Mulheres pretas são o grupo mais afetado: 72% relataram sofrer discriminação por dois ou mais motivos; 21,3% dos pretos relatam ser seguidos em lojas, índice 2,5 vezes o de brancos (8,5%)


Brasil
O advogado Rodolfo Nunes Ferreira Batista, coordenador da área civil do escritório Claudio Zalaf Advogados Associados, argumenta que ao ligar para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) de alguma empresa, o usuário já tem uma expectativa de ter sua questão resolvida. Normalmente, ele reclama de um serviço pelo qual já pagou e possivelmente é um serviço essencial e o consumidor se vê de mãos atadas por nada poder fazer. “Diferente de outras situações inusitadas que acontecem sem programação, como um acidente na rua que impede a passagem do veículo ou uma dor de dente”, observa.
O que mais incomoda
Conforme a pesquisa, para as respostas à questão O que é mais desagradável?, ‘falar com um SAC’ ficou mesmo em 1º lugar, com 35% das respostas, seguido de ‘ficar preso no trânsito’, com 29%, ‘problemas com TI’ – 8%, ‘propagandas de TV’ – 5% e ‘ir ao dentista’ – 5%.
Batista lembra que o brasileiro tem fama de ter memória curta, mas o fato é que o serviço melhorou de 2008 para cá, quando o decreto 6523, conhecido como “Lei do Call Center” entrou em vigor dando maior respaldo ao Código de Defesa do Consumidor. Apesar das críticas, a pesquisa mostrou que 61% dos entrevistados classificam positivamente o atendimento ao cliente e 48% afirmam acreditar que o serviço melhorou nos últimos cinco anos. “A lei tem dez anos no País e até que as empresas se adequem às novas normas pode levar aproximadamente esse tempo mesmo”, justifica o advogado.
Falar com o atendente
O especialista frisa que todas as etapas do menu eletrônico devem ter a opção Falar com um atendente, medida prevista no Decreto 6523/2008. “Se a pessoa quer falar direto com alguém, deve deixar a gravação descrever todas as alternativas para então escolher essa opção”, indica o advogado.
Ainda de acordo com a pesquisa, 56% das pessoas afirmaram que ser transferido durante a ligação é o que mais aborrece nesse tipo de serviço. A segunda chateação dos entrevistados é o atendimento “robótico”, com 40% das pontuações, seguido por agressividade e grosseria dos atendentes (37%) e pouco conhecimento do atendente (28%). A pesquisa sobre atendimento ao cliente foi realizada pelo grupo Opinium em parceria com a Zendesk e ouviu 1500 pessoas com mais de 18 anos em todas as regiões do Brasil.
Gargalo
“Um dos grandes gargalos dessa assistência é a reclamação ter que ser repetida para todos os atendentes com os quais o consumidor conversa durante o telefonema. Este incômodo está claramente vedado pelo artigo 12 do decreto 6523”, enfatiza.
Outro ponto destacado pelo advogado é a importância de se anotar e guardar o número de protocolo com a data da ligação. “Só pelo nome o atendente deve localizar a solicitação do cliente, mas se o consumidor não tiver o número em mãos na hora da conversa fica sem argumentos e restrito ao que o assistente informa”. Batista emenda: “Por lei, os SACs têm que manter a gravação do diálogo por 90 dias para o caso da pessoa precisar se aprofundar na questão”, completa.
Batista salienta que o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) tem se mostrado o órgão mais eficiente na fiscalização e autuação das empresas que não cumprem a implementação. Para quem não está satisfeito com a solução que o SAC oferece, a medida é, preferencialmente, registrar uma reclamação junto ao Procon para que o órgão fiscalize e, caso julgue pertinente, aplique sanções administrativas, como, por exemplo, a imposição de multa. No caso de se tratar de problema recorrente e mais sério, como no caso dos planos de saúde, saneamento básico e energia elétrica, com prejuízos consideráveis ao consumidor, há sempre a alternativa de utilizar-se do Poder Judiciário por meio do ingresso de ação judicial.
Um baralho com imagens de obras de arte e objetos do acervo estimula os visitantes a criarem histórias criativas. Foto divulgação.
De 17 a 23 de setembro, museus de todo o Brasil comemoram a 12ª Primavera dos Museus. O evento acontece anualmente no início da estação homônima, quando museus brasileiros, convidados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) desenvolvem uma programação exclusiva para o período. A Casa-Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, terá uma programação especial para semana com visitas gratuitas ao acervo e um inusitado jogo educativo.
Em setembro, de quarta (19) até domingo (23) as visitas ao museu Ema Klabin terão entrada franca. O público poderá conhecer o valioso acervo, composto por mais de 1500 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário e peças arqueológicas e artes decorativas, além de se encantar com a arquitetura da casa inspirada no Palácio de Sanssouci (Alemanha) e com seu bonito jardim projetado por Burle Marx.
Jogo para Crianças e famílias: Museu da Mentira
Para as crianças e seus familiares haverá no domingo (23/9) um inusitado jogo, o Museu da Mentira, desenvolvido pelo setor educativo da Fundação Ema Klabin. O jogo é composto por um baralho com imagens e proposições que convidam os visitantes a criarem histórias. “Iremos percorrer os cômodos da Casa-Museu brincando com as noções de verdade e mentira em um jogo de escrita criativa. Ganha quem contar a melhor mentira ou a mais inusitada verdade. A ideia é que todos possam conhecer melhor o museu e se divertir”, diz a coordenadora do setor educativo da Casa-Museu Ema Klabin, Cristiane Alves. São 50 vagas e as inscrições estarão abertas no site da Casa-Museu Ema Klabin a partir do dia 1º de setembro.
Celebrando a Educação em Museus
A programação da Casa-Museu Ema Klabin vai ao encontro do tema Celebrando a Educação em Museus, que propõe uma reflexão sobre uma das principais funções do museu: educar e contribuir no despertar de interesse para diferentes áreas do conhecimento, a vida em sociedade, a importância das memórias e o valor do patrimônio cultural musealizado.
Serviço:
12ª Primavera dos Museus
Visitas livres à Casa-Museu: 19 a 23 de setembro – Das 14h às 17h – Entrada franca
Jogo Museu da Mentira – dia 23 de setembro – domingo –14h30 as 16h30 – inscrições no site do museu a partir do dia 1º de setembro – www.emaklabin.org.br – a partir de seis anos – 50 vagas – Grátis
Entrada franca
Casa- Museu Ema Klabin: Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo/SP. Telefone (11) 3897-3232.
Na próxima quinta-feira, 13 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Cachaça, bebida que atravessa a história firmando-se como autêntica representante da cultura e identidade brasileiras. Para celebrar a data, o sommelier Amauri Sulsbach, responsável pela rede Empório Santa Therezinha, com unidades em Campinas (Parque D. Pedro Shopping), Piracicaba (Shopping Piracicaba) e Ribeirão Preto (Shopping Iguatemi), ensina receitas de dois drinques para serem preparados em casa ou na festa com os amigos.
O Empório Santa Therezinha oferece aos clientes uma carta com cerca de 150 cachaças, que podem ser consumidas nas unidades ou levadas pelos clientes. Os rótulos representam a produção de dez Estados: Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande Do Sul, Minas Gerais, Pará e São Paulo. Nesta coleção de respeito, destaque para as bebidas exóticas, como as cachaças produzidas com jambu, planta popular no Pará e várias combinadas com frutas e castanha na composição. Há ainda as raridades, a exemplo da cachaça Armazém Vieira Safira, envelhecida em ariribá e grápia, e Sanhaçu Orgânico, que repousa em tonéis de freijó – a rara madeira própria para o envelhecimento de cachaça.
O Brasil produz cerca de 1,2 bilhões de litros de cachaça por ano e o maior fabricante industrial é o Estado de São Paulo, seguido de Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba. Minas e Rio lideram a produção de cachaça artesanal. A bebida brasileira é exportada para mais de 60 países. A Alemanha responde por aproximadamente 30% da importação.
História
O Dia Nacional da Cachaça foi instituído em junho de 2009 por iniciativa do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). A data, 13 de setembro, tem significado histórico: nesse dia, no ano de 1661, a cachaça passou a ser oficialmente liberada para fabricação e venda no Brasil. A legalização da bebida resulta de uma revolta popular contra as imposições da Coroa portuguesa. O evento, ocorrido no Rio de Janeiro, ficou conhecido como “Revolta da Cachaça”.
Até então, a Coroa portuguesa impedia a produção da cachaça no Brasil, pois ambicionava substituir a bebida pela bagaceira, uma aguardente típica de Portugal.
Curiosidades
A cachaça tem em média 40% de teor alcoólico e, atualmente, é definida como um produto cultural brasileiro. A bebida tem vários sinônimos, alguns bastante curiosos, como mata-bicho, branquinha, parati, bicha, “água que passarinho não bebe”, “marvada”, veneno, boa etc.
Receitas de drinques com cachaça
Negroni
Ingredientes:
1 dose de cachaça envelhecida em amburana Prosa Mineira Ouro
1 dose de Campari
1 dose de vermute tinto
1 rodela de laranja
Cubos de gelo a gosto
Modo de preparo:
Misture a cachaça, o vermute tinto, o Campari e os cubos de gelo usando uma colher normal ou do tipo bailarina (utensílio com cabo em formato espiral, indispensável para bartenders profissionais ou amadores). Mexa bem lentamente para integrar os ingredientes e não derreter o gelo. Finalize com a rodela de laranja, que acrescentará sabor e charme à bebida.
Horta Baiana
Ingredientes:
60 ml de cachaça Rio do Engenho Top 45 Bálsamo
10 ml de xarope de ervas (tomilho, salsa, alecrim, aipo e coentro)
20 ml de vermute seco
Modo de preparo:
Basta misturar tudo e servir em temperatura ambiente.
No próximo dia 15 de setembro, sábado, às 16h30, os grupos 12 em Ponto e XI de Agosto, ambos do Coral da USP (Coralusp), realizam concerto da série Secos & Baianos pelo Programa Tardes Musicais da Casa-Museu Ema Klabin.
No repertório, sucessos como Rosa de Hiroshima (Gérson Conrad / Vinicius de Moraes), Rondó do Capitão (João Ricardo / Manuel Bandeira), O amor (João Ricardo), Fala (João Ricardo e Luhli), Tinindo Trincando (Luiz Galvão / Moraes Moreira), O patrão nosso de cada dia (João Ricardo), A menina dança (Luiz Galvão e Moraes Moreira) e Brasil pandeiro (Assis Valente).
Os dois grupos têm a regência de Eduardo Fernandes. Com um variado repertório, que combina nomes da música brasileira e mundial, o Coralusp é detentor de cinco premiações da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), conquistando a opinião crítica e o reconhecimento do público por seu repertório e execução de espetáculos ao longo de 50 anos.
Exposição Porcelana Europeia da Coleção Ema Klabin
A Casa-Museu Ema Klabin promove até o dia 16 de dezembro a exposição Porcelana europeia da Coleção Ema Klabin. Com curadoria do arquiteto Paulo de Freitas Costa, a mostra apresenta 39 peças raras das manufaturas de Sèvres, Berlim, Viena, Meissen, Limoges e Coalport, entre outras.
Além da exposição de porcelanas, é possível conhecer o acervo permanente da Casa-Museu, que abriga mais de 1500 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário, peças arqueológicas e artes decorativas.
Serviço:
Tardes Musicais: Concerto da série Secos & Baianos – Coral da USP
Data: 15 de setembro, sábado
Horário: 16h30
Grátis
Livre
170 lugares
Visita livre ao museu: das 14h às 17h
Fundação Ema Klabin: Rua Portugal, 43, Jardim Europa – São Paulo/SP – Telefone 55 (11) 3897-3232 – www.emaklabin.org.br.
Indaiatuba é destaque novamente entre as cidades com mais de 200 mil habitantes – o município foi o primeiro no Estado de São Paulo e o segundo do Brasil com melhor IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2017. Com o índice de 7,4, a rede municipal ultrapassou em 0,7 pontos a meta de 2017 e superou a meta estabelecida para 2021, que é de 7,1. A Rede Municipal de Ensino local também apresentou o mesmo índice da rede privada do Estado. O IDEB nacional das redes municipais foi 5,6 e o estadual, 6,5.
Indaiatuba divide o primeiro lugar com Jaguariúna, que também obteve a nota 7,4, mas supera a vizinha da RMC (Região Metropolitana de Campinas) quando são consideradas as médias de desempenho nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
A EMEB “Osório Germano e Silva Filho” é a primeira melhor escola do Estado, com 9.0 no IDEB e a EMEB “Yolanda Steffen” se classificou como a décima quinta no ranking estadual. Todas as unidades escolares de Indaiatuba atingiram a meta prevista para 2017. Das 28 escolas municipais que participaram da Prova Brasil 2017, 22 já alcançaram ou ultrapassaram a meta prevista para 2021. A EMEB “Doardo Borsari” ultrapassou em 2,2 pontos a meta prevista para 2017 e a EMEB “Leonel José Vitorino Ribeiro” foi a unidade que apresentou o melhor índice comparado a 2015, com crescimento 1,5 no IDEB.
Para a secretária municipal de Educação, Rita de Cássia Trasferetti, o resultado de Indaiatuba é excelente e mostra que o trabalho realizado pelo município está na direção certa. “Estamos muito contentes com a nota do IDEB. O resultado positivo reafirma nosso trabalho constante em prol da melhoria da qualidade da Educação para nossos alunos. A alta nota que recebemos só foi possível pelo trabalho sério desenvolvido pela formação continuada aos profissionais da educação e pelo empenho e dedicação de nossos professores e equipes e ao apoio da administração, que valoriza e prioriza a Educação do município. Embora a avalição seja realizada com os alunos dos quintos anos, o resultado obtido se deve a soma dos trabalhos desenvolvidos com as crianças desde a creche”, ressalta Rita.
Sobre o IDEB
O IDEB é um indicador de desempenho da educação básica divulgado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), autarquia do Ministério da Educação (MEC) e relaciona duas dimensões: o desempenho dos estudantes na Prova Brasil nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e a taxa de aprovação. O índice varia de 0 a 10: quanto maior for o desempenho dos alunos e o número de alunos promovidos, maior será o IDEB.
Criado em 2007, o IDEB representa a iniciativa de reunir, em um só indicador, dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do INEP a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
Desde 2007, a Rede Municipal de Ensino tem atingido a meta para os anos iniciais do Ensino Fundamental. O índice conquistado é o resultado de um grupo de ações integradas e planejadas que objetivam a qualidade educacional como capacitações frequentes para professores, coordenadores e gestores; incentivo à participação das famílias; acompanhamento multissetorial ao aluno; identificação das escolas que exigem um acompanhamento maior da Secretaria para superar seus desafios; o investimento no apoio pedagógico paralelo aos alunos que demonstram defasagem de conteúdo ou dificuldade de aprendizagem; o investimento em tecnologia educacional para incrementar as aulas e a didática dos professores; a aquisição regular de inúmeros livros de literatura para servir o acervo bibliográfico das escolas e a construção de material didático próprio que privilegiaram as necessidades da Rede Municipal de Ensino.