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Projeto Guri reabre inscrição de interesse e oferece 374 vagas remanescentes na região de Araçatuba

Araçatuba, por Kleber Patricio

Foto: divulgação/Projeto Guri.

O processo para manifestação de interesse de novos alunos e alunas do Projeto Guri foi reaberto no dia 8 de março e segue até o dia 19 de março, de maneira online, para os polos de ensino que ainda dispõem de vagas no interior e litoral de São Paulo. São cursos gratuitos de música para crianças, adolescentes e jovens de 6 a 18 anos incompletos (o sistema carregará os polos com cursos disponíveis para a idade informada, respeitando a faixa etária de ingresso em cada curso*).

Para ingressar no Projeto Guri – o maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – basta ter entre 6 e 18 anos incompletos (até 21 anos nos cursos de luteria, nos Grupos de Referência e nos polos da Fundação CASA) e estar regularmente matriculado na escola. Não é preciso ter conhecimento prévio de música, nem possuir instrumentos ou realizar testes seletivos. Alunos e alunas têm acesso às aulas e atividades por meio da plataforma de ensino a distância, enquanto aguardam o retorno presencial, que será realizado de forma gradativa, seguindo todos os protocolos de segurança.

Para fazer a inscrição, o responsável deve acessar o link https://www.projetoguri.org.br/matricula2021/  e preencher as seguintes informações:

– Identidade do aluno ou da aluna (nome completo, data de nascimento e número do RG ou certidão de nascimento);

– Endereço;

– Informar se pertence ao grupo de risco da Covid-19 (colocar sim ou não);

– Informar se o aluno ou aluna possui deficiência auditiva (colocar sim ou não);

– Telefone para contato, com DDD (opcional);

– E-mail (opcional);

– Escola em que estuda;

– Identidade do responsável (nome completo, número do RG, telefone e e-mail);

– Informar o polo de interesse;

– Informar o curso de interesse (1ª e 2ª opção);

– Ler (a assinalar ciência) nos avisos de autorização do uso de imagem e Lei Geral de Proteção de Dados.

*Tabela com a faixa etária mínima para ingresso em cada curso:

Cursos e faixa etária mínima para ingresso

Acordeon – 9 anos

Baixo Elétrico – 10 anos

Bandolim – 8 anos

Bateria – 10 anos

Cavaco – 8 anos

Clarinete – 9 Anos

Contrabaixo – 12 Anos

Coral Infantil – mínimo: 6 anos, máximo: 8 anos

Coral Juvenil – 9 anos

Oboé – 10 anos

Eufono – 10 anos

Flauta Transversal – 9 anos

Guitarra Elétrica – 10 anos

Iniciação Musical – mínimo: 6 anos, máximo: 8 anos

Luteria – 14 anos

Oficina de Musicalização – 8 anos

Percussão – 8 anos

Saxofone – 9 anos

Teclado/Piano – 8 anos

Tecnologia Musical – 8 anos

Trombone – 10 anos

Trompa – 10 anos

Trompete – 10 anos

Tuba – 13 anos

Viola – 10 anos

Viola Caipira – 8 anos

Violão – 8 anos

Violino – 10 anos

Violoncelo – 10 anos

As faixas etárias acima indicam as idades apropriadas para o início em cada curso considerando razões de caráter pedagógico e de estrutura física, relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, de maturidade muscular, tonicidade, coordenação motora fina etc.

O formulário é bem simples e poderá ser preenchido a partir de qualquer plataforma (celular IOS, celular Android, tablet, computador etc.). Após o preenchimento, clicar em ‘enviar’ para que seja gerado o número de protocolo referente ao processo.

Posteriormente, a coordenação do polo escolhido entrará em contato com o responsável, confirmará a matrícula no curso indicado (caso haja vaga no mesmo) e fornecerá instruções para o envio dos documentos (RG, comprovante de matrícula/escolaridade e comprovante de endereço). Nesta etapa, o responsável receberá também um link com o questionário social que deve ser preenchido e enviado. As informações descritas no questionário são fundamentas para que nossas equipes conheçam as demandas dos matriculados e, com isso, tracem planos estratégicos de acordo com o perfil de cada turma e/ou aluno e aluna.

A matrícula só será oficializada no polo e curso escolhido após contato da coordenação e envio dos documentos do aluno/aluna.

Os endereços dos polos estão no site https://www.projetoguri.org.br.

Retorno presencial | O retorno presencial deverá ocorrer de maneira progressiva, atendendo à deliberação do Plano de Retomada Consciente do Governo do Estado de São Paulo e à autorização prévia de cada uma das cidades. As famílias receberão as informações necessárias com antecedência, cientes de que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas, visando à saúde e o bem-estar dos Guris, familiares, empregados, empregadas e comunidade.

Observações:

– As matrículas respeitam a ordem de inscrição;

– Abaixo, informações sobre os cursos oferecidos no polo, mas nem todos os cursos mencionados dispõem de vagas no momento.

Confira a lista completa dos polos na região de Araçatuba:

Polo Alto Alegre

Vagas: 13

O polo oferece os cursos: coral juvenil, iniciação musical, percussão e violão

Telefone: (18) 3657-1421

Funcionamento do polo: terças e sextas-feiras, das 13h às 17h

Endereço do polo: Rua Quintino Bocaiuva, 170, Centro – Alto Alegre/SP

Polo Andradina

Vagas: 18

O polo oferece os cursos: clarinete, contrabaixo, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompa, trompete, tuba, viola, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3722-4775

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 09h às 11h e das 13h30 às 19h00

Endereço do polo: Praça Eduardo Ramalho, s/nº, Centro – Andradina/SP

Apoio local: Raízen

Polo Avanhandava

Vagas: 22

O polo oferece os cursos: clarinete, contrabaixo, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompete, tuba, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3651-1797

Funcionamento do polo: terças e sextas-feiras, das 08h às 11h e 13h às 17h

Endereço do polo: Rua Tibiriçá, 492, Centro – Avanhandava/SP

Polo Bento de Abreu

Vagas: 11

O polo oferece os cursos: coral, percussão e violão

Telefone: (18) 3601-1241

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 14h às 18h

Endereço do polo: Rua Vereador, 54, Centro – Bento de Abreu/SP

Polo Bilac

Vagas: 4

O polo oferece os cursos: coral infantil, coral juvenil, iniciação musical, percussão, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3301-3369

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30

Endereço do polo: Rua Dr. Raul De Melo Senra Filho, 607, Distrito Comercial Ovideo Martinelli – Bilac/SP

Polo Birigui

Vagas: 11

O polo oferece os cursos: clarinete, contrabaixo, eufônio, flauta transversal, percussão, saxofone, trombone, trompete, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3301-3369

Funcionamento do polo: segundas e quintas-feiras, das 13h00 às 17h30

Endereço do polo: Rua Santos Dumont, 413, Centro – Birigui/SP

Polo Brejo Alegre

Vagas: 5

O polo oferece os cursos: iniciação musical, percussão, teclado/piano e violão

Telefone: (18) 3646-1196

Funcionamento do polo: quartas e sextas-feiras, das 13h às 17h

Endereço do polo: Rua 13 De Maio, 26, Centro, Brejo Alegre/SP

Polo Castilho

Vagas: 3

O polo oferece os cursos: percussão e violão

Telefone: (18) 3741-3324

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 08h às 11h e das 13h30 às 18h30

Endereço do polo: Avenida Adnaldo Rodrigues de Medeiros, 72, Centro – Castilho/SP

Apoio local: CTG Brasil

Polo General Salgado

Vagas: 7

O polo oferece os cursos: coral juvenil, iniciação musical, percussão, violão

Telefone: (17) 9746-0085

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 13h30 às 17h30

Endereço do polo: Avenida Irmãos Bonetto, 500, Centro – General Salgado/SP

Polo Guaraçaí

Vagas: 48

O polo oferece os cursos: baixo elétrico, clarinete, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, guitarra elétrica, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompete e violão

Telefone: (18) 3705-7244

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 08h00 às 11h00 e das 13h00 às 17h30

Endereço do polo: Praça da Matriz, s/nº, Centro – Guaraçaí/SP

Polo Guzolândia

Vagas: 15

O polo oferece os cursos: percussão e violão

Telefone: (18) 9633-6407

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30

Endereço do polo: Rua José Cândido de Moraes, s/nº, Três Marias -Guzolândia/SP

Polo Ilha Solteira

Vagas: 3

O polo oferece os cursos: eufônio, percussão, trombone, trompete e violão

Telefone: (18) 3742-2310

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 15h00 às 19h00

Endereço do polo: Praça dos Paiaguás, 135, Centro – Ilha Solteira/SP

Apoio local: CTG Brasil

Polo Jales

Vagas: 5

O polo oferece os cursos: clarinete, contrabaixo, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompete, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3301-3369

Funcionamento do polo: quartas e sextas-feiras, das 13h30 às 18h00

Endereço do polo: Rua Treze, 2422, Centro – Jales/SP

Polo Lavínia

Vagas: 13

O polo oferece os cursos: coral juvenil, percussão e violão

Telefone: (18) 3698-1184

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 13h30 às 17h30

Endereço do polo: Rua Profª Maria Amália de Faria Bonfiantini, s/nº, Centro – Lavínia/SP

Polo Luiziânia

Vagas: 21

O polo oferece os cursos: coral juvenil, iniciação musical, percussão e violão

Telefone: (18) 3603-1167

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 08h00 às 11h00 e das 13h00 às 17h00

Endereço do polo: Avenida Antônio Duarte Azadinho, 29, Centro – Luiziânia/SP

Polo Murutinga do Sul

Vagas: 22

O polo oferece os cursos: coral juvenil, iniciação musical e violão

Telefone: (18) 3788-1446

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 14h30 às 18h30

Endereço do polo: Rua Antônio Rebucci, 186, Centro – Murutinga do Sul/SP

Polo Regional Araçatuba

Vagas: 87

O polo oferece os cursos: baixo elétrico, bateria, clarinete, contrabaixo, coral infantil, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, guitarra elétrica, iniciação musical, percussão, saxofone, teclado/piano, trombone, trompete, tuba, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3621-2052

Funcionamento do polo: segundas às sextas-feiras, das 08h00 às 11h00 e das 13h00 às 18h

Endereço do polo: Rua Anita Garibaldi, 75, Centro – Araçatuba/SP

Apoio local: West Rock e Supermercados Rondon

Polo Rubiácea

Vagas: 3

O polo oferece os cursos: percussão e violão

Telefone: (18) 3697-1192

Funcionamento do polo: segundas e quartas-feiras, das 08h00 às 11h00

Endereço do polo: Rua Dr. Mario Rolin Teles, 489, Centro – Rubiácea/SP

Polo Santa Fé do Sul

Vagas: 2

O polo oferece os cursos: contrabaixo, percussão, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (17) 3631-5089

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 13h30 às 17h30

Endereço do polo: Rua Um, 931, Centro – Santa Fé do Sul/SP

Polo Sud Mennucci

Vagas: 16

O polo oferece os cursos: clarinete, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone e trompete

As vagas disponíveis estão distribuídas nos cursos: coral juvenil

Telefone: (18) 3534-1170

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 13h30 às 18h00

Endereço do polo: Rua Benedito Paulino Nogueira, 25, Centro – Sud Mennucci/SP

Polo Valparaíso

Vagas: 19

O polo oferece os cursos: clarinete, contrabaixo, coral juvenil, eufônio, flauta transversal, iniciação musical, percussão, saxofone, trombone, trompete, tuba, viola, violão, violino e violoncelo

Telefone: (18) 3401-4764

Funcionamento do polo: terças e quintas-feiras, das 08h00 às 11h00 e das 13h30 às 18h00

Endereço do polo: Rua Padre Mauro Eduardo, 410, Centro – Valparaíso/SP

Parceiro local: Prefeitura Municipal de Alto Alegre, Andradina, Araçatuba, Avanhandava, Bento de Abreu, Bilac, Birigui, Brejo Alegre, Castilho, General Salgado, Guaraçaí, Guzolândia, Ilha Solteira, Jales, Lavínia, Luiziânia, Murutinga do Sul, Rubiácea, Santa Fé do Sul, Sud Mennucci e Valparaíso.

Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Sustenidos: CTG Brasil, WestRock, Bayer, Novelis, Arteris, CSN, EMS, Grupo Maringá, NovAmérica Agrícola, Capuani do Brasil, Pinheiro Neto, VALGROUP, Raízen, BTP, Caterpillar, Cipatex, Faber-Castell, Supermercados Rondon, CNH Capital, Instituto 3M, Louis Vuitton, Mercedes-Benz, Petrom – Petroquímica Mogi das Cruzes, Castelo Alimentos, Enel e Pirelli.

Patrocinador Musicou – Sustenidos: CTG Brasil, Grupo Maringá e SulAmérica.

Patrocinador Som na Estrada – Sustenidos: Supermercados Tauste, Sky, Glovis e Supermercados Rondon .

Patrocinador Imagine Brazil e Ethno Brazil – Sustenidos: Sky e Supermercados Tauste.

Patrocinadores Institucionais da Sustenidos: Microsoft e VISA.

Sobre o Projeto Guri | mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos no curso de luteria, nos Grupos de Referência e nos polos da Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Sustenidos, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 850 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.

Atividade agrícola intensa afeta qualidade de águas no norte do RS

Rio Grande do sul, por Kleber Patricio

Foto: Randy Fath/Unsplash.

A atividade agrícola e a presença de múltiplos metais no solo estão afetando a qualidade de áreas de drenagem da região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul. Uma pesquisa encontrou efeitos destes elementos em caranguejos de água doce que vivem em áreas com intensa atividade agrícola nas bacias do rio Suzana, rios Ligeirinho-Leãozinho e rio Dourado. Os resultados estão na edição de 15/3 da revista Brazilian Journal of Biology.

Os pesquisadores da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), ambas gaúchas, coletaram amostras em 14 riachos das três áreas de drenagem para estudar o efeito das práticas de manejo agrícola e presença de metais na saúde de caranguejos de água doce. A pesquisa estudou o caranguejo Aegla por ele permanecer por longos períodos no mesmo local e, assim, acumular muitos contaminantes. Além disso, ele se alimenta de resíduos de matérias orgânicas presentes no ambiente, como outros invertebrados ou restos de folhas.

Os resultados apontaram que tanto os potenciais resíduos de práticas agrícolas quanto metais como cádmio, cromo e ferro afetam o caranguejo ao serem carregados para os riachos onde esses animais habitam. Os animais que vivem em áreas com maior atividade agrícola apresentam maior desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes no organismo, comparados aos que vivem em regiões com menor intensidade de agricultura. Esse estresse oxidativo pode causar danos nas células e tecidos dos caranguejos — e provavelmente também impactar na saúde de outros animais. “A presença desses contaminantes fornece sinais de alerta sobre a qualidade da água que chega até as comunidades locais”, aponta Albanin Mielniczki-Pereira, uma das coordenadoras do estudo. “A mesma água que está afetando o Aegla é usada por essas comunidades para lavar roupas e louça, fazer comida e até matar a sede”, alerta a pesquisadora. Duas áreas de drenagem do estudo abastecem, inclusive, cidades da região, como Erechim, Gaurama e Viadutos.

A agricultura é uma atividade econômica importante no norte do Rio Grande do Sul e, por isso, os pesquisadores apontam que a solução para enfrentar o problema é minimizar os impactos dessa atividade no ambiente hídrico. Para isso, é necessário treinar de forma contínua os agricultores em boas práticas de manejo agrícola e, ao mesmo tempo, sensibilizá-los para a importância das áreas de preservação na margem dos riachos e mananciais.

(Fonte: Agência Bori)

Pinacoteca se volta para o ambiente digital e divulga vídeos sobre a coleção

São Paulo, por Kleber Patricio

A segunda sala da nova mostra de longa duração da Pinacoteca reúne obras de artistas como Almeida Junior, Oscar Pereira da Silva entre outros. Foto: divulgação.

A Pinacoteca de São Paulo começa a veicular em suas redes sociais uma série de vídeos sobre a nova apresentação da coleção do museu. Ao todo serão 19, postados semanalmente – veja aqui. A programação faz parte do projeto #pinadecasa, que começou em 2020 com foco em ações digitais.

Com a visitação presencial suspensa na Pina segundo determinações do Plano SP de combate a Covid-19, esta é uma forma de levar arte para quem está em casa e gerar curiosidade em relação à mostra da coleção. E assim que as medidas de saúde e segurança permitirem, o público poderá visitar as salas expositivas.

Acervo | A nova montagem da coleção da Pinacoteca, inaugurada em outubro de 2020, tem cerca de mil obras de mais de 400 artistas e nasce de um questionamento de seu acervo e da história da arte que a instituição pretende contar, considerando as muitas histórias que permaneceram invisíveis. Neste sentido, há uma tentativa de evidenciar e minorar algumas omissões das narrativas hegemônicas, como a sub-representação de mulheres e de artistas afrodescendentes e indígenas – o número de obras de artistas do sexo feminino e de afrodescendentes mais que triplicou em relação à exposição anterior. As artistas mulheres passaram de 17 para 95 e os artistas afrodescendentes, de 7 para 26.

À frente, instalação de Jonathas de Andrade; no fundo, obras de Candido Portinari, Almeida Junior e Paulo Nazareth. Foto: Levi Fanan.

É uma apresentação mais crítica e que reverbera questões mais contemporâneas. O projeto curatorial mescla tempos históricos e técnicas artísticas, debate a representatividade de artistas mulheres, afrodescendentes e indígenas no acervo e investiga as relações entre arte e sociedade, bem como a representação da paisagem e do espaço urbano.

A reformulação foi elaborada pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria em conjunto com as outras áreas do museu, bem como em diálogo com colaboradores externos. Todo o acervo ocupa 19 salas, divididas entre o primeiro e o segundo andar do edifício da Pina Luz. Os vídeos abordam cada um dos espaços.

OSGEMEOS Online | Além do material online sobre a coleção, os artistas Gustavo e Otávio Pandolfo gravaram uma visita educativa guiada pela mostra OSGEMEOS: Segredos, disponível no site do museu (https://www.pinacoteca.org.br) ou pelo canal do YouTube (Pinacoteca de São Paulo).

O vídeo foi produzido para que professores e educadores conheçam e dividam com os seus alunos mais detalhes sobre as obras, o projeto curatorial e a trajetória dos artistas. Devido à pandemia, as tradicionais visitas educativas, realizadas com a mediação do Núcleo de Ação Educativa do museu, foram suspensas. No entanto, qualquer pessoa pode assistir e conhecer um pouco de uma das exposições mais visitadas da atualidade.

Serviço:

#pinadecasa

Vídeos sobre a coleção da Pinacoteca

www.youtube.com/museupinacoteca

twitter.com/pinacotecasp

www.instagram.com/pinacotecasp

www.facebook.com/PinacotecaSP

Visita guiada com OSGEMEOS na exposição OSGEMEOS: Segredos

https://www.youtube.com/watch?v=_fRTGMnZ3xk.

Ciesp Sorocaba promove curso sobre gestão do tempo

Sorocaba, por Kleber Patricio

Foto: Alexandre Maciel.

A Regional Sorocaba do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) irá promover nos dias 17 e 24 de março, das 18h às 22h, o curso online Gestão de Tempo.

Voltado para profissionais de todas as áreas que estejam em busca da melhora da performance e da qualidade de vida, o treinamento será ministrado pela Consultora Organizacional Susi Berbel e visa conscientizar os participantes sobre quais comportamentos e hábitos podem ser mudados para obter mais eficiência e realização pessoal e profissional. “No curso, vamos oferecer metodologia e ferramentas para gerenciar melhor o tempo, além de promover um entendimento a respeito da ligação entre propósito e tempo”, explica Susi.

Com carga horária de 8 horas, as temáticas que serão abordadas são O recurso tempo na contemporaneidade; O uso do tempo classificando as ações em’ importante’, ‘emergente’ ou ‘circunstancial’; Diagnosticar o “vazamento” do tempo: desperdiçadores do tempo; Identificar recursos internos que possibilitem uma mudança de atitude, levando ao aproveitamento melhor do tempo, tornando-o um aliado; Conhecer novas propostas de administração: administrar-se no tempo – Protagonismo na gestão do tempo e Dicas práticas, ações e ferramentas para melhor administração do tempo. Durante o curso, a instrutora também irá aplicar testes e exercícios práticos para que os participantes possam aplicar os conceitos aprendidos e fazer uma projeção em cinco anos em suas vidas.

A consultora organizacional Susi Gerbel. Foto: divulgação.

O investimento é de R$280,00 para empresas associadas e R$420,00 para empresas não associadas. No valor, estão inclusos material didático e certificado. O Ciesp Sorocaba oferece um desconto especial para as empresas que inscreverem três ou quatro participantes. Ao inscrever mais de cinco participantes, uma inscrição será bonificada.

As inscrições podem ser feitas no site do Ciesp Sorocaba por meio do link  www.ciespsorocaba.com.br/cursos/curso.php?id=755. Outras informações pelo telefone (15) 4009-2900 ou pelo e-mail cursos@ciespsorocaba.com.br. O Ciesp Sorocaba fica na Av. Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, 3260 – Alto da Boa Vista.

Sobre Susi Berbel | Susi Berbel é Consultora Organizacional e proprietária da Acesso Cultura Organizacional e Desenvolvimento Humano, empresa com mais de 30 anos no mercado. É formada em Master Coach, Business Executive Coaching, Professional e Self Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e em Contoterapeuta – Instituto Ipê Roxo. Graduada em jornalismo e pós-graduada em Psicanálise Organizacional, é mestre em Comunicação e Cultura e doutoranda em Educação.

Serviço:

Curso de Gestão do Tempo

Quando: Dias 17 e 24 de março, das 18h às 22h

Inscrições: www.ciespsorocaba.com.br/cursos/curso.php?id=755

Investimento: R$280,00 para associados ao CIESP e R$420,00 para não associados.

Informações: (15) 4009-2900 | cursos@ciespsorocaba.com.br.

Curso online por meio da plataforma Zoom. Vagas limitadas.

Os impactos da poluição sonora para a saúde

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Foto: @chairulfajar/Unsplash.

A qualidade acústica de ambientes externos e internos está diretamente ligada ao bem-estar e à saúde da população. Assim, vem crescendo a preocupação com a poluição sonora, ao mesmo tempo em que processos de licenciamentos ambientais tornam-se mais exigentes com empreendimentos onde há ruído excessivo. É nesse contexto que se insere a ABNT NBR 10151:2019 – Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas – Aplicação de uso geral, publicada no dia 31 de maio de 2019 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mas ainda desconhecida pela maioria das pessoas. Ou seja, estão com os dias cada vez mais contados os conflitos entre vizinhos – ou mesmo dentro de casa – e noites mal dormidas, além de incômodos como aquele ruído da casa de máquinas do elevador em prédios e muitos outros.

Em suas 24 páginas, a norma estabelece os procedimentos técnicos a serem adotados na execução de medição de níveis de pressão sonora em ambientes internos e externos de edificações. A revisão da norma, cuja edição anterior foi publicada em 2000 – recebendo uma Versão Corrigida em 2003 –, ficou a cargo da Comissão de Estudo de Desempenho Acústico de Edificações, que atua no âmbito do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002).

“Muitas vezes as pessoas acumulam estresse por uma conjunção de pequenos (ou nem tanto) motivos – ruídos, internos ou externos, a que, bem ou mal, elas vão se acostumando – barulhos como o do trânsito, da casa de máquinas do elevador do prédio, dos sapatos dos vizinhos no andar de cima etc.”, afirma David Rampazzo, da Isoltop Soluções Acústicas, responsável por obras de isolamento acústico em empresas como Petrobras, CBN Campinas, Banco de Olhos de Sorocaba e CPTM, entre outras. “Ao longo do tempo, isso acaba influindo diretamente na qualidade de vida e, consequentemente, nos níveis de estresse”, continua ele.

O consultor acústico David Rampazzo, da Isoltop: “É preciso estar atento ao fato de que, muito além do simples incômodo, a exposição contínua a ruídos intensos pode acarretar problemas de saúde – inclusive a perda auditiva”.

A solução desse tipo de problema se inicia com as medições acústicas, que registram e quantificam os índices de ruídos. Uma vez de posse do laudo acústico, é hora de definir quais tipos de solução acústica são indicados.

Sistemas de Isolamento Estrutural – Ruído de Impacto | Para reduzir o ruído de impacto – como impacto em pisos, móveis arrastados e motores, entre outros – a atenuação se dá por mantas resilientes, geralmente utilizada entre lajes, tais como cortiça Portugal, borracha Portugal, manta de polietileno, lã de vidro e lã de pet reciclado. Conforme a necessidade de isolamento, são especificadas a densidade e espessura do material a ser utilizado.

Isolamento de Ruído aéreo | O isolamento de ruído aéreo é a técnica utilizada para evitar a passagem o som de um ambiente para outro por meio do uso de diversos materiais que consigam amortecer e dissipar a energia sonora (chapas metálicas, vidros, madeira maciça, parede de tijolo maciço, mantas de borracha, cortiça, tapetes, drywall etc.). Esse tipo de isolamento tem o objetivo de impedir a passagem/saída dos sons entre ambientes distintos ou entre edificações e o ambiente.

Isolamento de Vibração | Reduz ruídos e vibrações prediais, industriais, ar condicionado, chillers, geradores, motores elétricos e combustão etc.

Tratamento Acústico |O tratamento acústico é feito para deixar os ambientes com mais definição acústica, para que todas as regiões de frequências graves, médias e agudas sejam escutadas com clareza, dando assim o tempo ideal de reverberação.

Impactos da poluição sonora na saúde | Segundo a Associação Brasileira para a Qualidade Acústica, cerca de 10% da população mundial está exposta a níveis de ruído que podem causar diversos problemas. Além dos danos à audição, o ruído causa perturbação e desconforto, prejuízo cognitivo, distúrbios do sono e doenças cardiovasculares.

Um relatório da Organização Mundial de Saúde publicado em 2018 afirmou que o barulho é um dos principais riscos ambientais à saúde física e mental na Europa e traz uma série de recomendações para que governos do continente reduzam a exposição da população ao barulho. “Mais que um incômodo, o excesso de ruído é um risco para a saúde. Ele contribui, por exemplo, para doenças cardiovasculares”, disse na ocasião a diretora do escritório regional para a Europa da OMS, Zsuzsanna Jakab.

A recomendação para o trânsito, por exemplo, é de, no máximo, 53 decibéis, limite que cai para 45 à noite – para fins de comparação, o ruído emitido por uma música calma ouvida no rádio é de 50 decibéis. Já em clubes noturnos, shows e reprodutores de música, a exposição combinada não deve exceder 70 decibéis, em média, por ano – ruído semelhante ao de um secador de cabelos.

Alessandra Giannella Samelli, professora do Curso de Fonoaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da USP, adverte que os distúrbios do sono podem prejudicar a performance e o estado de alerta das pessoas durante o dia, assim como a qualidade de vida e a saúde em geral. “Sabe-se que as pessoas percebem, avaliam e reagem aos sons (ruído) mesmo quando estão dormindo. Por este motivo, o organismo pode reagir ao ruído com aumento da produção de hormônios, elevação do ritmo cardíaco, contração dos vasos sanguíneos, entre outras reações”, explica. Se a exposição ao ruído ocorrer por longo tempo, estas reações podem se tornar persistentes e afetar o organismo e a saúde como um todo (Organização Mundial da Saúde, 2011; Basner et al, 2013).

“O ser humano é resiliente a acaba, na maioria das situações, se habituando a situações de poluição sonora ou, mesmo, recorrendo a paliativos para tentar evitar seus efeitos. Mas é preciso estar atento ao fato de que, muito além do simples incômodo, a exposição contínua a ruídos intensos pode acarretar problemas de saúde – inclusive a surdez”, conclui o especialista David Rampazzo.