Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
Foto: Jonathan Kemper/Unsplash.
Não é raro que durante um passeio pela rua ou num jardim, as pessoas encontrem plantas, flores ou mudas e decidam arrancá-las de seu canteiro como forma de admiração ou até mesmo para presentear alguém com um pequeno gesto simbólico. Entretanto, apesar do ato ser aparentemente inofensivo, pode render algumas punições perante a justiça.
Em novembro de 2021, na região metropolitana de Sorocaba, repercutiu o caso de Gabriel Vieira da Cruz, um idoso de 79 anos que, durante uma caminhada pela manhã, se encantou ao ver as flores do canteiro em frente a um comércio da região. O senhor acabou por pegar a muda e em seguida, foi repreendido pelos donos das plantas, que o acusaram de roubo. O caso se espalhou pela cidade e, posteriormente, Gabriel foi presenteado com dezenas de flores em sua casa.
A história não rendeu nenhum problema jurídico para o senhor, mas, conforme explica a professora de Direito Ambiental do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) em Campinas, Márcia Brandão Carneiro, a Lei 9605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, prevê sanções penais e administrativas para condutas que lesam o meio ambiente, como a do simples hábito de pegar plantas seja num local público ou privado.
A professora diz que, caso o infrator seja pego durante o ato, não há nenhum agravamento, mas pode haver algumas punições. “O artigo 49 da referida lei afirma que destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade alheia pode render detenção de três meses a um ano e/ou multa. No caso em que não tenha havido intenção de provocar o dano (conduta culposa), a pena é de um a seis meses ou multa”, explica.
No entanto, segundo a especialista, trata-se de um crime de menor potencial ofensivo, ou seja, a pena não excede dois anos, conforme a lei 9.099/95. Sobretudo, o decorrer do caso dependerá de como o juiz interpretará a infração cometida. A ação seguirá no Juizado Especial e poderá ser transformada em multa ou outro tipo de prestação. Neste caso, o processo será arquivado e a pessoa poderá perder o direito de se valer deste Juizado por cinco anos. A professora ressalta que “não gera reincidência, mas em caso de nova prática, a pessoa poderá responder pelo novo crime e pelo anterior”.
Márcia Carneiro acrescenta ainda que o fato da planta estar num local não privatizado não lhe torna um bem público que possa ser retirado. “Muitas pessoas imaginam que o que é público possa ser apropriado por qualquer um; por isso, é muito comum, ao reclamar com alguém que subtrai uma planta de uma praça, por exemplo, ouvir como resposta “mas isso não é de ninguém, é público”. Acontece que o ‘dono’ é a instituição (Prefeitura, Estado) que realizou o plantio e a conservação da área”, afirma.
Crédito da foto: Pinterest.
Apesar de as mulheres representarem a maior parte da população da capital paulista, somente 16% das placas de ruas da cidade são batizadas com nomes femininos, conforme levantamento realizado com base no banco de dados do Dicionário das Ruas da Prefeitura de São Paulo. Esse fenômeno é comum em diversas regiões do Brasil e em grandes cidades ao redor do mundo e pode ser esclarecido pelas marcas históricas da baixa participação política feminina (as mulheres ocupam apenas 12,7% dos cargos eletivos, segundo o Mapa da Política de 2019) e a desigualdade de gênero e salarial que são frequentes até hoje.
A nomeação dos logradouros em São Paulo é desempenhada pelo poder público e, geralmente, os nomes registrados são de pessoas que deixaram legados e serão homenageados, recordados e simbolizados na memória e identificação de ruas, praças e avenidas.
Mulheres em destaque nas placas de rua em Itu | Em colaboração com a Secretaria Municipal de Cultura, o Museu Republicano Convenção de Itu faz exposição para destacar mães, filhas, jornalistas, professoras, comerciantes, esposas, cidadãs, religiosas e outras grandes mulheres que atuaram na cidade e estão sendo homenageadas nas placas de ruas dos bairros periféricos e centrais de Itu. Além disso, a mostra permite registrar os nomes femininos das placas de ruas que não foram encontrados na exposição e depositar em uma urna para ajudar na divulgação das realizações de mulheres importantes que contribuíram para a história de Itu.
Abaixo, confira algumas das homenageadas pelo Museu:
Praça Nhá Chica Messias – Vila Santa Terezinha | Nascida no Bairro da Tapera Grande, Francisca das Chagas Fernandes (1876-193) ofereceu significativos serviços à cidade no combate à gripe espanhola em 1918 e, no decorrer da Revolução Constitucionalista de 1932, participou como praça e compôs o 3° Batalhão de Caçadores Voluntários, organizado em Itu. A praça foi criada pelo Decreto n°177 de 1969.
Rua Irmã Maria Jacinta da Silva – Jardim Faculdade | Madre Maria Jacintha da Silva (1891-1978) foi professora no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio e na Escola Normal do mesmo estabelecimento. Além disso, fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio, precursora do ensino superior na região. A rua foi criada pelo Decreto n° 1524, de 1983.
Rua Virgínia Martini Gazzola – Vila Padre Bento | Virgínia Martini Gazzola (1880-1930) atuou como obstetra na Santa Casa de Itu e auxiliou nos partos caseiros de pessoas menos favorecidas. Ela teve seis filhos com o seu marido Luiz Gazzola e participava da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte. Em 2006, no centro da cidade, foi inaugurado o Centro de Capacitação Profissional “Virgínia Martini Gazzola” em sua homenagem.
Tour Virtual 360 | Para conhecer mais mulheres que representaram a cidade de Itu, confira a exposição completa pelo tour virtual 360 do Museu Republicano de Itu https://vila360.com.br/tour/mrciusp/.
História do Museu Republicano | O Museu Republicano “Convenção de Itu” foi inaugurado pelo presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis Pereira de Sousa, a 18 de abril de 1923 e desde então subordinou-se administrativamente ao Museu Paulista que, em 1934, tornou-se Instituto complementar da recém-criada Universidade de São Paulo e a ela se integrou em 1963.
É uma instituição científica, cultural e educacional especializada no campo da História e da Cultura Material da sociedade brasileira com ênfase no período entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, tendo como núcleo central de estudos o período de configuração do regime republicano no Brasil.
Encontra-se instalado em sobrado histórico em Itu, erguido nas décadas iniciais do século XIX e que se tornou residência da família Almeida Prado. Foi nesse local que se realizou, em 18 de abril de 1873, uma reunião de políticos e proprietários de fazendas de café para discutir as circunstâncias do país e que, posteriormente, se transformou na famosa Convenção Republicana de Itu, marco originário da campanha republicana e da fundação do Partido Republicano Paulista.
Crianças aprenderão a fazer uma iluminura. Foto: Claudia Gil.
A oficina Iluminuras, inspirada nas pinturas decorativas que ilustravam os manuscritos medievais, é uma proposta divertida que convida as crianças a experimentar os recursos gráficos e fazer, de forma fácil, uma iluminura em casa com materiais caseiros. Promovido pela Casa Museu Ema Klabin, a vídeo-oficina faz parte do programa Museu em Família e estará disponível no site e no canal do YouTube da casa museu a partir de 1º de julho. A oficina será ministrada pela artista gráfica e ilustradora Claudia Gil.
“Durante a oficina, as crianças vão aprender um pouco sobre como eram feitos os livros na Idade Média, já que naquela época não existiam impressoras. Também vão descobrir quais materiais eram usados na produção de um livro medieval, o que são as iluminuras e por que são chamadas assim. Além disso, escolheremos uma letra para desenhá-la bem grande, como as capitulares dos manuscritos, e vamos fazer desenhos ao redor da letra inspirados em elementos naturais do jardim”, conta Claudia Gil.
Exposição | A oficina dialoga com a exposição virtual O Falsificador Espanhol, em cartaz no site da Casa Museu Ema Klabin. Com curadoria de Paulo Costa, a mostra apresenta a fascinante história do falsificador consagrado, cuja identidade é desconhecida até hoje. Na exposição, duas páginas do famoso falsificador e iluminuras originais do séc. XV podem ser observadas. Confira aqui: https://emaklabin.org.br/o-falsificador-espanhol.
Detalhe de Página Iluminada de um livro de canções. Falsificador Espanhol, França, Séc. XIX-XX. c. 1900. Coleção Ema Klabin.
A oficina Iluminuras tem apoio cultural do Governo do Estado de São Paulo, por meio do ProAC ICMS da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e patrocínio da Klabin S/A.
Museu em Família | O programa Museu em Família da Casa Museu Klabin apresenta sempre uma oficina para curtir com toda a família. Para quem não assistiu, está disponível também no canal do YouTube da casa museu a oficina Seres de Jardim, ministrada pela artista plástica e educadora Patrícia Marchesoni Quilici. Nessa oficina, a artista convida o público a se inspirar nas flores presentes no jardim da Casa Museu Ema Klabin para construir, com sucatas, acessórios incríveis, como óculos inspirados em uma bromélia e uma tiara a partir de um lírio, entre outros. Confira aqui: https://www.youtube.com/watch?v=S9L96iKClBM.
Serviço:
Programa Museu em Família – Vídeo-oficina Iluminuras
Disponível no site e no canal do YouTube no museu a partir de 1º de julho
Gratuito*
Classificação etária: livre
Confira as redes sociais da Casa Museu Ema Klabin:
Instagram: @emaklabin
Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin
Twitter: https://twitter.com/emaklabin
Canal do YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC9FBIZFjSOlRviuz_Dy1i2w
Site https://emaklabin.org.br/
*Como em todos os seus eventos gratuitos, é sugerido a quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin contribuir para a manutenção das atividades e apoiá-la com uma doação voluntária no site.
Foto: Engin Akyurt/Unsplash.
Durante a pandemia de Covid-19, os líderes políticos tiveram que tomar decisões morais com relação a quem recebia ou não tratamento para Covid-19. Um estudo internacional de universidades como Yale e Universidade de Kent, com participação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, revela que a maioria das pessoas confiam mais em líderes políticos que tomaram decisões para salvar o máximo de vidas em todo o mundo ao invés de favorecer seus próprios cidadãos. As análises estão publicadas na revista “Nature Human Behavior” nesta quinta (1).
A pesquisa avaliou se as populações de diferentes países ao redor do mundo confiavam em líderes políticos que tomam decisões utilitárias durante a crise da Covid-19. Para isso, eles conduziram um experimento online em 24 mil pessoas de 22 países de todos os continentes, como Brasil, Estados Unidos, Austrália, França, Reino Unido, Alemanha, Índia, Israel e Coreia do Sul, entre outros. Eles pediram que os respondentes lessem dilemas morais enfrentados pelos líderes durante a pandemia, como a compra de respiradores e produção de medicamentos, solicitando, em seguida, que avaliassem o quão confiáveis eles consideravam os líderes que tomavam essas decisões. Depois, eles calcularam o quanto o endosso ou rejeição a determinada decisão afetou a confiança nos líderes fictícios.
Mais de 60% dos respondentes confiam em líderes que ofereceriam medicamentos para quem mais precisa, mesmo que isso signifique enviá-los para outros países. Em contraposição, quando o assunto é a escolha de quem vai receber ventiladores, mais de 85% dos respondentes confiaram em líderes não utilitários, que defendem a posição de que não cabe a ele a decisão de quem vai ou não receber tratamento para Covid-19. Neste caso específico, apenas 14,85% confiam em líderes que priorizam pessoas mais jovens e saudáveis para o tratamento da Covid-19, já que essas têm melhores chances de se recuperar.
Os resultados foram consistentes entre os países estudados, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Israel, Itália, Reino da Arábia Saudita, México, Holanda, Noruega, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos da América.
Para o pesquisador Paulo Boggio, que lidera o estudo no Brasil, os resultados são interessantes ao mostrar que o utilitarismo tem aderência de parte da população. “Isso surpreende porque o utilitarismo é visto por muitos como uma forma controversa de tomar decisões morais e os indivíduos que adotam essa abordagem muitas vezes parecem não confiáveis. Aqui mostramos que dependendo de como for implementado, decisões utilitárias podem tanto quebrar quanto aumentar a confiança”, comenta.
(Fonte: Agência Bori)
A Secretaria de Saúde de Indaiatuba vacina nesta sexta-feira, 2 de julho, contra a Covid-19 pessoas em situação de rua no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) localizado na Rua José Francisco Tuon, 121 – Jardim Santa Cruz. Desde a semana passada, a Secretaria Municipal de Assistência Social vem fazendo uma busca ativa pelas pessoas em situação de rua em Indaiatuba, a fim de registrá-las em um banco de dados interno para solicitar à Secretaria de Saúde o quantitativo de doses. Na sexta, 2 de julho, pela manhã, as equipes do Serviço de Abordagem Social estarão buscando essas pessoas nos locais já mapeados e levando até o Creas, onde às 9h inicia-se a vacinação com horário previsto de término às 11h.
Será destinada para este grupo a vacina Janssen, fabricada pela empresa Johnson & Johnson, imunizante de dose única.
A Secretaria de Assistência Social ainda deixou um telefone disponível para a população entrar em contato caso se depare com alguém em situação de rua. Se a pessoa ainda não tiver sido mapeada, passará por triagem pela equipe do Serviço de Abordagem Social do Centro de Referência de Assistência Social (19 3801-4639).
Vacinação Covid-19 para pessoas em situação de rua
Data: 2/7/2021
Horário: 9h às 11h
Local: Centro de Referência de Assistência Social (Creas)
Endereço: Rua José Francisco Tuon, 121 – Jardim Santa Cruz
Telefone: (019) 3801-4639
Grupo contemplado: pessoas em situação de rua
Imunizante: Janssen (dose única).