Projeto inédito feito com mulheres cis e trans une arte, sustentabilidade e economia circular para fortalecer a autonomia feminina


Cerquilho
A Ilha Anchieta. Foto: Adriana Mattoso.
Há quem associe o Litoral Norte de São Paulo apenas ao verão. Afinal, o que não faltam são opções de praias e cenários paradisíacos para aproveitar a estação mais quente do ano nas cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Porém, engana-se quem pensa que o destino vive só de sol e praia. Com a chegada do inverno, que também coincide com a temporada de férias, as cidades da região apostam em atrativos de ecoturismo e cultura para atender aos turistas que buscam lazer, diversão e contato com a natureza na medida certa.
“O inverno é uma estação perfeita para curtir o Litoral Norte. São atrações diferenciadas, que conectam o entretenimento à natureza de uma forma segura e sem multidões. Nossas empresas receptivas e operadores turísticos têm o passeio certo para todo tipo de turista”, afirma o presidente interino do Circuito Litoral Norte de São Paulo, Gustavo Monteiro. Pensando nisso, o consórcio turístico reuniu dez atrativos ideais para curtir o melhor do inverno nas cinco cidades, sempre seguindo as tendências de turismo seguro e sustentável. Confira:
BERTIOGA
Canoa acessível no rio Jaguareguava | A canoagem é um dos poucos passeios acessíveis de Bertioga, podendo receber quaisquer pessoas com deficiência, independente de seu grau de dificuldade, já que existem dois catamarãs adaptados especialmente para eles. O rio Jaguareguava mostra claramente a transição do manguezal e da restinga. O passeio inicia-se num ponto de profundidade em média de 1,5 m de acordo com a maré, solo de mangue e todo cercado pelo manguezal no seu último quilômetro até a foz. Subindo em direção a nascente, logo este fundo de mangue se transforma em areias claras, que, somado às águas cristalinas que descem da cachoeira, mais as muitas prainhas que se encontram ao longo de 3 quilômetros serpenteando adentram a restinga do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Bertioga.
Canoa acessível no rio Jaguareguava. Foto: Cristiane Marino Guazzelli.
“A melhor época de curtir o Litoral Norte de São Paulo é outono/inverno. Tudo muito mais barato, acessível e naturalmente sem aglomeração. Sem contar que, por ser época escassa de chuva, o rio Jaguareguava se torna mais cristalino ainda e o sol está sempre presente pra deixar tudo mais perfeito”, afirma o proprietário Jaguareguava Ecoturismo, Bruno Guazzelli Filho.
Quem faz: Jaguareguava Ecoturismo
(11) 94702-0906
Trilhas ecológicas | Com rica diversidade, Bertioga apresenta rios e cachoeiras que encantam os amantes da natureza e é destino ideal para trilhas ecológicas. Destacam-se principalmente as trilhas do Parque Estadual da Restinga de Bertioga (PERB). Exemplo disso é a Trilha d’Água, localizada no bairro Mangue Seco, que permite conhecer o processo de mudança da vegetação de Mata Atlântica preservada, passando pelo manguezal, restinga, mata paludosa, de encosta e ombrófila densa e ainda possui atrativos culturais, como a passagem pela linha do bondinho da Usina Itatinga e a ponte de ferro do Rio Guaxanduva.
Já a Trilha do Vale Verde, de fácil acesso, é excelente para crianças e pessoas da melhor idade, atravessando áreas de restinga e de proteção ambiental do rio Itapanhaú, até chegar a um grande poço com uma pequena praia. Ideal para esportes náuticos, como boia cross e rafting, atividades de educação ambiental e lazer à beira do rio.
Avistamento de golfinhos. Foto: divulgação/Projeto Baleia à Vista.
Enquanto a do Guaratuba, a mais visitada do parque, é cercada por riachos, poços, cachoeiras e pequenas praias naturais. Nesse roteiro, é possível encontrar grande diversidade de vegetação, como florestas paludosa, de restinga e submontana, além de animais nativos, cores e formas. É ótima também para estudos do meio, atividades de educação ambiental, passeio, ciclismo, corridas e muito mais.
Quem faz: Associação Bertioguense de Ecoturismo
https://www.facebook.com/abecotur/
(13) 99697-7723
CARAGUATATUBA
Cachoeira do Sul | A cachoeira, localizada na região sul da cidade, está cercada pelo verde da Mata Atlântica. Seu acesso, feito por uma caminhada de aproximadamente 5 quilômetros (percurso ida e volta), passa por alguns poços e tem paradas para apreciar as ricas fauna e a flora locais. A cachoeira tem aproximadamente 10 metros de altura e encanta a todos devido a sua beleza e água cristalina. Com total segurança, o passeio é ideal para toda a família.
Quem faz: Ecotur Caraguá
(12) 99607-5554
City Tour | Nessa temporada de inverno, vale a pena também fazer um roteiro pelos principais atrativos histórico-culturais de Caraguatatuba. O passeio, feito a pé pelo centro da cidade, visita lugares como o museu e o Santuário de Santo Antônio. E, além disso, percorre os principais mirantes locais como o Morro Santo Antônio, com seus 325 metros de altitude (a subida pode ser feita a pé ou de carro dependendo das normas e decretos atuais), Mirantes da Orla, onde também está a Pedra da Freira e o Mirante do Anfiteatro, com vista privilegiada de toda a baía de Caraguatatuba, Ilhabela e outras ilhas da região.
Avistamento de baleias. Foto: Maria Luciane.
“Em Caraguatatuba, neste inverno, é possível se divertir de diversas formas. E uma delas é o city tour, um rico passeio com histórico cultural da cidade incluindo costumes caiçaras, passando por museu, monumentos, marcos históricos, santuário do padroeiro da cidade e mirantes com belas paisagens para o oceano e a Mata Atlântica. Dentro desta floresta, é possível conhecer sobre a fauna e flora local, além de passar por piscinas naturais e cachoeiras”, acrescenta o guia de Turismo Tiago Saturnino, da Ecotur Caraguá.
Quem faz: Ecotur Caraguá
(12) 99607-5554
ILHABELA
Trilha do Pico do Baepi | Em geral, o inverno é o período de montanhismo pela menor incidência de chuvas. Dessa forma, a Trilha do Pico do Baepi é um atrativo muito recomendado nessa época do ano. Com nível de dificuldade difícil e percurso de 7,4 km (ida e volta), a trilha está no interior do Parque Estadual de Ilhabela, sendo uma das mais procuradas por ecoturistas que gostam de caminhadas mais desafiadoras. Antes do primeiro quilômetro, possui um belo mirante com vista panorâmica do Canal de São Sebastião, de onde se avista o Parque Estadual da Serra do Mar, os municípios de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba, além de ilhas como as do Arquipélago dos Alcatrazes, protegidas pela Estação Ecológica de Tupinambás.
A caminhada inicia em área aberta e logo adentra na Mata Atlântica. A flora e a fauna vão mudando conforme a altitude e o clima do ambiente, até chegar ao pico, com 1.048 metros de altitude e uma vista 360° da ilha. A trilha atravessa uma área de grande importância para a conservação, pois ali vivem espécies raras e frágeis. É necessário o acompanhamento de monitor ambiental credenciado e não é possível realizar a visita em dias de chuva ou chuva de véspera.
Quem faz: Guias e Monitores de Ilhabela
guiasemonitoresilhabela.com.br
(12) 99128-9775
Cachoeiras em Caraguatatuba. Foto: Claudio Gomes.
Observação de baleias e golfinhos | Com um litoral formado por ilhas, ilhotes e parcéis, o Arquipélago de Ilhabela abriga 11 espécies de cetáceos que frequentam a região ao longo do ano. A espécie que mais se destaca é a baleia jubarte, famosa por seus saltos e cantos. Na cidade, elas estão de passagem e costumam ser mais vistas entre os meses de maio e agosto. Historicamente, Ilhabela tem grande ligação com as jubartes, uma vez que entre os séculos XVIII e XIX a caça destas baleias foi muito praticada localmente, tendo a Praia da Armação um lugar de referência desta atividade. Outros locais como o bairro do Borrifos (referência aos borrifos das jubartes) e o Saco do Gibalte (como antigos caiçaras se referiam a estas baleias), próximo ao Bonete, evidenciam a frequente presença desta espécie ao longo de centenas de anos na região.
Outra que marca presença constante em Ilhabela é a baleia-tropical (Bryde), podendo ser considerada uma residente. Além das baleias, os golfinhos dão um show no mar e o arquipélago é privilegiado pela presença de sete espécies diferentes. Os que mais encantam com suas acrobacias e simpatia são o golfinho-pintado-do-atlântico e o golfinho-nariz-de-garrafa. As toninhas são moradores ilustres e, embora difícil de serem avistadas, podem ser consideradas residentes locais. Já as orcas nos visitam esporadicamente e podem ser avistadas em diferentes épocas do ano.
Quem faz: Maremar Turismo
(12) 3896-3679
Webtur
(12) 3896-6180
Caiçara Turismo
facebook.com/Caicaraturismoilhabela
(12) 3896-4019
Narwhal
(12) 3896-3807
Jipe Aventura
(12) 3896-6464
Mar e Vida Ecotrip
(12) 99654-5378
SÃO SEBASTIÃO
Ecoturismo | Em São Sebastião, graças à rica biodiversidade, também é possível desfrutar de cachoeiras, trilhas e atividades de aventura. Bairros como Maresias e Boiçucanga oferecem diversos roteiros que integram e conectam à natureza. Exemplos disso são as trilhas dos Mirantes e de Calhetas. A primeira, ligando as praias de Maresias e Paúba, é curta, tem fácil acesso e leva até o Costão da Paúba, local ideal para a prática de rapel com dez metros de altura, enquanto a segunda percorre um trajeto de cerca de 25 minutos até a deserta praia de Calhetas, que conta com um visual de areias brancas e águas cristalinas, além de mirantes e uma cachoeira – de onde também é possível fazer rapel.
Outro destaque local é o Circuito de cachoeiras Ribeirão de Itu. Formado por três cachoeiras, o complexo Ribeirão de Itu situa-se em Boiçucanga, no Núcleo São Sebastião do Parque Estadual da Serra do Mar. Com nível moderado de dificuldade, o percurso segue entre rio e mata, levando até as quedas: da Hidromassagem (900 metros), da Pedra Lisa (um quilômetro) e Samambaiaçu (1,2 quilômetro).
Quem faz: Maresias Tur
(12) 99650-9051
Avistamento de baleias | A temporada de avistamento de cetáceos começou no Litoral Norte e, em São Sebatião, assim como Ilhabela, a expectativa é de que seja um período de recordes de observações. As baleias jubarte chegam das águas mais geladas do hemisfério Sul em busca de águas quentes para a reprodução e, do litoral paulista, seguem para o sul da Bahia, onde têm seus filhotes. E o Canal de São Sebastião, que têm águas com temperatura média de 23ºC, é o local ideal de passagem.
Hoje, a cidade vem se estruturando para realizar atividades de turismo de observação desses animais de forma sustentável e segura. Gustavo, da Capitão Ximango, afirma que essa é uma alternativa bastante interessante para driblar a baixa temporada na região. “O turismo de sol e praia é mais fraco no inverno, então a chegada das baleias na região nos oferece a possibilidade de fazer a observação de cetáceos. Buscamos fazer um turismo seguro, sem colocar em risco a saúde do animal e levando sempre um biólogo e um pesquisador a bordo. Estamos buscando parceiros para estarmos cada vez melhores e darmos uma emoção ainda maior ao turismo a bordo”.
Quem faz: Capitão Ximango
https://www.facebook.com/Cap.Gustavo
(12) 97405-4066
UBATUBA
Núcleo Picinguaba | O Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Picinguaba) é responsável pela conservação de 80% da área territorial do município e é composto por aproximadamente 47.000 Km² de fascinante beleza. O trecho de Ubatuba abriga e protege o mais completo ecossistema e um dos únicos Núcleos que preserva desde o topo da serra até a orla marítima. Com o grande objetivo de conservação, o Núcleo Picinguaba desenvolve inúmeras pesquisas e principalmente programas de conscientização. Assim, dentro do parque, é possível encontrar um vasto roteiro ecológico monitorado por profissionais formados pelo próprio programa. Existem passeios para todos os gostos, idades e objetivos, podendo ser cultural, ecológico ou turístico, com a opção de praias, serra, cachoeiras, mangue e mar. Existem também comunidades tradicionais, gastronomia e artesanato dentro do atrativo.
Quem faz: Ubatuba Tour
(12) 3842-1088
Ilha Anchieta | A Ilha Anchieta se encontra em um ambiente insular, o famoso e reconhecido internacionalmente PEIA (Parque Estadual da Ilha Anchieta). Segunda maior ilha do Litoral Norte de São Paulo, com 828 hectares, ela traz em seu passado marcas da história que contribuiu para a formação do país. E, além disso, a bela paisagem não só conta com uma porção da Mata Atlântica, mas também com sete praias e grande extensão de costões rochosos em meio às águas cristalinas, muito utilizadas para o mergulho.
Além das belezas naturais, o visitante também encontra trilhas interpretativas guiadas e autoguiada, as ruínas do antigo presídio e sua história. E possível visitar esta riqueza por meio de um passeio de lancha ou escuna.
Quem faz: Mykonos Turismo
(12)3842-0329
Conheça essas e outras experiências para desfrutar o melhor do Litoral Norte de São Paulo durante o ano inteiro em: https://circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias. E, para conhecer mais fornecedores turísticos do Litoral Norte, acesse https://circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral.
(Fonte: Agência Press Voice)
Projeto teve início em 2019, quando aulas aconteceram de forma presencial, reunindo crianças e adolescentes. Foto: Lillian Larangeira/Acafi.
A Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba (Acafi), em parceria com a Secretaria de Cultura e com apoio da Secretaria de Assistência Social de Indaiatuba, abre inscrições gratuitas para o curso Encontros Musicais, voltado para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos que já possuem experiência ou gostariam de se desenvolver musicalmente através do canto.
Será oferecido um total de 120 vagas para moradores dos bairros atendidos pelos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) III e VI, localizados no Jardim Morada do Sol e Campo Bonito, respectivamente.
Neste curso de nível iniciante, os alunos darão os primeiros passos na música através de videoaulas semanais com a professora Mariana Trento. Após a inscrição, todos terão acesso a uma plataforma gratuita com vídeos, textos e atividades criadas para aproximar os alunos do mundo da música.
Para os alunos que não possuem acesso à internet, a Camerata irá oferecer o conteúdo impresso, que será distribuído mensalmente no CRAS III e VI. Além do conteúdo via plataforma digital ou com retirada do material, os alunos com acesso à internet contarão com atendimento online direto com o professor para tirar dúvidas ou para acompanhar de perto a evolução de cada aluno da turma. “Durante as aulas, os alunos aprenderão que o primeiro instrumento que possuem à disposição é a própria voz”, lembra a maestrina Natália Laranjeira, diretora artística e cultural da Acafi. “Além disso, com materiais recicláveis que o aluno possa encontrar em casa, também montaremos instrumentos”.
Vivências | As aulas do Encontros Musicais são direcionadas a vivências diversas, como experimentações de instrumentos variados, canto coral, treinamento auditivo, solfejo (exercício para aprendizado de notas musicais) e percepção rítmica, entre outros exercícios que compõem um primeiro contato direto, multidisciplinar e focado com a música. “Este é um projeto de iniciação musical e os alunos que quiserem prosseguir no aprendizado chegam aos demais projetos do Camerata Comunidade com conhecimento e um pouco mais de experiência”, ressalta Natália.
As inscrições seguem até o próximo dia 17 e o curso terá início no dia 27 deste mês, sendo concluído no dia 12 de dezembro. Vale destacar que os alunos serão selecionados por ordem de inscrição e que, após o início das aulas, aqueles que tiverem 75% de frequência e entregarem as atividades semanais receberão um certificado de conclusão do curso.
Os interessados devem acessar https://bit.ly/3iY7Mux, conferir o regulamento e preencher o formulário de inscrição. Quem não tiver acesso à internet pode agendar sua inscrição pelo telefone (19) 98303-7213, onde também é possível obter mais informações.
“Estes projetos de iniciação musical são meu principal projeto de vida”, destaca a maestrina. “Queremos que as crianças e adolescentes tenham acesso à música, entendam o fazer musical, passando isso também para seus familiares”, continua. “Desta maneira, movimentamos a economia criativa, pois mesmo que os alunos não queiram continuar seu aprendizado na música, passarão a respeitar a classe artística de um modo geral”.
O CRAS III está localizado na Rua José Pioli, 96, no Jardim Morada do Sol, e o CRAS VI fica na Rua Benedita Carvalho, 213, no Parque Campo Bonito. Para saber mais sobre este e outros projetos da Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba, acesse www.cameratafilarmonica.org.
O Cânion do Funil – comemoração entre os dias 5 e 9 valoriza um dos mais importantes parques nacionais do Brasil. Foto: Enio Frassetto.
Uma extensa programação online na próxima semana vai aproximar o Parque Nacional de São Joaquim da população. Sem sair de casa, será possível conhecer as paisagens, as espécies de plantas recém descobertas e a beleza incomparável do cânion do Funil, entre outras preciosidades protegidas pelo parque que serão apresentadas em diversas lives com especialistas, visitantes, pesquisadores, ambientalistas e gestores do parque entre 5 e 9 de julho.
O evento é organizado pela Rede de Amigas e Amigos do Parque São Joaquim, que reúne voluntários e organizações locais e de outras regiões do Brasil. As lives serão transmitidas pelo Youtube e Instagram. A programação completa pode ser acessada na página da iniciativa em apremavi.org.br/60-anos-parna-sao-joaquim/.
Com 49,8 mil hectares, o Parque é essencial para proteger os remanescentes de floresta de araucária, apenas 3% da cobertura original no País, sendo a maior parte de florestas já alteradas, bem como outros ecossistemas, animais e plantas do bioma Mata Atlântica ameaçados de extinção. Abriga aves como o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), espécie considerada “em perigo” que depende da sobrevivência das Araucárias, fonte de seu principal alimento, o pinhão. Restam cerca de 4 mil indivíduos na natureza, a maioria no planalto catarinense. A unidade de conservação protege felinos de grande porte como o leão-baio (Puma concolor) e outras espécies de animais silvestres ameaçados, como o Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
Novas espécies e riscos | Entre março e abril deste ano, foram descritas oito novas espécies de plantas – três delas ocorrem somente na área do parque e uma delas já é considerada criticamente ameaçada em virtude da pressão e diminuição de seu habitat, tendo sua ocorrência restrita a menos de um quilômetro quadrado nas encostas dentro da área do parque. Apesar disso, a unidade de conservação está na mira de Projeto de Lei 208/2018, que propõe a redução de 10 mil hectares do parque – o que resultaria no encolhimento de 20% da área protegida.
Patrimônio geológico e diversidade de ecossistemas | Cravado na serra catarinense na região com as mais baixas temperaturas do Brasil, o Parque abrange os municípios de Bom Jardim da Serra, Grão-Pará, Lauro Müller, Orleans e Urubici, em Santa Catarina. Sob sua proteção está parte dos Aparados da Serra, como são chamadas as escarpas da Serra Geral que formam o mais extenso conjunto de cânions da América do Sul, com cerca de 200 km de extensão. Além do Cânion do Funil, o Morro da Igreja, com 1822 metros, e a Pedra Furada, portal rochoso medindo cerca de 30 metros de largura, recebem visitantes de todo País para conhecer momentos geológicos, considerados cartões postais das mais belas paisagens catarinenses. Fora do período da pandemia, o parque recebe entre 100 a 200 mil visitantes por ano.
A altitude, as formações geológicas, as baixas temperaturas e a influência da umidade vinda do oceano Atlântico estão entre os fatores que geraram a diversidade de ambientes de altitude raros e frágeis, tais como as matinhas nebulares, os campos de altitude e as matas de xaxim centenárias, assim como as florestas de araucária, que mantêm uma grande variedade de espécies de animais, plantas e fungos. A área protegida é local de recarga e descarga do Aquífero Guarani e das nascentes do Rio Pelotas, um dos principais formadores do Rio Uruguai, afluente da Bacia do Rio da Prata, a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil.
Crédito da foto: Ocean Eyes.
Em sua primeira edição, o Summit Blue-ing the Circular Economy abordará de forma detalhada a Economia Circular e Azul e será realizado virtualmente entre 5 e 7 de julho de 2021. Ao todo, 55 palestrantes nacionais e internacionais (entre investidores, pesquisadores e representantes de entidades ligadas ao tema) participarão dos debates online, todos buscando encontrar soluções e inovações tecnológicas para algumas ações que precisam de um olhar para as externalidades, desde a terra até o mar.
Diante do cenário atual de acelerada mudança climática e de pressão por modelos de negócio e por portfólios de investimento que se estruturam a partir de uma agenda ESG (sigla em inglês para “environmental, social and governance”, ou seja, “ambiental, social e governança”) e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Economia Circular e Azul ganha forma aos poucos. “Ela é uma das grandes oportunidades das próximas décadas e envolve diferentes temáticas: gestão de resíduos, bioeconomia azul, turismo responsável, conservação de manguezais e carbono azul”, pontua Tatiana Zanardi, uma das organizadoras do Summit e diretora do comitê de economia circular e azul do Climate-Smart Institute.
O evento quer estimular a construção de ideias orientadas à ação, para que as soluções saiam do papel e ganhem escala. Por isso, haverá o compartilhamento de cases que fortalecem a economia de transição para a da circularidade azul, a análise de segmentos específicos a partir de uma perspectiva ESG, com foco em oportunidades, além da conexão entre soluções, negócios e investimentos que darão suporte à construção da Economia Circular e Azul para o Brasil. “Além de compartilhar modelos de negócios que aliam economia circular e economia azul, traremos também mecanismos inovadores de financiamento, mirando os fluxos econômicos entre cadeias de valor, e arranjos de blended finance”, destaca Angélica Rotondaro, diretora executiva do Climate-Smart Institute.
O Summit é norteado por três grandes eixos temáticos: Economia Circular e Azul e Comunidade Atlântica (5/7), Modelos para Conservação da Biodiversidade da Economia Circular e Azul (6/7) e Como financiar a economia circular e azul (7/7). Palestrantes renomados do Brasil, Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Barbados, Bonaire, Holanda, Cabo Verde, Colômbia, Estados Unidos e Curaçao já confirmaram presença.
Na lista dos painelistas convidados estão Vidar Helgesen, Nobel Foundation; Daniela Garcia, do Capitalismo Consciente Brasil; Elena Perez, do Fórum Econômico Mundial agenda Ocean Action; Fábio Alperowitch, da Fama Investimentos; Guilherme Dutra, diretor do Programa Oceano, da Conservação Internacional; Patrick Elmer, da iGravity; Philippe Prufer, Conselheiro da WWF Internacional; Kim Poldner, The Hague University, Centre of Expertise Mission Zero; Elsa de Morais Sarmento, pesquisadora associada da NovaÁfrica – Nova Business School de Lisboa; Heloisa Schurmann, velejadora e uma das líderes da Voz dos Oceanos; Temóteo Neves, Diretor Nacional de Planeamento do Governo Provincial São Tomé e Príncipe e Tonika Thompson, Embaixadora de Barbados no Brasil, entre outros.
As inscrições estão abertas pela plataforma Sympla e podem ser efetivadas por aqui. O investimento é de R$60,00 até 30 de junho. A programação conta com painéis e mesas redondas em português e inglês.
O Summit Blue-ing the Circular Economy é uma iniciativa do Climate Smart Institute (think tank criado no Brasil para alavancar o debate e investimentos para a construção de inovações climáticas), conta com a parceria estratégica de Conservação Internacional Brasil, Mauá Capital, Instituto Clima e Sociedade, FIT Instituto de Tecnologia, ESG X e WWF; e o apoio institucional da Capitalismo Consciente Brasil, Clima e Oceano, Observatório do Clima, Impact Hub, Alimi Impact Ventures, Paiche Consultoria e Ocean Eyes Productions.
Serviço:
Summit Blue-ing the Circular Economy
Data: 5 a 7 de julho de 2021
Formato: Virtual
Informações: blueeconomy.com.br
Inscrições: https://www.sympla.com.br/summit-blue-ing-the-circular-economy__1238778.
Pensando em explorar o potencial de suas novas exposições e propagar o conhecimento sobre Cultura Material e História do Brasil, o Novo Museu do Ipiranga acaba de anunciar quatro cursos gratuitos para formação de novos públicos. As aulas começam em agosto e as inscrições poderão ser realizadas entre 1/7 e 2/8.
Com aulas ministradas ao vivo, os cursos serão inteiramente on-line e irão contar com recursos de acessibilidade como Libras, legendagem e audiodescrição. Os temas dos cursos são amplos, tratando de assuntos como formação de identidades nacionais, regionais e sociais, o espaço da moradia como lugar da formação de subjetividades e as estratégias, critérios e técnicas de conservação, restauração e mediação do patrimônio artístico e cultural brasileiro.
Cada um dos quatro cursos tem duração de seis horas, distribuídas em dois dias, com 300 vagas por curso, sendo que 50% destas serão destinadas a professores e alunos da rede pública. Além disso, os cursos oferecem certificados na categoria de Difusão Cultural emitidos pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo para todos aqueles que cumprirem a carga horária apresentada.
Para Rosaria Ono, diretora do Museu do Ipiranga, a proposta busca contribuir para a formação de novos públicos e qualificação de alunos e professores no campo da história, arte e da cultura. “Além de reforçar a importância do patrimônio cultural brasileiro, os cursos também abordam a maneira com que as coleções tratam as questões sociais que extrapolam os muros da instituição, dando um prenúncio do que o público vai encontrar nas exposições que serão abertas em 2022”, afirma.
Abaixo, todas as informações sobre os cursos que serão oferecidos.
Uma História do Brasil – Coordenador: Prof. Dr. Paulo César Garcez Marins
O objetivo do curso é apresentar o desenvolvimento da curadoria histórica da exposição Uma História do Brasil, que ocupará o eixo vertical do edifício (hall, escadaria principal e Salão Nobre) em sua reabertura em 2022. As questões expográficas da mostra, que abrange espaços que estão tombados como patrimônio cultural e não podem ser modificados, serão contextualizadas por meio de discussões de natureza teórica que articulam o estudo das representações visuais do passado brasileiro e paulista à história da cultura e à história da arte, atentando-se especialmente para as questões de hierarquização social, racial e de gênero que caracterizam tais representações.
Período de Inscrição: de 1/7 a 2/8/2021
Procedimento de inscrição: preenchimento e envio da ficha de inscrição online aqui
Número máximo de inscrições válidas: 300
Realização: Museu Paulista – Plataforma Google Meet
Data de início: 10/8/2021 – Término: 11/8/2021
Terça e quarta-feira, das 18h às 21h
Contato: Stella/Sônia/Márcia
E-mail: cursosmp@usp.br
Internet: https://mp.usp.br.
Territórios em Disputa – Coordenador: Prof. Dr. Jorge Pimentel Cintra
O curso Territórios em Disputa examina a formação do território brasileiro e as estratégias utilizadas na conquista das terras por meio de mapas, tratados, cartas de sesmaria, pelourinhos e marcos de pedra. Além dos portugueses e dos grupos indígenas, que também guerreavam entre si por territórios, os conflitos envolveram espanhóis, franceses e holandeses, que vieram em busca de terras. Foi um processo cheio de conflitos, guerras e enfrentamentos, mas também mediado por acordos e negociações. A imposição de um sistema de organização espacial europeu chocou-se com as práticas indígenas. Mas foi muito mais do que isso: provocou guerras sem fim, escravização em massa e perdas enormes de vidas humanas.
Período de Inscrição: de 1/7 a 17/8/2021
Procedimento de inscrição: preenchimento e envio da ficha de inscrição online aqui
Número máximo de inscrições válidas: 300
Realização: Museu Paulista – Plataforma Google Meet
Data de Início: 24/8/2021 Término: 25/8/2021
Terça e quarta-feira, das 09h às 12h
Contato: Stella/Sônia/Márcia
E-mail: cursosmp@usp.br
Internet: https://mp.usp.br.
Passados Imaginados – Coordenador: Prof. Dr. Paulo César Garcez Marins
O objetivo do curso é apresentar o desenvolvimento da curadoria histórica da exposição Passados Imaginados, que ocupará uma das alas do Edifício-Monumento do Museu do Ipiranga em sua reabertura em 2022. As questões expográficas e a narrativa tridimensional da exposição serão contextualizadas por meio de discussões de natureza teórica que articulam o estudo das representações visuais do passado brasileiro e paulista à história da cultura e à história da arte, dando especial atenção para a apropriação que os livros didáticos fazem de tais representações.
Período de Inscrição: de 1/7 a 10/8/2021
Procedimento de inscrição: preenchimento e envio da ficha de inscrição online aqui
Número Máximo de Inscrições Válidas: 300
Realização: Museu Paulista – Plataforma Google Meet
Data de Início: 17/8/2021 Término: 18/8/2021
Terça e quarta-feira, das 18h às 21h
Contato: Stella/Sônia/Márcia
E-mail: cursosmp@usp.br
Internet: https://mp.usp.br.
Para Entender o Museu – Ministrante: Profa. Dra. Solange Ferraz de Lima
O curso tem como objetivo instrumentalizar professores e estudantes para melhor explorar as potencialidades do Museu, mostrar quais as áreas de atuação do Museu Paulista da USP e sua história e apresentar o projeto curatorial do eixo expositivo Para Entender o Museu, que abrange cinco exposições.
Período de Inscrição: de 1/7 a 28/7/2021
Procedimento de inscrição: preenchimento e envio da ficha de inscrição online aqui
Número máximo de inscrições válidas: 300
Realização: Museu Paulista – Plataforma Google Meet.
Data de início: 3/8/2021 Término: 4/8/2021
Terça e quarta-feira, das 14h às 17h
Contato: Stella/Sônia/Márcia
E-mail: cursosmp@usp.br
Internet: https://mp.usp.br.
Museu do Ipiranga – USP | Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é de que o museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura.