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Reciclagem e destinação correta de resíduos eletroeletrônicos diminui impactos ambientais e gera inclusão e renda para catadores e familiares

São Paulo, por Kleber Patricio

Ana Maria Domingues Luz e Walter Akio Goya, do Instituto GEA, apresentaram no BW Works projetos que transformam a vida de cooperativas de catadores. Imagem: divulgação.

Anualmente, o Brasil gera cerca de 10,2 quilogramas de resíduos eletroeletrônicos por habitante. No mundo, essa média é de 7,3 kg/hab. Esses valores mostram a urgência de se trabalhar a reciclagem e a destinação correta desse tipo de resíduo, uma vez que por conter metais pesados e/ou outros elementos tóxicos, ao serem descartados de qualquer modo acarretam danos ao meio ambiente e à saúde humana. O chumbo é um exemplo de material presente nesse tipo de produto, que pode causar complicações no sistema neurológico, corações, rins, entre outros. Desse modo, o Instituto GEA-Ética e Meio Ambiente, organização sem fins lucrativos, desenvolveu, em parceria com o Laboratório de Sustentabilidade (Lassu), pertencente ao Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (PCS/Poli/USP), projetos de capacitação em reciclagem e destinação correta de resíduos eletroeletrônicos para cooperativas e para catadores. Um deles foi o Eco Eletro Petrobras, entre 2011 e 2016.

Ana Maria Domingues Luz e Walter Akio Goya, do Instituto GEA, trouxeram durante o BW Works Resíduo Eletrônico e Responsabilidade Socioambiental: Transformando o Sonho em Realidade, promovido pelo Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), no dia 24 de junho, os resultados do projeto Descarte Legal, realizado com o apoio e parceria da Caixa Econômica Federal que, entre 2013 e 2018, percorreu 36 cidades de 11 estados das cinco regiões do País transformando a vida de 600 catadores e familiares por meio de inclusão social e geração de renda.

A Caixa destinou cerca de 84 mil itens eletroeletrônicos às cooperativas, que arrecadaram com a comercialização dos componentes mais de R$1 milhão. “Isso significou o sustento das cooperativas em muitas situações e a diferença em se ter um veículo para realizar a coleta dos resíduos, ente outras histórias inspiradoras”, disse Ana Maria. Além disso, em termos ambientais, foram 16,5 mil quilos de chumbo retirados da destinação incorreta e 86,7 mil m³ de solo poupado.

As cooperativas aprenderam ainda a mensurar o valor dos componentes, o que resultou em 1000% de aumento no valor do material eletrônico comercializado. Antes do projeto, o valor médio por quilo do resíduo era em média R$0,25 e, após o projeto, esse número passou a R$3,10.

Para Goya, ao longo desses anos foi possível ver a transformação não apenas para os catadores, mas também para todos os envolvidos nos projetos. Como um dos professores dos cursos de capacitação, ele contou que as cooperativas precisaram se estruturar e se organizara para atender às premissas do projeto acordado com a Caixa. A seu ver, a reciclagem de eletroeletrônicos é necessária para a continuidade da produção dos produtos, uma vez que os componentes utilizam metais que não são abundantes no planeta. “Essa questão engloba, portanto, o tripé da sustentabilidade, com ganhos ambiental, social e econômico”, afirmou.

O BW Works Resíduo Eletrônico e Responsabilidade Socioambiental: Transformando o Sonho em Realidade está disponível no site oficial do Movimento BW.

Novo livro de Leandro Karnal reúne crônicas inéditas e textos publicados no Estadão

São Paulo, por Kleber Patricio

Historiador referência no Brasil, Leandro Karnal inspira milhares de pessoas todos os dias, seja na televisão, na internet ou pela escrita. Professor, membro da Academia Paulista de Letras e escritor best-seller com os livros Crer ou não crer e O dilema do porco espinho, Karnal lança agora uma coletânea de crônicas muito especial. A coragem da esperança, lançamento pela Editora Planeta, reúne os melhores textos publicados no jornal O Estado de S. Paulo, além de crônicas inéditas.

No Brasil, a sequência de crises faz parecer que não há uma saída. Uma pandemia de Covid que parece não ter fim, crise política, crise na economia. Mas Karnal nos incentiva a persistir na esperança, em acreditar na “vontade imperiosa da vida em se manter e continuar”, apesar de tudo. Nas crônicas reunidas em Coragem da esperança, o historiador aborda temas atuais de grande relevância e reflete sobre a memória, a cultura e as relações sociais.

No prefácio da obra, o jornalista Ignácio Loyola Brandão afirma que Karnal escreve um livro um livro que o leitor não vai querer que acabe. Em uma realidade de desesperança, o historiador mostra que é preciso ter coragem para voltar a enxergar sob a neblina. “Que cada crônica seja sua ilha ou, ao menos, uma pequena boia. Sempre estivemos à deriva. Agarre-se. Ler é flutuar a esmo na íris da eternidade, com esperança, de preferência” – Leandro Karnal.

Ficha técnica:

Título: A coragem da esperança

Autor: Leandro Karnal

288 páginas

R$54,90.

Sobre o autor | Leandro Karnal é historiador, professor, escritor, palestrante, youtuber e apresentador de TV. Doutor em História Cultural pela Universidade de São Paulo, autor best-seller dos livros Crer ou não crer e O dilema do porco espinho, ambos publicados pela Editora Planeta. É apresentador do programa CNN Brasil Tonight, colunista no jornal O Estado de S. Paulo e Zero Hora (RS). Tornou-se um grande influenciador digital, com mais de 3,6 milhões de seguidores no Instagram e quase 1 milhão de inscritos no YouTube (Prazer, Karnal). É um dos mais requisitados palestrantes do país, além de recentemente ter sido eleito para a Academia Paulista de Letras.

Museu de Arte Sacra apresenta exposição “Esperança”

São Paulo, por Kleber Patricio

“Corpo de pássaro”, obra de Andrey Rossi que faz parte da exposição “Esperança”. Fotos: divulgação.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP exibe Esperança, mostra coletiva sob curadoria de Simon Watson composta por trabalhos dos artistas contemporâneos Ana Júlia Vilela, Andrey Rossi, Desali, Enivo, João Trevisan, Leandro Júnior, Lidia Lisbôa, Mag Magrela, Moisés Patrício, Paulo Nazareth, Thiago Rocha Pitta, Yasmin Guimarães, onde cada obra é acompanhada de um texto crítico assinado por curadores convidados Thierry Freitas, Márcio Harum, Fernando Mota, Carlo McCormick, André Vechi, Jackson Gleize, Mirella Maria, Gabriela Longman, Guilherme Teixeira, Janaina Barros, Ulisses Carrilho e Carollina Lauriano.

Segundo evento do Projeto Luz Contemporânea, Esperança traz a sensação de acolhimento, do olhar para frente, do ser bem-vindo. “Vista pelas lentes de diversas práticas artísticas contemporâneas, Esperança é uma observação curatorial caleidoscópica buscando resposta aos 18 meses de pandemia. Para muitos de nós, o ano passado pareceu se arrastar de forma lenta e dolorosa. Foi um tempo de espera e esperança, um tempo de autorreflexão. Um período que despertou consciências, tanto pessoais como coletivas, em resposta a uma crise global de saúde; como cada um de nós se relaciona com o outro e como compartilhamos nossa saúde coletiva”, explica o curador Simon Watson.

Moisés Patrício se apresenta com uma pintura em grandes dimensões que retrata uma mulher negra vestida de branco em um ritual performativo de nascimento e renascimento.

Como mote para exposição, um dos conceitos que interligam os trabalhos são as múltiplas formas pelas quais as mãos e corpos dos artistas se fazem presentes na criação dessas obras de arte. “Ao reafirmar sua presença, esses artistas confirmam nossa existência como humanos e com a presença de sua mão somos lembrados de nossa impermanência, da fragilidade de nossas vidas. E por serem obras de arte, possuem uma permanência no registro de nosso tempo. Na presença da mão do artista, encontramos sinais pessoais de propósito, determinação e esperança”, conclui o curador.

Como um presente adicional ao público, Simon Watson convidou críticos e curadores do circuito cultural para escreverem sobre as obras exibidas por cada um dos artistas participantes: “Como um estrangeiro engajado e apaixonado pela cena cultural brasileira contemporânea, estou muito impressionado com a nova onda de curadores e críticos de arte brasileiros que, por conta própria, estão forjando uma nova versão da história da arte vista por meio de perspectivas novas e variadas. Fazendo perguntas provocativas sobre quem está faltando e por que, sua investigação enérgica está provocando e apoiando artistas e diversas práticas artísticas. Meu interesse por esta nova onda levou-me a convidar profissionais das artes para fazerem ensaios para cada um dos 12 artistas de Esperança.

Os 54 trabalhos – bidimensionais, tridimensionais, tecnológicos – de Esperança, que abrangem técnicas diversas como aquarelas, pinturas, grafite, esculturas, fotografias e vídeo performances, estão dispostos na sala de exposições temporárias do MAS/SP, bem como em seu jardim interno – Jardim do Claustro –, como um brinde de formas, cores e convite a estar perto.

Escultura em madeira de sete partes de dormentes criada por João Trevisan faz parte da mostra.

Projeto Luz Contemporânea | Idealizado pelo curador Simon Watson, Luz Contemporânea é composto por 12 exposições – individuais e/ou coletivas – de artistas contemporâneos a serem desenvolvidas em parceria com o Museu de Arte Sacra de São Paulo, onde temas diversos oferecerão propostas e desafios aos artistas convidados buscando diálogo conceitual e material com obras do acervo da instituição… ou não. Cada mostra é única em seu próprio universo.

Exposição:

Esperança

Artistas: Ana Júlia Vilela, Andrey Rossi, Desali, Enivo, João Trevisan, Leandro Júnior, Lidia Lisbôa, Mag Magrela, Moisés Patrício, Paulo Nazareth, Thiago Rocha Pitta, Yasmin Guimarães

Textos sobre as obras: Thierry Freitas, Márcio Harum, Fernando Mota, Carlo McCormick, André Vechio, Jackson Gleize, Mirella Maria, Gabriela Longman, Guilherme Teixeira, Janaina Barros, Ulisses Carrilho, Carollina Lauriano

Curadoria: Simon Watson

Duração: de 27 de junho a 22 de agosto de 2021

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: De terça-feira a domingo, das 11 às 17h (entrada permitida até às 16h).

Preços dos “produtos juninos” aumentam mais que o dobro da inflação nos últimos 12 meses

Brasil, por Kleber Patricio

Imagem de Igor Magno Cabral Goiaba por Pixabay.

O preço médio dos ingredientes e insumos para o preparo dos principais pratos e quitutes tradicionais das festas juninas aumentou em 16% nos últimos 12 meses, enquanto a inflação ao consumidor medida pelo IPC-DI ficou em 7,98% no mesmo período. O levantamento considerou 32 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) e mostrou que o arroz doce e o churrasco foram os principais vilões: o arroz subiu 52,45% nos últimos 12 meses e o leite condensado 25,62%, enquanto as carnes bovinas e a linguiça tiveram altas de 34,4% e 27,74%, respectivamente.

Outros produtos que subiram acima da inflação foram: açúcar cristal (24,02%), salsicha e salsichão (20,36%), farinha de trigo (18,08%), açúcar refinado (16,12%), queijo minas (13,95%), milho (13,79%), macarrão (11,72%), amendoim (11,13%), milho de pipoca (11,02%), doces e chocolates (10,5%), fubá de milho (9,19%), leite (8,92%) e vinho (8,24%). Apenas 2 produtos dentre os 32 itens registraram recuo em seu preço no período: a maçã (-1,57%) e a batata-inglesa (-14,54%).

“O volume de exportações para a Ásia (principalmente para a China) contribuiu para a redução da oferta de carne e soja internamente e isso provoca um aumento no preço. A crise hídrica também teve impacto nessa dinâmica de preços: com a estiagem nos principais pontos de plantio dos cereais e leguminosas, a produção de soja, milho, arroz e amendoim ficou impactada, o que refletiu no aumento de preços desses produtos in natura, bem como das carnes, que usam milho e soja como ração”, aponta Matheus Peçanha, economista do IBRE.

“Muitos desses produtos não têm substituto; então, a principal dica pra driblar o impacto no bolso é pesquisar preços, dar preferência a marcas menos conhecidas ou reunir um grupo maior e comprar em ‘atacarejos’ para conseguir descontos maiores”, aconselha também Peçanha.

MuBE prorroga mostra que reúne arquitetura de Paulo Mendes da Rocha e obras de Amilcar de Castro

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Germana Montemor/divulgação MuBE/Instituto Amilcar de Castro.

Cerca de 120 obras do escultor neoconcreto, artista visual e designer gráfico Amilcar de Castro estão expostas nos espaços internos e externos do MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia), edificação icônica projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, vencedor dos mais importantes prêmios do mundo em seu campo de atuação, incluindo o Pritzker, o Leão de Ouro de Veneza e a recentemente anunciada Medalha de Ouro de 2021 da União Internacional de Arquitetos, em reconhecimento de seu notável trabalho.

A exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo é uma homenagem ao centenário do multitalentoso artista mineiro, um dos maiores expoentes brasileiros da arte e da cultura, muito conhecido por suas esculturas. Partindo de chapas de aço Corten sólidas, espessas e planas, na sua maioria sem soldaduras ou parafusos, as suas obras conquistam o espaço com gestos simples e incisivos como cortar e dobrar. Assim como as obras de Mendes da Rocha, as esculturas e pinturas “simples, secas e fortes” de Amilcar de Castro influenciaram de forma marcante as gerações seguintes.

Mendes da Rocha, que admirava a obra de Amilcar de Castro, participou da expografia da mostra escolhendo a colocação de quatro das peças mais importantes da exposição. Entre elas, uma impressionante peça em escala monumental de Amilcar de Castro, com quase 18 metros de altura e 27 toneladas de peso, que, pela primeira vez, saiu de Uberaba (MG) e percorreu 480 km para chegar ao Museu, em São Paulo. Foi necessária uma grande operação de engenharia para transportar e instalar esta obra no MuBE no local exato escolhido pelo arquiteto.

As outras três obras posicionadas por Mendes da Rocha incluem duas enormes pinturas, de 12 metros de comprimento cada, que flutuam no centro da principal área de exposição interna, e uma escultura de 4 metros de altura com 3,5 toneladas que quase toca o teto. Esta foi a última colaboração de Mendes da Rocha com o MuBE, pouco antes de seu falecimento, em 23 de maio. Em tributo ao arquiteto, o museu prorroga a exposição até setembro.

Tanto Paulo Mendes de Rocha, quanto Amilcar de Castro usavam o papel para dar forma às suas ideias através de maquetes. Cortes e dobras nas mãos desses dois grandes mestres faziam com o que o plano ganhasse o espaço. Como comenta o próprio Mendes da Rocha em seu livro Maquetes de papel, “Não se trata dessa maquete que é feita para ser exibida e eventualmente vender ideias. É a maquete como croqui. A maquete em solidão. Não é para ser mostrado a ninguém. A maquete que você faz como um ensaio daquilo que está imaginando. O croqui, o boneco, um conto. Como o poeta quando rabisca, quando toma nota. O croqui que ninguém discute. É a maquete como instrumento de desenho. Em vez de desenhar, você faz maquete”. Como exercício mental, Mendes da Rocha fazia também maquetes de papel de obras de Amilcar de Castro, algumas das quais expostas no MuBE durante a mostra em homenagem ao artista mineiro. Maquetes de papel feitas por Amilcar também estarão disponíveis no museu a partir do início de julho.

De acordo com o curador Guilherme Wisnik, “Sóbrias e desafiadoras, as respostas artísticas de Amilcar de Castro e Paulo Mendes da Rocha se baseiam na concepção virtuosa do projeto. Um projeto entendido como uma afirmação de desejos que se realiza de acordo com a técnica e o material. Assim, imaginando a ideia de uma sociedade capaz de planejar seu futuro e mensurar as consequências de suas ações, responsabilizando-se por elas. Algo que, no Brasil de hoje, volta a ter um sentido urgente”.

Para os interessados que não residem em São Paulo ou não poderão comparecer ao MuBE, é possível acessar a visita virtual disponível no site da instituição, que conta com um compilado extenso de materiais, entre eles textos, comentários dos curadores, vídeos de bastidores e atividades educativas. Quem passar em frente ao museu, a pé, de ônibus ou carro, também consegue contemplar as obras da parte externa e acessar os conteúdos via QR code, disponibilizado em banners na fachada.

A mostra é realizada em parceria com o Instituto Amilcar de Castro e tem curadoria de Guilherme Wisnik (professor da FAU-USP, crítico de arte e curador), e co-curadoria de Rodrigo de Castro (filho do artista e diretor do Amilcar de Instituto Castro) e Galciani Neves (curador-chefe do MuBE).

Mais sobre Amilcar de Castro | Nascido em Paraisópolis, Minas Gerais, em 1920, Amilcar ingressou na Escola de Arquitetura e Belas Artes em 1944 e logo no ano seguinte foi convidado para expor suas obras no 51º Salão Nacional de Belas Artes. Desde então, o artista seguiu seu movimento de ascensão ao rol dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.

Em março de 1959, assina o Manifesto Neoconcreto – publicado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil – redigido por Ferreira Gullar e também assinado por Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim, Franz Weissmann e Theon Spanudis. Nasce aí o movimento Neoconcreto brasileiro, inspirado na Bauhaus – escola de vanguarda alemã.

Mais sobre Paulo Mendes da Rocha | Paulo Archias Mendes da Rocha (Vitória, ES, Brasil, 25 de outubro de 1928 – São Paulo, SP, Brasil, 23 de maio de 2021). Arquiteto, urbanista e professor universitário, é reconhecido internacionalmente por seu trabalho ímpar. Graduou-se em 1954 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo. Destacou-se desde muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para a construção do Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em 1958. Em 1961, tornou-se professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo – FAU / USP a convite de Vilanova Artigas e integrou o grupo que constituiu a chamada “escola paulista” de arquitetura, cuja produção se caracteriza pelo uso “brutalista” do concreto armado e pela ênfase em soluções estruturais de grande porte.

Responsável pelo projeto do prédio do MuBE (1987), Mendes da Rocha recebeu os prêmios mais importantes da arquitetura mundial, incluindo o Pritzker em 2006 e o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2016, entre outros.

Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia | O MuBE, Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno, situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha, pela Prefeitura de São Paulo à SAM – Sociedade dos Amigos dos Museus, no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia.

Para a escolha do projeto do prédio do Museu, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia então o MuBE e seu prédio que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx.

Serviço:

Exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo

Até 19/09

Horário: quarta a domingo, de 11h às 17h

Local: Rua Alemanha 221, Jardim Europa – São Paulo (SP)

Entrada: gratuita e apenas mediante agendamento prévio pelo site https://www.mube.space/

Siga o MuBE no Instagram: @mube_sp.