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Shoppings Iguatemi e Galleria adotam vendas por drive thru aos finais de semana

Campinas, por Kleber Patricio

Foto: divulgação.

Como alternativa para os clientes nos finais de semana dos dias 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro, nos quais a cidade de Campinas seguirá as regras da fase vermelha do Plano São Paulo, o Iguatemi Campinas e o Galleria Shopping irão adotar temporariamente o serviço de drive thru, possibilitando a compra e recebimento de produtos com toda comodidade e segurança, sem a necessidade de sair do carro.

A dinâmica de compra é muito simples: basta acessar o site dos shoppings para consultar a relação das lojas participantes e o número de telefone para contato. Todo o processo de venda e negociação de entrega do produto é feito pelo aplicativo de mensagens Whatsapp diretamente com o lojista. Depois disso, é só ir até os empreendimentos para fazer a retirada na data e horário combinados. Para implementar o serviço, o Iguatemi Campinas e o Galleria Shopping estabeleceram algumas regras, como a higienização de todos os produtos e embalagens e o uso de máscara, luva e álcool em gel. “O sistema de drive thru já havia sido adotado no início da pandemia e mostrou-se uma alternativa eficiente e segura para todos. Acreditamos que será uma experiência novamente útil neste momento em que estaremos com os empreendimentos fechados aos finais de semana”, afirma a gerente de marketing dos dois shoppings, Janaína Nunes.

No Iguatemi Campinas, o serviço estará disponível das 12h às 20h nos dois próximos sábados e domingos e o acesso deve ser feito pela Avenida Iguatemi, 777, estacionamento P2 – Deck Parking (entrada pela área do Valet Parking). No Galleria Shopping, o drive thru irá funcionar nos mesmos dias das 10h às 22h, no estacionamento inferior, próximo à Alameda de Serviços, com acesso pela rodovia D. Pedro I, km 131,5 – entrada G2 (ao lado do Oba Hortifruti).

A relação das lojas participantes estará disponível a partir desta sexta-feira nos sites dos empreendimentos: www.iguatemicampinas.com.br e www.galleria.com.br.

Traveller Review Awards situa Minas Gerais entre os 10 lugares mais acolhedores do mundo

Minas Gerais, por Kleber Patricio

Imagem de Eunice de Faria por Pixabay.

Por oito anos, a Booking reuniu avaliações positivas de todos seus estabelecimentos cadastrados. Em, 2020, o prêmio que era conhecido como Guest Review Awards, passou a se chamar Traveller Review Awards, contemplando também empresas de transportes. A premiação aconteceu em nível internacional e, este ano, distribuiu mais de 1 milhão de prêmios a estabelecimentos que receberam as melhores avaliações de seus hóspedes e clientes. Pela primeira vez, Minas Gerais, que possui o ar aconchegante das montanhas e as riquezas hidrográficas, está no décimo lugar dos lugares mais acolhedores do mundo.

Todos os itens da listagem feita pelo Booking estão em locais tranquilos, calmos, com árvores e muito descanso. Dentre as especificações mais listadas, 17% foram indicados como ótimos/excelentes em limpeza e higiene.

Aqui no Brasil, com o fechamento dos aeroportos internacionais, o turismo local foi a saída para que os passageiros não perdessem as viagens. Priorizando esta estratégia, Minas Gerais realizou 32 editais e é o terceiro estado com o maior número de selos ‘Turismo Responsável – Limpo e Seguro’, garantindo a segurança dos moradores locais e dos turistas. Foram investidos 3 milhões de reais, em 2020, para fomentar práticas ligadas ao turismo, como artesanato e mostras culturais. Foi inaugurada ainda a Rota da Inconfidência, para celebrar os 300 anos do Estado levando o viajante a um passeio pela história do Brasil. Além disso, o turismo gastronômico foi incentivado, assim como o de aventura.

Foto: Ricardo Cozo/Acervo Secult.

Pensando nisso, Juliana Queissada, CEO da Queissada Comunicação, agência com uma frente em turismo e intercâmbio e atende empresas do setor, elaborou 4 motivos para conhecer a terra da Inconfidência:

Uma viagem pela história | O Estado é o maior em concentração de obras históricas, principalmente quando se fala em igrejas e museus. É lar de Aleijadinho, Tiradentes e das riquezas do Brasil Colônia. As rotas podem ser feitas de carros e ano passado o Estado completou 300 anos cercado de mistérios e causos dos tempos em que conspirações eram tramadas e que o ouro transitava pelas estradas. A Comunidade dos Arturos, formada por descendentes de escravos de Arthur Camilo Silvério e Carmelinda Maria da Silva é outro ponto de interesse. Seus membros vivem em Contagem e preservam as tradições de danças, sons, festividades e eventos religiosos que fazem parte da identidade cultural dos negros.

Culinária | A culinária de Minas é rica. Com fogões de lenha fumegantes e caçarolas borbulhantes, você encontra as combinações perfeitas como feijão tropeiro e couve, goiabada com queijo e café com pão de queijo. A simplicidade e a fartura das mesas mineiras enchem os olhos de qualquer um. Além disso, origem da expressão Não tem mar, mas tem bar, o Estado possui o maior índice de bares por habitantes. E a gastronomia de buteco foi aprimorada, principalmente em Belo Horizonte, onde os famosos pasteizinhos e petiscos são apresentados ao lado de boa música.

Um mar de morro | A região geográfica de Minas é composta por várias cadeias de serras e vales onde é possível encontrar pousadas e chalés aconchegantes com muito verde e tranquilidade. Além disso, o ritmo do povo mineiro é diferente – sossego e simplicidade fazem parte da vida cotidiana, o que torna o lugar uma excelente opção para o viajante esquecer a rotina pesada dos grandes centros. Há locais que ainda não possuem sinal de internet, para fazer o hóspede realmente se desconectar e participar ativamente do convívio na natureza.

Aventura | Se o quesito tranquilidade e culinária já não fizeram você ir procurar mais sobre o Estado, a aventura, com certeza vai ser a gota d’água – a topografia de Minas favorece diversos esportes radicais, como montanhismo, rafting e tirolesa, entre outros, além das inúmeras cachoeiras e trilhas para o viajante ter o contato com a natureza de forma intensa.

Praias fechadas: produtores de rosas sugerem homenagens para Iemanjá em casa

Brasil, por Kleber Patricio

Rosas que serão destinadas às homenagens à Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. Fotos: Cooperativa Veiling Holambra.

Os produtores de flores de corte esperavam que as homenagens a Iemanjá (no Sudeste e no Nordeste) e a Nossa Senhora dos Navegantes (no Sul), movimentasse o mercado, principalmente de rosas. Com o setor sofrendo desde o início da pandemia, em março, com a proibição de festas e eventos, principalmente casamentos e formaturas em todo o país, eles fecharam o ano com redução de 40% nas vendas, na comparação com 2019, e esperavam, nas comemorações religiosas de 2 de fevereiro, encontrar espaço para a comercialização. No entanto, a proibição das festas e procissões no litoral brasileiro devido à segunda onda da Covid-19 foi mais um balde de água fria para eles. A solução é pedir aos devotos e pescadores que não deixem de homenagear a “Rainha do Mar”.

“Todos podem colocar as rosas ou outras flores de corte em vasos com água, em frente à imagem do orixá ou de Nossa Senhora dos Navegantes e fazer seus pedidos e orações. Ou levar as flores em outros dias. O importante é a intenção. E a fé”, sugere Thamara D’Angiere, gerente de Marketing da Cooperativa. “Apenas a proibição dos eventos, como casamentos, formaturas e corporativos, entre outros, correspondem a 30% do mercado floricultor. As mais prejudicadas são as flores de corte, utilizadas na decoração. Por isso, essas datas especiais são muito importantes para ajudar esses produtores na manutenção de suas estufas, principalmente porque temos uma demanda reprimida que surgirá tão logo esses eventos adiados possam ser realizados”, avalia.

Carrinhos aguardando o embarque das rosas na Cooperativa Veiling Holambra.

Curiosidades | Grande parte dos devotos de Iemanjá e de Nossa Senhora dos Navegantes nem imagina que as flores enfrentam uma dura jornada antes de serem lançadas ao mar como oferendas em todo o litoral brasileiro ou para decorar os barcos dos pescadores. As rosas, consideradas as “Rainhas das Flores” e preferidas para as homenagens ao orixá africano e à santa católica – que acontecem na próxima terça-feira, 2 de fevereiro –, já foram colhidas pelos produtores e estão sendo transportas em caminhões refrigerados para que cheguem frescas e lindas em todo o litoral brasileiro até a véspera do evento.

A maior parte das rosas, nesta data, viaja até quase 6.000 km em caminhões climatizados para que cheguem lindas e frescas aos seus destinos. Produzidas nas fazendas de Andradas, Sul de Minas Gerais, e de São Benedito, na Serra de Ibiapaba, no Norte do Ceará, elas precisam, antes, serem levadas até a Cooperativa Veiling, em Holambra, no interior paulista, onde são disputadas em leilão pelos distribuidores que decidirão o seu destino final no varejo.

De São Benedito, no Ceará, até Holambra, são 2.881 km e, de Andradas, 92 km. Uma vez vendidas no leilão, elas são embarcadas novamente em caminhões para Fortaleza (2.837 km), Salvador, o principal centro comercializador nesta data (2.011 km), Rio de Janeiro (522 km) e Porto Alegre (1.237 km). Considerando as duas viagens, as rosas produzidas em São Benedito percorrem 5.718 km para serem lançadas no mar de Fortaleza; 4.892 km para chegarem até Salvador e 3.403 km para serem entregues no Rio de Janeiro. Até Porto Alegre, as duas viagem totalizam 4.118 km. Para as rosas produzidas em Andradas, Sul de Minas Gerais, a viagem é mais rápida, mas também longa: 2.929 km até Fortaleza; 2.103 km até Salvador; 1.329 km até Porto Alegre e 614 km até o Rio de Janeiro.

Rosas que serão destinadas às homenagens à Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes.

Sobre Iemanjá | Iemanjá, a “Rainha do Mar”, é um orixá africano e faz parte do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras. Seu nome é derivado de expressão em iorubá que quer dizer mãe cujos filhos são peixes. Iemanjá era orixá de uma nação iorubá, os Egba, que viviam inicialmente em um local no sudoeste da Nigéria, entre Ifé e Ibadan, onde há um rio chamado Iemanjá. No século XIX, devido às guerras entre povos iorubás, os Egba foram obrigados a se afastar do rio Yemanjá e passaram a viver em Abeokuta. No entanto, continuaram cultuando a divindade que, segundo a tradição, passou a viver em um novo rio, o Osun.

No Brasil, no Dia de Iemanjá, comemorado em 2 de fevereiro, milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas, como flores, espelhos, joias, comidas, perfumes e outros objetos. Salvador, na Bahia, tem a maior festa registrada no país, atraindo turistas de todas as partes. Em 2 de fevereiro também é celebrado o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, uma santa católica. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, ainda existe esse sincretismo entre as duas divindades. Já no Rio de Janeiro, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória.

Orquestra Contemporânea Innovare nasce com a proposta de conquistar o mundo

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação – nenhuma violação de direitos pretendida.

Proporcionar algo novo, com excelência e qualidade, mas que ao mesmo tempo seja autêntico e ousado, diferente do tradicional — esses são alguns dos conceitos da Orquestra Contemporânea Innovare (OCI), projeto que acaba de nascer em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, mas que espera conquistar o mundo oferecendo boa música. A OCI surge como algo inovador, leve e divertido, diferente de propostas anteriores que já existiram na região, mas que pretende unir o tradicional ao moderno, o erudito ao popular, bem como aproximar a orquestra ao seu público.

Sob regência do maestro Mathias, um jovem negro, de apenas 30 anos, autodidata, que nasceu na periferia de Santo André, a orquestra tem como missão oferecer a melhor experiência criativa, multissensorial e multimídia para que as pessoas possam sentir a música em sua plenitude. Desta forma, não terá um formato específico e também não ficará rígida apenas a música erudita, podendo ter variações e formações diferentes dependendo do tipo de apresentação. “Sempre gostei de música orquestra; porém, transitando em outras linguagens, como filmes, por exemplo. A nossa intenção é fazer o público se sentir confortável escutando aquilo que ele gosta e está familiarizado”, disse o maestro, ao reforçar que, além de adaptações a composições populares, o projeto é ousado e está aberto a grandes eventos, apresentações com artistas e escolas de samba, além de gravações para trilhas de filmes e games.

Movimento Cultural | Idealizada pela iniciativa privada, a OCI está vinculada à Associação Artística Cultural Tocando a Vida de São Bernardo (mantenedora da orquestra) e corre em paralelo com a criação de um movimento cultural d’OCI, que pretende expandir e se tornar um polo de impacto na região. O empresário Satoshi Fukuura está à frente da estruturação e profissionalização da iniciativa, que também espera contar com apoio de empresas privadas, leis de incentivo e do setor público.

Adote um Músico | Os apreciadores da boa música e os que querem conhecer melhor a Orquestra Contemporânea Innovare já tem disponível um acervo interessante no canal oficial do Youtube. O canal, aliás, tem tido uma ótima aceitação. Em apenas dois meses, já são quase 15 mil inscritos, com registro de aproximadamente 135 mil visualizações dos vídeos.

O conteúdo artístico pode ser apreciado até que os músicos possam voltar a fazer apresentações, já que ainda há restrições rigorosas por conta da pandemia da Covid-19. Vale a pena conferir.

Em decorrência dessa condição, está sendo aberta uma campanha virtual – Adote um Músico – de arrecadação de recursos que estimula a contribuição espontânea para continuidade do projeto e, principalmente, visando a valorização dos músicos. A proposta é que as pessoas participem fazendo doações de qualquer valor por meio do site benfeitoria.com/movimentoculturaldoci. Seja parte desse movimento.

Artigo: “O Conselho Federal de Medicina precisa respeitar a ciência”

Brasil, por Kleber Patricio

Foto: United Nations/Unsplash.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem como função fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil — em outras palavras, proteger a população de más práticas e de charlatanismo. Foi, por isso, uma surpresa ler as opiniões de seu presidente, Dr. Mauro Luiz de Britto Ribeiro, no Tendências/Debates da Folha de S. Paulo da segunda (25/1). Em lugar de defender a medicina baseada em evidências em favor dos pacientes, o texto ataca cientistas para defender a autonomia médica.

Tal autonomia, desde que embasada no consenso científico, nunca foi contestada. Por outro lado, parece óbvio que o CFM tomaria medidas enérgicas se os médicos, dentro de sua autonomia, prescrevessem chá de boldo, sanguessugas ou cannabis para tratar Covid-19. A autonomia tem limites e o CFM deveria determinar esses limites para proteger a sociedade.

O texto demonstra pouco contato com a prática científica. Ele desqualifica cientistas não médicos como se só os médicos fossem capazes de entender evidência científica. Médicos não são cientistas. Como afirmou em entrevista recente na Folha de S. Paulo o presidente da Associação Médica Brasileira, Dr. César Fernandes, médicos que prescrevem tratamento precoce agem movidos por suas convicções pessoais, ignorando os melhores estudos e o consenso da área. Em respeito aos pacientes, a formação do médico deveria sempre ser norteada pela ciência.

Ao apontar uma suposta controvérsia científica sobre o tratamento precoce, o artigo usa a mesma tática dos negacionistas da mudança climática ou da evolução. Isso pode causar dúvida no público leigo, mas, entre os pesquisadores, não existe controvérsia alguma.

A melhor evidência científica disponível não indica que tratamentos precoces baseados em cloroquina, ivermectina ou nitazoxanida sejam eficazes para o tratamento da Covid-19. Por isso eles não estão aprovados ou indicados por agências reguladoras e sociedades médicas de vários países, inclusive o Brasil.

Isso não significa que tratamentos experimentais não possam ser usados em condições especiais, mas, uma vez estabelecida a ausência de efeito, eles precisam ser abandonados. Por outro lado, se evidências convincentes de efetividade vierem a surgir, os consensos podem mudar. Assim é a ciência, sempre pronta para absorver conhecimento novo.

O próprio proponente da cloroquina contra Covid-19, Prof. Didier Raoult, recentemente admitiu falhas metodológicas graves em seu estudo. Mas ele só o fez porque foi contestado pelo conselho médico local.

O artigo do presidente do CFM ainda acusa os opositores de serem ‘ideológicos’. Este argumento é também falacioso e negacionista. Ao se calar diante dos desatinos do governo federal na gestão de uma pandemia sem precedentes, o conselho assume um silêncio ideologicamente gritante. Um CFM interessado em proteger a população já teria se manifestado em relação ao presidente Bolsonaro e o ministro Pazuello (que não são médicos) recomendarem tratamento precoce e gastar recursos públicos para promovê-lo.

A boa medicina deve sempre estar baseada no melhor conhecimento científico. Um órgão regulador da classe médica primariamente interessado em cumprir suas funções já teria revogado – ou, ao menos, atualizado – o parecer de abril de 2020 que dá autonomia ao tratamento precoce. Insistir em tratamento sem evidência científica poderá custar ainda mais vidas de muitos brasileiros.

Leandro Tessler é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Luís Fernando Tófoli é professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

(Fonte: Agência Bori)