Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
Imagem de Igor Magno Cabral Goiaba por Pixabay.
O preço médio dos ingredientes e insumos para o preparo dos principais pratos e quitutes tradicionais das festas juninas aumentou em 16% nos últimos 12 meses, enquanto a inflação ao consumidor medida pelo IPC-DI ficou em 7,98% no mesmo período. O levantamento considerou 32 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) e mostrou que o arroz doce e o churrasco foram os principais vilões: o arroz subiu 52,45% nos últimos 12 meses e o leite condensado 25,62%, enquanto as carnes bovinas e a linguiça tiveram altas de 34,4% e 27,74%, respectivamente.
Outros produtos que subiram acima da inflação foram: açúcar cristal (24,02%), salsicha e salsichão (20,36%), farinha de trigo (18,08%), açúcar refinado (16,12%), queijo minas (13,95%), milho (13,79%), macarrão (11,72%), amendoim (11,13%), milho de pipoca (11,02%), doces e chocolates (10,5%), fubá de milho (9,19%), leite (8,92%) e vinho (8,24%). Apenas 2 produtos dentre os 32 itens registraram recuo em seu preço no período: a maçã (-1,57%) e a batata-inglesa (-14,54%).
“O volume de exportações para a Ásia (principalmente para a China) contribuiu para a redução da oferta de carne e soja internamente e isso provoca um aumento no preço. A crise hídrica também teve impacto nessa dinâmica de preços: com a estiagem nos principais pontos de plantio dos cereais e leguminosas, a produção de soja, milho, arroz e amendoim ficou impactada, o que refletiu no aumento de preços desses produtos in natura, bem como das carnes, que usam milho e soja como ração”, aponta Matheus Peçanha, economista do IBRE.
“Muitos desses produtos não têm substituto; então, a principal dica pra driblar o impacto no bolso é pesquisar preços, dar preferência a marcas menos conhecidas ou reunir um grupo maior e comprar em ‘atacarejos’ para conseguir descontos maiores”, aconselha também Peçanha.
Fotos: Germana Montemor/divulgação MuBE/Instituto Amilcar de Castro.
Cerca de 120 obras do escultor neoconcreto, artista visual e designer gráfico Amilcar de Castro estão expostas nos espaços internos e externos do MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia), edificação icônica projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, vencedor dos mais importantes prêmios do mundo em seu campo de atuação, incluindo o Pritzker, o Leão de Ouro de Veneza e a recentemente anunciada Medalha de Ouro de 2021 da União Internacional de Arquitetos, em reconhecimento de seu notável trabalho.
A exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo é uma homenagem ao centenário do multitalentoso artista mineiro, um dos maiores expoentes brasileiros da arte e da cultura, muito conhecido por suas esculturas. Partindo de chapas de aço Corten sólidas, espessas e planas, na sua maioria sem soldaduras ou parafusos, as suas obras conquistam o espaço com gestos simples e incisivos como cortar e dobrar. Assim como as obras de Mendes da Rocha, as esculturas e pinturas “simples, secas e fortes” de Amilcar de Castro influenciaram de forma marcante as gerações seguintes.
Mendes da Rocha, que admirava a obra de Amilcar de Castro, participou da expografia da mostra escolhendo a colocação de quatro das peças mais importantes da exposição. Entre elas, uma impressionante peça em escala monumental de Amilcar de Castro, com quase 18 metros de altura e 27 toneladas de peso, que, pela primeira vez, saiu de Uberaba (MG) e percorreu 480 km para chegar ao Museu, em São Paulo. Foi necessária uma grande operação de engenharia para transportar e instalar esta obra no MuBE no local exato escolhido pelo arquiteto.
As outras três obras posicionadas por Mendes da Rocha incluem duas enormes pinturas, de 12 metros de comprimento cada, que flutuam no centro da principal área de exposição interna, e uma escultura de 4 metros de altura com 3,5 toneladas que quase toca o teto. Esta foi a última colaboração de Mendes da Rocha com o MuBE, pouco antes de seu falecimento, em 23 de maio. Em tributo ao arquiteto, o museu prorroga a exposição até setembro.
Tanto Paulo Mendes de Rocha, quanto Amilcar de Castro usavam o papel para dar forma às suas ideias através de maquetes. Cortes e dobras nas mãos desses dois grandes mestres faziam com o que o plano ganhasse o espaço. Como comenta o próprio Mendes da Rocha em seu livro Maquetes de papel, “Não se trata dessa maquete que é feita para ser exibida e eventualmente vender ideias. É a maquete como croqui. A maquete em solidão. Não é para ser mostrado a ninguém. A maquete que você faz como um ensaio daquilo que está imaginando. O croqui, o boneco, um conto. Como o poeta quando rabisca, quando toma nota. O croqui que ninguém discute. É a maquete como instrumento de desenho. Em vez de desenhar, você faz maquete”. Como exercício mental, Mendes da Rocha fazia também maquetes de papel de obras de Amilcar de Castro, algumas das quais expostas no MuBE durante a mostra em homenagem ao artista mineiro. Maquetes de papel feitas por Amilcar também estarão disponíveis no museu a partir do início de julho.
De acordo com o curador Guilherme Wisnik, “Sóbrias e desafiadoras, as respostas artísticas de Amilcar de Castro e Paulo Mendes da Rocha se baseiam na concepção virtuosa do projeto. Um projeto entendido como uma afirmação de desejos que se realiza de acordo com a técnica e o material. Assim, imaginando a ideia de uma sociedade capaz de planejar seu futuro e mensurar as consequências de suas ações, responsabilizando-se por elas. Algo que, no Brasil de hoje, volta a ter um sentido urgente”.
Para os interessados que não residem em São Paulo ou não poderão comparecer ao MuBE, é possível acessar a visita virtual disponível no site da instituição, que conta com um compilado extenso de materiais, entre eles textos, comentários dos curadores, vídeos de bastidores e atividades educativas. Quem passar em frente ao museu, a pé, de ônibus ou carro, também consegue contemplar as obras da parte externa e acessar os conteúdos via QR code, disponibilizado em banners na fachada.
A mostra é realizada em parceria com o Instituto Amilcar de Castro e tem curadoria de Guilherme Wisnik (professor da FAU-USP, crítico de arte e curador), e co-curadoria de Rodrigo de Castro (filho do artista e diretor do Amilcar de Instituto Castro) e Galciani Neves (curador-chefe do MuBE).
Mais sobre Amilcar de Castro | Nascido em Paraisópolis, Minas Gerais, em 1920, Amilcar ingressou na Escola de Arquitetura e Belas Artes em 1944 e logo no ano seguinte foi convidado para expor suas obras no 51º Salão Nacional de Belas Artes. Desde então, o artista seguiu seu movimento de ascensão ao rol dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.
Em março de 1959, assina o Manifesto Neoconcreto – publicado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil – redigido por Ferreira Gullar e também assinado por Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim, Franz Weissmann e Theon Spanudis. Nasce aí o movimento Neoconcreto brasileiro, inspirado na Bauhaus – escola de vanguarda alemã.
Mais sobre Paulo Mendes da Rocha | Paulo Archias Mendes da Rocha (Vitória, ES, Brasil, 25 de outubro de 1928 – São Paulo, SP, Brasil, 23 de maio de 2021). Arquiteto, urbanista e professor universitário, é reconhecido internacionalmente por seu trabalho ímpar. Graduou-se em 1954 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo. Destacou-se desde muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para a construção do Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em 1958. Em 1961, tornou-se professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo – FAU / USP a convite de Vilanova Artigas e integrou o grupo que constituiu a chamada “escola paulista” de arquitetura, cuja produção se caracteriza pelo uso “brutalista” do concreto armado e pela ênfase em soluções estruturais de grande porte.
Responsável pelo projeto do prédio do MuBE (1987), Mendes da Rocha recebeu os prêmios mais importantes da arquitetura mundial, incluindo o Pritzker em 2006 e o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2016, entre outros.
Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia | O MuBE, Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno, situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha, pela Prefeitura de São Paulo à SAM – Sociedade dos Amigos dos Museus, no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia.
Para a escolha do projeto do prédio do Museu, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia então o MuBE e seu prédio que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx.
Serviço:
Exposição Amilcar de Castro: na dobra do mundo
Até 19/09
Horário: quarta a domingo, de 11h às 17h
Local: Rua Alemanha 221, Jardim Europa – São Paulo (SP)
Entrada: gratuita e apenas mediante agendamento prévio pelo site https://www.mube.space/
Siga o MuBE no Instagram: @mube_sp.
Foto: Eliandro Figueira.
A Linha Emergencial do Banco do Povo estendeu a data para adesão à linha de crédito para empreendedores de setores vulneráveis para o dia 30 de julho. Poderão utilizar a linha emergencial atividades das áreas de bares e restaurantes, hotéis, comércios, eventos, academias, setor de beleza, cultura e economia criativa. Foi disponibilizado pelo Governo do Estado o crédito de R$50 milhões para os empreendedores que se adequarem aos requisitos.
Os valores da linha de crédito variam de acordo com o tempo de atividade, documentação que for apresentada por modalidade do investimento e fundo da unidade. O empréstimo para a linha emergencial pode chegar até R$10 mil, com carência de até seis meses para começar a pagar, juros de até 0,35% ao mês e com o prazo de pagamento de até 36 meses.
“Esses empreendedores podem solicitar o crédito para pagamentos de dívidas do negócio relativas ao CNPJ; ou seja, aluguéis atrasados, conta de água e luz, folha de pagamento e fornecedores. Se o CNPJ tem boletos em atraso, o empreendedor tem como utilizar a linha emergencial. Hoje, o Banco do Povo tem um fundo destinado a essa linha emergencial. Se esse fundo acabar antes desse prazo, a gente encerra essa linha; porém, o interessado poderá recorrer a outras linhas disponíveis no Banco do Povo, mas a previsão de acabar é até dia 30 de julho. O crédito está sujeito a análise e toda documentação está sendo aceita por e-mail. As orientações podem ser passadas pelos telefones (19) 3816-9250 e 3816-9251 ou de forma presencial, tomando todos os cuidados. Se a pessoa preferir, também pode entrar em contato conosco pelo e-mail indaiatuba@bancodopovo.sp.gov.br”, informa a agente de crédito Cristiele Mazzaro.
Linha Empreenda Mulher | Linha de microcrédito para mulheres empreendedoras formais com MEI (Microempreendedora Individual) ou empreendedoras ME, Ltda, Eireli, EPP, empreendedoras informais (que não possuem empresa aberta) e produtoras rurais com ou sem CNPJ. Para isso, a empresa, empreendedora e/ou sócios não podem ter restrições de crédito junto ao Serasa e Cadin Estadual.
Para empreendedoras sem CNPJ, a taxa de juros é de 0,8% ao mês; já para a empreendedora com firma aberta (MEI, ME, EIRELI, LTDA e EPP), a taxa é de 0,35% ao mês. Há ainda uma Tarifa de Sustentabilidade de Fundo de 1% do valor liberado, cobrado uma única vez e descontado no ato da liberação.
O limite de crédito para o empreendedor informal, ou seja, que não possui CNPJ, varia de R$200,00 até R$15.000,00, sendo pago em até 36 meses com carência de até 120 dias para começar a pagar. Já para o empreendedor com CNPJ, o valor estimado é de R$200,00 até R$21.000,00, com o prazo de pagamento de até 48 meses com carência de até 150 dias para pagar.
É obrigatória a apresentação de avalista apenas para empreendedoras informais e produtoras rurais. O avalista não precisa ter bens; basta ser alfabetizado, com nome limpo e renda comprovada. Já para pessoas jurídicas, a apresentação do avalista pode ser dispensada dependendo do caso. O empreendedor deve residir no município há mais de dois anos, possuir endereço fixo ou ter um negócio no município. Vale ressaltar que o crédito passa por aprovação. Após ser aprovado é necessário fazer a prestação de contas por meio de notas fiscais do que for financiado entre máquinas, equipamentos, estrutura física, ferramentas, veículos utilitários, mercadorias, matérias-primas e outros.
As orientações também podem ser passadas pelos telefones (19) 3816-9250 e 3816-9251 ou de forma presencial, tomando todos os cuidados. Se a pessoa preferir, também pode entrar em contato pelo e-mail indaiatuba@bancodopovo.sp.gov.br.
Empreenda Rápido | Linha de crédito destinada a empreendedores informais (sem empresa aberta), como boleiras, doceiras, salgadeiras, artesãos, sacoleiras, vendedoras de produtos de catálogos e costureiras e, também, produtores rurais com ou sem CNPJ (atividades de agronegócios) e empreendedores formais: ME, LTDA, Eireli, EPP, MEI e Motofretista.
Para empreendedores sem CNPJ, a taxa de juros é de 1% ao mês; já para o empreendedor com firma aberta (MEI, ME, Eireli, Ltda e EPP), a taxa é de 0,35% ao mês. Há ainda uma Tarifa de Sustentabilidade de Fundo – TSF, de 1% do valor liberado, cobrado uma única vez e descontado no ato da liberação.
O limite de crédito para o empreendedor informal – ou seja, que não possui CNPJ – varia de R$200,00 até R$15.000,00, sendo pago em até 24 meses com carência de até 90 dias para começar a pagar. Já para o empreendedor com CNPJ, o valor estimado é de R$200,00 até R$21.000,00, com o prazo de pagamento de até 36 meses com carência de até 90 dias para pagar.
É obrigatória a apresentação de avalista apenas para empreendedores informais e produtoras rurais. O avalista não precisa ter bens, basta ser alfabetizado, com nome limpo e renda comprovada. Já para pessoas jurídicas, a apresentação do avalista pode ser dispensada dependendo do caso.
O empreendedor deve residir no município há mais de dois anos, possuir endereço fixo ou ter um negócio no município. Vale ressaltar que o crédito passa por aprovação. Após ser aprovado, é necessário fazer a prestação de contas por meio de notas fiscais do que for financiado entre máquinas, equipamentos, estrutura física, ferramentas, veículos utilitários, mercadorias, matérias-primas e outros.
As orientações também podem ser passadas pelos telefones (19) 3816-9250 e 3816-9251 ou de forma presencial, tomando todos os cuidados. Se a pessoa preferir, também pode entrar em contato pelo e-mail indaiatuba@bancodopovo.sp.gov.br.
Banco do Povo | É um programa desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceria com as Prefeituras, de modo a promover o desenvolvimento socioeconômico e criação de oportunidades de renda.
Serviço:
Endereço (Banco do Povo): Rua 24 de maio, 1670 – Centro (Antiga Rodoviária) – Indaiatuba/SP
Telefone: (19) 3816-9250 (Marli) e 3816-9251 (Cristiele)
E-mail: indaiatuba@bancodopovo.sp.gov.br.
Foto: Simone Vieira/Biota Fapesp.
Os ciclos eleitorais podem afetar as decisões políticas ambientais, como o controle do desmatamento. Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostra que, entre 1991 e 2014, em torno de 4 mil hectares a mais de Mata Atlântica foram desmatados em anos de eleições nas cidades do sudeste e sul, em comparação a anos não eleitorais. Esses resultados estão descritos em artigo publicado na segunda (28) na revista “Conservation Letters”.
O estudo avaliou o impacto dos períodos eleitorais no aumento de desmatamento em 2.253 municípios do sul e sudeste do Brasil, comparando os níveis de desmatamento de anos de eleições municipais, estaduais e federais com anos não eleitorais. Para isso, os pesquisadores cruzaram dados de eleições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com dados do projeto MapBiomas, que monitora os níveis de desmatamento desde 1985 por meio de imagens de satélite.
O aumento nas áreas desmatadas na Mata Atlântica foi observado tanto em anos de eleições municipais, com 4.409 hectares, quanto de eleições federais e estaduais, com 3.200 hectares a mais. Isso representa um aumento em torno de 3% da média anual de desmatamento na região, que é em torno de 136 mil hectares. “Apesar de ser pequeno, esse efeito traz prejuízos reais em termos de floresta e pode cancelar avanços conquistados por políticas de conservação ambiental”, enfatiza Patrícia Ruggiero, coautora do estudo, que faz parte do Programa Biota Fapesp.
Segundo os pesquisadores, essa relação entre ciclos eleitorais e desmatamento, que já foi identificada na Indonésia e Amazônia, é mostrada pela primeira vez na Mata Atlântica. “É interessante observar que esse efeito ocorre numa região que tem as legislações mais abrangentes do mundo em relação ao controle do desmatamento”, ressalta Ruggiero.
O estudo mostra também que municípios com grande pressão de desmatamento sofreram aumento de área desmatada maior quando os candidatos a governo federal e estadual são aliados.
Os ciclos eleitorais de desmatamento mais intensos foram os de anos iniciais do período de 1991 a 2014 e foram diminuindo gradativamente, com aumento de programas de controle do desmatamento da Mata Atlântica. Patrícia observa que essa tendência não se manteve nos anos seguintes. Conforme mostra o Atlas da Mata Atlântica, lançado em maio, de 2018 em diante houve um aumento do desmatamento na região.
(Fonte: Agência Bori)
Capa do EP (divulgação).
O músico, cantor e compositor Gustavo Bertoni (slap) divulgou na sexta-feira (25) e por completo seu mais novo EP A More Translucent Haze – ouça aqui. O projeto traz quatro faixas: as já conhecidas Ricochet e Old Ghosts, New Skin e as inéditas Moon Bath e River Dry. O lançamento do EP sai pelo slap, selo da Som Livre, e a produção musical é de Lucas Mayer – com exceção de Old Ghosts, New Skin, que leva a assinatura de Apeles (Balaclava Records).
A More Translucent Haze é um registro transitório de Gustavo e, talvez como nos sugere o clipe de Old Ghosts, New Skin, de um contexto também mais coletivo. Contemplativo, o EP traz momentos de melancolia, mas também de otimismo, como um abrir de olhos depois de muito tempo mirando o escuro. São cores suaves e contornos não identificáveis que marcam um novo cenário, repleto de diferentes possibilidades – ou seriam novas perspectivas?
“É um projeto mais fragmentado, eu diria até desconfigurado. Este EP funciona como um epílogo da sonoridade que eu trouxe até aqui, sobretudo em relação ao meu último disco, mas atualizado com ideias mais recentes e que estavam represadas”, explica Gustavo. “Atualmente me sinto ativo, buscando por mais liberdade, vigor, tanto na rotina, com mais exercícios e novos hábitos, quanto na produção musical em si. Posso dizer que nessa toada o EP acabou ganhando movimentos novos e que, possivelmente, também dão pistas do que eventualmente poderá vir pela frente”, ele completa. E estas nuances destacadas por Gustavo em A More Translucent Haze podem facilmente ser creditadas também pelas colaborações de Apeles e Lucas Mayer no processo de gravação.
Gustavo Bertoni. Foto: Twitter.
“O Lucas tem muita experiência. É um ótimo produtor e arranjador, além de ser um cara bastante sensível. Temos algumas afinidades musicais e trabalhar com ele sempre rola muito bem. E com o Apeles aconteceu igual. Desde as primeiras demos ele já trouxe muita coisa. O Apeles é um músico com muito vocabulário, ele foi me conduzindo em muitas ideias. Quando vi, já estava tirando a música do violão e levando pro piano; só isso já deu outra cara para o som. Com certeza os dois me trouxeram bastante coisa nova, aprendi bastante neste processo todo”, reflete Gustavo.
Vale lembrar que os três já haviam trabalhado juntos em Ricochet, primeiro single do EP, feito em parceria entre Gustavo Bertoni e Apeles, com produção de Lucas Mayer. A canção ganhou um clipe tocante dirigido por José Menezes. Old Ghosts, New Skin, por sua vez, foi o segundo single, lançado semanas atrás e que também ganhou clipe próprio com direção do duo Cinza.
Moon Bath quase entrou no álbum anterior de Gustavo Bertoni, The Fine Line Between Loneliness and Solitude (2020). A versão dela no EP é exatamente a mesma captada e produzida por Lucas Mayer na época do disco. River Dry é um audio note inédito de Gustavo, feito num contexto mais caseiro e pautado no protagonismo do cantor e de seu violão, conferindo aos fãs uma audição ainda mais fresca e íntima dentro do repertório do novo trabalho.
EP A More Translucent Haze – Gustavo Bertoni
Lançamento slap/Som Livre – 25 de junho/2021
Ficha técnica – EP A More Translucent Haze (2021), por Gustavo Bertoni
Moon Bath
Produção musical: Lucas Mayer
Voz e violão: Gustavo Bertoni
Sintetizadores: Lucas Mayer e Max Van Dusen
Zhongruan: Lucas Mayer
Tablas: Raimund Engelhardt
Beat: Max Van Dusen
Violino: Luiz Amaro
Violino: Amanda Martins
Viola: Ricardo Kubala
Violoncelo: Adriana Holtz
Arranjo de Cordas: Eduardo Canavezes
Mixado por Ricardo Ponte
Masterizado por Erwin Mass
Old Ghosts, New Skin
Produção musical: Apeles
Voz e violão: Gustavo Bertoni
Baixo: Gustavo Bertoni
Piano: Gustavo Bertoni
Guitarra: Gustavo Bertoni
Sintetizadores: Apeles, Lucas Mayer e Gustavo Bertoni
Teclados: Apeles
Bateria: Kabé Pinheiro
Violino: Felipe Pacheco Ventura
Viola: Felipe Pacheco Ventura
Arranjo de cordas: Eduardo Canavezes
Mixado por Ricardo Ponte
Masterizado por Erwin Mass
Ricochet
Produção Musical: Lucas Mayer
Vocais: Gustavo Bertoni e Apeles
Violão: Gustavo Bertoni
Guitarra: Apeles
Sintetizadores e Baixo: Lucas Mayer
Piano e Sintetizadores: Apeles
Bateria e Percussão: Kabé Pinheiro
Trombone: Diego Calderoni Nogueira
Musical Production: Lucas Mayer
Mixado por Rodrigo Deltoro
Masterizado por Brian Lucey no Magic Garden Mastering
River Dry
Voz e violão: Gustavo Bertoni
Mixado por Ricardo Ponte
Masterizado por Erwin Mass
Sobre Gustavo Bertoni | A trajetória solo de Gustavo remonta de 2015, com o lançamento do disco The Pilgrim. Na sequência vieram mais dois: Where Lights Pours In (2018) e The Fine Line Between Loneliness and Solitude (2020). Old Ghosts, New Skin é a primeira canção dele totalmente solo e inédita este ano. Em janeiro, num feat com Apeles (Balaclava Records), Gustavo nos mostrou Ricochet e, ao lado de Giovanna Moraes (independente), disponibilizou Como Queria Te Deixar Entrar em abril. No mês de junho de 2021, Gustavo divulgou o single Old Ghosts, New Skin, convocando na sequência o seu EP mais recente, A More Translucent Haze. Paralelamente, Gustavo também segue como integrante fixo da banda de rock Scalene.
Sobre o slap | O slap faz parte da vida de quem busca novas experiências musicais e orgulha-se de, desde 2007, por fomentar a cena indie e abrir as portas do mercado para novos artistas. Sua missão é potencializar e empoderar a cena musical independente do país, incentivando o midstream e fazendo com que novos sons, originais e arrojados, cheguem a cada vez mais pessoas. O slap carrega em sua história grandes lançamentos de nomes como Maria Gadú e Scalene. Seus representantes têm todos a autenticidade como característica, e, entre eles, estão Céu, Luthuly, Marcelo Jeneci, Maria Gadú, Gustavo Bertoni e Scalene.