“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
A criatividade irá pautar o futuro – essa premissa, compartilhada por estudiosos de diversas áreas do conhecimento humano, norteia o 1º Festival Internacional Santista de Criatividade, Inovação e Sociedade. Previsto para acontecer remotamente, com transmissão em plataformas de streaming a partir de Santos, o CriAtivar reunirá, de 24 a 27 de setembro, mais de 40 atividades gratuitas, divididas em quatro eixos temáticos. Especialistas nacionais e internacionais, como Brian Solis e Domenico De Masi, debaterão temas como economia criativa, inovação, construção de uma nova sociedade e novos paradigmas da economia local e mundial. O festival é organizado pela DCovas Projetos Culturais e Corporativos, LAB 4D e Zopp Criativa; a curadoria é do Atelier do Futuro e realização do Governo do Estado de São Paulo, via ProAC.
O evento CriAtivar surge como uma convergência com a Santos Criativa – selo adotado pela cidade em 2015, quando passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco na categoria Cinema. Em 2020, a cidade realizaria, pela primeira vez na América Latina, o Encontro Anual da Rede de Cidades Criativas das Organizações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Diante da pandemia, que demandou o cancelamento de atividades presenciais, o 1º Festival Internacional Santista de Criatividade, Inovação e Sociedade se estabelece como alternativa qualificada e disruptiva, muito alinhada ao vanguardismo de Santos.
Para Denise Covas, uma das organizadoras do evento, Santos sempre foi marcada pela vanguarda por ser aberta para o mundo. “A cidade sempre acolheu pessoas de diferentes nacionalidades, que buscavam oportunidades para empreender a própria vida e criar negócios. Ao longo da história, está no DNA de Santos ser disruptiva nos temas e nos costumes. O CriAtivar vai explorar exatamente essas possibilidades santistas. Olhando e integrando o mundo; reconhecendo as próprias potencialidades, queremos provocar reflexões, sobretudo, associadas à economia criativa e à inovação. Esse olhar para dentro e para fora é essencial para repensar novos caminhos para a sociedade”, afirma Denise. De acordo com a executiva, a ênfase na economia criativa está baseada no potencial de negócios do setor. O mapeamento Indústria Criativa no Brasil mostra que o PIB Criativo totalizou R$171,5 bilhões, em 2017, representando 2,61% de toda a riqueza produzida no território nacional e contando com mais de 800 mil trabalhadores formais no período. “Essa pesquisa da Firjan Senai comprova que estamos diante de um setor com grande potencial de contribuir com a economia e gerar empregos”, afirma.
Danilo Tavares, fundador da Zopp Criativa, avalia que o Criativar será uma oportunidade de trocar experiências com iniciativas inovadoras e disruptivas – seja nas periferias ou nos centros econômicos nacionais e internacionais, nos festivais ou no cinema, nas startups ou nas usinas criativas ou nos empreendimentos solidários, na arquitetura ou no design. “O slogan Expanda a sua visão de futuro é um convite para acreditar no poder da criatividade e do diálogo para a construção de novas possibilidades de relacionamentos de consumo, de trabalho e renda, de negócios e de mundo. Esse é o momento para sonharmos e desenharmos o futuro”, pontua.
O evento tem a cocuradoria de Mariana Nobre, gestora do Atelier do Futuro. Santista – especialista em novos cenários culturais, inovação em tendências –, ela lembra que é importante evidenciar o que fez Santos conquistar a escolha da Cidade Criativa para sediar o Encontro Anual da Rede de Cidades Criativas da Unesco. “A proposta da cidade tem como tema ‘Criatividade, caminho para a Igualdade’, com o objetivo de demonstrar o poder da criatividade e da cultura como fatores de desenvolvimento social, urbano e econômico sustentável para a redução das desigualdades no mundo. Esse é um tema de extrema importância para a reconstrução econômica da cidade em um cenário pós-pandemia; por isso, está em total consonância com a proposta do Criativar”, reforça.
EIXO 1 | CIDADE CRIATIVA
– De uma economia criativa a uma cidade criativa: alternativas de desenvolvimento econômico
– Negócios criativos e requalificação urbana
– Entendendo os movimentos #beofficeless e #foracidadegrande: a diáspora dos criativos
– A força da identidade local: hiperlocalismo e place branding
– Centro: um polo criativo
– Usinas criativas para um mundo pós-Covid
– Cidade criativa para além do empreendedorismo branco.
EIXO 2 | TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, NEGÓCIOS E EMPREENDEDORISMO
– Canabusiness: a revolução canábica
– Para além dos unicórnios: cases de startups santistas
– Economia prateada: a revolução da longevidade
– Desafios das mulheres no empreendedorismo
– Empregabilidade e empreendedorismo trans.
EIXO 3 | FUTURO, SUSTENTABILIDADE, IMPACTO E CIDADANIA
– Agenda 2030: compromissos com o milênio, entendendo as ODS da ONU
– Laboratórios cívicos: a imaginação coletiva
– O poder do brincar: da saúde mental à transformação social
– Renda básica universal: equidade para o futuro
– Arqueologia do futuro: Santos, historicamente criativa
– Dinheiro para um novo mundo: moedas sociais e novas visões de crédito
– Liberte o futuro: a desigualdade global é hostil para as futuras gerações
– Afrofuturismo: um lúcido paradigma para o futuro
– Humanismo urgente: as questões fundamentais para o porvir
– O futuro do trabalho e o trabalho do futuro
– A inovação está na natureza: olhares da agricultura urbana, da ecogastronomia e da biomimética
– Mobilidade e inclusão
– Financiando projetos: match de investidores, matchfunding e leis de incentivo.
EIXO 4 | CRIATIVIDADE, CULTURA E ARTE
– É possível ensinar criatividade?
– Criatividade na quebrada: do Vale do Silício ao Vale do Silêncio
– Ócio e tempo livre: de subversivos a revolucionários
– Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Moda
– Resistentes e Inovadores: os livreiros no mundo dos algoritmos e dos e-books
– Mercado da voz: você já pensou em usar a sua?
– Desafios da equidade na produção cultural
– O movimento maker e a construção de novas realidades
– Novos papéis dos influenciadores digitais
– As reinações da gastronomia: como o que está no nosso prato revela o espírito do nosso tempo?
– A era da curadoria
– Empreendendo na música
– Como transformar Santos em um polo do audiovisual?
– Audiovisual expandindo: realidade virtual e aumentada, animação; games e video mapping
– Cinema nacional: rumos e resistências.
PARTICIPANTES
De 24 a 27 de setembro, o CriAtivar – que aposta na tendência da dispersão dos grandes centros urbanos, em decorrência do amadurecimento do trabalho remoto – vai reunir nomes como Brian Solis (escritor, antropólogo digital e futurista classificado pela Forbes como uma das mentes de negócio mais criativas e brilhantes do nosso tempo); Domenico De Masi (sociólogo italiano formulador do conceito ócio criativo); Dario Costa (chef, vencedor do Mestres do Sabor), Ana Carla Fonseca (vencedora do Prêmio Jabuti, categoria Economia); Luiza Voll (Contente); Facundo Guerra; Helena Bertho (gerente de comunicação da Coca-Cola); Ana Fontes (empreendedora social RME e IRME, delegada líder BR W20/G20, eleita uma das 20 mulheres poderosas pela Forbes BR 2019, Top Voices LinkedIn 2020); Glamour Garcia (atriz, interpretou Britney na novela A Dona do Pedaço); Watatakalu Yawalapiti (uma das grandes lideranças indígenas no Alto Xingu, protagonista do documentário Gigantes pela própria natureza); Luli Radfahrer (professor, Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, pesquisador, designer e analista de tendências digitais); Heitor Dhalia (sócio da Paranoid e diretor de filmes como O Cheiro do Ralo e Serra Pelada), entre outros.
AGENDA
Evento: CriAtivar – 1º Festival Internacional Santista de Criatividade, Inovação e Sociedade
Data: de 24 a 27 de setembro
Transmissão: redes sociais do CriAtivar (@festivalcriativar)
Organização: DCovas Projetos Culturais e Corporativos, LAB 4D e Zopp Criativa Cocuradoria: Atelier do Futuro
Realização: Governo do Estado de São Paulo | ProAC
SOBRE O FESTIVAL CRIATIVAR | Organizado pela DCovas Projetos Culturais e Corporativos, LAB 4D e Zopp Criativa – com curadoria do Atelier do Futuro e realização do Governo do Estado de São Paulo, via Programa de Ação Cultural (ProAC) –, o Festival Internacional Santista de Criatividade, Inovação e Sociedade foi pensado para colaborar com o ecossistema de Economia Criativa. O evento acontece em convergência com a Santos Criativa, selo adotado pela cidade. Em 2015, o município passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na categoria Cinema. De 24 a 27 de setembro, a partir da cidade e para o mundo, serão transmitidas mais de 40 atividades gratuitas como painéis, mostra de design e bate-papos. A programação on-line está alinhada a quatro eixos temáticos: Cidade Criativa; Tecnologia, Inovação, Negócios e Empreendedorismo; Futuro, Sustentabilidade, Impacto e Cidadania; e Criatividade, Cultura e Arte.
Menina de branco, festa do Bonfim, Salvador, 1994, Mario Cravo Neto.
Incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira e torná-la acessível ao maior número possível de pessoas – este é um dos pilares que regem o Museu de Arte Moderna de São Paulo e é também o cerne da ação inédita que a instituição promove nas ruas da cidade. O MAM expande seu espaço físico e, a partir de 18 de agosto, leva obras de seu acervo para painéis de pontos de ônibus e projeções de escala monumental em edifícios do centro de São Paulo.
A ação MAM na Cidade reforça a missão do Museu de democratizar o acesso à arte e surge, também, como resposta às novas dinâmicas sociais impostas pela pandemia.
“A democratização à arte faz parte da essência do MAM e é uma missão que desenvolvemos por meio de programas expositivos e iniciativas diversas, desde iniciativas pioneiras do Educativo que dialogam com o público diverso dentro e fora do Parque Ibirapuera, até ações digitais que ampliam o acesso ao acervo, trazem mostras online e conteúdo cultural. Com o MAM na Cidade, queremos promover uma nova forma de experienciar o Museu. É um presente que oferecemos a São Paulo”, diz Mariana Guarini Berenguer, presidente do MAM São Paulo.
Destrutura urbana 8, 1976, Regina Silveira.
Ao longo de duas semanas, MAM na Cidade apresentará imagens de obras de nomes emblemáticos da arte brasileira, como Tarsila do Amaral, Mário Cravo Neto, Waltercio Caldas, Claudia Andujar, Rosana Paulino e Nelson Leirner, espalhadas pela capital paulista em 140 painéis em pontos de ônibus. As obras serão acompanhadas por QR Codes no qual o espectador será direcionado para um podcast no Spotify com áudios de personalidades relevantes, como Gilberto Gil, Arnaldo Antunes, Laerte Coutinho, Hortência, MC Soffia, Bruna Linzmeyer, Lázaro Ramos, Isabella Fiorentino, João Vicente e Ph Côrtes. Com o objetivo de tornar a cultura acessível para públicos diversos, cada convidado traz em locuções breves a história dos trabalhos exibidos, dos artistas e o contexto histórico em que foram criados, dentre outras informações sobre as obras. A ação está sendo realizada de forma colaborativa e sem custos, uma vez que o Museu está contando com apoio pro-bono e parceria da agência África, das personalidades que doaram suas vozes para o projeto e dos veículos que cederam os espaços nas mídias urbanas.
Como forma de ampliar o alcance das obras, MAM na Cidade exibe trabalhos de artistas como Cildo Meireles, Maureen Bisilliat e Tomie Ohtake em projeções de escala monumental em três empenas cegas de edifícios do centro de São Paulo. A exposição a céu aberto acontece em dois finais de semana, sempre das 19h às 20h, sendo no dia 22 de agosto em fachada na Rua Caio Prado com Rua da Consolação (Centro), no dia 23 de agosto na Rua Santa Isabel (Santa Cecília) e no dia 29 de agosto, na Rua Maria Antônia (Consolação).
Levar o Museu para além do Parque Ibirapuera, aproximando do cotidiano das pessoas, de suas redes e em diálogo com a cidade é um dos principais projetos do novo curador Cauê Alves. “A ideia é ressignificar a presença do Museu no dia a dia das pessoas por meio de ações e programas, presenciais e digitais, que não restringem a instituição apenas ao espaço físico e atingem públicos diversos”, pontua o curador.
Sobre o MAM São Paulo
Foto: divulgação/Parque Ibirapuera Conservação – nenhuma violação de direitos autorais pretendida..
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições abrem-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
http://www.mam.org.br/MAMoficial
http://www.instagram.com/MAMoficial
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Foto: divulgação.
O risoto é um prato típico da região norte da Itália, na Lombardia, conhecida como a “terra do risoto”. O prato perfeito tem o arroz al dente, porém sempre muito cremoso, e geralmente feito com o arroz arbóreo para garantir a cremosidade. “O risoto é um clássico que tem lugar especial no meu coração e na minha cozinha. Gosto de variar e fazer novas combinações. Essa versão com blueberry é bonita e sofisticada. A fruta deixa um azedinho na boca, combinando perfeitamente com a carne de porco assada que utilizei nesse preparo”, afirma o chef Melchior Neto, do Gema Restaurante.
Risoto de Blueberry
Ingredientes:
Risoto
3 xícaras (chá) de arroz arbóreo
2 colheres (sopa) de cebola picada
200 ml de vinho tinto
1 litro de caldo de legumes
300 g de blueberry
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
10 g de manteiga
50 g de parmesão
Sal e pimenta do reino a gosto
Costela de porco
1 costela de porco
Sal grosso e chimichurri pra temperar
Modo de preparo:
Costela de porco
Tempere a carne com sal grosso e o chimichurri. Coloque em uma assadeira e embrulhe com papel alumínio. Leve para assar em forno pré-aquecido a 250° por 1 hora. Retire o papel alumínio e deixe dourar.
Risoto
Bata o blueberry com água no liquidificador e reserve. Em uma panela refogue as cebolas no azeite em fogo baixo, junte o arroz e depois acrescente o vinho, mexendo sempre. Adicione o caldo de legumes aos poucos e deixe evaporar mexendo sem parar. Quando o arroz já estiver ao dente, coloque o creme de blueberry e misture bem. Corrija o tempero com sal e a pimenta do reino e desligue o fogo. Coloque o parmesão e a manteiga misturando até incorporar. Sirva com a costela fatiada.
Marina Guzzo. Crédito da foto: Gui Galembeck.
Prestes a completar dois meses no ar, a programação da série Dança Em Casa Com SESC traz na próxima semana a apresentação Floresta, com Marina Guzzo, na terça-feira, 18/8, e Cartas para um Outro Tempo, com os bailarinos Letícia Forattini e Otávio Portela, da São Paulo Companhia de Dança, na quinta-feira, dia 20/8. A série mostra novos trabalhos todas as terças e quintas, sempre às 21h30, através do YouTube do SESC São Paulo e da página do SESC Ao Vivo no Instagram, sempre com um espetáculo ao vivo de dança apresentado direto da casa do artista.
Como num sonho pandêmico, a proposta da live-performance Floresta, de Marina Guzzo, é ativar um desejo de floresta no espaço improvável da sala de casa ou de qualquer lugar – a obra parte do corpo, da ficção, das plantas e objetos. A experiência recupera formas de ação presentes tanto no pluralismo dos conhecimentos originários como nas práticas de reflorestamento. O que se apresenta é um movimento em direção à capacidade de encantamento do mundo como estratégia de redesenho do real e do presente. O sonho da regeneração, da cura, da festa e da fartura como saídas ao deserto da monocultura. Transformar o corpo, a sala, a dança, a cidade, o Brasil, o mundo, as relações, o futuro, o medo, o vírus, os afetos, o mercado, as encruzilhadas, o desejo. A concepção, coreografia e performance são da própria artista, acompanhada de João Simão, que também assina a paisagem sonora. Artista e pesquisadora das artes do corpo, Marina concentra suas criações na interface das linguagens artísticas e a incerteza da vida contemporânea, misturando dança, performance e circo para explorar os limites do corpo e da subjetividade nas cidades e na natureza.
São Paulo Companhia de Dança – Letícia Otavio. Crédito da foto: Charles Lima.
Na quinta-feira, dia 20/8, acontece a apresentação Cartas para um Outro Tempo, com Letícia Forattini e Otávio Portela, da São Paulo Companhia de Dança. O trabalho reflete sobre o momento atual provocado pela pandemia do novo coronavírus e questiona: como será a nossa realidade daqui a alguns anos? Como vamos olhar, então, para o que estamos vivendo agora? O duo, que conta com dramaturgia do artista convidado Bastian Thurner, tem como ponto de partida a conexão à distância – única comunicação disponível durante o isolamento – e as sensações provocadas por esses tempos. Para retratar inquietações pessoais e coletivas de hoje, os artistas resgatam a memória afetiva da correspondência por meio de cartas e se inspiram em mensagens cheias de esperança sobre o futuro e o presente, escritas por seus familiares e amigos próximos. A criação é inédita e será dançada pelos artistas no espaço doméstico, um lugar de memória e de estabelecimento de relações afetivas e de onde se observa a passagem dos dias. Cartas para um Outro Tempo, uma jornada poética através de afetos e do próprio tempo, propõe uma conexão que ultrapassa o momento presente.
A ação #EmCasaComSESC proporciona o encontro do público com artistas das mais diversas linguagens e estilos, em ambiente digital. Desde abril, o SESC São Paulo oferece transmissões ao vivo, direto da casa do artista ou do atleta convidado para a casa do público, com conteúdos voltados à música, teatro, dança, circo, contação de histórias e esportes. Parte das atividades estão disponíveis no canal da instituição no YouTube: http://www.youtube.com/SESCsp.
Sempre às terças e quintas-feiras, às 21h30, acontece uma apresentação de dança no formato de solos, duplas ou com mais integrantes – desde que estes já estejam dividindo o mesmo espaço neste período de quarentena – podendo ser coreografias inéditas, criadas para este espaço digital, trechos de obras ou adaptações de trabalhos existentes, de acordo com o espaço e proposta de cada obra. As apresentações têm duração de até 40 minutos. Dentro desta linguagem, a experiência das diversas edições da Bienal SESC de Dança, que teve sua 11ª edição realizada em setembro de 2019, possibilita a expansão da atuação digital da instituição. A programação terá como foco abranger o maior número de vertentes e movimentos da dança, em suas expressões, diversidades e poéticas de corpos, dentro das muitas áreas de pesquisa, como a clássica, urbana, contemporânea, performática e experimental.
Assista: youtube.com/sescsp instagram.com/sescaovivo.
Após o sucesso da primeira edição, a Japan House São Paulo anuncia mais uma Experiência JHSP Online: um encontro com o Japão em casa para o dia 26 de agosto, às 19h30. Nesta ocasião, a iniciativa será realizada em conjunto com o Restaurante Aizomê e as lojas Shin e Furoshiki – negócios independentes localizados dentro da instituição nipônica. A ação é inspirada pelo provérbio japonês Ichigo ichie (一期一会), que transmite a ideia de transitoriedade de forma simples e profunda e enfatiza que todos os encontros em nossas vidas são únicos. Com origem na Cerimônia do Chá, a expressão valoriza os esforços de cada um dos envolvidos em fazer com que aquele momento aconteça.
Inspirados por essa reflexão, o encontro online promete uma nova experiência sensorial, agora focada na gastronomia japonesa, incluindo todos seus símbolos, aromas e sabores e ressignificando a maneira de estar junto para compartilhar histórias da cultura japonesa em uma rica troca com outras pessoas e profissionais. Realizada por meio da plataforma Zoom, a experiência será comandada por Telma Shiraishi, chef do restaurante Aizomê, que ensinará o chawanmushi (茶碗蒸し), uma preparação japonesa levíssima, muito tradicional e rica em sabores e texturas. O passo a passo de Telma começa com o dashi – o caldo básico da culinária japonesa que carrega a essência do umami –, e segue com todas as dicas para a montagem e o cozimento do prato. Umami é o quinto gosto básico do paladar humano: é a percepção de “deliciosidade” presente em alguns preparos e alimentos. O chawanmushi é uma das receitas que são exemplo de exaltação do umami, concentrando muitos sabores em uma preparação simples e leve, mas surpreendente pela profundidade e complexidade.
Nesta edição estarão disponíveis três modalidades de participação (pagas e gratuita), permitindo que mais pessoas possam participar desta vivência no conforto de suas casas. Embalado por um furoshiki especial de linho, o kit completo oferece os ingredientes para a receita, uma yunomi de cerâmica assinada pela artista Hideko Honma, especialmente escolhida para montagem do chawanmushi. Uma segunda possibilidade é o kit básico com todos os ingredientes para execução do prato e, por fim, a opção de acesso livre à live e a lista de ingredientes, para que os participantes possam providenciá-los e preparar seu próprio chawanmushi. É necessário realizar inscrições por meio do link https://bit.ly/experienciaJHSP para participar de qualquer uma das modalidades, sendo que as versões pagas possuem vagas limitadas.
Receita tradicional no Japão, o chawanmushi engloba elementos que remetem ao conforto de casa e promove uma sensação de tranquilidade com o ritual de seu preparo. Considerado um pudim, flan ou creme de ovos salgado, traz ingredientes variados para enriquecer a receita como frango, frutos do mar, cogumelos e vegetais. Típico da culinária japonesa, o prato tem seus registros desde o século 18 e acredita-se que seja originário de regiões como Kyoto e Osaka, sendo posteriormente difundido para outros locais como Edo (antigo nome da capital, Tóquio) e Nagasaki. Atualmente a receita segue extremamente popular e pode ser encontrada por todo o arquipélago, sendo comumente servida como entrada ou acompanhamento, seja em preparações caseiras ou como parte de sofisticados banquetes em restaurantes luxuosos, demonstrando sua versatilidade e popularidade.
Confira os detalhes de cada modalidade
1 – Kit Completo: R$150 + frete, com inscrição obrigatória para acessar a live. Contempla um kit idealizado para todas as etapas da experiência:
– Ingredientes selecionados pelo Restaurante Aizomê para a realização da receita do chawanmushi (alga kombu e katsuobushi em quantidades exatas para as porções sugeridas; 6 ovos orgânicos; cubos de frango cozido; camarões limpos; grãos de soja verde (edamame); kamaboko; cenoura cozida; cogumelos shiitake e shimeji; shoyu usukuchi; mirin e sake);
– Uma yunomi de cerâmica (aproximadamente 150ml) assinada pela artista Hideko Honma e especialmente selecionada pela curadoria Shin para montagem e apresentação tradicional do chawanmushi;
– Embalagem em Furoshiki de linho japonês (uma técnica milenar japonesa que utiliza tecidos quadrados para envolver e proteger os mais variados tipos de objetos por meio de nós);
2 – Kit Básico: R$50 + frete, com inscrição obrigatória para acessar a live. Modalidade indicada para quem já possui os recipientes adequados para preparar e degustar seu chawanmushi:
– Ingredientes selecionados pelo Restaurante Aizomê para a realização da receita do chawanmushi (alga kombu e katsuobushi em quantidades exatas para as porções sugeridas; 6 ovos orgânicos; cubos de frango cozido; camarões limpos; grãos de soja verde (edamame); kamaboko; cenoura cozida; cogumelos shiitake e shimeji; shoyu usukuchi; mirin e sake);
3 – Livre: Modalidade gratuita com inscrição obrigatória para acessar a live. Ideal para quem está fora da cidade de São Paulo, mas não quer perder este encontro com a chef.
– Acesso à lista dos ingredientes com especificações para providenciar antecipadamente.
Experiência JHSP Online: um encontro com o Japão em casa – Aprendendo a fazer o chawanmushi
Quando: 26 de agosto, às 19h30
Onde: Plataforma Zoom
Inscrições: https://bit.ly/experienciaJHSP
Valores: R$150,00; R$50,00 ou gratuito
Vagas: limitadas somente para as modalidades pagas
Acompanhe a Japan House São Paulo nas redes sociais:
Site: www.japanhouse.jp/saopaulo
Instagram: @japanhousesp
Twitter: twitter.com/japanhousesp
Youtube: www.youtube.com/japanhousesaopaulo
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Instagram Furoshiki Store: @furoshikistore
Instagram Aizomê Restaurante: @aizomerestaurante
Sobre a Japan House São Paulo
Foto: Estevam Romera.
A Japan House São Paulo é uma instituição dedicada a mostrar o melhor do Japão do século 21. Inaugurada em maio de 2017, foi a primeira a abrir as portas no mundo, seguida por Los Angeles (inauguração total em agosto/2018) e Londres (inaugurada em junho/2018). Desde sua abertura, o público brasileiro vem sendo convidado a ter uma experiência dos modos de viver do Japão contemporâneo. A Japan House São Paulo promove, em seus três andares, exposições, seminários, workshops e atividades que trazem ao Brasil os mais relevantes criadores e empreendedores japoneses da atualidade nas artes, no design, na moda, na gastronomia, na ciência e na tecnologia. A instituição já recebeu mais de dois milhões de visitantes.
Sobre o Aizomê
Com unidade no Jardim Paulista e na Japan House São Paulo, o AIZOMÊ tem um trabalho consistente baseado em fundamentais tradições japonesas. O restaurante, de ambiente tranquilo, tem como conceito o omotenashi – o melhor da hospitalidade japonesa. O menu, com pratos equilibrados entre receitas quentes e frias, é fundamentado na busca da chef e proprietária Telma Shiraishi pelos melhores ingredientes do campo e do mar e o cultivo de um círculo seleto de produtores, fornecedores e parceiros. A partir de uma base de sabores e técnicas tradicionais da culinária japonesa a chef elabora uma variedade de preparações com toques autorais seguindo o sabor das estações, do clima e de suas inspirações. Em 2020 a casa completou 13 anos, com uma história marcada tanto por oferecer comida deliciosa quanto por sua proposta de apresentar a grande variedade e a profundidade dessa culinária tão admirada e fundamentada no melhor de uma cultura milenar.
Sobre Shin
Aberta em 2017 sob o olhar crítico do designer Kenya Hara, a Shin fica localizada dentro da Japan House São Paulo e apresenta o lado mais genuíno do Japão contemporâneo por meio de produtos de arte e design vindos de diferentes regiões do país.
O ideograma presente na marca Shin representa para a cultura japonesa o que é verdadeiro e autêntico e é sob esta ótica que o espaço seleciona itens que respeitam as tradições e valorizam o trabalho minucioso dos artesãos, que transmitem por meio de sua arte o senso estético japonês. Entre os produtos de destaque estão as peças em bambu de Kohchosai Kosuga e os tecidos únicos da Nuno Works.
Sobre Furoshiki
Criada em 2017 com objetivo de compartilhar a cultura do furoshiki contemporâneo, a Furoshiki Store fica localizada na Japan House São Paulo. Item essencial no cotidiano japonês, esta técnica milenar japonesa é conhecida por envolver objetos com tecidos quadrados utilizando nós. O furoshiki deu origem à considerada primeira ecobag. As aplicações da técnica vão de embalagens para presentes, obentôs, peças de vestuário até outros acessórios, reforçando seu aspecto ecofriendly.
Para a difusão dessa cultura, a marca traz uma seleção de tecidos importados do Japão repleta de significados, estampas e temas que variam conforme a estação do ano e festas comemorativas, além de acessórios feitos em madeira brasileira. A marca também desenvolve peças de vestuário atemporais, desenvolvidas pelo Estúdio Furoshiki, e comercializa modelos assinados pela estilista Fernanda Yamamoto.
A Furoshiki Store trabalha seguindo os valores do Mottainai para redução do desperdício, aprendendo a reconhecer o valor das coisas e respeitá-las, e o de Omotenashi, de tratar o próximo com hospitalidade e respeito mútuo, atitudes primordiais ao povo japonês.