“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
O que de fato é epilepsia? Qual é a aparência de quem tem a doença? e Como ajudar alguém em meio a uma crise convulsiva? são perguntas que boa parte dos brasileiros não saberia responder; afinal, a epilepsia é repleta de preconceito. A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) atua justamente para minimizar este problema e aproveita o Março Roxo, mês de conscientização sobre a doença, para reforçar a informação como arma contra os estigmas na campanha Quem vê cara, não vê epilepsia, que será veiculada em linhas do Metrô de São Paulo durante todo o mês.
A ação será dividida entre banners e vídeos para os monitores dos vagões nas estações Linha 4 (Amarela) e 5 (Lilás). As peças mostram que a epilepsia não tem cor, classe social, profissão ou biótipo específico e que acontece com um número significativo da população – um mote que se relaciona perfeitamente com a dinâmica das linhas do Metrô, onde milhares de pessoas se cruzam sem saber as histórias dos outros em um ambiente onde pessoas com epilepsia podem ter crises.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e quase 80% dos casos registrados estão em países de baixa e média renda. Para a presidente da ABE, Maria Alice Susemihl, os dados mostram como a doença é frequente, o que deveria ser mais levado em consideração de maneira incisiva para a criação de políticas públicas. “Infelizmente, a epilepsia recebe muito menos atenção do governo e da sociedade em comparação com outras doenças e precisamos urgentemente de um plano de atendimento para a epilepsia no Brasil. Temos algumas leis tramitando em níveis municipal e estadual, mas são necessárias mudanças federais. Aproveitamos a data de 26 de março, conhecido como Purple Day ou Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia, e o mês Março Roxo, para reforçar a conscientização sobre a doença, mas a luta por direitos e a divulgação de informações devem acontecer todos os dias do ano”, afirma.
Saúde pública | De acordo com o neurologista e vice-presidente da ABE, Doutor Lécio Figueira, como a epilepsia é uma doença frequente, é necessário que a maioria dos atendimentos comecem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo essencial que estas estejam preparadas. “Cerca de 70% dos casos têm menor complexidade e respondem de forma fácil ao tratamento, mas a maioria dos médicos não tem conhecimento suficiente sobre epilepsia. Nesse sentido, é fundamental treinar os médicos e preparar as UBS para que sejam capazes de atender esse público. A Associação Brasileira de Epilepsia já se propôs a ajudar, mas sempre que procura a Secretaria da Saúde, recebe a resposta de que não existe tempo para isso”, explica.
Ainda segundo o vice-presidente da ABE, aproximadamente 30% das pessoas que têm a doença precisam de uma assistência mais especializada e o ideal é que passassem inicialmente pelo Ambulatório Médico de Especialidades (AME), sendo encaminhadas para um hospital terciário somente quando não respondessem ao tratamento, o que pode ser determinado quando mesmo após usarem dois ou mais medicamentos antiepilépticos, continuam apresentando crises. Um dos problemas enfrentados é a quantidade insuficiente de vagas nos AMEs, sendo alto o número de encaminhamentos para os hospitais terciários. “Na atual situação do país, o sistema de saúde público fica sobrecarregado e diversas pessoas deixam de receber o tratamento adequado. É importante ressaltar que também existem sérias limitações de disponibilidade de encaminhamento de pessoas com a doença para hospitais de referência, quando precisam ser avaliadas para passarem por tratamentos mais avançados, em especial, a realização da cirurgia de epilepsia”, diz.
Imagem de Julia Teichmann por Pixabay.
Medicamentos | Os últimos avanços do SUS relacionados ao tratamento da epilepsia foram a incorporação do medicamento Levetiracetam, que auxilia no controle das crises epilépticas, além de mais uma opção de cirurgia de epilepsia, a chamada Terapia VNS, que mesmo sendo aprovada pelo sistema de saúde público, ainda não foi incorporada. “Apesar das conquistas, não é possível deixar de lado a frequente falha no fornecimento de remédios pelo SUS, fazendo com que muitas pessoas em situação controlada voltem a sofrer com as crises, o que impacta na qualidade de vida”, afirma Maria Alice.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada, autorizou em dezembro de 2019 a comercialização de produtos à base de Cannabis por farmácias para fins medicinais, cumprindo determinadas exigências. Porém, o Canabidiol ainda não foi incorporado ao SUS, o que, para o Doutor Lécio, tem relação com o alto custo dos medicamentos à base da substância. “O Canabidiol tem se mostrado útil para o tratamento de algumas pessoas que têm epilepsia, especialmente crianças que têm síndromes específicas como Dravet e Lennox-Gastaut; porém, tratamentos com este têm custo superior em relação a outras medicações”, explica.
Previdência Social | Como existe grande desconhecimento sobre a doença, também há resistência por parte de profissionais em autorizar benefícios em relação à aposentadoria de quem tem epilepsia. Atualmente, há o Projeto de Lei 7797, de 2010, que inclui pessoas com lúpus e epilepsia no grupo daqueles que são dispensados de cumprir prazo de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. “Estamos em 2021 e o projeto ainda não foi sancionado e isso mostra como diversas pessoas não reconhecem os impactos que as crises epilépticas causam, mesmo ocorrendo de forma intermitente”, diz a presidente da ABE.
Informação | Ainda de acordo com Maria Alice, é essencial que sejam divulgadas informações corretas sobre a doença, como o fato de que qualquer um poder ter uma crise epiléptica, a necessidade de saber agir corretamente ao se deparar com alguém tendo uma crise convulsiva e que epilepsia não tem relação com capacidade intelectual. “Se a sociedade passar a debater mais sobre a epilepsia, será possível a real inclusão de pessoas com doença na sociedade. São campanhas como a da associação, que trazem reflexões, que são capazes de sensibilizar o governo”, conclui.
Programação da ABE e agenda de ações nacionais já confirmadas, em comemoração ao Março Roxo:
Campanha da ABE Quem vê cara, não vê epilepsia
Banners e vídeo nas TVs dos vagões
Data: De 15/3 a 30/4
Local: Linhas do Metrô de São Paulo: ViaQuatro (Linha 4 – Amarela) – São Paulo/Morumbi
e ViaMobilidade (Linha 5 – Lilás) – Largo Treze
Iluminação roxa – Espírito Santo
Data: De 1 a 31/3
Local: Prédio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)
Iluminação roxa – Distrito Federal
Data: De 15 a 31/3
Local: Palácio do Planalto (Brasília – DF) e Ministério da Saúde (Brasília – DF)
Projeção Fotográfica (Projeto Apoi-se @Mostratuaarte)
Data: De 15 a 31/3
Horário: Das 20h às 22h
Local: Itinerante (Belém – PA).
Sobre Associação Brasileira de Epilepsia | A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional e lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar incansavelmente pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais.
Neymar Dias. Foto: Paula Rocha.
O Selo SESC encerra o lançamento paulatino do álbum Viola Paulista – Volume 2, iniciado há um mês e que reúne 20 violeiros e violeiras que já têm uma carreira consolidada junto ao público e à cena musical, com o quinto e último EP (sigla de extended play em inglês). A curadoria e direção musical são do professor, músico e compositor Ivan Vilela, reconhecido como um dos principais pesquisadores de cultura popular e da viola caipira no país.
Com 20 faixas ao todo, a segunda coletânea foi dividida em cinco EPs, cada um com a participação de quatro tocadores que dão voz a diferentes sotaques do instrumento no estado. Agora, o quinto EP traz importantes músicos da região de Avaré e chega aos principais serviços de streaming no dia 17 de março, incluindo na plataforma SESC Digital, que oferece o conteúdo de graça e sem necessidade de cadastro. Para ouvir, acesse aqui.
Filho de compositor de música caipira, Neymar Dias é hoje um dos grandes multi-instrumentistas brasileiros. Formado em contrabaixo pela Universidade de São Paulo (USP), o também compositor e arranjador para orquestras transita da música regional brasileira ao repertório clássico e transcreveu parte da obra original do músico alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750) para a viola caipira. Para a coletânea Viola Paulista – Volume 2 ele gravou La valse, uma composição instrumental de sua autoria que traz a música de concerto para o universo caipira, com Dias (viola), Vana Bock (violoncelo) e Pedro Gadelha (contrabaixo) – este, integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
Mais ligado à música caipira tradicional, Lauri da Viola é violeiro, cantor, compositor e luthier. Com uma trajetória de mais de 30 anos de carreira, em Viola Paulista – Volume 2 ele toca e canta, ao lado de Daniel Alves (violão e voz), sua composição Viola, rainha do meu destino, um pagode muito alegre e pulsante cuja letra é uma homenagem ao instrumento. Lauri foi o criador da Orquestra de Viola Caipira de Angatuba, cidade do interior localizada na região de Itapetininga (SP) e por muito anos foi professor de viola.
Wilson Teixeira. Foto: Paula Rocha.
Outro músico natural de Avaré (SP) é Wilson Teixeira. Cantor, compositor e violeiro, Wilson se destaca no repertório das baladas, mesclando o rock com a canção popular em versões de músicas de língua inglesa para o universo da viola. Em paralelo à carreira solo, desenvolve o projeto Viola sem Fronteiras, que oferece cursos online do instrumento, do iniciante ao violeiro que deseja aperfeiçoar sua técnica e repertório. Para a coletânea ele gravou Seresteiro, uma canção romântica de sua autoria que Wilson canta e toca viola e violão.
Vivendo entre a música e a medicina, o violeiro Júlio Santin é natural de Uirapuru (SP) e aprendeu a tocar e a fabricar seus próprios instrumentos. É também médico cardiologista e atualmente vive em São Paulo, capital. No álbum, ele gravou uma peça solo ao ritmo da contradança, que é muito presente no Vale do Jequitinhonha (MG) e que dá nome à faixa. Quando o Dr. Júlio César Santin encerra o expediente no hospital em que trabalha, entra em cena o violeiro que há alguns anos se dedica à música caipira.
Lauri da Viola. Foto: Paula Rocha.
A série Viola Paulista traça um mapa etnográfico do uso do instrumento no estado de São Paulo, celeiro de grandes músicos, compositores e de inúmeras orquestras de viola caipira. O projeto começou em 2018 com o lançamento da primeira edição de Viola Paulista (Selo SESC), que apresentou ao público as múltiplas sonoridades deste instrumento, seja em faixas instrumentais ou cantadas, com artistas e grupos muito diversos, mas que têm em comum a paixão pela história e pelo som da viola. Para este segundo volume, Vilela selecionou músicos que abrangem todo o território do estado. São tocadores das regiões de Avaré, Bauru, Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Sorocaba.
REPERTÓRIO EP 5
Viola, Rainha do Meu Destino (Lauri da Viola)
Músicos: Lauri da Viola (viola e voz) e Daniel Alves (violão e voz)
Afinação: Cebolão em mi bemol
Seresteiro (Wilson Teixeira)
Músico: Wilson Teixeira (viola, violão e voz)
Afinação: Cebolão em mi
La Valse (Neymar Dias)
Músicos: Neymar Dias (viola), Vana Bock (violoncelo) e Pedro Gadelha (contrabaixo)
Afinação: Cebolão em ré
Contradança (Júlio Santin)
Músico: Júlio Santin (viola)
Afinação: Cebolão em mi
+ Viola Paulista
Julio Santin. Foto: Caio Csermak.
Volume II
Retrato dos violeiros e violeiras profissionais com carreiras artísticas consolidadas, com discos gravados e de um público cativo que acompanham os seus trabalhos. A lista dos artistas que compõem esta segunda coletânea é bem diversificada e vai de Enúbio Queiroz e Zeca Collares, ao multi-instrumentista Neymar Dias, só para citar alguns exemplos. Destaque também para a presença de duas violeiras, Adriana Farias e Juliana Andrade, representantes de um crescente protagonismo feminino no mundo da viola. Os EPs 1 e 2 já estão disponíveis na internet, com gravações de Adriana Farias, Arnaldo Freitas, da dupla Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc e de Levi Ramiro, músicos de Bauru e região; e de Fernando Caselato, João Arruda, João Paulo Amaral e Zé Helder, tocadores das regiões de Campinas e Piracicaba.
Lista dos artistas participantes em cada EP
EP 1 com Adriana Farias, Arnaldo Freitas, a dupla Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc e Levi Ramiro
EP 2 com Fernando Caselato, João Arruda, João Paulo Amaral e Zé Helder
EP 3 com Ricardo Anastácio, Zeca Collares, Fernando Deghi e Ricardo Vignini
EP 4 com Enúbio Queiroz, Juliana Andrade, Fábio Miranda e Márcio Freitas
EP 5 com Lauri da Viola, Wilson Teixeira, Neymar Dias e Júlio Santin
Ficha técnica
Viola Paulista – Volume II
Curadoria e direção musical: Ivan Vilela
Produção executiva: Paula Rocha e Caio Csermak – Arueira Expressões Brasileiras
Gravação: Maurício Cajueiro
Mixagem: Ivan Vilela e Maurício Cajueiro
Masterização: Homero Lotito
Assistente de gravação: Pedro Henrique Florio
Estúdio: Cajueiro Áudio (Campinas, SP)
Fotografia e vídeo: Paula Rocha e Caio Csermak
Selo SESC nas redes:
Fotos: divulgação.
Foi dada a largada das negociações com os canais de streaming e de assinatura para a série Gael, seu motorista está a caminho, que tem como protagonistas Luiz Carlos Vasconcelos e Felipe Camargo. Com direção do premiado Roney Giah – que também é coautor do seriado ao lado de Gustavo Freitas –, a série é uma coprodução da Doiddo Filmes e CWA.
No roteiro, Gael – personagem vivido por Luiz Carlos Vasconcelos – é um justiceiro religioso que ganha a vida como motorista de aplicativo. Descrente da justiça divina, esse ex-sacerdote da Igreja Católica se torna agente de punição de pessoas que se desviaram do caminho. Pedófilos (e seus protetores), assassinos cruéis e psicopatas estão na mira desse justiceiro contemporâneo. Em cada episódio, um crime e uma pista são dados para que o telespectador desvende o passado de um homem religioso, que abdicou da Santa Madre Igreja, não da crença em Deus. Ao seu modo, Gael ainda acredita na divindade ao se tornar um anjo-vingador.
Padre Sebaste – uma das personagens centrais interpretada por Felipe Camargo – foi o mentor de Gael quando ele ainda era sacerdote e terá embates filosóficos com seu pupilo em todos os episódios, em forma de flashback. Durante as temporadas, Sebaste comete erros graves e acaba sendo submetido à justiça de Gael. Mas, a cada capítulo, o telespectador descobrirá mais a respeito desse padre e decidirá se ele, de fato, mereceu ser punido.
Sobre Roney Giah | Com uma carreira de 25 anos pontuada pela convergência entre música, produção de áudio, criação de conteúdo, direção de filmes e propaganda, Roney Giah é formado em música pelo MIT (Musicians Institute of Technology), em Los Angeles (1993), e em Engenharia de Som pelo IAV, em São Paulo (2003). O seu trabalho frente à Doiddo Filmes foi reconhecido com quatro Leões de Cannes, sendo dois de ouro e dois de prata; conquistou, ainda, três Clio Awards.
Sobre Carla Affonso | CEO da CWA e com larga experiência nos segmentos de entretenimento, a executiva tem passagens por diversas empresas de produção e programação como a Endemol Globo (onde foi diretora-geral), Mixer (diretora executiva de conteúdo), AOL (onde foi responsável pela área de entretenimento e comandou projetos de sinergia entre as empresas do grupo AOL Time Warner e coordenou lançamentos em conjunto dos projetos Harry Potter e Madonna e o projeto Rock in Rio 3) e HBO (gerente sênior de marketing, foi responsável pelo lançamento dos canais do grupo (HBO, HBO2, Sony, WBTV, E! Entertainment, Mundo e History Channel).
Sobre Gustavo Freitas| Com duas graduações, pós-graduação e mestrado, incluindo Screenplay Story and Structure pela NYFA (New York Film Academy), Gustavo Freitas foi vencedor do Hollywood International Moving Pictures Film Festinal com o roteiro Operation Brother Sam. Conquistou, também, o LAFA (Los Angeles Film Awards) como melhor roteiro de ação, assim como o London Independent Film Awards por melhor roteiro original. Em 2018, ganhou o Oaxaca FilmFest (México) como Melhor Roteiro de Thriller. Além disso, também ganhou o Global Film Festival Awards e Cinema World Fest Awards (melhor roteiro de curta, Lies, Hamburgers, and Cufflinks), assim como Wildsound Film Festival.
Foto: Thomas Kelley/Unsplash.
À luz de documentos inéditos, o historiador francês Jacques Dalarun apresenta uma reflexão sobre o exercício da autoridade em certas comunidades religiosas medievais e suas insuspeitas heranças para a democracia em nosso tempo. O relato está no livro Governar é servir – Ensaio sobre democracia medieval, da Editora da Unicamp, com lançamento na quarta (17).
Nos séculos XII e XIII, Domingo de Guzmán, Francisco e Clara de Assis, entre outros, inventaram uma forma de governar até então impensável. Segundo eles, quem está à frente de uma comunidade deve colocar-se a serviço daqueles que orienta e dirige.
De início, Dalarun examina o funcionamento e os usos dessa forma de governo a partir dos testemunhos utilizados pelo hagiógrafo Tomás de Celano para a canonização de Clara de Assis. A seguir, o autor apresenta as tentativas de colocar em prática um governo de humildade e de submissão, sem hierarquias rígidas; porém, demonstra que essa organização das ordens religiosas não foi fácil, pois seus membros não estavam preparados para desempenhar atividades intercambiáveis e vinham de origens culturais e sociais desiguais.
Usando fontes não publicadas, Jacques Dalarun revive cenas marcantes em que “se rebaixam os poderosos para exaltar os humildes” e delineia os elementos centrais da tradição política judaico-cristã, que difere do modelo greco-romano, ainda em ação nas democracias do século XXI.
A leitura é aconselhável para todo medievalista. É recomendável também para todos os que se questionam sobre as premissas de nossa democracia e, principalmente, para aqueles que nos governam. Afinal, segundo as ordens religiosas examinadas no livro, quem detém o poder deve estar ao serviço de quem governa – uma mensagem verdadeiramente atual.
(Fonte: Agência Bori)
Foto: Eliandro Figueira.
A Prefeitura de Indaiatuba liberou as vagas de estacionamento rotativo (a chamada ‘Zona Azul’) e as faixas amarelas para que os comerciantes do município possam trabalhar no sistema drive-thru. O sistema de entrega de mercadorias sem que os clientes tenham que sair dos seus veículos está liberado até às 20h, durante a fase emergencial do Plano São Paulo, que vai até o dia 30 de março. O objetivo é viabilizar a entrega nas lojas que não dispõem de áreas de estacionamento.
Desde abril do ano passado, a administração municipal disponibilizou a plataforma Meu Comércio, um espaço para a divulgação das empresas devidamente estabelecidas e regularizadas no município que adaptaram seus serviços para a realidade atual, oferecendo vendas pela internet, WhatsApp, delivery e drive-thru. O consumidor tem a opção de fazer pesquisas por categoria ou nome do estabelecimento.
O serviço pode ser acessado pelo link https://www.indaiatuba.sp.gov.br/meu-comercio/ e também no aplicativo “Minha Indaiatuba”. A plataforma já soma 544 estabelecimentos comerciais cadastrados e recebeu mais de 97 mil acessos desde que foi criada.