 milhões de pessoas sob temperaturas extremas inéditas.
Em 2022, a queima de combustíveis fósseis, como gasolina, e os processos industriais representaram cerca de 90% das emissões de gases poluentes, enquanto mudanças no uso da terra, como o desmatamento, foram responsáveis por aproximadamente 10%. “Para atingir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, é urgente substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas e renováveis”, recomenda Cássio Cardoso Pereira, um dos autores do estudo.
O pesquisador da UFMG observa que, no Brasil, a maior parte das emissões é oriunda do desmatamento e da agropecuária, então o foco do país deve ser frear o desmatamento, investir na agricultura e pecuária regenerativas e restaurar as áreas desmatadas. O levantamento também aponta que a perda anual de cobertura arbórea e o crescimento da população humana e de rebanhos contribuem para o aumento nas emissões de gases de efeito estufa.
O tema deve ser pauta da 29ª Conferência das Partes (COP-29) sobre Mudança Climática das Nações Unidas, que será realizada em novembro de 2024 em Baku, no Azerbaijão. O cientista avalia que a atual situação é crítica e que, sem mudança no cenário atual, não será possível manter o limite de aumento da temperatura global em 1,5ºC até 2050. “Já estamos nos aproximando dessa temperatura e podemos passar de 2°C em poucos anos, o que seria catastrófico, gerando pontos de não retorno para a Amazônia, por exemplo, o que só pioraria a situação ao longo prazo por conta do aumento das emissões”, explica.
Pereira avalia, contudo, que ainda há tempo para governos e sociedade agirem. “Não devemos ser pessimistas. Se reduzirmos as emissões e investirmos em estratégias de remoção do gás carbônico, como a restauração dos ecossistemas, podemos sim alcançar um cenário de emissões líquidas zero até 2050”, defende. Para contribuir com os avanços nessa área, o pesquisador pretende seguir investigando o papel da conservação e da restauração da biodiversidade na mitigação das mudanças climáticas.
(Fonte: Agência Bori)
O espetáculo ‘Um Dia, Um Rio’, com o Grupo 59 de Teatro, faz temporada no Sesc Bom Retiro a partir do dia 20 de outubro, com apresentações aos domingos, às 12h – sessão extra no feriado, dia 2/11, às 12h e no dia 8/11, sexta, às 10h. A montagem cênico-musical, dirigida por Fabiano Lodi, é inspirada em livro de Leo Cunha e André Neves voltado para a infância e que aborda, poeticamente, o desastre ambiental na Bacia do Rio Doce. A obra apresenta o lamento sensível e profundo de um rio indefeso completamente destruído ao ser invadido pela lama da mineração.
No palco, a história é apresentada na forma de um poema cênico conduzido pela música. A variedade de ritmos da cultura brasileira e o canto coral, além de instrumentos de percussão tocados ao vivo pelo próprio elenco, marcam a sonoridade do espetáculo, retomando a marca do Grupo 59 de ‘contar cantando’ e ‘cantar contando’.
As canções foram criadas pelo elenco junto aos diretores musicais Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar, a partir de trechos do livro e de algumas citações ao cancioneiro das festas populares brasileiras. O elenco, formado por Carol Faria, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Nathália Ernesto e Jane Fernandes, o tempo todo em cena, interpreta a personagem Rio com sua voz própria e também os demais papeis do contexto ao redor (canoeiro, margem e outros).
A visualidade da peça é inspirada no folhear de um livro e a descoberta a cada página de outra ilustração contando uma parte diferente da história. O cenário, com formas angulares em madeira, se reconfigura frequentemente, como uma brincadeira que recupera o impacto das ilustrações do livro. Em contraponto, o elenco usa figurinos leves e sinuosos, combinando espaços, sensações e estados de espírito.
Sobre o Grupo 59 de Teatro
O Grupo 59 de Teatro é o encontro de 12 atrizes e atores formados pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP). Desde a fundação, em março de 2011, realizou mais de 400 apresentações para um público estimado em mais de 70 mil espectadores. Recebeu o Prêmio APCA, Prêmio São Paulo de Teatro para Infância e Juventude e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. Fazem parte seu repertório montagens que foram sucesso de público e crítica, dirigidas por criadoras de destaque na cena teatral paulistana: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre, ambas dirigidas por Cristiane Paoli Quito; A Última História, dirigida por Tiche Vianna; Mockinpó – Estudo sobre um homem comum, dirigida por Claudia Schapira; e Terra à Vista, dirigida por Fabiano Lodi.
Sobre Fabiano Lodi – diretor
Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Teatro pela Unesp e graduado em Artes Cênicas pela Udesc. Participou do programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, no Japão, e de Viewpoints e Composição, em Nova York. Seus trabalhos recentes incluem: Rádio Cassandra (2022); C4V4L0 D3 TR014 (2021); Mercado Branco (2019) e Os Guardas do Taj (2018). Atualmente, é artista docente no curso técnico de Direção da SP Escola de Teatro, professor no curso de Pós-Graduação em Educação do IBFE-SP (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) e coordenador artístico dos projetos Jovem em Cena e Treinos Públicos.
Serviço:
Um Dia, Um Rio
Direção de Fabiano Lodi
De 20/10 a 10/11 | domingos, 12h – Dia 2/11, sábado, 12h | Dia 8/11, sexta, 10h
Local: teatro (297 lugares). Livre. Valores: R$12 (Credencial Plena), R$20 (Meia) e R$40 (Inteira). Crianças até doze anos: Grátis. Venda de ingressos disponíveis pelo app Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro ou nas bilheterias.
Estacionamento do Sesc Bom Retiro – (vagas limitadas): O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.
Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena); R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros).
Horários: terça a sexta das 9h às 20h; sábado das 10h às 20h e, domingo, das 10h às 18h. Importante: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3332-3600
Siga o @sescbomretiro nas redes sociais: Facebook | Instagram | Youtube
Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro: É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.
(Fonte: Com Flávio Aquistapace/Assessoria de Imprensa Sesc Bom Retiro)
O Brasil alcançou mais um marco histórico no cenário internacional do turismo sustentável. Para a temporada 2024/2025, 49 locais — 38 praias e 11 marinas, estão aprovadas no prestigiado Programa Bandeira Azul. São destinos de seis estados brasileiros — São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia, Alagoas e Ceará — reconhecidos pelo Júri Internacional do programa por atenderem rigorosamente critérios de qualidade da água, gestão ambiental e infraestrutura turística.
A ação posiciona o país como líder sul-americano em certificações ambientais de áreas costeiras. O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressalta o esforço do Governo Federal na implementação de políticas públicas para estimular o turismo sustentável. “Este resultado expressivo é reflexo direto do comprometimento do Ministério do Turismo com a implementação de esforços coordenados para integrar práticas de sustentabilidade no desenvolvimento do setor, além de fortalecer as parcerias com o setor privado e a sociedade civil”, enfatizou.
O Ministério do Turismo, em conjunto com parceiros estratégicos, desempenha papel fundamental ao apoiar iniciativas de conscientização sobre a importância de proteger os ecossistemas costeiros. Esta atuação colaborativa permitiu que o Brasil ampliasse suas certificações de 42 para 49 locais, consolidando-se como uma nação que equilibra o turismo de alta qualidade com a preservação do meio ambiente.
A cerimônia oficial de entrega da Bandeira Azul será realizada no dia 1º de novembro, em Salvador, Bahia, onde representantes das praias e marinas premiadas estarão presentes. O evento simboliza a coroação dos conjuntos de esforços para transformar o Brasil em um exemplo de sustentabilidade global, valorizando suas belezas naturais e promovendo o turismo responsável.
O programa | O Programa Bandeira Azul, criado pela Fundação para a Educação Ambiental (FEE), é um dos mais respeitados selos de qualidade ambiental do mundo e exige que os locais aprovados cumpram e mantenham 34 critérios exigentes. As praias e marinas certificadas precisam demonstrar continuamente seu compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, fatores que tornam o Brasil uma referência global.
Veja os locais premiados no país:
LISTA DE PRAIAS APROVADAS:
Renovações:
Praia do Patacho, Porto de Pedras – AL
Praia de Paraíso, Guarajuba, Camaçari – BA
Praia da Viração, Salvador – BA
Praia da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, Salvador – BA
Praia do Cumbuco, Caucaia – CE
Praia do Forno, Armação de Búzios – RJ
Praia da Azeda Azedinha, Armação de Búzios – RJ
Praia do Peró, Cabo Frio – RJ
Praia de Ubás, Iguaba Grande – RJ
Praia do Sossego, Niterói – RJ
Praia da Reserva, Rio de Janeiro – RJ (Trecho Nelson Mandela)
Prainha, Rio de Janeiro – RJ
Praia das Pedras de Sapatiba, São Pedro da Aldeia – RJ
Praia das Pedras de Itaúna, Saquarema – RJ
Praia do Estaleiro, Balneário Camboriú – SC
Praia do Estaleirinho, Balneário Camboriú – SC
Praia de Taquaras, Balneário Camboriú -SC
Praia de Piçarras, Balneário Piçarras – SC
Praia da Ponta do Jacques, Balneário Piçarras – SC
Praia de Quatro Ilhas, Bombinhas – SC
Praia de Mariscal, Bombinhas – SC
Praia da Conceição, Bombinhas – SC
Lagoa do Peri, Florianópolis – SC
Praia Grande, Governador Celso Ramos – SC
Prainha de Itá, Itá – SC
Praia da Bacia da Vovó, Penha – SC
Praia da Saudade, Penha – SC
Praia Grande, Penha – SC
Praia do Ervino, São Francisco do Sul – SC
Praia do Forte, São Francisco do Sul – SC
Praia Grande, São Francisco do Sul – SC
Praia da Saudade, São Francisco do Sul – SC
Praia do Tombo, Guarujá – SP
Indicadas pela primeira vez:
Praia de Tucuns, Armação de Búzios – RJ
Praia Lagunar Caiçara, Arraial do Cabo – RJ
Praia de Grumari, Rio de Janeiro – RJ
Praia Central, Balneário Piçarras – SC
Praia das Cordas, Governador Celso Ramos – SC
LISTA DE MARINAS APROVADAS:
Renovações:
Yacht Clube da Bahia, Salvador – BA
Marina Costabella, Angra dos Reis – RJ
Iate Clube de Santos, Angra dos Reis – RJ
Tedesco Marina, Balneário Camboriú – SC
Iate Clube de Santa Catarina, Florianópolis – SC
Marina da Conceição, Florianópolis – SC
Marina Itajaí, Itajaí – SC
Iate Clube de Santos, Guarujá – SP
Voga Marine, Ubatuba – SP
Marina Kauai, Ubatuba – SP
Indicada pela primeira vez:
Marina VillaReal, São Francisco do Sul – SC.
(Fonte: Ministério do Turismo – Governo do Brasil)