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Série de transmissões virtuais realiza um passeio histórico por trechos marcantes de grandes óperas

Campinas, por Kleber Patricio

Chiquinho Costa. Foto: divulgação.

Em mais de 400 anos de história, o universo da ópera conta com uma série de peças marcantes, reconhecidas até mesmo para o público não familiarizado com a música erudita. Em seis encontros virtuais semanais, sempre às segundas-feiras, às 20h, o projeto Ópera Através dos Tempos pretende apresentar alguns desses trechos mais apreciados, com comentários sobre os principais estilos de cada época, seus compositores, o contexto e enredo das principais óperas ao longo dos anos.

As transmissões, que vão ocorrer ao vivo pelo canal Direção Cultura, reúnem nove cantores experientes, que vão se revezar ao longo dos seis encontros, com acompanhamento de redução de orquestra para piano. Fazendo um percurso histórico, o projeto vai passar pelos estilos barroco, clássico e romântico – do belcanto ao verismo – até o contemporâneo. O primeiro evento, no dia 15 de março, é dedicado ao período Barroco, situado entre os séculos XVII e XVIII, com destaque para Händel (1685 – 1759), compositor nascido na Alemanha que passou pela Itália antes de se naturalizar cidadão britânico.

Pepes do Valle.

Acompanhando os músicos convidados, Chiquinho Costa é pianista correpetidor com doutorado na área pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e anos de prática em acompanhar cantores líricos em apresentações, ensaios e concursos de canto. Ele fará os comentários entre as apresentações junto com Pepes do Valle, que divide com ele a coordenação artística do projeto Ópera Através dos Tempos e é um destacado baixo-barítono do cenário lírico nacional, e Antoine Kolokathis, idealizador e produtor da iniciativa. Fundador da Direção Cultura Produções e especializado em ações de formação de público, por meio de projetos como Teatro nas Escolas, Oficinas de Animação, Clássicos em Cena e Oficinas Culturais, Antoine também é tenor e será um dos cantores do programa dedicado a Verdi e Puccini, no dia 5 de abril.

O projeto Ópera Através dos Tempos é uma realização da Kalithéa Produções, empresa coligada à Direção Cultura, viabilizado através do ProAC Expresso LAB (Lei Aldir Blanc). As transmissões dos espetáculos gratuitos serão feitas ao vivo pelos canais do Youtube e Facebook da Direção Cultura.

Serviço:

Projeto Ópera Através do Tempo

De 15 de março a 20 de abril, sempre às segundas-feiras, às 20h

Em março: 15/3, 22/3 e 29/3

Em abril: 5/4, 12/4 e 20/4

Transmissão: Youtube Direção Cultura e Facebook Direção Cultura

Mais informações: www.direcaocultura.com.br.

Programação

15/3 – Programa Barroco

22/3 – Programa Mozart

29/3 – Programa Bel Canto

5/4 – Programa Verdi / Puccini

12/4 – Programa Ópera Francesa e Alemã

19/4 – Programa Ópera nos séculos XX e XXI.

Spotify celebra a obra de Caetano Veloso

Brasil, por Kleber Patricio

(Divulgação)

Talvez você não se lembre, mas há exatos 10 anos, uma Força Estranha fazia com que o simples fato de o cantor Caetano Veloso estacionar o carro no Rio de Janeiro e passear Sozinho por um famoso bairro carioca virasse notícia. Diga-se de passagem, não é Todo Homem que tem o poder de fazer Qualquer Coisa viralizar na mídia. Na tarde do dia 10 de março de 2011, em plena Luz do Sol, o músico foi flagrado por um paparazzi exibindo sua Fina Estampa no Leblon – Onde O Rio É Mais Baiano – e, desde então, o fato virou meme.

A julgar pela atitude da equipe do próprio Caetano, que sempre faz questão de relembrar a data por meio das redes sociais do artista, utilizando a hashtag #CaetanoVelosoEstacionaNoLeblonDay, acreditamos que, se ele comentasse este memorável dia, com certeza, diria algo como: “Na hora, pensei em fazer uma Queixa e dizer Gente, Não Enche! Mas, Não Me Arrependo de não ter dito nada. Depois de toda a repercussão, acabei achando Superbacana, Beleza Pura!”.

Como todo aniversário é tempo de celebrar, o Spotify quer aproveitar a oportunidade para agradecer ao músico que nunca estaciona no tempo: “Cae, você nos faz reconhecer que A Bossa Nova É Foda. Muito obrigado por, De Palavra em Palavra, encher as nossas vidas de Samba e Amor, nos agraciando com sua obra que é uma verdadeira Oração ao Tempo. This is Caetano Veloso! A gente é Tarado Ni Você. Um Abraçaço”.

Para obter mais informações, dirija-se à página do Spotify em https://newsroom.spotify.com.

Um picnic especial de Páscoa em meio à natureza e muitas atividades para crianças

Campinas, por Kleber Patricio

Área exclusiva para piquenique da Padoca do Vila, em Campinas. Foto: divulgação.

Para quem está se programando para uma atividade diferente na Páscoa, uma dica é o Espaço Picnic da Padoca do Vila, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas. Com uma área verde e arejada, ideal para estes tempos de isolamento, em meio a uma Área de Proteção Ambiental (APA), o local vai receber uma programação especial nos dias 3 e 4 de abril, com diversas atividades para as crianças. A experiência com o Picnic Especial de Páscoa começa logo na chegada à fazenda onde está localizada a Padoca. Os clientes serão conduzidos ao local por um trenzinho, onde a família terá contato direto com a natureza, passando por riachos e lagos, até chegar ao espaço.

Todas as atividades acontecerão no Espaço Picnic Padoca do Vila, desde o picnic ao ar livre até as ações recreativas programadas, como Caça aos Ovos em meio à natureza e Detetives da Páscoa – um jogo cheio de desafios, além da Diversão com o Chef Ricardo Barreira, responsável pela Padoca e a Cozinha do Restaurante Vila Paraíso. As crianças serão dividas por faixa etária: Infantil, de 4 a 7 anos, e Juvenil, de 8 a 12 anos, com acompanhamento de monitores.

O Picnic Especial de Páscoa acontecerá nos dias 3 (sábado) e 4 (domingo de Páscoa), com duas horas de duração – das 10h às 12h –, mas a família poderá ficar curtindo o espaço o tempo que desejar. No caso de a cidade estar com fase restritiva – vermelha – os kits serão adaptados e os clientes poderão retirá-los para fazer a atividade em casa.

Para garantir o café dos pais e das crianças, a Padoca disponibilizará duas opções kits de café da manhã, para duas e quatro pessoas, e duas opções de Brunch, também para duas e quatro pessoas. A cesta é composta de itens como leite, suco, pães, manteiga de ervas, geleia, mozarela, presunto, requeijão de corte da Fazenda Atalaia, frutas da estação, iogurte, granola doce, bolo de cenoura e bolo de iogurte. Vale lembrar que o espaço foi concebido para receber famílias, cachorros, casais e amigos.

Por operar com capacidade restrita, mesmo em área aberta, a Padoca do Vila está trabalhando com reservas. As primeiras quinze pessoas terão uma mesa garantida; as demais ocuparão áreas no gramado, com o devido distanciamento.

Mais informações e reservas podem ser feitas pelo WhattsApp (19) 99343-9016.

‘Viola Paulista’: 4º EP da coletânea traz tocadores do noroeste do estado

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Caio Csermak.

Há três semanas, o Selo SESC deu início ao lançamento paulatino do álbum Viola Paulista – Volume 2, que reúne 20 violeiros e violeiras que já têm uma carreira consolidada junto ao público e à cena musical. A curadoria e direção musical é do professor, músico e compositor Ivan Vilela, reconhecido como um dos principais pesquisadores de cultura popular e da viola caipira no país. Com 20 faixas ao todo, a segunda coletânea foi dividida em cinco EPs (sigla de extended play em inglês), cada um com a participação de quatro tocadores que dão voz a diferentes sotaques do instrumento no estado. Agora, o quarto EP traz importantes músicos das regiões de São José do Rio Preto e Grande São Paulo e chega aos principais serviços de streaming no dia 10 de março, incluindo na plataforma SESC Digital, que oferece o conteúdo de graça e sem necessidade de cadastro. Para ouvir, acesse aqui.

Ainda adolescente, Juliana Andrade fez sua primeira apresentação no palco do programa da saudosa Inezita Barroso (1925-2015) e logo revelou o seu talento ao grande público. Na companhia dos músicos Cleiton Torres (violão), Miller (violão) e Adevilson Ribeiro (contrabaixo), Juliana (viola) interpreta a instrumental Ciumento, uma composição autoral com sabor de choro paulista. Nascida na capital paulista, Juliana mora em São José do Rio Preto.

Outro representante do noroeste do estado é o músico Enúbio Queiroz, que sempre foi uma referência para os tocadores da música caipira de Rio Preto e região: sua loja de instrumentos musicais é um dos pontos de encontro dessa turma. Em Viola Paulista – Volume 2, Enúbio intercala a viola com o violão para interpretar sua composição instrumental Visões do Nordeste.

Natural de Brasília (DF) e radicado em São Paulo, capital, o violeiro Fábio Miranda traz uma composição ligada ao universo do cancioneiro brasileiro. Junto aos músicos Mariana Brandão (violoncelo) e Bruno Menegatti (rabeca), Fábio (viola e viola fretless) toca e canta em Viola encantada, uma cantiga com ares de música caipira paulistana. Com mestrado na área de educação musical, Fábio trabalha os processos livres de criação utilizando a viola e ministra oficinas nas periferias de São Paulo.

Dono de uma viola vigorosa, de toque bonito e criativo, Márcio Freitas gravou Estouro da boiada. Uma composição autoral de sonoridade diferenciada, toques rápidos, muitos galopes e que carrega um pouco da cultura nordestina, também muito presente no entorno da Grade São Paulo. Filho caçula de uma família vinda do interior de Minas Gerais cujas referências são os avôs e tios violeiros, Márcio nasceu em São Paulo e atualmente vive em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana.

A série Viola Paulista traça um mapa etnográfico do uso do instrumento no estado de São Paulo, celeiro de grandes músicos, compositores e de inúmeras orquestras de viola caipira. O projeto começou em 2018 com o lançamento da primeira edição de Viola Paulista (Selo SESC), que apresentou ao público as múltiplas sonoridades deste instrumento, seja em faixas instrumentais ou cantadas, com artistas e grupos muito diversos, mas que têm em comum a paixão pela história e pelo som da viola. Para este segundo volume, Vilela selecionou músicos que abrangem todo o território do estado. São tocadores das regiões de Avaré, Bauru, Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Sorocaba.

REPERTÓRIO EP 4

Visões do Nordeste (Enúbio Queiroz)

Músico: Enubio Queiroz (viola e violão)

Afinação: Cebolão em ré

Ciumento (Juliana Andrade/Divino)

Músicos: Juliana Andrade (viola), Cleiton Torres (violão), Miller (violão) e Adevilson Ribeiro (contrabaixo)

Afinação: Cebolão em mi

Viola Encantada (Adalberto Rabelo Filho, Fábio Miranda e Marcelo Moura)

Músicos: Fábio Miranda (viola e viola fretless), Mariana Brandão (cello) e Bruno Menegatti (rabeca)

Afinação: Cebolão em ré e cebolão em dó (viola fretless)

Estouro de Boiada (Márcio Freitas)

Músico: Márcio Freitas (viola)

Afinação: Cebolão em mi.

FICHA TÉCNICA

Viola Paulista – Volume II

Curadoria e direção musical: Ivan Vilela

Produção executiva: Paula Rocha e Caio Csermak – Arueira Expressões Brasileiras

Gravação: Maurício Cajueiro

Mixagem: Ivan Vilela e Maurício Cajueiro

Masterização: Homero Lotito

Assistente de gravação: Pedro Henrique Florio

Estúdio: Cajueiro Áudio (Campinas, SP)

Fotografia e vídeo: Paula Rocha e Caio Csermak.

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Tratamento de hepatite C cai pela metade com pandemia

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: Obi Onyeador/Unsplash.

Posicionado até 2019 entre os países que se comprometeram a alcançar melhores índices de controle da hepatite C, no último ano o Brasil retrocedeu nas metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo redes de tratamento e diagnóstico da doença. Os indicadores de tratamento da doença tiveram queda de mais de 50% em 2020, comparados aos índices do ano anterior, provavelmente em razão da crise sanitária de Covid-19. Pesquisadoras da Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP), em conjunto com pesquisadores da Fiocruz e da London School of Economics, chamam atenção para essa situação em nota técnica antecipada pela Bori nesta quinta (11).

A nota técnica compara dados sobre hepatite C disponibilizados pelos principais órgãos públicos de saúde municipais, estaduais e federais no período de 2007 a 2019 e pelo Painel Informativo sobre tratamento das hepatites B e C do Ministério da Saúde no ano de 2020. A análise descritiva desses dados permitiu observar uma tendência de queda nos indicadores de tratamento para essa doença no Brasil, tida como a doença relacionada ao fígado que mais mata no mundo.

Com estes resultados, os pesquisadores querem alertar os atuais gestores municipais para a necessidade de ajustes nas políticas municipais de prevenção, diagnóstico e tratamento no controle do HCV (o vírus causador da hepatite C), evitando possíveis agravos nas tendências observadas. Carolina Coutinho, uma das responsáveis pela nota, não deixa de destacar o importante avanço obtido com a publicação da portaria 1537/MS de 2020, que inclui os medicamentos para o tratamento do HCV como componente estratégico da assistência farmacêutica: “Essa medida tende a facilitar o acesso ao tratamento”, comenta a pesquisadora.

A emergência de saúde pública vivida pela Covid-19, na visão dos pesquisadores, é também um momento para se atentar às estratégias de prevenção e controle de outras enfermidades e fatores que adoeçam a população. “O fortalecimento do SUS e da atenção básica para a saúde dos brasileiros, é essencial”, diz Coutinho.

O Brasil é reconhecido mundialmente pelo pioneirismo e sucesso no enfrentamento à epidemia de HIV/AIDS e tem expertise para repetir o feito no controle de outras doenças transmissíveis. Era o que vinha acontecendo com o HCV, cujo controle “precisa de continuidade e investimento”, alerta Coutinho. No caso da hepatite C, o país vinha seguindo de forma eficiente as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelecidas em 2016 como parte de um plano de eliminação das hepatites virais, comprometendo-se a alcançar melhores índices de controle da doença com redes de tratamento e diagnóstico.

A nota técnica está vinculada ao projeto Brazil’s Fight Against Hepatitis C e recebe financiamento do British Council em parceria com o Newton Fund. O projeto estuda a resposta brasileira às hepatites em diferentes aspectos e, além da publicação de artigos científicos inéditos, prevê a publicação de notas técnicas adicionais e a realização de workshops com gestores e pesquisadores para a discussão dos achados e para a criação de recomendações de políticas públicas.

(Fonte: Agência Bori)