“Não se combate a violência com um único modelo de enfrentamento. Cada geração exige uma abordagem diferente”, segundo advogado criminalista Davi Gebara


São Paulo
Criador da ONG ‘Gerando Falcões’ foi eleito pela revista Forbes um dos jovens mais influentes do país. Foto: divulgação.
Na segunda-feira (29/3), o empreendedor social Edu Lyra, criador da ONG Gerando Falcões, será o entrevistado do Roda Viva. A edição vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura, site da emissora, Twitter, Facebook, YouTube e LinkedIn. Lyra tem recebido apoio de alguns dos maiores empresários do País para seu plano de criar a maior rede de projetos sociais do mundo.
Atualmente, a Gerando Falcões atua em dez comunidades espalhadas pelo Brasil, oferecendo cursos de capacitação profissional e treinamento para que os jovens tenham acesso ao mercado de trabalho. Nomeado pelo Fórum Econômico Mundial como um dos jovens brasileiros que podem ajudar a mudar o mundo, ele também foi incluído pela revista Forbes na lista dos 30 jovens mais influentes do País. Com um curso de liderança em Harvard, Lyra tem uma intensa agenda de palestras para empresários, que acaba conquistando para levar adiante seus projetos.
Nascido numa favela, Edu Lyra venceu todos os obstáculos para se tornar um empreendedor social de sucesso. Ao oferecer treinamento profissional aos jovens da periferia, a ONG Gerando Falcões preenche um vazio deixado pelos governos, ao longo de décadas.
A bancada de entrevistadores será formada por Érica Fraga (repórter especial da Folha de S.Paulo), Jeferson Delgado (colaborador do UOL Tab e criador e apresentador do canal Favela Business), Angelica Mari (jornalista e colunista da Forbes Brasil), Nina Silva (ceo movimento Black Money) e Teco Medina (economista e colunista da CBN). Haverá ainda a participação do cartunista Paulo Caruso.
Frame do Video “A Caixa”, de Monica Zonta.
Com patrocínio da EDP Brasil e IBM com recursos da Lei Rouanet, o Festival do Minuto formará 7.000 professores da rede pública a partir de abril no Minuto Escola, um curso on-line de audiovisual focado no Formato Minuto.
O audiovisual é muito bem recebido na escola e reorganiza o circuito afetivo da sala de aula, pois é capaz de criar empatia direta nos alunos, propondo uma linguagem em que eles já são parcialmente alfabetizados; de inverter a relação de poder do saber entre professores e alunos, já que dos botõezinhos os alunos geralmente entendem mais e de exercitar o fazer coletivo, excelente para o confronto e a acomodação das ideias e egos. Além disso, os diferentes tipos de inteligências dos alunos são estimulados: o tímido desenha o storyboard, o organizado e “CDF” vira o produtor, os expansivos atuam nas cenas, o observador e meticuloso assume a câmera e, assim, sucessivamente. Ainda potencializa o uso do celular, transformando-o num poderoso instrumento de descoberta de novos conhecimentos e sentidos. Por fim, há uma qualificação das relações online: muito além dos likes, a produção dos vídeos-minutos envolve corpos em movimento, suor e dinâmicas coletivas complexas.
Minuto escola impactará oito estados brasileiros com ajuda de parceiros | O Minuto Escola garante sua execução junto a professores das redes públicas em cidades de oito estados brasileiros: São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta atuação conta com patrocínio de EDP Brasil, EDP Renováveis e IBM.
O projeto Minuto Escola também conta com apoio institucional do Instituto Ethos e do Instituto EDP, além do apoio das Secretarias Estaduais de Educação do Espírito Santo e de São Paulo. Em Porto Alegre (RS), o Minuto Escola tem também o apoio institucional do Programa de Alfabetização Audiovisual, da Cinemateca Capitólio e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já na Bahia, o apoio institucional é da Secretaria da Educação do Governo do Estado da Bahia, do Instituto Anísio Teixeira e do Instituto Arapyaú.
Para Marcelo Masagão, coordenador do projeto Minuto Escola e criador e curador do Festival do Minuto, a quarentena decorrente da pandemia da covid-19 “nos obrigou a fazer o curso 100% online e isso nos mostrou que podemos dar escala ao Minuto Escola. Até 2020, anualmente oferecíamos o curso para 300 professores; em 2021, nosso objetivo é formar 10 mil professores em 8 estados da federação. O audiovisual é muito bem recebido na escola e sua ação reorganiza o mapa afetivo dentro da sala de aula; por sua vez, os vídeos produzidos extrapolam os muros da escola e possibilitam que uma polifonia de anseios e desejos da comunidade escolar se dissemine na cidade.”
Frame do video “Um Dia… Vida de Mãe Professora na Pandemia”, de Sandra Costa.
Minuto Escola tem também como coordenadora a educadora e professora Moira Toledo. Ela é pós-doutora em Educação pela UFRJ, leciona nas Pós-Graduações de Roteiro e Escrita Criativa na FAAP e assina a direção de vários curtas-metragens ficcionais, programas documentais e médias-metragens para TV. Atua a 20 anos desenvolvendo projetos de formação de professores para o uso do audiovisual na educação e lecionando em e/ou coordenando projetos de educação audiovisual.
Vídeos de destaque realizados por professores que fizeram o curso em 2020
– A Caixa, com depoimento da professora de matemática Monica Zonta: http://videonaescola.com.br/pt-BR/contents/1698.
– Um dia… Vida de mãe professora na pandemia, com depoimento da professora do ensino fundamental Sandra de Oliveira: http://videonaescola.com.br/pt-BR/contents/1699.
Vinheta do Minuto Escola | https://www.dropbox.com/s/x29pu857hkjgmew/Vinheta%20Minuto%20Escola%202021.mp4?dl=0.
Ação conjunta ao Festival do Minuto | Paralelamente, o Festival está lançando cinco concursos temáticos. Eles estão relacionados à Educação e a disciplinas escolares, conforme a seguir:
– Concurso Bordas (Geografia): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49572
– Concurso Ao pé da letra (Gramática): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49569
– Concurso Inércia (Física): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49566
– Concurso A ordem dos fatores não altera o produto (Matemática): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49575
– Concurso Ao vencedor, as batatas! (História e Literatura): http://festivaldominuto.com.br/pt-BR/contents/49578
– Concurso Minuto Escola Pública (tema livre).
Esses concursos são abertos a alunos e professores do Brasil e do Mundo e visam envolver a comunidade escolar que não está participando diretamente do curso a também se engajar no projeto. Essa cooperação potencializa a relação da comunidade escolar com a cidade e com o mundo, levando a produção para além dos muros da escola, sendo que muitos vídeos do Minuto Escola acabam sendo amplamente divulgados ou até premiados no Festival do Minuto.
Esses concursos estão com inscrições abertas até o dia 17 de outubro. Os melhores vídeos serão premiados com o Troféu Minuto.
Curso 100% on-line | O curso possui uma carga horária de 45h, sendo 6h de aulas síncronas via plataforma on-line e 39h assíncronas, dentre videoaulas, tutoriais e atividades remotas.
O curso utiliza a estratégia pedagógica de engenharia reversa, destrinchando mais de 100 vídeos-minutos do acervo do Festival. Para a conclusão do curso, há uma prova multiteste e a avaliação de exercícios de vídeos-minutos, garantindo um certificado apenas aos professores que participarem em 100% das atividades do curso.
Segue link de parte do conteúdo do curso:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLEYDwvJOvS4dDlWMqUmuwOKGDSxq2mFUp.
Formação de 10 mil professores em 2021 | Atualmente, o Minuto Escola conta com patrocínio da EDP Brasil, EDP Renováveis, IBM e realização do Ministério do Turismo. O projeto já possui recursos para a formação de 7 mil professores, mas o objetivo final é a formação de 10 mil professores em 2021.
O que é o Festival do Minuto? | Criado no Brasil em 1991, inspirou a criação de festivais do minuto em mais de 50 países. A partir de 2007, o Festival tornou-se permanente e on-line, passando a realizar dezenas de concursos no decorrer do ano. É um celeiro de novos talentos e conta, em seu acervo, com vídeos de diversos profissionais reconhecidos: Carlos Nader, Anna Muylaert, Beto Brant, Adams Carvalho, Tata Amaral, Kiko Goifman, Sara Não tem nome, entre muitos outros.
Minuto Escola | O Festival do Minuto sempre teve um forte vínculo com a educação: vídeos do Festival são utilizados em sala de aula para discutir os mais variados assuntos, além do formato Minuto ser usado para trabalhos finais dos alunos. O Minuto Escola já havia sido realizado no estado de São Paulo em 2010 e 2012, com o apoio da Secretaria Estadual de Educação e em 2012, no Tocantins, com o apoio da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins. Posteriormente, o projeto foi realizado junto à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo nos anos de 2016, 2018 e 2019, formando anualmente 200 professores da rede municipal. O diferencial da edição de 2020 foi o formato integralmente on-line, facilitando o acesso remoto de professores municipais que se encontram em casa nesse momento de isolamento social. Isso incentivou o Festival a dar escala ao projeto.
Coelho recebendo atendimento. Foto: Matheus Campos.
A Páscoa está aí e um dos seus símbolos é o coelhinho. Muitos têm a ideia de presentear as crianças com o animalzinho, além dos ovos de chocolate, mas o coelho é um bichinho de estimação que requer cuidados detalhados e a família que receberá o novo membro precisa, antes de tudo, conhecer a responsabilidade envolvida e concordar com a nova rotina de ter um pet em casa.
A recomendação é da veterinária Morgana Prado, especialista em Animais Silvestres no Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas. “Muitos escolhem o coelho porque é um animal silencioso, carinhoso, se dá bem com crianças e há grande variedade de raças e tamanhos, inclusive bem pequenos. Mas o coelho não é um objeto que se dê de presente sem todo um planejamento anterior. Há grande índice de abandono. Por essas e outras, é fundamental conversar com um veterinário antes de adquirir”, frisa.
No entanto, salienta Morgana, a mentalidade das pessoas vem mudando e o conhecimento de que o coelho não é uma espécie para ser “esquecida” no quintal se expande cada vez mais. Entre os animais silvestres atendidos no Hospital Veterinário Taquaral, é uma das espécies mais populares, atrás somente da calopsita.
A veterinária Morgana Prado com a paciente “Neném” no colo. Foto: Julia Camargo.
Entre as peculiaridades da espécie está a necessidade de um manejo nutricional adequado para não só manter sua saúde e energia, como também para estimular o desgaste dos dentes. Segundo Morgana, os dentes crescem continuamente e, se não forem aparados naturalmente com o uso, estão fadados à má oclusão dentária, que gera muitos problemas. “Eles param de comer, apresentam alteração gastrointestinal, os dentes criam pontas, causam feridas na boca e podem resultar em óbito se as devidas providências não forem tomadas”.
Ao contrário do que muitos imaginam, a alimentação do coelho não deve ser à base de cenoura, alface e ração. Morgana explica que a cenoura é muito calórica e deve ser ministrada com parcimônia. A alface não é indicada porque tem pouca fibra e muita água, podendo provocar diarreia. A veterinária afirma que uma ração de qualidade pode fazer parte da dieta, mas ela destaca que 70% da sua alimentação deve ser o feno. Os outros 30% podem variar entre verdura verde escura, folhas de árvores frutíferas, capim fresco, legumes e frutas. “Casca de melancia e de melão são ótimas para exercitarem os dentes”, sugere Morgana.
As refeições fartas e variadas deixam as gaiolas sujas e este é outro zelo essencial que se deve ter com coelhos: não deixar acumular restos de comida, fezes e urina no recinto, que precisa ser limpo diariamente.
Morgana avisa que os coelhinhos se adaptam em viver em apartamento – só não devem ficar em gaiolas muito pequenas. “E cuidado com os momentos de soltura para brincar, pois, se não ficar de olho, eles roem fios e móveis. Na maior parte do tempo, ele pode ser mantido em cercadinho”, orienta.
Coelhos devem passar por visitas periódicas ao veterinário. Foto: Matheus Campos.
Ter um quintal para os coelhos é o ideal, mas é preciso manter o espaço adequado para o animal. A especialista lembra que eles adoram terra, apreciam cavar e fazer túneis. Uma ótima iniciativa é disponibilizar brinquedos de madeira para que ele possa desgastar os dentes.
Outro cuidado de quem tem coelho, principalmente os de pelo longo, é a escovação periódica. De acordo com a veterinária, eles são limpos, não exalam mau cheiro e não precisam de banho, a não ser que estejam com uma enfermidade que demande essa limpeza. Por se se lamberem o tempo todo, ingerem pelos, o que leva à formação de bolas de pelo. Isso pode levar o animal a um quadro de estase gástrica, que é a diminuição da motilidade intestinal; por isso, a escovação é importante. Uma dica da especialista para evitar as bolas de pelo é oferecer mamão e suco de abacaxi, que ajudam a inibir essa formação.
As visitas ao veterinário devem ser de semestrais a anuais, exceto quando o animal apresenta algum mal-estar entre esses períodos. Na consulta, o especialista verifica o animal como um todo – peso, pelagem e a pele –, pois não são raros problemas como sarna, dermatite e fungo, entre outras patologias dermatológicas. O acompanhamento do crescimento dos dentes é feito visualmente e também através do raio x.
Curiosidades dos coelhos
– Existem cerca de 30 raças; entre elas, 170 variações, obtidas devido ao fácil e rápido cruzamento;
– São mamíferos lagomorfos herbívoros. Não são roedores. A dentição – dois dentes incisivos inferiores e dois superiores – é o que diferencia coelho de roedor;
– Entre os animais de estimação, há a preferência por pequenos, como o lion (coelho leão), o fusilop, Nova Zelândia pelo vermelho e Nova Zelândia branco;
– Podem pesar entre 1 kg e 3 kg
– Existem muitas cores. As mais comuns são branco, preto, cinza, caramelo e amarelo;
– Vivem entre 8 e 10 anos;
– Uma única gestação pode gerar até 8 filhotes;
– A gestação dura de 28 a 35 dias;
– Cio silencioso;
– A castração é recomendada para evitar surgimento de tumores em ovário, útero e hiperplasia uterina em fêmeas idosas, além de cistos ovarianos nas fêmeas e tumores nos testículos dos machos;
– Castração em fêmeas a partir de 6 meses e, em machos, a partir dos 4 meses;
– Dependendo da criação, podem se tornar territorialistas, com hábito de preferir ficar no seu canto e, quando incomodados, mordem. Não dá para prever.
Dicas da veterinária
– Se tem outro tipo de bicho na mesma casa, é melhor ter espaço para separar;
– O adestramento de filhotes é bem-sucedido;
– Quando filhote, é impossível saber o sexo. A partir dos 4 meses dá para ter mais certeza porque os testículos ficam aparentes;
– São espertos e ajudam a desenvolver respeito, cuidado, amor, responsabilidade;
– Indicados para crianças com mais de 3 anos;
– São dóceis e, na maioria dos casos, gostam de ficar no colo.
Foto: Louis Hansel @shotsoflouis/Unsplash.
Estamos todos conectados – e, não, não estamos fazendo menção à internet ou às redes sociais, mas, sim, pensando nos ciclos naturais da água e do solo, dos ecossistemas e biomas, de tudo aquilo que todos aprendem na escola, mas esquecem quando adultos. “Tudo o que fazemos e consumimos tem reflexo no mundo. Um simples ovo pode significar exploração de mão de obra, mau trato animal, desperdício de água e recursos naturais, desmatamento e extinção de espécies animais e vegetais”, afirma Marina Campos, da diretoria do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus).
Segundo a organização, os dados mostram que a sociedade, mesmo em meio a uma pandemia, consegue, cada vez mais, entender isso. De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), a venda de produtos orgânicos cresceu mais de 50% no Brasil no primeiro semestre de 2020 – isso num ano marcado pela Covid-19 e pela retração de vários setores. E os produtores ainda preveem um crescimento de mais 10% em 2021.
No exterior, a cidade de Barcelona, na Espanha, foi escolhida como a capital mundial da alimentação sustentável para o ano de 2021. Estão previstos projetos para educação e conscientização – como a preferência por frutas e legumes de temporada, por exemplo –, melhoria da saúde alimentar e construção de um sistema sustentável de produção. A meta é repensar o atual modelo de alimentação, responsável por um terço das emissões de gases de efeito estufa e de doenças como a obesidade infantil, além do desmatamento de florestas como a Amazônia para grandes plantações – e muitos dos alimentos que consumimos vêm dessa agricultura predatória.
“O alimento orgânico não é bom só para quem consome: seu modo de produção protege o solo e a água, favorece o equilíbrio biológico e gera renda para pequenos agricultores familiares em todo o Brasil”, afirma Marina. A relação entre alimentação saudável e produção responsável é evidente. Segundo estudo do Sebrae, das mais de 15 mil propriedades certificadas como produção orgânica ou em processo de transição no Brasil, 75% pertencem a agricultores familiares. É nesse ecossistema de negócios comunitários de impacto socioambiental que atua a Conexsus, organização da sociedade civil que contribui para a geração de renda no campo e conservação de florestas e biomas. “Nós entendemos que um modelo econômico justo e sustentável é o caminho para resolver essas questões. E o primeiro passo para viabilizar esse modelo econômico é compreender que tudo está conectado”, explica a porta-voz do Instituto.
O comércio justo é uma relação comercial baseada no diálogo, na transparência e no respeito às pessoas e ao planeta, priorizando a sustentabilidade social, econômica e ambiental das sociedades. Ao comprar itens produzidos de forma justa, ajudamos a desenvolver um ecossistema de negócios que é bom para todos:
– Quem consome tem acesso a produtos mais saudáveis e/ou de melhor qualidade;
– Quem produz recebe um pagamento justo, pois tem acesso direto ao mercado em condições equitativas;
– Com uma gestão responsável e sustentável dos recursos naturais, o planeta preserva suas reservas.
Para Marina, ao apoiarmos cadeias produtivas mais justas e sabermos de onde vem nossa comida, percebemos que cada atitude faz diferença em nossa saúde e na do planeta. Em 2014, o Ministério da Saúde lançou o Guia Alimentar para a População Brasileira com o objetivo de orientar as políticas públicas de alimentação e ajudar a população a se informar, de maneira fácil e clara, sobre como adotar uma alimentação saudável. Nele, os alimentos são classificados pelo grau de processamento, alertando principalmente para o malefício de consumo de ultraprocessados.
Por sua clareza, simplicidade, respeito às tradições culturais da alimentação brasileira e embasamento científico, o Guia Alimentar é reconhecido internacionalmente como um dos melhores guias do mundo e é possível baixá-lo de graça no site do Ministério da Saúde. “Nosso papel ao apoiar iniciativas como essa e os negócios de produtores sustentáveis possibilita que mais pessoas tenham acesso a produtos saudáveis e que contribuem para a preservação do meio ambiente. Produtores, associações, mercados, consumidores, financiadores, pesquisadores, investidores, cidadãos – todos estão envolvidos na cadeia de produção e consumo dos nossos alimentos. E, por isso mesmo, é papel de todos contribuir para uma economia mais justa e sustentável”, finaliza a diretora da Conexsus.
(Fonte: Agência Press Voice)
“O circo”, 1973, Di Cavalcanti (40).
Uma história do pensamento da arte, que visa abrir caminho para novos raciocínios e instigar o público à reflexão – esse é o fio que conduz 50 Duetos – 50 anos da Fundação Edson Queiroz, exposição que celebra os 50 anos da Fundação Edson Queiroz, instituição sediada na Universidade de Fortaleza (Unifor). Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reúne mais de 100 obras de diferentes artistas, períodos e técnicas, trabalhos emblemáticos que perpassam o século 17 à Arte Contemporânea, organizados em pares e dispostos lado a lado a partir de conexões diversas, desde paralelismo visuais, afinidades temáticas e eletivas, até mesmo suas oposições.
A mostra terá abertura no dia 23 de março, de forma virtual, por meio de transmissão ao vivo, às 19h, nos canais da Unifor no Instagram (@UniforComunica ) e no Facebook (/UniforOficial), e fica em cartaz no espaço físico da Fundação até 23 de dezembro. “Vale comemorar com esta exposição, que aporta no Espaço Cultural Unifor em um ano desafiador, quando a arte se torna ainda mais essencial diante do ímpeto de afirmação da vida, apesar de tudo. Vem dela o poder terapêutico e o olhar sensível que devem se derramar sobre o mundo. E é esse espírito de união, entrelaçamentos e diálogo proposto em 50 Duetos com que irão se deparar os espectadores que se colocarem diante dos pares de obras expostos”, reflete Lenise Queiroz Rocha, presidente da Fundação Edson Queiroz.
“Perfil V”, 1984, Iberê Camargo (3).
“Em celebração a seus 50 anos, a Fundação Edson Queiroz apresenta a exposição 50 Duetos, que reforça sua filosofia de aliar as iniciativas culturais à missão de educar com excelência. A mostra apresenta conexões nunca antes feitas com obras da Coleção Fundação Edson Queiroz, suscitando debates que permeiam diversas áreas do conhecimento. Imperdível tanto para a comunidade acadêmica quanto para o público apreciador de arte”, destaca o vice-reitor de Extensão da Universidade de Fortaleza, professor Randal Pompeu.
A exposição | 50 Duetos traz ao público uma disposição inédita de obras de importantes artistas da história da arte que integram o acervo da Fundação, dentre os quais: Antonio Bandeira, Anita Malfatti, Almeida Júnior, Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Bonaventura Peeters, Candido Portinari, Cícero Dias, Cristiano Mascaro, De Fiori, Djanira da Motta e Silva, Di Cavalcanti, Fernando Botero, Félix-Émile Taunay, Iberê Camargo, Ismael Nery, Irmãos Campana, Frans Krajcberg, Geraldo de Barros, Leda Catunda, León Ferrari, Luiz Hermano, Mariana Palma, Maria Martins, Maciej Babinski, Mira Schendel, Pedro Alexandrino, Raoul Dufy ,Sebastião Salgado, Sérgio Helle, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake e Victor Brecheret, entre outros. “Minha proposta curatorial tem muito a ver com os tempos de hoje, com o mundo atual, onde as coisas vão se conectando de formas diferentes, onde as pessoas têm necessidade de uma visualização mais rápida. Vamos contar uma história da arte, só que, em vez de contar de forma cronológica, mostraremos uma história do pensamento da arte”, explica Denise Mattar .
Abrindo a exposição, um conjunto de litografias do icônico artista espanhol Salvador Dalí dialoga com escultura do austríaco-brasileiro Xico Stockinger, considerado um dos principais escultores modernos, a partir do tema Dom Quixote. A série de litografias de Dalí, intitulada Dom Quichotte, foi realizada na década de 1950 inspirada em trechos selecionados do emblemático livro homônimo de Miguel Cervantes, enquanto a obra de Stockinger, que integra sua série de Guerreiros, foi criada em 1970 como um protesto velado à ditadura que pairava sob o Brasil. Nestes trabalhos, o artista recorria com frequência a arquétipos, sendo Dom Quixote o mais famoso entre eles.
“Paisagem azul”, 1964, Antonio Bandeira (37).
No duo formado por obras de Belmiro de Almeida e João Câmara, a curadora chama a atenção do visitante para a semelhança visual e da composição das telas. Trata-se de Figuras femininas (c. 1900), tela construída de forma quase impressionista por Belmiro, e Langueur do Outono (1989), do contemporâneo João Câmara. O dueto traz um QR Code que leva o visitante até um depoimento em vídeo de João Câmara, no qual o artista fala sobre a obra exposta, trabalho da série O Tango em Maracorday (1989), na qual ele recria, à sua maneira, a saga do assassinato do revolucionário francês Jean Paul Marat por Charlotte Corday.
Também de irrefutável semelhança, está o dueto composto por autorretratos de Ismael Nery e Iberê Camargo, que dialogam tanto pela aparência física das figuras retratadas, quanto na densidade dos personagens.
A melancolia, tema que tem sido, ao longo dos séculos, uma grande inspiração para as artes, conduz o dueto formado por Lasar Segall e Vik Muniz. Com o tema A Melancolia Expressionista, a exposição traz a emblemática tela Duas Amigas (1914), do pintor lituano Segall, artista que ajudou a mudar a cena de arte paulistana – e nacional –, ao lado da obra Melancholy (2008), de Vik, expoente da Geração 80, com reconhecimento internacional.
“Religião brasileira IV”, 1970, Tarsila do Amaral (9).
Sob a ótica da poética do cotidiano, a mostra traz lado a lado obra da série Ambiente Virtual I (2001), da artista carioca Adriana Varejão, com a infogravura ACQUA XLVII (2013) de Sérgio Helle, artista cearense há mais de três décadas em plena atividade, que mescla ferramentas digitais às tradicionais técnicas da pintura.
Alfredo Volpi e José Guedes são conectados na exposição pelo domínio singular das cores, da textura e do espaço pictórico. Os pigmentos e a Explosão das Cores permeiam, ainda, o duo composto por trabalhos de Eliseu Visconti e Luiz Sacilotto.
Cada dueto é acompanhado de textos especialmente concebidos para mostra, acompanhados de referências e links sugeridos por meio do uso de QRCodes, áudios, vídeos e músicas que explicitam a conexão elencada pela curadora. São desde vídeos de artistas vivos que compõem a exposição comentando seus trabalhos e também o que acharam da conexão estabelecida no dueto, até textos que a curadora já escreveu sobre os artistas e links para catálogos que a Fundação Edson Queiroz editou, mas que estão, fisicamente, esgotados.
“Itanhaém”, década de 1940, Alfredo Volpi (19).
Fundação Edson Queiroz | Instituição genuinamente cearense, a Fundação Edson Queiroz se orgulha por promover a décadas o desenvolvimento social, educacional e cultural do Estado e da região Nordeste. Criada em 26 de março de 1971, a Fundação foi uma das formas encontradas pelo industrial Edson Queiroz de retribuir, em forma de responsabilidade social, tudo o que a sua terra já lhe concedera. O maior entre os projetos sociais encampados pela Fundação se materializou na Universidade de Fortaleza, a Unifor.
Inaugurado em 1988, o Espaço Cultural Unifor é um dos mais importantes instrumentos de disseminação da arte no Brasil. Por meio do acesso gratuito às exposições, promove renovação e democratização do conhecimento das identidades artísticas, históricas e culturais do país. O espaço já abrigou mostras exclusivas, nacionais e internacionais, como Rembrandt, Candido Portinari, Miró, Beatriz Milhazes, Antonio Bandeira, Vik Muniz e Burle Marx.
Serviço:
50 Duetos – 50 anos da Fundação Edson Queiroz
Local: Fundação Edson Queiroz | Unifor
Curadoria: Denise Mattar
Período expositivo: até 23 de dezembro.