“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Fotos: Rafael Salvador.
No ano passado, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo completou 85 anos de história e, sob a temática Conversas brasileiras, a temporada 2021 está repleta de obras nacionais para formação de câmara. No próximo dia 25 de fevereiro (quinta-feira), o grupo – formado pelos violinistas Betina Stegmann e Nelson Rios, o violista Marcelo Jaffé e o violoncelista Rafael Cesario – apresenta um repertório com esse olhar. O concerto ocorre às 20h na Sala do Conservatório, que fica na Praça das Artes – a casa do Quarteto.
Aberto ao público e de acordo com todos os protocolos de prevenção à propagação do novo coronavírus, os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) e estão à venda exclusivamente na internet. Mas quem estiver em casa também pode acompanhar ao vivo, de graça, pelo canal do Theatro Municipal no YouTube: youtube.com/theatromunicipalsp. E o que é melhor, o conteúdo fica disponível on demand para acesso posterior a qualquer hora e sem necessidade de cadastro.
No programa, o grupo de câmara do Theatro Municipal de São Paulo faz a estreia mundial do primeiro quarteto do compositor paulista Renato Camargo, que abre com um movimento de reminiscências villa-lobianas. A peça está programada com o Nordestinado, de Clóvis Pereira, já estreado pelo Quarteto da Cidade. O veterano de Pernambuco se destacou nos anos 70 por sua contribuição ao Movimento Armorial e, mais recentemente, se firmou como compositor frequentado, entre outros instrumentos, pelo violoncelo de seu conterrâneo e internacional Antonio Meneses.
O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo foi criado em 1935 por iniciativa de Mário de Andrade, nos tempos em que ocupou o cargo de diretor do Departamento Municipal de Cultura, atual Secretaria Municipal de Cultura, com o intuito de, à época, estimular a música de câmara.
Os concertos presenciais no Theatro Municipal de São Paulo seguem todos os protocolos de segurança e prevenção à propagação do Coronavírus (Covid-19) e as orientações do Plano São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo para retomada consciente das atividades. Ao público espectador presente na Sala de Espetáculos, é necessário seguir os protocolos de segurança estipulados em nosso Manual do Espectador, disponível no site.
PROGRAMA
Quarteto da Cidade apresenta Pereira e Camargo
Concertos presenciais abertos ao público e transmitidos ao vivo pela internet: youtube.com/theatromunicipalsp
25 de fevereiro, quinta-feira, 20h
CLÓVIS PEREIRA
Quarteto de Cordas em Lá maior “Nordestinado” (23’)
RENATO CAMARGO
Quarteto Nº 1 (22’)
Serviço:
Data: 25 de fevereiro de 2021, 20h
Local: Praça das Artes – Sala do Conservatório – Avenida São João, 281, Centro, entre as estações de metrô Anhangabaú e São Bento – com acesso também pela rua Conselheiro Crispiniano, 378 (atrás do Theatro Municipal de São Paulo)
Duração: 45 minutos aproximadamente
Capacidade: 60 lugares (30% do total da Sala em cumprimento ao distanciamento social)
Classificação etária: Livre
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)
Atenção: não será permitida a entrada de público após o início do espetáculo.
Bilheteria: em função da pandemia de Covid-19, a bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo está fechada por tempo indeterminado. A venda de ingressos está sendo feita exclusivamente pelo site do Theatro Municipal de São Paulo: theatromunicipal.org.br.
Transmissões ao vivo e concertos gravados: as transmissões ao vivo e os concertos gravados poderão ser vistos gratuitamente pelo canal de YouTube do Theatro Municipal de São Paulo: youtube.com/theatromunicipalsp
Manual do Espectador e Informações sobre os protocolos sanitários do Complexo Theatro Municipal: consulte os protocolos de segurança do Theatro Municipal no site.
Crédito da foto: Alina Grubnyak/Unsplash.
O ano de 2020 será lembrado não apenas pelo triste índice de mortes pelo novo coronavírus, mas também pelas boas iniciativas da ciência e colaborações para enfrentar a pandemia. De norte a sul do país, cientistas uniram esforços para minimizar os prejuízos causados pela doença, reforçando também alianças com instituições do exterior. Alguns casos dessas parcerias agora podem ser encontrados na publicação De Pelotas a Boa Vista: parcerias científicas para enfrentar a pandemia, com lançamento na terça (23). Fruto de parceria da World-Transforming Technologies (WTT) com a Agência Bori, a publicação traz cinco histórias de pesquisas feitas por cientistas brasileiros que se uniram para tentar resolver problemas relacionados à pandemia de Covid-19.
Os trabalhos são multidisciplinares e foram produzidos de forma colaborativa pelos pesquisadores, transitando em temas como saúde pública, inteligência artificial, epidemiologia e modelagem matemática, entre outros. Eles trazem parcerias de universidades públicas e privadas, institutos públicos de pesquisa, empresas e hospitais de várias regiões do país com instituições do Reino Unido, Estados Unidos, França, Bélgica, Índia e Turquia. Os textos foram escritos por jornalistas especializados em ciência a partir dos artigos científicos originais, de pesquisas na imprensa e de uma série de entrevistas com diferentes participantes dos estudos do Brasil e do exterior.
Os cinco estudos foram selecionados a partir de uma extensa pesquisa por palavras-chave na base internacional de revistas científicas Web of Science (WoS). De janeiro a outubro de 2020, 796 artigos científicos sobre Covid-19 foram publicados por pesquisadores brasileiros na base da WoS – sendo que 583 foram deles feitos por colaboração entre instituições nacionais ou internacionais. Essa produção coloca o Brasil no 11º lugar mundial em quantidade de informações sobre o novo coronavírus publicada em periódicos acadêmicos em 2020, segundo dados da Agência USP.
Para a seleção dos casos apresentados na publicação, foram considerados critérios como a diversidade racial e de gênero dos pesquisadores envolvidos, a distribuição regional das instituições brasileiras, a multiplicidade de áreas do conhecimento, o tipo de colaboração feita entre os cientistas e o impacto dos trabalhos. As pesquisas narradas foram publicadas em periódicos internacionais como Science, The Lancet, IEEES e PierrJ.
A obra De Pelotas a Boa Vista: parcerias científicas para enfrentar a pandemia foi idealizada por Andre Wongtschowski e Gaston Santi Kremer, dupla à frente do Centro de Orquestração de Inovações (COI), uma iniciativa WTT que busca promover a colaboração científica a fim de criar soluções para os desafios do desenvolvimento inclusivo e sustentável do país. “A ideia desse trabalho foi reunir algumas das pesquisas feitas de maneira colaborativa entre os pesquisadores do nosso país para mostrar o potencial que elas têm. A ciência no Brasil é muito boa e preparada para trabalhar orientada por desafios e por missões, trazendo grandes resultados principalmente quando feita em colaboração”, comenta Wongtschowski.
(Fonte: Agência Bori)
Imagem de SilvanaGodoy por Pixabay.
No último sábado, 20 de fevereiro, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Fundação Florestal e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, realizou um passeio inclusivo para 10 pessoas com deficiência no Parque Estadual Caverna do Diabo, em Eldorado, interior paulista. Os presentes participaram de um dia de atividades de integração ao ar livre, com acesso à Caverna do Diabo e trilha da Cachoeira do Araçá. Com o objetivo de incluir as pessoas com deficiência durante o passeio, cadeiras adaptadas para uso de pessoas com deficiência física foram utilizadas durante as atividades.
Alessandra Paulo, 45 anos, com deficiência física, realizou as atividades utilizando uma das cadeiras adaptadas e afirmou ter realizado um sonho. “Estar vivendo essa experiência na Caverna do Diabo é a realização de um sonho de infância. Grande ação de inclusão para nós”, disse.
Parques Inclusivos | Fruto da parceria entre a Fundação Florestal e as Secretarias de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente e Direitos da Pessoa com Deficiência, o objetivo do programa Parques Inclusivos é desenvolver projetos de acessibilidade nas Unidades de Conservação administradas pela Fundação, visando às pessoas com deficiência. A ação também prevê a capacitação para que os funcionários e os monitores possam realizar atendimento especializado para visitantes com deficiência e/ou mobilidade reduzida.
Foto: divulgação.
No dia 27 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Bolo de Chocolate e, para celebrar esse delicioso dia, a chef chocolatière Mirian Rocha passa a receita deliciosa e saudável de um bolo de chocolate funcional pra comer sem culpa.
Bolo de chocolate funcional
Ingredientes:
4 ovos
1 xícara de açúcar de coco
4 colheres de sopa óleo de coco
4 colheres de sopa de cacau em pó
1 xícara de leite vegetal (coco, arroz ou amêndoas) – se ficar seco, coloque um pouco mais
1 xícara de farinha de arroz (integral, melhor)
1/2 xícara de farelo de quinoa/aveia ou amaranto
2 barras de chocolate amargo rico em cacau picado (escolha versões sem açúcar ou sem lactose se preferir)
1 colher de sopa de fermento em pó
Modo de fazer:
Bater as claras em neve e reservar.
Bater as gemas com o açúcar, o óleo, o cacau e o leite de coco.
Depois acrescente as farinhas e bata até incorporar.
Por último, com uma espátula, acrescente os pedaços de chocolate picados, o fermento e as claras em neve, mexendo com cuidado.
Coloque em uma forma untada e enfarinhada e coloque no forno pré-aquecido para assar por aproximadamente 40 minutos. E é só servir.
Espetáculo Porco Solidão. Fotos: divulgação/Marcelo Miyagi.
Com o avanço da pandemia, o meio digital passou a acolher as mais diversas manifestações artísticas, impactando significativamente no fazer artístico e também no formato das produções, além de possibilitar novos estilos de criação. É neste contexto que nasce a obra Porco Solidão: uma montagem criada exclusivamente para a internet, que transita entre o teatro, a performance, o vídeo e a possibilidade de interação com o espectador. A temporada de estreia da montagem, criada pelos artistas Aline Andrade, Jeane Doucas, Marcelo Miyagi e Roberson Nunes, será realizada nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro em formato digital – por meio da plataforma Streamyard.
Nesta obra, o grupo transita entre a presença ao vivo e as cenas-imagens gravadas, em um formato híbrido entre o teatro, o audiovisual e a veiculação digital, que permite a interação do público. A plataforma que será utilizada na transmissão possibilita a edição ao vivo dos acontecimentos, que se sucedem como num caleidoscópio de significados. Assim, Porco Solidão já não é mais o teatro como tal, nem cinema e nem vídeo, mas uma cooperação entre estas formas de expressão, possibilitando uma recriação e ressignificação da linguagem artística.
Linguagem e desafios artísticos | Criada exclusivamente para a internet – o que por si só já foi um grande desafio para a equipe – a montagem trata da condição transitória e solitária do ser humano frente às situações que parecem comuns, mas que revelam a estranheza e as angústias que atravessam o nosso turbulento cotidiano atual. Com essa percepção, os artistas se lançaram em uma espécie de redemoinho de ações, sentimentos e pensamentos, procurando reinventar a solidão existencial de cada um, sobretudo neste momento histórico da humanidade, marcado por uma pandemia mundial. “Nós somos da mesma geração de teatro físico. Já trabalhamos em projetos comuns desde o final dos anos 90. Diante do isolamento social, nós passamos a nos reunir virtualmente, como uma alternativa de convivência. Logo percebemos a possibilidade de trabalharmos à distância e o potencial dessa linguagem para a criação de um espetáculo virtual. Assim, o processo foi sendo criado a partir de exercícios e improvisações de ocupação dos espaços da nossa casa. Foi um período de experimentação, onde cada um dos artistas trouxe ideias e propostas durante os ensaios. Criamos vídeos, textos, realizamos pesquisas sonoras e mergulhamos nas ações cotidianas de maneira dilatada e absurda”, destaca Roberson Nunes, performer e co-criador da obra.
Partindo de indagações profundas e pessoais, os artistas e criadores deste trabalho mergulharam fundo no processo de pesquisa e construção dramatúrgica que deu origem ao espetáculo. “A peça foi construída a partir de uma dramaturgia da poética das imagens. É um trabalho que apresenta outro tipo de demanda para o ator, porque ele tem que atuar (performar), sem um público presente e, ainda, lidar com toda a operação tecnológica, já que, além das edições que fazemos, cada um de nós opera um computador e um celular”, destaca Marcelo Miyagi, que atua como criador e provocador audiovisual.
A obra é fruto da surpreendente situação a qual todos fomos acometidos. Ou seja, estarmos todos “presos” involuntariamente, por um motivo de força maior, completamente inesperado, um vultoso tormento, que nos fez voltar literalmente para dentro. Dentro de nossas próprias casas, dentro de nós. Em contato muito próximo com quem vive conosco. Ou completamente sozinho, para quem vive só. Um exagero daquilo que você mesmo é. Uma sobrecarga de trabalho remoto para muitos – situação na qual o trabalho vem para dentro de casa e não há mais distinção entre os tempos e espaços. Em outros milhões de casos, pessoas sem condições de trabalhar ou de sobreviver frente a tanta ausência. Ausência do outro. Ausência de trabalho. De dinheiro. De comida muitas vezes. Ausência de lar. Ausência de si mesmo. Ausência de sentido.
Com a ausência de tantas coisas, a obra Porco Solidão se apresenta como uma iniciativa que busca a desconstrução como proposta de se ver e ver o outro sob óticas diferentes (por vezes divergentes), reinventando o dia-a-dia. A obra busca abrir as entranhas das solidões dos performers, de modo curioso e inusitado, entre a trágica realidade e a comicidade. Como escapar? Furando um buraco na parede? Pulando pela janela? Através de uma ação inventiva e alucinatória da mente? Permitindo-se a um salto profundo nos abismos infinitos da literatura, da música, da cena, do cinema, da arte de todos os tempos? Este “espetáculo virtual” ou “teatro digital” apresenta-se ao receptor, espectador ativo, como um reflexo de identificação, a partir da possibilidade de se rir de si mesmo, sem medo do ridículo ou da revelação de nossas próprias fragilidades humanas, pois se faz importante reconhece-las e, por que não, se divertir, jogar com elas.
O próprio nome do espetáculo passou por essa relação de ressignificação e de revelação ao longo do processo. “O nome surgiu como brincadeira. É um nome que o Roberson sempre se referiu fazendo alusão à música Porto Solidão, de Jessé. Mas durante o processo, entendemos que o nome se relacionava diretamente com o que estávamos propondo: o porco como metáfora da condição animal do ser humano, encarcerado e visto como um produto, e a solidão frente às situações aparentemente comuns, mas que revelam a estranheza e os absurdos que atravessam nosso cotidiano atual”, conta a atriz e co-criadora Jeane Doucas.
Outro aspecto muito presente na apresentação é a própria tecnologia da informação, que se faz tão presente e onipotente no comportamento e nas relações humanas contemporâneas. A linguagem midiática tomou conta de tudo como a única maneira de se comunicar com o mundo. O lazer só se realiza pela tela. O trabalho pela tela. O contato com o planeta só se da pela tela. Tela do computador. Tela do celular. Tela da TV. Tela do notebook. Do Tablet.
Para a diretora e pesquisadora Aline Andrade, “a edição e a não linearidade foram os elementos mais conclusivos na elaboração do espetáculo e os limites da tela se expandiram ao propormos a interatividade com o espectador. O streamyard, aplicativo de transmissão digital, nos permite operar a alternância de telas, a simultaneidade e superposição entre imagens e o YouTube, onde o espetáculo pode ser acessado pela plataforma Sympla, possibilita a interação com a audiência através do chat de conversa. Os espectadores se confundem entre o que é ao vivo e o que é gravado, misturando os tempos reais e virtuais na experiência compartilhada”.
Toda essa proposta arrojada, tanto de temática quanto narrativa e artística, estará disponível para o público conferir ao vivo nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, sempre às 20 horas.
Serviço:
Temporada de estreia do espetáculo Porco Solidão
Data: 25, 26 e 27 de fevereiro
Horário: 20h
Ingressos no site:
https://beta.sympla.com.br/eventos?s=Porco+Solid%C3%A3o&tab=eventos
O acesso para as apresentações é gratuito, mas por se tratar de um espetáculo criado de forma independente, existe a possibilidade de contribuir com valores a partir de R$10 para custear a montagem.
Criação coletiva: Aline Andrade, Jeane Doucas, Marcelo Miyagi e Roberson Nunes
Duração: 45 minutos
Classificação: 14 anos
Canal PORCOSOLIDÃO do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC7dDv8VU0xRXj-NEwIXZzqQ.