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Cia. Repentistas do Corpo apresenta espetáculo online ‘Corpos Brasileiros’

Caraguatatuba, por Kleber Patricio

Foto: Gil Grossi/divulgação.

A Cia. Repentistas do Corpo apresenta o espetáculo online Corpos Brasileiros neste sábado (15), às 20h, pelo Youtube. Além do espetáculo, a equipe de criação do grupo realizará um bate papo com o público após a apresentação, que ocorre em comemoração aos 20 anos da companhia. O espetáculo é inspirado nas influências e confluências entre as culturas indígena, portuguesa e africana, que tomaram lugar no Brasil e moldaram sua força motriz.

Segundo o grupo, o recorte principal desta obra está na ginga, na quebra e no contratempo presente na música e, consequentemente, na maneira de dançar do brasileiro. Estas características são fruto da sonoridade sincopada dos ritmos brasileiros, onde o Baião, o Samba, o Coco, o Ijexá e o Maracatu expõem as batidas e as marcas deste choque cultural. Os artistas da Cia acrescentam a este contexto as memórias afetivas de suas famílias e as misturas de raças que ocorreram em seus microuniversos para transformá-las em texto poético que dialoga imediatamente com o imaginário e as realidades do público.

A trilha sonora, composta especialmente para o trabalho, serve como barro do chão para revelar a sofisticação e a exuberância das matrizes culturais de que somos fruto. Química humana carregada de memória, usando o corpo como instrumento para refazer esta energia ancestral que se traduz em movimentos, sensações, gestos, palavras, músicas e brincadeiras nos corpos brasileiros.

Sobre a Cia. Repentistas do Corpo | A Cia. Repentistas do Corpo, fundada em 2001, tem sua linha de investigação focada na prática da mistura entre a dança, o teatro, a música e a percussão corporal em movimento, buscando possíveis pontos de convergência e fricção entre estas linguagens. Para o diretor artístico do espetáculo, Sérgio Rocha, a importância do trabalho da Cia. no cenário artístico brasileiro vem da singularidade desta proposta de concepção cênica. A inspiração para os espetáculos construídos ao longo de 20 anos de trabalho flui das diferentes manifestações da cultura brasileira, levando em conta os elementos que formam a identidade dessa cultura; especialmente a literatura, a música e as festas populares.

Intervenção urbana de artistas refugiados vai colorir cidades no Brasil

São Paulo, por Kleber Patricio

Primeiro projeto do artista plástico Lavi Israel desenvolvido para o projeto “Cores do Mundo” no Jardim América, em São Paulo. Foto: Estou Refugiado/divulgação.

Quem passa pela Rua Itapirapuã, no bairro Jardim América, em São Paulo, é atraído por um grafite que ilustra o tapume de uma das diversas construções civis na maior cidade brasileira. A obra, intitulada Viagem, é um trabalho do refugiado congolês Lavi Israel. Esta intervenção artística é um dos primeiros resultados do projeto Cores do Mundo, iniciativa da ONG Estou Refugiado que visa preencher tapumes de construções civis – espaços comumente sem qualquer expressão – com artes desenvolvidas por um grupo de artistas plásticos refugiados e solicitantes da condição de refugiado atendidos pela organização. “A ONG pensou em montar esse projeto para divulgar o trabalho dos artistas e mostrar aos brasileiros e para o mundo que os refugiados também têm bagagem intelectual, também estudaram, têm formação, talentos e sabem fazer muitas coisas. Não é uma questão de tomar o lugar de ninguém, mas é criar espaço para os refugiados também”, afirma Lavi.

A proposta ousada da iniciativa é colorir as cidades brasileiras passando por três principais dimensões. A primeira delas é relacionada à estética urbana, na medida em que as obras produzidas pelos artistas ficarão expostas em diversas localidades. A segunda refere-se à questão humanista, estimulando a diversidade e proporcionando experiências culturais à população, que terá acesso a outras culturas. A terceira tem impactos diretos nas questões econômica e financeira das pessoas refugiadas e migrantes, que serão remuneradas pelos trabalhos desenvolvidos para o projeto e estimulados a continuar produzindo seus próprios trabalhos artísticos. “A expectativa é de que a gente consiga envolver o maior número possível de pessoas refugiadas e migrantes artistas. Com o tempo, percebemos que terá um número crescente de pedidos em paralelo ao aumento de artistas querendo participar da iniciativa. Como é um projeto novo, temos um céu de possibilidades a ser construído e queremos também identificar artistas de diferentes nacionalidades para agregar ainda mais diversidade no projeto”, afirma Luciana Capobianco, diretora da Estou Refugiado.

Antes da pandemia da Covid-19, Lavi realizava trabalhos para diversos centros culturais, como as unidades do SESC São Paulo. Com o fechamento desses ambientes, a produção do artista foi limitada e fez com que o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) buscasse meios de contribuir para a formação e dar visibilidade aos empreendimentos de pessoas refugiadas em todo o Brasil. “Os talentos de Lavi e de tantas outras pessoas refugiadas estão listados na plataforma Refugiados Empreendedores, que o Acnur lançou para promover diversas iniciativas de geração de renda por parte dessa população. Refugiados agregam componentes sociais com o desenvolvimento local aos seus negócios e iniciativas como esta, da Estou Refugiado, contribuem para garantir meios para superar as dificuldades impostas pela pandemia”, afirma Maria Beatriz Nogueira, chefe do escritório do Acnur de São Paulo.

Lavi acredita que tanto a plataforma Refugiados Empreendedores como o projeto Cores do Mundo sejam oportunidades essenciais para o inspirar como artista, dando luz ao processo criativo artístico. “O estilo que eu trabalhei no meu primeiro painel para o projeto relaciona-se à adversidade e à resiliência para chamar atenção das pessoas que podem ajudar. Eu estou expondo uma arte de galeria na rua e quando se faz arte é preciso fazer o que está na alma. O artista precisa fazer as pessoas falarem”, conclui.

Além da participação de Lavi, o projeto conta ainda com o artista angolano Paulo Chavonga, que fará uma obra na Avenida Rebouças, em São Paulo. As empresas interessadas em contribuir com a iniciativa podem entrar em contato com a ONG Estou Refugiado pelo e-mail contato@estourefugiado.org.br e solicitar um projeto. O valor pago pelas obras é revertido aos refugiados artistas integrantes do programa, à compra de materiais e à coordenação das atividades pela ONG.

Criada em 2015, o intuito da Estou Refugiado é oferecer apoio social e financeiro a refugiados e migrantes que chegam ao Brasil. A ONG desenvolve projetos para a integração local dessa população e conta com o apoio de empresas para garantir oportunidades de trabalho, capacitação e renda a essas pessoas.

Para mais informações sobre a ONG Estou Refugiado, acesse estourefugiado.org.br.

Pesquisa busca compreender barreiras de entrada para minorias no mercado de trabalho formal

Brasil, por Kleber Patricio

Crédito da imagem: divulgação/invest.exame.com.

Conhecer as necessidades e dificuldades das empresas para propor novas soluções para inclusão da diversidade nos ambientes corporativos – esta é a proposta do projeto Diversidade Aprendiz: Aprendizados para um futuro inclusivo, realizado em parceria entre a Somos Diversidade, a Organização Internacional do Trabalho – OIT e o Ministério Público do Trabalho – MPT com uma pesquisa que terá início esta semana. O lançamento acontecerá por meio de um webnário nesta terça-feira (11), às 19h, em link a ser divulgado na data no Instagram e LinkedIn do grupo.

A iniciativa colocará em campo uma pesquisa inovadora voltada para compreender melhor as barreiras de entrada para minorias no acesso ao mercado de trabalho formal. O questionário aborda possíveis entraves para acolhimento e promoção das diferenças nas empresas, buscando ter um quadro de funcionários mais diverso e como profissionais podem melhorar suas chances de contratação. A população-alvo prevista para a formulação dessas soluções inclui migrantes e refugiados, população negra, LGBTQIA+ (com ênfase em pessoas transexuais ou transvestigêneres), com deficiência, idade acima de 50 anos, egressos e egressas do sistema penitenciário ou em liberdade assistida, pessoas de baixa renda e moradoras e moradores de periferia.

“Esta pesquisa visa mapear quais são as competências necessárias nas vagas de porta de entrada, ou seja, as vagas de base dessas empresas que vão responder ao questionário”, explica Maite Schneider, coordenadora da Somos Diversidade e Embaixadora da Rede da Mulher Empreendedora. “A partir da compreensão dessas demandas, gargalos e gaps de competência que essas empresas encontram, será possível entender como preparar essas pessoas através de capacitações e outros programas e posteriormente inseri-las no mercado de trabalho”, ela complementa.

A iniciativa espera coletar ao menos 500 respostas vindas de gerentes de RH e outros gestores em cargos de alto nível decisório em todo o território nacional, por meio de um formulário online que leva de 10 a 15 minutos para ser preenchido. O questionário está dividido em três blocos temáticos que abordam fatores que podem ajudar ou atrapalhar na hora de contratações, levando em consideração o que os recrutadores buscam, a preocupação com inclusão e diversidade dentro dessas empresas e o perfil da corporação cujos funcionários participarem do estudo. Posteriormente, 10% dos participantes serão selecionados para a segunda etapa da pesquisa, com uma entrevista em profundidade. “São informações que respondem perguntas para as quais não há respostas no banco de dados de um órgão público”, explica Ana Maura Tomesani, cientista social responsável pela elaboração do questionário e proprietária da empresa de pesquisa Práxis Informação e Estratégia: “Os dados existentes nas plataformas de dados oficiais permitem a construção de um diagnóstico mais geral, mas não são capazes de revelar as engrenagens seletivas internas a estas empresas”.

Dados relativos às populações alvo, ao perfil das empresas participantes e seus processos de contratação demandam controle no tratamento. “São dois tipos de dados que exigem atenção. Os dados pessoais de pessoas vulneráveis por alguma condição social e dados de empresas, que precisam ter seu segredo de negócio protegido”, comenta Luiza Louzada, advogada e pesquisadora na área de proteção de dados pessoais. O projeto observa as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e a segurança dos dados é garantida por termos de confidencialidade.

Thaís Dumet Faria, oficial técnica em Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho para América Latina e Caribe (OIT), comenta o objetivo do projeto: “Com esses resultados, será possível construir uma estratégia de formação profissional direcionada à demanda de mercado, apoiar as empresas na criação ou ampliação das suas políticas de diversidade e garantir a promoção do trabalho decente no contexto da crise oriunda da pandemia da COVID-19 e no processo de retomada econômica”. Reinaldo Bulgarelli, secretário executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, também ressalta a importância das parcerias: “Promover oportunidades iguais, tratamento justo e respeitoso para todas as pessoas exige parcerias inovadoras entre empresas e organizações variadas da sociedade. Essas parcerias vão resultar em ambientes de trabalho com maior diversidade e efetiva inclusão”.

Estatísticas socioeconômicas já permitem compreender muitas das desigualdades de acesso à educação, trabalho e moradia no país. Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2019 do IBGE demonstram, por exemplo, que o rendimento médio de brancos era, em média, 73,9% maior do que o de pretos e pardos. No mesmo ano, mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais e recebiam 77,7% do rendimento dos homens. As taxas de desemprego também são maiores para mulheres e pessoas negras e quatro entre dez pessoas extremamente pobres eram mulheres pretas ou pardas de acordo com aquele relatório.

Pensando pelo prisma gerencial, o relatório Diversity Matters, da empresa de consultoria McKinsey & Company, líder mundial no mercado de consultoria empresarial, demonstrou que a inclusão da diversidade faz bem para empresas e funcionários. A publicação foi elaborada a partir de uma pesquisa que investigou milhares de empresas com mais de 500 funcionários no mundo todo. Nas empresas da América Latina que os colaboradores descreviam como comprometidas com a igualdade, mais de 60% dos entrevistados se declararam felizes com seu emprego. O ambiente de trabalho também se mostrou mais acolhedor para novas ideias, aberto ao diálogo nas equipes e com melhor feedback dos clientes. E os números são ainda mais impressionantes quando pensamos em performance financeira: segundo o relatório, essas empresas têm 93% de vantagens sobre seus concorrentes.

Diversão em Cena apresenta “PlayGround Grandes Músicos para Pequenos”

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Junior Mandriola.

O Diversão em Cena ArcelorMittal apresenta a atração PlayGround Grandes Músicos para Pequenos, que reunirá conteúdo inédito para toda a família. A montagem será transmitida ao vivo no dia 16 de maio (domingo), às 16 horas, pelo canal no Youtube da Fundação ArcelorMittal e na página do Facebook do Diversão em Cena. O espetáculo apresenta atividades temáticas e informações sobre músicos brasileiros, propondo uma viagem através da imaginação, pelas diversas sonoridades e lugares do Brasil. Na trilha sonora, sucessos como Vamos Fugir, Tem Gato na Tuba, Canção da América e Xote das Meninas incentivarão todos a cantar, brincar e dançar.

Considerado o maior programa de formação de público para teatro infantil no Brasil, o Diversão em Cena ArcelorMittal é viabilizado por meio das Leis de Incentivo à Cultura Federal e Estaduais (São Paulo e Minas Gerais). Ao longo de mais de uma década, cerca de 500 mil pessoas já conferiram aos mais de 1,3 mil espetáculos apresentados.

Em decorrência da pandemia, o programa adota o modo remoto para apresentação das atrações de maneira segura. Seguindo todos os protocolos sanitários preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Diversão em Cena não abre mão do seu objetivo: contribuir para a democratização da cultura e oferecer uma programação regular de qualidade.

Serviço:

Diversão Em Cena Arcelormittal – Livezinha Grandes Músicos para Pequenos

Data: 16 de maio – domingo

Horário: 16h

Ficha técnica

Direção: Diego Morais

Direção Musical: Guilherme Borges

Roteiro original: Pedro Henrique Lopes

Elenco: Analu Pimenta (Gabi) e Oscar Fabião (Tiago)

Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Produção e realização: Entre Entretenimento.

Galeria Base recebe exposição “De Exu a Jesus Cristo”, de Mario Cravo Neto

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação/Mario Cravo Neto.

A Galeria Base recebe a exposição De Exu a Jesus Cristo, do fotógrafo Mario Cravo Neto, com texto de Diógenes Moura, marcando a abertura de sua agenda expositiva de 2021. A mostra individual é composta por 31 trabalhos, prioritariamente vintage e, em sua maioria, com a técnica de gelatina e prata, da série O Eterno Agora, uma das mais importantes criadas pelo artista, todas em preto e branco, acrescidas de três, coloridas, em grandes dimensões.

Suas fotografias escultóricas são um convite a apreciar, apropriar e unir duas ou mais formas contemplativas dentro de um só quadro expressivo. As obras são, em sua totalidade, feitas em estúdio, onde destaca seu domínio na utilização da luz, o claro e escuro, que é foco diferencial de seu trabalho, evidenciando figuras humanas, além da inserção de aves, peixes, plantas, pedras, criando um universo de simbologias. Algumas imagens icônicas poderão ser observadas, como Deus na cabeça, Criança Voodoo (acervo do MoMA – NY, USA), Luciana (acervo Museo Reina Sofia – Madri, ESP), Lágrimas de pássaro, Homem com dois peixes e Odé – esta última, um exemplar raro feito em platina, editado pela Vision Editions, em San Francisco (CA, USA). Mais trabalhos da série O Eterno Agora estão em exibição da mostra Espíritos sem Nome no IMS/SP.

Como define Diógenes Moura, “(…) uma exposição com suas imagens será sempre um livro aberto: página por página poderá mudar a cada instante. Mesmo para quem já tenha visto grande parte da sua obra, aquelas que são “possíveis” de ver no primeiro instante. Possíveis de ver porque haverá sempre, em todas elas, um segredo por dentro do outro. É neste exato momento que o homem despe os sentidos: dependendo do olhar de quem vê, enxergar será sempre uma raridade.”

Apresentação do PowerPoint

Seu compromisso com a ética fotográfica cria atributos específicos definindo sua assinatura estética da expressão imagética que lhe é característica de respeito e reverência à religiosidade católica e ao candomblé. “Não estamos apenas diante de uma série de imagens de um homem que partiu muito cedo porque teve sua Orí interrompida, naquele dia 9 de agosto de 2009. Estamos diante de um homem que iluminou a menina dos próprios olhos para deixar para “os outros”, ele mesmo, um segredo por dentro do gozo”, completa Moura.

Mario Cravo Neto captou registros, com acuidade e visão únicas, de representações religiosas da Bahia e aproximou do espectador uma realidade de fé tão presente e necessária atualmente. “Ele foi o primeiro fotógrafo que me despertou interesse, o que me fez colecionar suas obras há mais de uma década”, declara Daniel Maranhão, coordenador artístico da galeria.

A Galeria Base cumpre todos os protocolos sanitários determinados pelas autoridades competentes referentes à Covid-19.

Exposição De Exu a Jesus Cristo

Artista: Mario Cravo Neto

Texto: Diógenes Moura

Coordenação Artística: Daniel Maranhão e Cliff Li

Coordenação Administrativa: Leonardo Servolo e Cássia Malusardi

Abertura: 15 de maio – sábado – das 12h00 às 18h00

Período: de 18 de maio a 2 de julho de 2021

Horário: de terça a sexta-feira, das 11hs às 19hs; sábado, das 11h às 15h

Local: Galeria Base

Endereço: Alameda Franca, 1030, Jardim Paulista – São Paulo/SP

Telefone: (11) 3062 6230 | WhatsApp (11) 98327-9775 / (11) 98116-6261

E-mail: contato@galeriabase.com.br

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