“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Foto: divulgação.
Nesta quinta-feira (11/2), a partir das 23h, vai ao ar pela primeira vez na TV Cultura a série documental Nos Campos do Holocausto, produção nacional que mostra, por meio de relatos, fotos e vídeos, a história de pessoas que sobreviveram ao extermínio judeu provocado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e vieram construir uma nova vida no Brasil. No episódio de estreia, o público acompanha a emocionante trajetória do casal Miriam Brik e Ben Abraham, que se conheceu em solo brasileiro e se dedicou a contar as atrocidades do regime de Adolf Hitler.
No documentário, Myriam relembra a invasão nazista em Lodz, na Polônia, cidade na qual morava com sua família quando criança: “Eu não estive em um campo de concentração porque, na nossa região ocupada, os alemães não mandavam para os campos, eles matavam lá mesmo. Em cada cidade, em cada aldeia, em cada lugar, há valas comuns onde os alemães matavam. Na nossa cidade, eles mataram 25.658 pessoas. E ainda mais porque estas foram a que eles registraram, mas eles matavam outros que iam encontrando nas aldeias, em casas de camponeses ou judeus escondidos na floresta, como a minha família”, diz a sobrevivente com os olhos cheios d’água.
Ben, autor de 15 livros sobre o Holocausto, passou pela terrível experiência de ocupar o campo de concentração de Auschwitz, o mais mortífero de toda a guerra. No local, onde foram exterminadas mais de 1 milhão de pessoas, Abraham passou cerca de duas semanas e foi forçado a se despedir de sua mãe: “Quando saímos dos vagões fechados, despedi-me de minha mãe e nunca mais voltei a vê-la. Uma mulher que estava junto disse que ela havia sido levada para a câmara de gás […]. No campo, chegavam diretores das fábricas alemãs e escolhiam prisioneiros para trabalho forçado na Alemanha. E eu fui mandado para Braunschweig, onde trabalhei na fábrica de Brunsvique.”
(Fonte: Assessoria de Imprensa – TV Cultura)
Foto: Sippakorn Yamkasikorn/Unsplash.
Problema de saúde pública negligenciado na maioria dos países tropicais, a ocorrência de envenenamento por animais peçonhentos, como escorpiões, abelhas, aranhas e serpentes, no nordeste brasileiro ainda é pouco conhecida pelos estudiosos. Uma pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará com as universidades federais do Recôncavo da Bahia e do Ceará revela que a incidência de envenenamento no estado do Ceará aumentou mais de seis vezes entre 2007 e 2019. O estudo está na edição de quarta (10) da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
A pesquisa descreve as características epidemiológicas de 54.980 casos de envenenamento registrados no Ceará no período. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação online (Sinan), alimentado por profissionais de saúde com informações de doenças e agravos de notificação compulsória e analisados com base nas variáveis: número de acidentes/ano, número de acidentes por grupo zoológico, recebimento de terapia antiveneno (dose de soro), zona de ocorrência, sexo, distribuição por faixa etária e óbitos.
As faixas etárias mais afetadas foram de 10 a 19 anos e 40 a 59 anos (igualmente registrando 21,4%) e os eventos foram mais comuns entre as mulheres (52,4%). As picadas de escorpiões lideram os casos (67%), enquanto as picadas de abelhas registram a maior taxa de letalidade. As ocorrências foram 10 vezes mais comuns em áreas urbanas, principalmente nos meses mais chuvosos, e apenas 5% das pessoas tiveram acesso à soroterapia.
O exponencial aumento de registros no Ceará na última década é multifatorial, conforme explica Jacqueline Ramos Machado Braga, principal autora do estudo, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). “Além da notificação compulsória de acidentes causados por animais peçonhentos (obrigatória a partir de 2010), outros fatores, como o crescimento urbano desorganizado e o desequilíbrio ecológico, podem explicar esse aumento. Algumas espécies de escorpiões se adaptaram muito bem às condições do ambiente urbano devido à vasta oferta de alimento, resultante do acúmulo de lixo doméstico”, explica Jacqueline.
Tratamentos disponíveis no SUS | Acidentes causados por serpentes (mais comuns na região Norte), escorpiões e aranhas contam com tratamento antiveneno (dose de soro) específico para cada espécie capaz de neutralizar as toxinas de cada veneno de forma eficaz. Os soros são produzidos no Instituto Butantan, Instituto Vital Brazil, Fundação Ezequiel Dias e Centro de Produção e Pesquisa em Imunologia do Paraná e distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde via Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a notificação de casos de cada região.
Impressiona o fato de que, na amostra do estudo, apenas 5,3% das pessoas envolvidas em eventos de envenenamento receberam essa terapia. “Apesar da gratuidade da distribuição, o acesso a este medicamento ainda é difícil, especialmente em regiões longínquas do Brasil”, observa Jacqueline.
Para a pesquisadora, tornar o tratamento mais acessível é o maior desafio, já que a produção de soros antipeçonhentos no Brasil não segue a prerrogativa de regionalização da Organização Mundial da Saúde (OMS), que facilitaria sua logística de distribuição para locais com maiores demandas.
Outro elemento importante é intensificar ações de capacitação de profissionais de saúde na atualização e identificação de acidentes causados por animais peçonhentos e de educação ambiental em escolas, feitas no Ceará pelo Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet/SESA), vinculado à Secretaria de Saúde do Estado. “É importante intensificar essas ações principalmente nos pequenos municípios, no sentido de aprimorar as escolhas de condutas médicas e sensibilizar a população sobre a prevenção de acidente, além de orientar quanto aos primeiros socorros quando há envenenamento”, analisa a bióloga.
(Fonte: Agência Bori)
Crédito das fotos: Marcus Vinicius de Arruda Camargo.
Cerca de 120 obras do artista plástico neoconcretista e designer gráfico Amilcar de Castro passam a compor as instalações internas e externas do MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia) a partir desta quinta-feira (11). A exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo é uma homenagem ao centenário do multifacetado artista, que integra o rol dos maiores expoentes brasileiros na arte e cultura, acumulando títulos como o prêmio da Fundação Guggenheim e Prêmio Nacional da Funarte. A mostra é gratuita e pode ser visitada de quinta a domingo, de 10h as 16h, mediante agendamento prévio.
Dentre a seleção de trabalhos de Amilcar, há obras inéditas, que serão apresentadas pela primeira vez ao público, como a escultura horizontal, composta por duas partes, da década de 1990, disposta debaixo da marquise do MuBE, e a alta e esbelta escultura, sem título, também da década de 1990, instalada na grama do jardim do museu. Outro destaque é a participação da escultura, sem título, de 1999, com gigantescas dimensões (18 metros de altura e mais de 20 toneladas), pertencente à Universidade de Uberaba (MG), que pela primeira vez percorre mais de 480 km para ocupar novo lar temporário no MuBE a partir de março de 2021.
A mostra é realizada em parceria com o Instituto Amilcar de Castro e conta com a curadoria de Guilherme Wisnik (professor da FAU-USP, crítico de arte e curador), Rodrigo de Castro (filho do artista e diretor do Instituto Amilcar de Castro) e Galciani Neves (curadora-chefe do MuBE). “É realmente uma honra comemorar o centenário de Amilcar em um museu que conversa tanto com a proposta de trabalho do artista. É o encontro da instituição com as obras neoconstrutivas que remontam à universalidade da arte”, celebra Rodrigo de Castro, destacando que as obras sempre estiveram conectadas ao urbanismo.
Outro ineditismo da exposição é a interação entre o trabalho de Paulo Mendes da Rocha (arquiteto responsável pela concepção do MuBE) e Amilcar de Castro. “O contraste entre a horizontalidade do prédio e a verticalidade das esculturas de aço corten de Castro resultam em uma fricção única entre arte, arquitetura e história”, destaca Guilherme Wisnik, especialista em arquitetura, urbanismo e artes visuais. O curador também convida o público a celebrar o papel da ciência para nossa sociedade através do trabalho do artista: “as obras de Amilcar evidenciam a importância da engenharia e ciências exatas, essenciais para a construção de esculturas com altura e peso sobre-humanos, que as nossas mãos não alcançam nem mesmo conseguem suportar sozinhas”.
As obras estão expostas no pátio do MuBE, ao ar livre e chamam a atenção de quem passa despretensiosamente na rua pelo lado de fora, mas também atraem quem busca por uma programação cultural ao ar livre. “Estamos muito felizes por trazermos para o MuBE, esse ícone da arte brasileira, cuja obra tão bem conversa com o fato de o Museu ser esse espaço aberto que promove e incita o diálogo com a rua”, ressalta a curadora da instituição, Galciani Neves.
Uma das atrações dentro da exposição é o capítulo matéria-linha, uma seleção de trabalhos contemporâneos de artistas brasileiros diversos que dialogam com as obras do Amilcar. Carmela Gross, Lia Chaia, max willà morais, Moisés Patrício, Rubiane Maia e Carla Borba, Tomie Ohtake e Wlademir Dias-Pino fazem parte dessa seleção. “Nossa proposta é promover uma outra maneira de nos relacionarmos com o trabalho do Amilcar, trazendo uma visão atual a partir de diálogos que se relacionam com a ideia de linha, explorada pelo artista”, completa Galciani.
Mais sobre Amilcar de Castro | Nascido em Paraisópolis, Minas Gerais, em 1920, Amilcar ingressou na Escola de Arquitetura e Belas Artes em 1944 e, logo no ano seguinte, foi convidado para expor suas obras no 51º Salão Nacional de Belas Artes. Desde então, o artista seguiu seu movimento de ascensão ao rol dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.
Em março de 1959, assina o Manifesto Neoconcreto – publicado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil –, redigido por Ferreira Gullar e também assinado por Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim, Franz Weissmann e Theon Spanudis. Nasce aí o movimento neoconcreto brasileiro, inspirado na Bauhaus – escola de vanguarda alemã.
Serviço:
Exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo
Horário: quinta a domingo, de 10h as 16h
Local: Rua Alemanha 221, Jardim Europa – São Paulo (SP)
Entrada: gratuita e apenas mediante agendamento prévio pelo mube@mube.art.br ou (11) 2594-2601
Até 23 de maio de 2021.
Siga o MuBE no Instagram: @mube_sp
Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia | O MuBE, Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha pela Prefeitura de São Paulo à SAM – Sociedade dos Amigos dos Museus, no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia.
Para a escolha do projeto do prédio do Museu, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia então o MuBE e seu prédio, que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx.
Fotos: divulgação.
O tema da diversidade e inclusão já vinha sendo debatido com frequência dentro das empresas. A pandemia exige do mercado uma resposta rápida para a recuperação econômica. Especialistas comprovam que times diversos promovem ambientes corporativos mais criativos, mais inteligentes, mais engajados, mais inovadores e por consequência, melhores experiências para os consumidores finais. As consequências disso foram reveladas pelo estudo Oldiversity®, realizado pelo Grupo Croma, que mostrou que um em cada cinco brasileiros admitem já terem tido alguma atitude racista e que 77% dos pretos acreditam que as empresas têm preconceito ao contratá-los. Segundo Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma, falta consistência das empresas. “As empresas gastam muito com publicidade, mas fazem isso apenas uma vez por ano. Mas se a empresa apoia a longevidade e diversidade, cadê os mais velhos no quadro de funcionários? E os LGBT+?”. O estudo Oldiversity® busca estabelecer um parâmetro para avaliar empresas que se preocupam com assuntos ligados à longevidade e à diversidade de orientação sexual. De maneira geral, diz Bulla, as empresas estão muito longe do que o público espera, seja na publicidade, oferta de produtos e serviços e em empregabilidade para pessoas LGBT+, idosos e pretos.
No entanto, 67% das pessoas entrevistadas desejam que exista mais diversidade nas marcas e nas empresas – o que também é visto como uma importante questão de representatividade, já que, dessa forma, passam a se perceber como parte da sociedade, elevando sua autoestima e sua coragem em ingressar no mercado de trabalho. 72% dos LGBT+ entrevistados gostariam de ver mais propagandas com elementos de diversidade. Dentre os segmentos mais associados pelos LGBT+, o setor de cosméticos, beleza e higiene pessoal foi o mais apontado, com 52%, e é o setor da propaganda que mais apresenta elementos da diversidade hoje no Brasil. Natura e o O Boticário são as marcas mais associadas à diversidade LGBT+, com (32%) e (21%), respectivamente.
LGBT+ ainda sofre preconceito por sua orientação sexual e acredita que o atual governo influencia o aumento dele: 73% dos LGBT+ entrevistados dizem que o governo influenciou no aumento do preconceito de gênero ou orientação sexual; ou seja, 7 em cada dez brasileiros LGBT+ afirmam que o atual governo influenciou negativamente a diversidade e 53% já sofreram algum tipo de discriminação pela sua orientação sexual. O estudo desmembra, com riqueza de detalhes, dados também sobre o preconceito racial, tema discutido diariamente nas grandes mídias. O preconceito racial persiste no mercado de trabalho, uma vez que 61% acreditam que as empresas têm preconceito em contratar pretos e 23% reconhecem que já tiveram alguma atitude racista.
Metodologia | O estudo traz amostra de 47% do gênero masculino e 53% feminino, sendo 92% heterossexuais, 4% homossexuais, 3% bissexuais, 1% assexual. Brancos representam 49% da amostra, enquanto 40% são pardos, 9% pretos, PCDs representam 11% dos entrevistados. A faixa etária da amostra foi dividida em 9% com idade entre 16 e 20 anos, 34% entre 21 a 30 anos, 20% entre 31 a 40 anos, 16% entre 41 a 50 anos, 14% de 51 a 60 anos e 7% com 61 anos ou mais. Outro dado importante na pesquisa é a composição de católicos e evangélicos, totalizando 66% e o número de ateus, que surge com índice de 14%.
Edmar Bulla | CEO e fundador do Grupo Croma de design de inovação. Graduado pela ESPM, possui mestrado em Neurociência e Comportamento pela PUCRS e especialização em Marketing Digital por Harvard, além de ser formado em Música, Filosofia e Conselheiro de Administração pelo IBGC. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e Grupo WPP, ocupando posições de liderança regionais e globais. É coautor do livro Líderes de Marketing, colunista da IstoÉ Dinheiro e autor do podcast sobre inovação Ouça Bulla, além de professor convidado e palestrante em eventos no Brasil e exterior. Também é apaixonado por cultura, cognição e comportamento.
(Fonte: Agência Press Voice)
Imagem de meineresterampe por Pixabay.
O Copinho Legal, lançado em 2020 pelo Instituto SustenPlást, no Rio Grande do Sul, em parceria com a Câmara de Descartáveis da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), fomenta a coleta de copos, pratos e talheres de uso único em prol de entidades assistenciais.
O Copinho Legal é uma oportunidade de captação de recursos para entidades assistenciais. Copos pratos e talheres descartáveis devem ser coletados em sacos plásticos transparentes tomando o cuidado para que outros materiais não estejam misturados, como latas, parafusos, papel etc. Não é necessário lavar nem separar os itens por cores. O material deve ser entregue seguindo separação em dois grupos: brancos e transparentes completamente lisos (sem estampas) e coloridos e/ou com estampas. Mais informações podem ser obtidas em www.copinholegal.com.br.
Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, é a primeira prefeitura do Brasil a aderir ao programa. A iniciativa recolherá copos e outros itens plásticos descartados nos prédios públicos municipais e os destinará ao programa socioambiental, que destina o valor arrecadado para as entidades assistenciais do terceiro setor cadastradas no programa. Os copinhos usados e demais artefatos de plástico, como pratos e talheres descartáveis, deverão ser recolhidos pelas secretarias municipais e órgãos da administração indireta em recipientes disponibilizados em seus espaços.
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Habitação ficará responsável pela coleta dos itens, bem como por determinar a periodicidade mínima da coleta. Os materiais serão entregues nas sedes das entidades assistenciais participantes que serão apresentadas no site e nas redes sociais do município. Os materiais recolhidos não precisam ser lavados e deverão ser acondicionados em sacos plásticos transparentes. A iniciativa passa a valer a partir de um decreto do governo municipal, que pode ser conferido neste link.
O Instituto Sustenplást, que promove o Copinho Legal, conta também com outros dois programas: Tampinha Legal e Canudinho Legal. O Tampinha Legal é o maior programa socioambiental de caráter educativo em economia circular de iniciativa da indústria de transformação do plástico da América Latina. Foi lançado em 2016 e propõe ações modificadoras de comportamento de massa por meio do incentivo à coleta de tampas de plástico. Funciona assim: as entidades assistenciais arrecadam tampinhas plásticas e classificam por cor. O material é destinado ao Tampinha Legal, que vende para os recicladores. O valor arrecadado é destinado para as entidades assistenciais cadastradas no programa. Dessa forma, há um ganho educativo, social e ambiental, uma vez que as comunidades se engajam na coleta dos materiais e provocam a discussão sobre o destino consciente do plástico.
Em quatro anos, foram arrecadadas mais de 576 toneladas de tampinhas plásticas, recolhidas nos mais de 2,8 mil pontos de coleta distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. O material se transformou em mais de R$1 milhão destinado às entidades assistenciais participantes.