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BRICS impulsiona moda e indústria têxtil com sustentabilidade e inovação

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação/Maison Revolta.

O mercado de luxo, antes dominado por marcas ocidentais, está se deslocando para a Ásia, transformando os países do BRICS em novos polos de criação e consumo de moda. Hoje, marcas emergentes desses mercados somam mais de 200 bilhões de euros em valor.

A China, maior exportadora de roupas do mundo, produziu 30 bilhões de peças em 2019, representando 35% das exportações globais. Já na Rússia, o mercado de luxo cresce até 8% ao ano. O Brasil também se consolida, liderando exportações de algodão e investindo em design sustentável.

A participação brasileira no BRICS + Fashion Summit, realizado em Moscou, fortaleceu o setor, que emprega mais de 1,34 milhão de pessoas e conta com 4 mil fábricas de calçados. Marcas de designer nacionais, como a Maison Revolta, brilharam na passarela russa trazendo visibilidade para iniciativas ambientais e sociais. “O evento potencializou a moda brasileira globalmente. Nosso algodão regenerativo e couro certificado mostram que é possível unir alta qualidade e responsabilidade ambiental”, afirmou Rogério Vasques, designer brasileiro fundador da Maison Revolta e ex-braço direito de Karl Lagerfeld, cujo trabalho é focado em materiais de menor impacto ambiental.

Outro marco do evento foi a criação da Federação Internacional de Moda dos BRICS, unindo associações de mais de 50 países para impulsionar conexões internacionais, sustentabilidade e novas oportunidades. “É hora de valorizar mercados menos explorados e abrir espaço para ideias inovadoras”, declarou Nando Yax, fundador da Guatemala Fashion Week.

O BRICS + Fashion Summit reforça o papel estratégico do Brasil e dos países do bloco na construção de uma moda global mais inclusiva e sustentável.
(Com Isadora Nascimento/Fundamento Comunicação)

Em dez anos, Brasil perde força em pesquisa na área quântica, tema fundamental para soberania nacional

Brasil, por Kleber Patricio

China e Estados Unidos estão no topo das pesquisas na área quântica, concentrando cerca de metade da produção mundial. Foto: IBM Cryostat/Flickr.

O Brasil corre o risco de ficar para trás em uma das fronteiras da ciência global, as tecnologias quânticas, se não tratar o tema como uma prioridade estratégica nos próximos anos. É o que mostra o levantamento ‘A produção científica mundial em ciência e tecnologia quânticas e a participação brasileira – 2014-2023’, da Agência Bori e da Elsevier, publicado no último dia 19.

Os dados revelam uma queda na participação brasileira no cenário mundial na pesquisa em ciência e tecnologia quânticas: o país, que ocupava a 19ª posição no mundo em 2014, caiu para o 21º lugar em 2023. Considerando todas as áreas do conhecimento, o Brasil estava em 14º lugar mundial em termos de produção científica em 2023. A produção científica na área quântica está, portanto, abaixo da média nacional.

O levantamento da Bori-Elsevier analisou a produção científica dos 24 países que mais publicaram estudos em ciência e tecnologia quânticas no mundo, entre eles o Brasil, no período de 2014 a 2023. Foram considerados todos os tipos de publicações científicas, incluindo artigos, editoriais, revisões e outros.

Para a análise, foi usada a ferramenta analítica SciVal da Elsevier, que facilita o acesso aos dados da base de dados Scopus, cobrindo mais de 85 milhões de publicações editadas por mais de sete mil editoras científicas no mundo. Este é o sexto relatório da parceria entre a Elsevier e a Bori que se baseia nessa ferramenta. “A perda de posições no ranking e o posicionamento atual abaixo do nosso ranking geral em pesquisas nos sinaliza que o Brasil deve reforçar a prioridade sobre pesquisas em áreas com poder de permitir ao país não ficar dependente de outros em tecnologias consideradas essenciais para o futuro, como IA e tecnologias quânticas”, diz Dante Cid, vice-presidente de Relações Acadêmicas da América Latina da editora Elsevier.

O relatório vem à tona alguns dias depois de o Google ter anunciado um chip quântico — ainda experimental — que, segundo a empresa, leva cinco minutos para resolver um problema que os supercomputadores atuais levariam septilhões de anos para processar (impossível, portanto).

No topo das pesquisas na área quântica, mostram os dados da Bori-Elsevier, estão China e Estados Unidos. Juntos, os dois países concentram metade da produção de conhecimento nessa área em 2023. China e EUA também lideram a ciência mundial em todas as áreas do conhecimento.

“O aumento da distância que separa o Brasil dos países líderes em pesquisa quântica, nos últimos dez anos, não apenas acende um alerta, mas soa o alarme de que precisamos, como país, ter ações imediatas e coordenadas: é preciso intensificar o investimento em infraestrutura, promover políticas de incentivo ao desenvolvimento tecnológico e estreitar parcerias internacionais. Somente assim o Brasil poderá fortalecer sua soberania científica e se posicionar de forma competitiva frente às inovações disruptivas que moldarão o futuro”, explica Estevão Gamba, cientista de dados da Bori. “Nesse sentido, a Bori tem um papel de catalisar essa transformação ao promover uma aproximação entre academia, setor privado e governos, estabelecendo espaços de discussão e facilitando a circulação de ideias, a definição de agendas estratégicas e a identificação de oportunidades de cooperação”, diz.

Quântica no Brasil

Ao todo, 121 instituições brasileiras tiveram publicações na área no período de 2014 a 2023, com liderança da USP, da Unicamp e da UFRJ. Além disso, os dados mostram que 115 patentes em tecnologia quântica mundo afora citam 51 publicações de autores brasileiros na área. “Cinco países possuem mais patentes citando pesquisas brasileiras que o próprio Brasil. Isto indica que podemos aprimorar a aplicação prática das pesquisas aqui realizadas”, destaca Cid, da Elsevier.

Olhar para a ciência quântica é importante. Apesar de as possibilidades de aplicação ainda estarem ainda em fase embrionária, há expectativas de uso na segurança e na soberania dos países, que dependem da inviolabilidade de suas informações criptografadas. Na prática, o modo como processamos e analisamos problemas complexos ou como protegemos informação crítica podem ser completamente transformados quando computadores quânticos estiverem disponíveis.

O tema deve ser central na área acadêmica em 2025, com a proclamação, pela ONU, do Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica (IYQ). No ano que vem completam-se 100 anos do estabelecimento da mecânica quântica como área de conhecimento científico.

(Fonte: Agência Bori)

Programação de férias do Museu do Café oferece diversão e aprendizado para crianças de várias idades

Santos, por Kleber Patricio

Foto: Divulgação.

O Museu do Café (MC) oferecerá, de 8 de janeiro a 2 de fevereiro, uma programação especial direcionada ao público infantil e às suas famílias. Com brincadeiras, jogos e oficinas, a criançada poderá curtir momentos de diversão e aprendizado durante as férias escolares.

Disponível de quarta a domingo, das 11h às 17h, o já tradicional Espaço Café com Leite conta com piscina de bolinhas, cama elástica, xícara giratória, mini cafeteria e o Cafezalzinho, que reproduz uma pequena plantação e permite que a criança entenda melhor os processos envolvidos na produção da segunda bebida mais consumida no mundo. Para proporcionar mais experiências lúdicas relacionadas ao grão e a sua história e cultura, atividades temáticas serão realizadas aos fins de semana, sempre às 15h.

Em 11 e 18 de janeiro, uma oficina de circo conduzida pela Trupe do Mar proporcionará a experimentação da arte circense, em especial as habilidades de acrobacia e malabarismo, com humor de palhaço. Realizada pelo Núcleo Educativo do MC, a contação de histórias será a atração nos dias 11 e 25, excepcionalmente às 16h. Contos, lendas e fábulas que abordam temas ligados ao universo do café e do museu atraem a atenção de diversas faixas etárias e estimulam o hábito da leitura.

Em 12 e 19 de janeiro, a oficina de minibarista apresentará uma introdução lúdica ao latte art, ensinando os pequenos a criar desenhos decorativos em bebidas com café e leite. No último domingo do mês (26) e no dia 2 de fevereiro, a atividade terá como foco o preparo de milkshake de café. De forma simples e divertida, os participantes poderão misturar ingredientes como sorvete, leite, café e confeitos para fazer sua bebida gelada.

A entrada no Espaço Café com Leite custa R$16, com direito à visitação às exposições em cartaz no Museu e os pequenos até 7 anos não pagam. Voltado para a faixa etária de 0 a 10 anos, o local tem capacidade para receber simultaneamente até 50 pessoas (criança e acompanhante). As vagas para as oficinas são limitadas e os interessados devem retirar senha com os monitores 30 minutos antes da ação desejada, no próprio espaço Café com Leite.

Museu do Café

Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP

Telefone: (13) 3213-1750

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)

R$16 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos

Acessibilidade no local – Não possui estacionamento

www.museudocafe.org.br.

(Com Larissa Fonseca/Assessoria de Comunicação do Museu do Café)

Do Silencie Coletivo Percussivo, ‘O sítio do vovô Hermeto’ estreia em São Paulo no Sesc Avenida Paulista

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Igor Cerqueira.

O Sesc Avenida Paulista recebe a estreia de ‘O sítio do vovô Hermeto’, espetáculo do Silencie Coletivo Percussivo que apresenta narrativa guiada pela obra de Hermeto Pascoal tocadas ao vivo. A peça, que mistura música, dança, teatro e bonecos, estará em cartaz de 11 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025, aos sábados e domingo, às 11h.

No palco, três músicos em cena tocam composições lúdicas em que Hermeto remete à sonoridade elementos da natureza e infância, com arranjos originalmente pensados para instrumentos de percussão e instrumentos não convencionais. Dentre os temas escolhidos, destaque para O Ovo, Bebê, São Jorge, Santo Antônio, Música das Nuvens e do Chão, Entrando pelos Canos, Papagaio Alegre, Caminho do Sol, Boiada, Viva Jackson do Pandeiro e improvisos baseados em práticas realizadas por Hermeto em seus shows.

Além dos músicos também estarão em cena um ator-manipulador de bonecos e uma bailarina-manipuladora. Sem diálogo falado, a dramaturgia percorre o imaginário infantil por meio de imagens, luz, sons e técnicas animadas de teatro. Na encenação, o ator e a atriz representam crianças que vão visitar o Sítio do Vovô Hermeto. A interpretação procura fugir dos estereótipos atribuídos às crianças, buscando a corporeidade de um corpo lúdico, ora inquieto, ora contemplativo, que brinca, é curioso e se arrisca.

Ficha técnica

Elenco: Danny Maia (Bailarina/manipuladora) e Enedson Gomes (Ator/manipulador)
Silencie Coletivo Percussivo: Charles Augusto (Músico), Bruno Santos (Músico/arranjos) e Fernando Chaib (Músico/arranjos)

Direção: Kely de Castro (Direção de Cena/Roteiro) e Fernando Chaib (Direção Musical/Arranjos)

Música: Hermeto Pascoal

Concepção de Luz: Rodrigo Marçal

Bonecos, Cenário e adereços: Kely de Castro e Lígia Montagna

Figurinos: Danny Maia

Produção: Garcez Produções: Suelen Garcez (Produção Executiva) e Tatiane Garcez (Assistência de produção).

Serviço:

Teatro infantil – O sítio do vovô Hermeto

De 11/1 a 2/2 de 2025 – sábados e domingos, às 11h

Local: Arte II (13º andar)

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: Livre

Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial plena). Venda de ingressos online a partir de 17/12, às 17h e nas bilheterias das unidades a partir de 18/12, às 17h.

Sesc Avenida Paulista

Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo, SP

Fone: (11) 3170-0800

Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 19h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30.

(Com Fernanda Porta Nova/Assessoria de Imprensa Sesc Avenida Paulista)

Brasileiros em destaque: conheça as imagens que conquistaram o mundo no World Press Photo 2024

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Felipe Dana e Renata Brito.

O World Press Photo 2024, um dos maiores concursos de fotojornalismo do mundo, reconheceu, pela primeira vez, quatro fotógrafos brasileiros, destacando imagens poderosas que abordam temas como a crise climática, a violência política e as tragédias humanas. Lalo de Almeida, Gabriela Biló, Felipe Dana e Renata Brito foram premiados, colocando o Brasil em evidência na fotografia internacional.

Lalo de Almeida, com seu retrato de um pescador caminhando pelo leito seco do Rio Solimões, venceu o prêmio individual da América do Sul. A foto, que reflete o impacto das mudanças climáticas na Amazônia, ilustra a seca extrema que atingiu a região em 2023. A imagem foi capturada em Porto Praia, uma comunidade tradicional do Amazonas, e se tornou um símbolo da devastação ambiental. A trajetória de Lalo, que já foi premiado quatro vezes pela Fundação World Press Photo, garantiu um posto de jurado na próxima edição do concurso, em 2025.

Foto: Felipe Dana e Renata Brito.

O projeto de Gabriela Biló, que recebeu menção honrosa, documenta os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as instituições estatais em Brasília, tentando desestabilizar o governo eleito de Lula. A série de 10 fotos também destaca a importância da luta pela preservação da democracia e pela liberdade de expressão em um contexto de crescente polarização política no Brasil.

Felipe Dana e Renata Brito, com seu trabalho sobre a tragédia do naufrágio de migrantes da Mauritânia, foram reconhecidos na categoria de formato aberto. O projeto ‘À Deriva’ foi uma investigação digital imersiva que combina fotografia, vídeo, texto e gráficos para retratar a jornada de 43 pessoas que se perderam no Atlântico enquanto tentavam alcançar a Europa em maio de 2021. Ao longo de dois anos, os jornalistas investigaram essa tragédia, identificando as vítimas e trazendo respostas para suas famílias.

Exposição World Press Photo 2024

Foto: Felipe Dana e Renata Brito.

As fotos vencedoras do concurso são reunidas anualmente em exposições que passam por mais de 60 cidades em cerca de 30 países. A exposição do World Press Photo 2024 marcou presença no Brasil, com exibições em São Paulo e no Rio de Janeiro, que já encerraram suas temporadas, consolidando o impacto do evento no cenário cultural nacional. Atualmente, os amantes da fotografia documental ainda podem conferir a exposição em Fortaleza e Recife, oferecendo uma oportunidade de explorar as imagens mais impactantes do fotojornalismo mundial. No Brasil, a exposição é realizada pela Produtora Capadócia, com patrocínio do Governo Federal e da CAIXA.

Serviço:
Exposição World Press Photo Exhibition 2024 — Fortaleza
Local: CAIXA Cultural Fortaleza – Avenida Pessoa Anta, 287 | Praia de Iracema, Fortaleza
Período: de 27 de novembro de 2024 a 26 de janeiro de 2025
Horários: terça a sábado, das 10h às 20h / domingos e Feriados, das 10h às 19h.

Exposição World Press Photo 2024 – Recife
Local: CAIXA Cultural Recife – Avenida Alfredo Lisboa, 505 | Centro, Recife
Período: de 11 de dezembro de 2024 a 9 de fevereiro de 2025
Horários: terça a sábado, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h

Entrada franca
Informações: Site CAIXA Cultural (https://www.caixacultural.gov.br/)
Classificação: 12 anos
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal.

(Com Vitória Vasconcelos/Capuchino Press)