“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Imagem: website do tatuador.
Pensando em como ajudar o próximo, o tatuador Pietro Marinho, também conhecido como Mahadevil, preparou um projeto chamado Cicatrizes, que tem como principal objetivo dar um novo significado as marcas de quem já sofreu automutilação. A ação, em prol do Setembro Amarelo, não tem fins lucrativos e busca, por meio de rituais com medicinas indígenas e acessando a espiritualidade de cada um, transformar a dor dessa lembrança em arte, superação e força.
Durante esse mês, Pietro vai atender três vezes por semana em seu ateliê, localizado na cidade de São Paulo e, como o artista procura estabelecer uma conexão espiritual com cada pessoa atendida, ele reserva um dia inteiro para cada sessão.
Felícia Bruno foi a primeira pessoa a ser tatuada por Pietro nesse mês especial e resolveu compartilhar seu depoimento, que segundo ele, foi um tapa na cara e o fez parar para refletir sobre muitos pontos. “Às vezes nos vemos presos numa situação que parece sem saída, o fim da linha. Mas sempre há saída. Somos, de fato, uma metamorfose ambulante. Não há obstáculos que não possamos atravessar. Ou dor que não possamos superar. Não somos os mesmos de ontem, assim como não seremos os mesmos amanhã. A vida se renova constantemente e há sempre oportunidade de recomeçar. E recomece quantas vezes for necessário. O processo importa, os detalhes importam. A dor nos faz lembrar que estamos vivos, que somos feitos de carne e somos parte de algo incrivelmente lindo e maior que nós. Há beleza no caminho e significado na dor. Honre seu percurso e a sua dor. Faça ela de impulso pra sua transformação e confia que o vento leva e o tempo cura.”
Os planos eram apenas para setembro, mas a procura pelo artista foi tão grande, que ele pretende estender o projeto por tempo indeterminado, pois acredita que a visibilidade para assuntos como este precisa ser cada vez maior. Além disso, Mahadevil quer conscientizar outros artistas e pessoas mostrando que é possível ajudar o próximo sem esperar nada em troca e ele acredita que a sociedade está vivendo um tempo de amor e que atitudes como essa serão mais comuns.
Como fazer parte do projeto
Para participar, o tatuador pede que as pessoas mandem uma mensagem pelo e-mail cicatrizes@mahadevil.com.br contando suas histórias, em quais estados elas residem e anexando uma foto. Os relatos enviados de outras cidades fora de São Paulo são encaminhados a tatuadores de diferentes lugares do país, que se candidatam a participar do projeto pelo e-mail selecaotatuadores@mahadevil.com.br.
De acordo com o ilustrador, nem sempre é possível que todas as pessoas sejam atendidas, já que a quantidade de mensagens recebidas é muito grande. No entanto, Mahadevil pede para que os que não foram atendidos não desistam e possam ser inspirados por esse trabalho. “Cada movimento que a gente dá, a gente respinga para outras pessoas também. Então, que bom que isso está chegando em lugares, né? Vamos dar visibilidade para essa causa. O objetivo é inspirar as pessoas a trabalharem também esse outro lado”, afirmou.
O ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola em uma de suas entrevistas ao programa. Foto: Marcos Penteado/Cedoc/FPA.
Um dos mais importantes e tradicionais programas de entrevistas da televisão brasileira, o Roda Viva completa 34 anos e, para comemorar, a TV Cultura reúne alguns dos ex-âncoras do jornalístico para entrevistar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao vivo, na segunda-feira (28/9). Com apresentação de Vera Magalhães, a edição vai ao ar na TV Cultura, site da emissora, Twitter, Facebook, YouTube, LinkedIn e também nas Rádios Cultura FM (103,3) e Cultura Brasil (1200 AM).
Fernando Henrique, que completou 90 anos, será sabatinado por Daniela Lima, Heródoto Barbeiro, Rodolpho Gamberini e Matinas Suzuki. De Portugal, onde vive, Paulo Markun participará remotamente. A exemplo de suas participações anteriores no programa, onde já esteve por treze vezes, FHC vai discutir os grandes desafios do País nos setores político, econômico e social. Também deve comentar sua recente declaração de que se arrepende por ter defendido a emenda constitucional que restabeleceu a reeleição, o que lhe garantiu um segundo mandato.
Fernando Henrique Cardoso
FHC foi Presidente da República em dois mandatos, entre 1995 e 2002, além de ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco, quando começou a ser desenhado o Plano Real, que iria controlar a inflação e estabilizar a economia do país. No mesmo governo, exerceu o cargo de ministro das Relações Exteriores.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso será o entrevistado da edição especial de aniversário. Foto: Vinicius Doti/Fundação FHC.
Fernando Henrique iniciou a carreira política no Senado, em 1983, ao assumir a cadeira de Franco Montoro, de quem era suplente e que havia sido eleito para o governo de São Paulo. Em 1986, foi reeleito com mais de 6 milhões de votos, depois de participar ativamente da campanha pelas Diretas Já, que visava uma transição pacífica do regime militar para a democracia.
Sociólogo, cientista político e professor universitário, o ex-presidente escreveu mais de 20 livros; entre eles, A Arte da Política, A História que vivi; Cartas a um Jovem Político – para construir um Brasil Melhor e Carta aos Brasileiros, além de tratados sobre sociologia e política.
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, especializou-se em Sociologia, obteve um doutorado e tornou-se professor de Ciência Política, na USP. Após o golpe militar de 1964, ele partiu para o exílio no Chile, onde viveu por três anos. Em seguida, mudou-se para a França, onde passou a lecionar na Universidade de Paris. Mais tarde, transferiu-se para os Estados Unidos, onde se tornou professor nas universidades de Stanford e Berkeley. De volta à Europa, lecionou em Cambridge, na Inglaterra e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, na França.
Fernando Henrique é detentor de 29 títulos de Doutor Honoris Causa, concedidos por universidades do Brasil, Europa e Estados Unidos.
Roda Viva
A apresentadora Vera Magalhães. Foto: Nathalie Bohm.
Lançado em 1986, o Roda Viva está completando 34 anos no ar. O programa é amplamente reconhecido como o mais tradicional e o mais respeitado espaço de debates da televisão brasileira. Desde a primeira entrevista com o então senador Paulo Brossard, em setembro de 1986, passaram pelo Roda Viva os grandes nomes da política – presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados, ministros de Estado –, da Economia, da Educação, da Cultura, e das Artes.
Ao longo de três décadas, o programa se consolidou como o principal palco de discussões dos grandes desafios nacionais e tem contribuído para levar à população as opiniões de representantes dos mais diversos setores da sociedade. O alcance nacional é garantido pela rede de afiliadas da TV Cultura, que chega a 27 unidades da Federação.
Realização: Fundação Padre Anchieta, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal – Lei de Incentivo à Cultura.
62% dos óbitos de pessoas identificadas como indígenas nas bases oficiais estão na Amazônia Legal. Foto: Fernando Crispim/Amazônia Real – Fotos Públicas.
Depois de mais de seis meses do início da pandemia no Brasil, o país ainda não conhece a real extensão do impacto da Covid-19 entre sua população indígena. Isso acontece porque ainda falta transparência nos dados divulgados pelas secretarias municipais e estaduais de saúde. Um a cada quatro casos de Covid-19 e SRAG suspeitos ainda não informa raça/cor, apesar de ser item obrigatório. A omissão dos dados de etnias indígenas é bem maior quando comparada a outros indicadores de raça/cor – apenas 57% dos estados e 15% das capitais brasileiras divulgam o dado. As informações são de relatório especial da Open Knowledge Brasil (OKBR), publicado nesta terça (22).
Nesta primeira edição de uma série de boletins especiais sobre a Amazônia, a OKBR aponta os problemas de gestão da informação e de falta de transparência que dificultam o atendimento a essas populações. A série tem apoio da Hivos, por meio de sua iniciativa Todos os Olhos na Amazônia.
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) contabiliza 426 mortes, mas não considera indígenas que vivem fora de terras homologadas. Na base de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que inclui os casos graves de Covid-19 que levaram à hospitalização, estão registrados 529 óbitos de pessoas registradas como indígenas em todo o país, em 183 municípios. Há, ainda, 106 mortes por SRAG de tipo “não especificado” entre indígenas; ou seja, pessoas que tiveram sintomas semelhantes aos provocados pela Covid-19, mas não houve testagem para confirmar a doença.
Ainda que somados, esses números oficiais podem estar subestimados por pelo menos três motivos: (i) não consideram óbitos existentes entre as notificações registradas no eSUS-Notifica, onde estão os casos inicialmente considerados leves e sem hospitalização; (ii) os registros de Raça/Cor podem ser inconsistentes (por exemplo, um indígena pode ser classificado como “pardo”); (iii) um quarto da base completa de casos (25%) ainda não tem especificado o campo Raça/Cor, seja por falta de preenchimento ou por classificar o caso como “ignorado”.
(Fonte: Agência Bori).
Foto: Mauricio Santaliestra.
A Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp, realiza no sábado 26 de setembro, a campanha mensal de doação de sangue na unidade da FIEC do Jd. Regina.
Dentre as medidas de segurança e de proteção dos doadores contra o novo coronavírus (Covid-19), a FIEC, com orientação do Hemocentro, realizará a distribuição de senhas online nos horários das 8h30, 9h, 10h, 10h30 e 11h. Para agendamento e retirada da senha online é necessário que o candidato faça um cadastro no link https://processoseletivo.sophia.com.br/SophiA_5/Default.aspx?escola=6462. As senhas são limitadas e o cadastro estará disponível a partir desta quinta-feira (24).
Será realizado o controle de acesso às dependências da FIEC restringindo 40 pessoas por horário, a fim de evitar aglomeração de pessoas. Orienta-se ainda que, os candidatos não levem acompanhantes, principalmente crianças, ao local da doação e que utilizem máscara.
Para ser um doador, é obrigatória a apresentação de documento oficial com foto, ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, não estar em jejum e evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem à doação.
Não poderá ser doador o candidato que nos últimos 30 dias tenha retornado de viagem ao exterior ou que tenha tido sintomas respiratórios, incluindo gripe ou febre. Além disso, o ato da doação fica restrito para pessoas que tenham se vacinado contra gripe a menos de 2 dias (48h), estejam em tratamento odontológico, não tiverem parceiro (a) fixo (a), pesarem menos de 50 quilos, tiverem feito endoscopia há menos de seis meses, tiverem colocado piercing ou feito tatuagem há menos de um ano, forem diabéticos, se tiverem ingerido bebida alcoólica na noite anterior ou fumado horas antes.
O Hemocentro ainda orienta que candidatos que estejam aptos e que tenham 60 anos ou mais não compareçam à doação de sangue devido à limitação do isolamento social. Existem vários critérios que são avaliados no dia da doação e que podem levar à inaptidão. Dúvidas pontuais como o uso de medicamentos, procedimentos invasivos recentes, viagens etc. serão avaliadas na triagem.
Se você vai doar pela primeira vez, saiba como funciona o processo de triagem e etapas que envolvem a doação:
1 – Retirada da senha
O candidato é recebido por um representante da FIEC. É importante que avise sobre a participação pela primeira vez como doador para que seja explicado como acontece a campanha e informados os principais motivos que possam impedir a doação.
2 – Sala de espera
Nessa etapa, o candidato aguarda até que seja chamado para o cadastro. Na sala de espera também são passadas algumas orientações.
3 – Cadastro
Obrigatória a apresentação de um documento oficial com foto para cadastro. Nessa etapa, informe se tem interesse em se cadastrar como doador de medula óssea.
4 – Exame físico
São realizados testes para anemia, verificação de pressão arterial, pulso, temperatura, peso e altura.
5 – Entrevista
A entrevista é individual e são feitas perguntas específicas e assinado um termo de responsabilidade quanto à veracidade das respostas.
6 – Coleta
Serão coletadas uma bolsa de sangue e amostras para os exames laboratoriais.
7 – Lanche
Após a doação, o candidato é encaminhado para um local onde é oferecido um lanche.
Todo o processo dura em média duas horas.
Serviço:
FIEC: Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3405 – Jardim Regina – Indaiatuba/SP
Hemocentro
Fale conosco no site www.hemocentro.unicamp.br
Telefone 0800 722 8422
E-mail hemocentro@unicamp.br.
O Museu do Café, em Santos/SP: programação especial acontece até 27/9 nos sites dos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. Imagem de 139904 por Pixabay.
Museus da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo participam, de 21 a 27 de setembro, da 14ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Dentro do tema Mundo Digital: Museus em Transformação, 14 instituições da Secretaria de Cultura integram a ação com atividades no ambiente virtual.
Terão programações especiais em seus sites Casa das Rosas, Memorial da Resistência, Museu AfroBrasil, Museu Casa Guilherme de Almeida, Museu Catavento, Museu Casa de Portinari, Museu da Casa Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Museu da Imigração, Museu de Arte Sacra, Museu do Café, Museu Felícia Leirner e Auditório Cláudio Montoro, Museu do Futebol e Museu Índia Vanuire.
A ação é gratuita, mas muitas atividades têm vagas limitadas e precisam de inscrição antecipada.
Casa das Rosas: www.casadasrosas.org.br
Memorial da Resistência: www.memorialdaresistenciasp.org.br/memorial/
Museu Afro Brasil: www.museuafrobrasil.org.br/
Casa Guilherme de Almeida: www.casaguilhermedealmeida.org.br/
Catavento: www.cataventocultural.org.br/
Museu Casa de Portinari: www.museucasadeportinari.org.br/
Museu da Casa Brasileira: http://mcb.org.br/pt/
Museu da Imagem e do Som: www.mis-sp.org.br/
Museu da Imigração: http://museudaimigracao.org.br/
Museu da Arte Sacra: http://museuartesacra.org.br/
Museu do Café: www.museudocafe.org.br/
Museu Felícia Leirner e Auditório Cláudio Santoro: www.museufelicialeirner.org.br/
Museu do Futebol: www.museudofutebol.org.br/
Museu Índia Vanuíre: www.museuindiavanuire.org.br/.