Iniciativa acontece durante a 23ª Semana Nacional de Museus e convida o público a refletir sobre inclusão e criatividade


São Paulo
O Centro Cultural Palace, em Ribeirão Preto, recebe desde segunda-feira (9) a exposição ‘Noites Claras em Dias Escuros’, individual do artista plástico Cadu Fernandes. O evento, que acontece até 18 de janeiro, apresenta uma proposta única e sensível, unindo arte visual e poesia para destacar o talento inovador do artista.
Segundo Cadu, o título da exposição é uma metáfora que reflete seu processo criativo. “O nome é uma alusão às características da técnica e ao momento de introspecção nas madrugadas insones produzindo as obras. É uma espécie de contraponto entre as noites em claro buscando o propósito e os dias escuros em que vivemos”, revela.
Na exposição, serão apresentadas 10 obras inéditas, cada uma inspirada em poemas de autores como Martha Medeiros, Fernando Pessoa e Maria do Rosário Pedreira. As obras, que recebem o nome dos poemas que as inspiraram, exploram a expressividade do contraste entre preto e branco, utilizando uma técnica desenvolvida pelo próprio artista: o uso de giz escolar e tinta acrílica sobre telas escuras.
Cadu utiliza sua técnica para transformar contrastes em uma forma de expressão. “Minha técnica subverte o processo tradicional. No desenho, geralmente desenhamos a sombra. Quando a base é escura e desenho com giz branco, desenho a luz. É uma abordagem de desenho simples, mas profundamente poética para mim”, explica.
Apesar da breve trajetória como artista, Cadu já conquistou espaço em galerias renomadas, como a Art Lab Gallery, em São Paulo, e a PB Arts Gallery, em Ribeirão Preto. Suas obras já foram adquiridas por colecionadores, inclusive internacionais, destacando a originalidade de seu trabalho.
‘Noites Claras em Dias Escuros’ também presta homenagem a Márcia Iolanda Silva, vítima de um trágico atropelamento em Ribeirão Preto. A exposição será realizada em memória à sua história.
Serviço:
Exposição Noites Claras em Dias Escuros
Data: 9 de dezembro de 2024 a 18 de janeiro de 2025
Local: Centro Cultural Palace – Rua Álvares Cabral, 322, Centro, Ribeirão Preto, SP
Entrada gratuita.
(Com Sara Helane/Estilo Press)
Entrada do anexo secreto onde se escondeu a família de Anne Frank. Crédito da foto: Coleção de fotos da Anne Frank Stichting (Amsterdam).
Durante a temporada de férias, programações voltadas para crianças e adolescentes são muito procuradas pelos pais como forma de entreter e proporcionar novas experiências para os pequenos. Uma dica cultural de passeio é a exposição ‘Anne Frank: Deixem-nos Ser’, idealizada, produzida e com conceito curatorial realizado pela Inspirar-te e ambientada na Unibes Cultural, em São Paulo.
A mostra propõe uma experiência imersiva socioeducativa, buscando dialogar com crianças e jovens desde cedo sobre temas como direitos humanos, o legado de Anne Frank, pluralidade, tolerância e celebração da vida. Por meio da arte e da vivência de Anne, essa é uma oportunidade única para crianças e adolescentes fazerem uma viagem na história, conhecendo a essência de seu Diário e conectando-as às questões contemporâneas.
“Esse diário é uma ferramenta poderosa para gerar empatia. Ao lermos sobre as experiências e sentimentos de Anne Frank — suas leituras, seus sonhos, a saudade, o tédio, a raiva, sua essência juvenil, sua curiosidade sobre o mundo e o que o compõe — percebemos que essas são questões universais, atemporais e profundamente humanas, criando uma ponte entre sua experiência e o mundo que vivemos hoje. Aqui, o legado de Anne se une às demais lutas em prol dos direitos humanos através de um diálogo sensível entre temas contemporâneos, como a valorização da diversidade, questões indígenas, de gênero e raciais, apresentados por meio de obras de importantes artistas nacionais e internacionais”, contextualiza Priscilla Parodi, fundadora da Inspirar-te.
Por meio de recursos audiovisuais e sensoriais, como audioguia com propostas e atividades artísticas, lúdicas e educativas desenvolvidas pela Inspirar-te a partir de sua metodologia única, o público é levado para o universo de Anne, onde temas como resistência ao preconceito e a valorização do direito de ser são apresentados de forma acessível para entendimento de todos.
Priscilla Parodi foi a responsável por apresentar o projeto para a Anne Frank House em Amsterdã, que ficaram encantados com a iniciativa, fornecendo materiais reproduzidos fielmente pela Inspirar-te no Brasil de onde a família Frank viveu. Esse bom relacionamento se deu justamente pelo trabalho de transformação social realizado pela Associação sem fins lucrativos.
Além disso, Priscilla Parodi, que integra o time curatorial, firma parceria direta com o curador do MAM, Cauê Alves e com os artistas Flávio Cerqueira, Gê Viana e Eustáquio Neves, via Galeria Vermelho. A mostra conta ainda com obras do próprio MAM, da Pinacoteca e de galerias de arte de São Paulo, reunindo trabalhos de outros artistas, como Claudia Andujar, Nino Cais, Paula Trope, Anna Bella Geiger e Erich Brill.
O título da exposição se inspirou nas palavras de Anne Frank: “Deixe-me ser eu mesma e estarei satisfeita”, buscando dar ao desejo de liberdade e individualidade da jovem escritora. Todo esse trabalho é feito com o objetivo de transformar olhares, exercendo um papel de formação dos jovens para que saibam lidar com o mundo e suas diferenças e possibilitando que possam usufruir do impacto cultural sem distinções. “A conexão com o presente é justamente o que torna os diálogos que visamos construir mais potentes nessa exposição. Esse vínculo nos permite discutir, por meio da arte, as diversas formas de intolerância e preconceito, unindo vozes contemporâneas à de Anne e clamando pelo direito de ser”, destaca Priscilla Parodi.
A exposição conta com o patrocínio de Redecard Itaú e tem como parceiro master a Sky e Fundação Leo, Werthein, apoio master da Mattos Filho e Safra, apoio de Gera Maranhão, Pragma Gestão, Genial Investimentos, ID Publicidade, LewLara/ TBWA, apoio cultural do Consulado Geral da Holanda, Consulado da Argentina, Editora Record, Howden Corretora de Seguros, MAM, Museu do Holocausto de Curitiba, Galeria Lima e Galeria Superfície, One Goal, Galeria Simões de Assis, Galeria Vermelho e apoio institucional de Agência Hebraica, Agência Judaica de Israel, CONIB, Consulado de Israel, Federação Israelita e Hospital Albert Einstein.
Serviço:
Anne Frank: deixem-nos ser
Até 22 de dezembro de 2024 | Horário: 13h30 às 19h, de quarta a domingo
Unibes Cultural (1º e 2º andar) – R. Oscar Freire, 2500 – Sumaré, São Paulo – SP
WhatsApp: 3065-4333
Compra de ingressos: Plataforma Fever
Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$15,00 (inteira) R$7,50 (meia-entrada)
Entrada gratuita às sextas-feiras com reserva de ingresso (ingressos liberados às segundas-feiras).
Sobre a Inspirar-te | Site | Instagram
Criada há 8 anos, a Inspirar-te é uma associação sem fins lucrativos que possui como missão educar e formar jovens através da arte; por meio dela, sensibiliza, compõe repertório e provoca reflexões essenciais para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Se utiliza dessa ferramenta para o enriquecimento individual e coletivo, trilhando o caminho para a construção de novos hábitos culturais já na infância. Mais de 30 mil pessoas já foram impactadas pela experiência Inspirar-te até hoje.
Todas as atividades da associação são destinadas para crianças em situação de vulnerabilidade social, em uma relação de um para um, ou seja, a cada criança de escola particular impactada pela Inspirar-te é também beneficiada uma criança de escola pública, com a mesma experiência cultural e por meio do financiamento de programas socioculturais em comunidades, como a comunidade de Heliópolis.
(Com Agatha Antunes Teixeira/Index Conectada)
O Theatro Municipal de São Paulo divulgou na segunda-feira (9) a programação desta semana. Nos dias 11, quarta-feira, e 12, quinta-feira, no Galpão de Cenografia, na Central Técnica Chico Giacchieri, acontece a performance teatral ‘Retratos de Carolina no Canindé’ – as duas datas contam com sessões às 18h e às 19h. A performance teatral gira em torno de Carolina Maria de Jesus e seu livro ‘Quarto de Despejo’, escrito no Canindé, na favela em que morava. O espetáculo recupera importantes e decisivos momentos de sua história como mulher negra e escritora no Brasil da época, no período de 1955 a 1960. Os ingressos são gratuitos (mediante preenchimento de formulário disponibilizado no site do Theatro Municipal, 48 horas antes dos espetáculos), a classificação é livre e a duração de 40 minutos.
Nos dias 13, sexta-feira, às 20h, e 14, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos, acontece o espetáculo ‘Bach: Oratório de Natal’, a apresentação conta com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, sob regência de Luís Otávio Santos, com a soprano Marisú Pavón, a mezzo-soprano Clarissa Cabral e o tenor Anibal Mancini e o barítono Vicente Sampaio. O repertório terá Oratório de Natal, BWV 248 Oratório de Natal, BWV 248, e Cantatas 1, 2 e 3, de Johann Sebastian Bach. Os ingressos variam de R$12 a R$66, a classificação é livre e duração de 120 minutos, sem intervalo.
Nos dias 11, às 20h, no Teatro da Universidade de São Paulo (TUSP), e dia 13, às 15h, na Praça das Artes, acontecem as apresentações Ensaios Expandidos, iniciativa do Balé da Cidade de São Paulo, que busca compartilhar com o público as etapas e os bastidores dos processos de criação da companhia. Nesta edição, em parceria com o Núcleo de Dança do TUSP, o diálogo será sobre RequiemSP, novo trabalho de Alejandro Ahmed, diretor do BCSP, com estreia prevista para março de 2025. O encontro abordará os conceitos e procedimentos que orientam a construção desta criação. A conversa será entre Alejandro Ahmed, diretor artístico do Balé da Cidade, Aline Blasius, assistente de direção da coreografia RequiemSP, Ana Teixeira, assistente de direção do Balé da Cidade e Bibi Vieira, assistente de criação e design de movimento da coreografia Requiem SP. Os ingressos são gratuitos, com classificação e duração a serem anunciadas.
Vencedores do 3º Concurso Joaquina Lapinha. Crédito: Paulo Rogério Ribeiro/Arquivo Conservatório de Tatuí.
Nos dias 13, às 20h, 14, às 17h, e 15, às 17h e às 20h, Teatro no Theatro – Mar Aberto será apresentado na Cúpula do Theatro. Baseado na obra Mar Aberto de Claudia Barral, com colaboração de Paula Picarelli, o texto é de Beatriz Barros e Giovana Eche, com concepção e direção de Beatriz Barros, Tricka Carvalho como assistente de direção, Giovana Eche, Domenica Ayomi e Carolina Manica no elenco, Maira Sciuto com cenografia e figurino, Ana Luiza Secco como assistente de cenografia, Dj Akkin com direção e concepção musical, Ligia Chaim com desenho de luz, Roseli Martinelli como assistente de luz, Beatriz Barros, Domenica Ayomi, Paula Picarelli, Giovana Eche na colaboração de dramaturgia, Giovana Eche na idealização, Cris Casagrande com produção executiva e geral, e Samila Zambetti como assistente de produção. Os ingressos gratuitos, a classificação é de 16 anos e a duração de 90 minutos.
Dedicado a solistas pretos, pardos e indígenas, no dia 15, domingo, às 11h, acontece na Sala de Espetáculos a Premiação do 3º Concurso Joaquina Lapinha e um concerto com os vencedores. Com a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk, os solistas que se apresentam neste espetáculo são Nathielle Rodrigues, soprano que recebeu o Prêmio Maria d’Apparecida, e Samuel Martins, que recebeu o Prêmio João dos Reis, vencedores da última edição do Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha, realizado pela Sustenidos, organização social de Cultura. Além de Maria Angélica do Nascimento Rocha, soprano, que ficou em segundo lugar, com o Prêmio Zaira de Oliveira, e Samuel Wallace Barbosa, tenor, que ficou com a segunda colocação, e recebeu o Prêmio Estevão Maya-Maya, e Clóvis Português, tenor, que venceu o Prêmio Joaquim Paulo do Espírito Santo para jovens solistas, e Oséas Duarte, tenor, que recebeu menção honrosa.
O repertório terá abertura da ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, Vainement, ma bien-aimée, da ópera Le roi d’Ys, de Édouard Lalo, Ah! lève-toi, soleil!, da ópera Romeu e Julieta, de Charles Gounod, entre outras. Os ingressos são gratuitos, classificação livre e duração de 60 minutos, sem intervalo. Mais informações disponíveis no site.
(Com Letícia Santos/Assessoria de imprensa Theatro Municipal)
A escritora e palestrante Raquel Alves tem sua primeira obra infantil, originalmente lançada em 2017, agora publicada pela Editora Ciranda Cultural.
‘Crisálida’ é a história de uma cigarra entristecida por viver embaixo da terra. Ela descobre sua felicidade quando enfrenta o desafio de subir o tronco da árvore para conhecer a beleza da primavera.
Dedicada ao seu pai – Raquel é filha do educador Rubem Alves –, esta história abre possibilidade para diálogos com crianças sobre temas como autoconhecimento e autoestima, entro outros. Indicada a crianças de 0 a 100 anos (em especial, crianças de Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental), esta obra da autora já foi contemplada em editais do Município de São Paulo para composição de acervo de bibliotecas infantis nos anos de 2019 e 2011, com mais de 10 mil exemplares distribuídos. “Meu pai sempre me incentivou a pensar sobre a vida e amá-la. Essa foi a forma dele de me ajudar a me aceitar e me amar também”, conta a escritora que nasceu com lábio leporino e fenda palatina.
Sobre a autora:
Raquel Alves, pensadora, autora de cativantes livros infantis e palestrante, traz consigo uma história extraordinária influenciada desde cedo pelo legado de seu ilustre pai, o renomado Rubem Alves. Sua jornada de vida, marcada por desafios de saúde física e emocional desde a infância e a adaptação à deficiência visual na vida adulta, molda sua perspectiva única de enxergar e experienciar o mundo. Um exemplo notável de resiliência e determinação, Raquel compartilha, por meio de suas narrativas e reflexões, a essência humana e a beleza da vida, encantando e inspirando tanto crianças quanto adultos.
Raquel é autora de 11 histórias infantis publicadas e pretende seguir escrevendo cada vez mais. Suas histórias abordam temas como autoaceitação, amor próprio, autoestima, convivência, cidadania, respeito, empatia e diversidade. Para conhecer mais sobre a autora e a editora, acesse @raquelalvesescritora, @cirandanaescola e @editoracirandacultural.
Lama tóxica chegou à foz do Rio Doce, no litoral capixaba, prejudicando pesca em lagos, rios e alto mar. Foto: Fred Loureiro/Secom ES/Agência Brasil.
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015, foi um dos maiores desastres socioambientais da história do Brasil, causando a contaminação do Rio Doce e de áreas costeiras pela lama tóxica. Segundo estudo publicado na revista Ocean and Coastal Research na sexta (6) por pesquisadores do Instituto de Pesca de São Paulo e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), quase todos os 441 pescadores artesanais entrevistados pela equipe no Espírito Santo (96%) foram impactados pela falha da barragem. Desses, 47% tiveram que abandonar a pesca, especialmente mulheres, idosos e pessoas que vivem em áreas mais distantes do mar.
O mapeamento também identificou que 49% dos trabalhadores precisaram mudar a área de pesca, a arte de pesca utilizada ou a espécie-alvo tendo em vista a redução da disponibilidade de peixes maiores, como pacu, robalo, traíra, tainha e garoupa – menos de 4% seguiram na atividade pesqueira sem relatar limitações.
Baseada em entrevistas realizadas entre os anos de 2021 e 2022, a pesquisa analisa o impacto social do desastre em seis municípios capixabas cortados pelo Rio Doce ou situados no litoral – Baixo Guandu, Colatina, Marilândia, Linhares, Aracruz e Fundão. Dessa forma, o estudo considera a pesca realizada em rios, lagoas, estuários e alto mar. A amostra de entrevistados corresponde a 20% do número total de pescadores nas comunidades pesqueiras da região, abrangendo ambos os gêneros.
O grupo dos pescadores que abandonaram a atividade também é caracterizado pela renda mensal média mais baixa – R$1.217,24, 23% menos que a renda média de R$1.583,16 entre os que se adaptaram, por exemplo. O tempo médio de atividade no primeiro grupo é de 32 anos, frente a pouco mais de 26 anos de atividade registrados em média no grupo daqueles que se adaptaram e de 18 anos entre aqueles que seguiram na pesca sem interrupções. “Assim, os dados evidenciam não apenas os impactos do desastre, mas também as desigualdades que afetam diretamente as populações que dependem da pesca artesanal”, aponta a bióloga Mayra Jankowsky, pós-doutoranda no Instituto de Pesca e uma das autoras do artigo. Todos os grupos afetados relataram fatores de estresse relacionados à catástrofe, como a contaminação ambiental e do pescado e a maior dificuldade em comercializar os produtos. “Chamou a nossa atenção durante a pesquisa que os entrevistados desconheciam o grau de contaminação e o risco de consumo dos peixes. Mesmo depois de tantos anos, ainda há um receio desse consumo por parte dos consumidores, prejudicando a venda dos pescados nas regiões afetadas”, ressalta Jankowsky.
A população afetada ainda aguarda uma reparação pelos danos sofridos. Em novembro de 2024, a Justiça absolveu as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton e gestores pelo rompimento da barragem. A Fundação Renova, responsável por executar o Termo de Transação e Ajustamento de Conduta, será extinta, ao mesmo tempo em que continua em andamento o julgamento da ação contra a BHP Billiton, uma das controladoras da empresa Samarco, no Reino Unido. Já no dia 25 de outubro deste ano, foi assinado o acordo entre as empresas e governos federal e estaduais, que estabelece o pagamento total de R$132 bilhões aos afetados.
Para Jankowsky, é fundamental a construção de soluções conjuntas, com maior participação dos afetados. “Garantir que essas comunidades desempenhem um papel ativo na construção das soluções facilita a geração de aprendizado coletivo e ações colaborativas, elementos essenciais para a reconstrução dos modos de vida afetados”, aponta. Ela também defende ações direcionadas aos grupos socialmente mais vulneráveis. “É contraditório que os mais velhos, com mais experiência e conhecimento, estejam entre os mais afetados e distantes do processo de recuperação, pois potencialmente ainda têm muito a contribuir”, frisa.
A pesquisadora afirma ser imprescindível a implementação de um monitoramento ambiental participativo que permita avaliar a segurança alimentar e definir áreas seguras para a pesca, assim como realizar ações urgentes de descontaminação ambiental.
(Fonte: Agência Bori)